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1 Microcefalia 2 Colégio Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco Microcefalia Alunas: Caroline Borges e Simony Schreiner Números: 05 e 24 Disciplina: TPEI Professora: Solange Seibel Santa Helena\PR Fev\2016 3 Introdução Antigamente a doença microcefalia, não era tão presente, mas nos últimos tempos houve uma explosão sobre este assunto. “Graças” ao mosquito Aedes Aegypti está acontecendo um surto de microcefalia, e neste trabalho terá as características desta doença, os cuidados, entre outros assuntos. O tema que está muito presente na nossa realidade a microcefalia, ou seja, é uma doença congênita ou pôs – natais, que tem como principal característica, a curvatura do cérebro seja menor do que 33 cm que é o normal de um bebe. Quando a criança tem microcefalia pode apresentar atraso mental, alterações físicas como dificuldade para andar, problemas de fala e hiperatividade ou convulsões, por exemplo. Além disso, a criança que tenha essa doença terá muitas vezes dificuldade em comer, tomar banho ou andar, por exemplo. 4 Microcefalia A gestação é o período em que o bebê adquire características importantes para a sua sobrevivência fora do útero e, portanto, é uma fase em que qualquer desequilíbrio pode afetar o novo ser. Algumas vezes, infelizmente, a mãe, no decorrer dos nove meses, é acometida por alguma doença ou faz uso de substâncias que não deveriam ser usadas nesse período, o que faz com que a criança apresente problemas graves de desenvolvimento. Um desses problemas é a microcefalia, uma anormalidade que pode ter causa genética, mas também pode ser desencadeada por fatores ambientais. Microcefalia (do grego mikrós, pequeno + kephalé, cabeça) é uma condição neurológica em que o tamanho da cabeça e/ou seu perímetro cefálico occipito-frontal (OFC) é dois ou mais desvios padrão abaixo da média para a idade e sexo. Também chamada de nanocefalia, diferenciam-se diversas formas de manifestações clínicas e etiologias. A microcefalia verdadeira pode ser familiar e não necessariamente associada ao retardo mental distingue-se das cranioestenoses e de anomalias específicas ou déficits do crescimento cerebral, que, quer pelo pequeno tamanho da caixa craniana, quer pelo reduzido desenvolvimento do cérebro, é uma das causas de oligofrenia (déficit intelectual). Causas A microcefalia pode ser congênita, adquirida ou desenvolver-se nos primeiros anos de vida. Pode ser provocada pela exposição a substâncias nocivas durante o desenvolvimento fetal ou estar associada com problemas ou síndromes genéticas hereditárias. Diversos fatores podem predispor o feto a sofrer os problemas que afetam o desenvolvimento normal da caixa craniana tanto durante a gravidez quanto nos primeiros anos de vida. Assim, as causas são divididas em duas categorias: Congênitas Consumo abusivo de álcool, exposição a drogas como aminopterina, metil- mercúrio, piriproxifenococaína, e heroína durante a gravidez; Diabetes materna mal controlada; Hipotireoidismo materno; 5 Insuficiência placentária e outros fatores associados à restrição do crescimento fetal e pré-eclâmpsia; Anomalias genéticas; Exposição à radiação de bombas atômicas; Infecções durante a gravidez, especialmente rubéola, citomegalovírus, toxoplasmose e vírus Zika. Pós-natais Má-formação do metabolismo; Infecções intra-craniais (encefalite e meningite); Intoxicação por cobre; Hipotireoidismo infantil; Anemia crônica infantil; Traumas disruptivos (como AVC); Insuficiência renal crônica. Tratamento A microcefalia não tem cura e o tratamento inclui sessões de fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional pelo menos três vezes por semana para estimular a criança, diminuir o retardo mental e também o atraso do desenvolvimento crescimento. O tratamento da microcefalia deve ser orientado pelo pediatra e neurologista, porém é necessário a intervenção de enfermeiros, fisioterapeutas e outros terapeutas para ajudar a criança a se desenvolver com o mínimo de limitações possível e, para melhorar a qualidade de vida da criança, pode-se Estimular a fala: para melhorar a capacidade para falar a criança deve ter acompanhamento de um fonoaudiólogo pelo menos 3 vezes por semana. Além disso, os pais devem cantar com a criança pequenas músicas e falar com ela olhando nos olhos durante todo o dia, mesmo que ela não responda ao estímulo. Também se devem usar gestos para facilitar o entendimento do que está dizendo e captar melhor a atenção da criança. Fazer fisioterapia: A fisioterapia é indicada porque pode ter resultados no desenvolvimento físico da criança, mas também ajuda no desenvolvimento mental. Realizar terapia ocupacional: Para aumentar à autonomia a criança deve realizar terapia ocupacional várias vezes por semana, pois a realização de atividades, como escovar os dentes e tentar comer utilizando talheres, ajudam a criança a ficar cada vez mais independente, podendo realizar tarefas sozinho. 6 Para melhorar a capacidade de socialização deve-se avaliar a possibilidade de manter a criança em uma escola normal para que possa interagir com outras crianças que não possuem microcefalia, podendo participar de jogos e brincadeiras que promovem a interação social. No entanto, se houver retardo mental a criança provavelmente não irá aprender a ler e a escrever, embora possa ir para a escola para ter contato com outras crianças. Em casa, os pais devem estimular a criança o máximo possível, fazendo brincadeiras de frente para o espelho, estando do lado da criança e participar sempre que possível em reuniões de família e amigos para tentar manter o cérebro da criança sempre ativo. Tomar remédios: A criança com microcefalia pode precisar tomar medicamentos indicados pelo médico segundo os sintomas que apresenta, como anticonvulsivante para reduzir as convulsões ou para tratar a hiperatividade, como Diazepam ou Ritalina, além de analgésicos, como Paracetamol, para diminuir a dor nos músculos, devido a tensão excessiva. Fazer cirurgia na cabeça: Em alguns casos, pode-se realizar uma cirurgia sendo feito um corte na cabeça para permitir o crescimento do cérebro, reduzindo as sequelas da doença. Porém, esta cirurgia para ter resultado deve ser feita até aos 2 meses do bebê e não é indicada para todos os casos, somente quando podem existir muitos benefícios e poucos riscos associados. Tratamento de um bebe que nasceu com microcefalia O bebê que nasce com microcefalia precisa de acompanhamento médico frequente e normalmente precisa de cuidados especiais, sendo necessário um maior cuidado, atenção e dedicação dos pais e de toda família. Dependendo do grau e do tipo de microcefalia que o bebê possui, mais graves serão as consequências da doença e as suas implicações na saúde. Assim, os bebês que nascem com uma cabeça muito menor do que devia tem maiores dificuldades e podem ser completamente dependente dos outros para sobreviver. Já os bebês que tem uma cabeça pequena, mas com um tamanho mais próximo das outras crianças com a mesma idade, tem uma melhor qualidade 7 de vida e apesar de poder haver atraso no desenvolvimento, a criança pode aprender a sentar sozinha, falar algumas palavras, demonstraramor e carinho e até mesmo andar. Alguns conseguem controlar o xixi e o coco, mas muitas precisam usar fraldas adequadas à sua idade por toda a vida. Grande parte precisa de ajuda para caminhar porque precisam se apoiar em alguém para não perder o equilíbrio e também precisam de ajuda para tomar banho, porque tem dificuldade de cuidar da sua própria higiene sozinha. Consequências da microcefalia Embora, a maioria das crianças com microcefalia tenha atraso metal, algumas mantêm a capacidade cognitiva sem grandes alterações, aprendendo a andar, escrever e ler, por exemplo. No entanto, os danos da microcefalia não são iguais em todas as crianças e variam com as sequelas que apresentam, e por isso algumas crianças não conseguem comer sozinhas, nem tomar banho e, por isso, podem precisar de ajuda da família para fazer as tarefas cotidianas. As meninas com microcefalia podem ter menstruação, e como todas as outras pessoas podem ficar doentes em algum momento da vida, necessitando de mais cuidados. A vacinação, normalmente, pode ocorrer normalmente, mas depende da opinião do pediatra e das limitações que a doença causa. Como a microcefalia é diagnosticada? Ainda no útero, a microcefalia pode ser diagnosticada por ultrassom, quando a medida da cabeça (perímetro cefálico), quando comparada com outras medidas do feto e com a idade gestacional, fica abaixo do esperado. Tenha em mente que no ultrassom a medição pode não ser exata, porque depende da habilidade do profissional, da posição do bebê e da qualidade do equipamento. Quando o bebê nasce à microcefalia é diagnosticada com uma simples fita métrica. As autoridades brasileiras estão determinando, para efeito de monitoramento, que serão considerados casos suspeitos de microcefalia recém-nascidos (desde que nascidos depois de 37 semanas) com perímetro cefálico de menos de 32 cm. 8 Apenas a medida não é suficiente para determinar se há malformação. É preciso levar em conta também: A circunferência cefálica dos pais (se os pais também tiverem a cabeça pequena, pode ser apenas uma característica hereditária). O fato de o bebê ter nascido de parto normal. É recomendável repetir a medida do perímetro cefálico 3 ou 4 dias depois do parto, porque a cabeça do bebê tem a capacidade de "afinar" para passar pelo canal de parto, e demora alguns dias para voltar ao normal. As proporções do corpo da criança. Uma criança de estrutura pequena tende a ter uma cabeça menor. O bebê com microcefalia terá um desenvolvimento normal? Os problemas mais comuns em crianças com microcefalia são atraso intelectual e motor, paralisia cerebral, epilepsia, distúrbios oftalmológicos, hiperatividade Convulsões, Rigidez dos Músculos. Crianças com microcefalia são acompanhadas por um neurologista pediátrico e outros especialistas para observar eventuais atrasos no desenvolvimento. Em princípio, quanto menor for a cabeça da criança, maior a gravidade das sequelas, mas essa correlação não é totalmente comprovada. Tempo de vida em caso de microcefalia A expectativa de vida das crianças com microcefalia é semelhante à das outras crianças que não possuem a doença, mas vai depender de vários fatores que incluem a gravidade da doença, se existem outras síndromes associadas e da forma como a criança é acompanhada e tratada. 9 Dessa forma, as crianças que possuem somente microcefalia e que recebem todo o tratamento necessário sempre que apresentarem doenças como gripe, dengue, infecção urinária ou outras, e que são estimuladas a andar e a se alimentar sozinhas tem maiores chances de chegar à vida adulta, embora seja sempre necessário alguém por perto para cuidar delas e de sua segurança. Há algo que eu possa fazer para evitar que o bebê tenha microcefalia? Não exatamente. Você pode cuidar da sua saúde antes de engravidar e durante a gestação, e tomar medidas para tentar não se expor a substâncias tóxicas ao bebê nem pegar infecções que possam causar o problema. Nem sempre isso depende da sua vontade, por mais que você se previna. Caso você pegue uma infecção que possa causar microcefalia, siga o tratamento indicado pelo médico. Em alguns casos, como em infecções virais como a zika, não há tratamento específico. Não existe um exame durante a gravidez que possa garantir, com certeza absoluta, que a criança não terá o problema. Exames de ultrassom ajudam a monitorar o crescimento da cabeça do bebê, mas não há nenhuma intervenção, após a infecção, que possa evitar o surgimento da microcefalia, caso tenha havido dano ao tecido cerebral. E, se ela de fato nascer com microcefalia, além das intervenções e tratamentos iniciados o quanto antes, o que fará mesmo diferença na vida dela é o apoio e carinho da família, para que ela se desenvolva da melhor forma possível. Surto de microcefalia em Pernambuco Em novembro de 2015, o Brasil presenciou um grande surto de microcefalia em Pernambuco. Em menos de um ano, foram diagnosticados 141 casos da anormalidade, o que representa um aumento de mais de 10 vezes de um ano para outro. Os motivos que levaram a tal surto foram investigados e concluiu-se que existe uma relação direta entre a microcefalia e uma doença viral conhecida como Zika, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O motivo da desconfiança em relação a essa doença surgiu diante do relato de grávidas de que, durante a gestação, apresentaram febre, coceira e manchas no corpo, sintomas característicos da doença. 10 Conclusão Concluiu-se nesse trabalho que os problemas mais comuns em crianças com microcefalia são atraso intelectual e motor, paralisia cerebral, epilepsia, distúrbios oftalmológicos, hiperatividade, convunções, entre outros problemas. Crianças com microcefalia são acompanhadas por um neurologista pediátrico e outros especialistas para observar eventuais atrasos no desenvolvimento. Os pais dessas crianças com a microcefalia também tende a estimula-las, para ajudar no tratamento, claro que os avanços não são rápidos, neste tipo de caso o trabalho é de formiguinha, ou seja, aos poucos. Em princípio, quanto menor for à cabeça da criança, maior a gravidade das sequelas, mas essa correlação não é totalmente comprovada. Infelizmente não é possível recuperar o crescimento perdido no cérebro, nem fazer o crânio voltar ao tamanho normal -- com exceção dos casos de cranioestenose, que são raros. Mas o acompanhamento constante da criança para introduzir terapias e estímulos o quanto antes contribui para o desenvolvimento intelectual e motor. E, se ela de fato nascer com microcefalia, além das intervenções e tratamentos iniciados o quanto antes, o que fará mesmo diferença na vida dela é o apoio e carinho da família, para que ela se desenvolva da melhor forma possível. 11 Referencias http://brasil.babycenter.com/a25015205/microcefalia http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/microcefalia.htm http://www.saudemedicina.com/microcefalia/ http://www.tuasaude.com/tratamento-para-microcefalia/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Microcefalia
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