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Posicoes juridicas e Direito Subjetivo

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LEITURA COMPLEMENTAR IED 
Posições Jurídicas dos Indivíduos
POSIÇÕES JURÍDICAS ATIVAS => Poder jurídico
								 Dever jurídico
								 Sujeição				POSIÇÕES JURÍDICAS PASSIVAS	 =>	 Obrigação
 Ônus
Posição Jurídica
(...) situação do sujeito em uma relação, por força da qual é chamado a agir na esfera jurídica do outro. A posição jurídica é acidental, exterior e temporal. (Ferrara)
Situação Subjetiva
É a possibilidade de ser, pretender ou fazer algo, de maneira garantida, nos limites atributivos da regra de direito.(Miguel Reale)
As posições jurídicas, no sentido em que tratamos aqui, são as SITUAÇÕES SUBJETIVAS em que se encontram os indivíduos, em face do sistema de normas jurídicas. 
O direito subjetivo (Poder de exigir determinada conduta de alguém, que, por lei, ato ou negócio jurídico, está obrigado a observá-la) não se confunde com as posições jurídicas que os indivíduos ocupam. 
Posições Jurídicas Ativas
Temos uma posição de vantagem de um dos sujeitos da relação jurídica em relação ao outro, em decorrência de uma norma jurídica. Com efeito, podemos concluir que o poder jurídico decorre de uma posição jurídica ativa que a pessoa ocupa em face do ordenamento jurídico, podendo, nos exatos limites de sua posição, assumir diversas facetas diferentes conforme a seguinte divisão:
Faculdade Jurídica – não tem dever ou sujeição no contraponto 
Direito Subjetivo stricto sensu (Dever)
Direito Subjetivo
 (lato sensu)	 Direito Potestativo (Sujeição) 
Poder Jurídico 
Poder / Dever 
Poderes sobre a coisa
Vale esclarecer que, apesar da classificação acima, iremos analisar somente duas das faces do PODER JURÍDICO: o DIREITO SUBJETIVO e a FACULDADE JURÍDICA. Na verdade, o que realmente nos importa, neste momento, é estabelecer a distinção entre o Direito Subjetivo e a Faculdade Jurídica.
Direito Subjetivo
Relembrando o conceito de RELAÇÃO JURÍDICA:
Relação da vida social disciplinada pelo Direito, mediante a atribuição a uma pessoa de um direito subjetivo e a correspondente imposição a outra pessoa de um dever ou de uma sujeição. (Manuel de Andrade)
Para compreendermos tal afirmativa, necessário se faz que entendamos o significado de DIREITO SUBJETIVO, DEVER JURÍDICO E SUJEIÇÃO.
Entende-se por direito subjetivo, no dizer de Manoel de Andrade, “a faculdade ou poder atribuído pela ordem jurídica a uma pessoa de exigir ou pretender de outra um determinado comportamento positivo (fazer) ou negativo (não fazer), ou de, por um ato de vontade (...), produzir determinados efeitos jurídicos que se impõem inevitavelmente a outra pessoa”.
Em outros termos, direito subjetivo é o poder de submeter alguém a um direito seu preestabelecido pela norma jurídica.
Para chegarmos ao dever jurídico e à sujeição, devemos desmembrar o conceito dado por Manuel A. Domingues de Andrade ao direito subjetivo:
1 - Direito subjetivo é o poder atribuído pela ordem jurídica a uma pessoa de exigir ou pretender de outra um determinado comportamento negativo ou positivo => dever jurídico
2 - Direito subjetivo é o poder atribuído pela ordem jurídica a uma pessoa de, por um ato de vontade, produzir determinados efeitos jurídicos que se impõem a outra pessoa => sujeição
Assim, o dever jurídico é o contraponto de uma faceta do direito subjetivo, enquanto que a sujeição é o contraponto de outra faceta deste mesmo direito.
 Direito subjetivo propriamente dito => dever 
 (stricto senso) jurídico
Direito subjetivo
 
 	Direito potestativo => sujeição (lato sensu)
 
Relembrado o conceito de DIREITO SUBJETIVO, faz-se necessária a análise de duas das posições jurídicas passivas: o DEVER JURÍDICO e a SUJEIÇÃO.
Dever Jurídico - É a conduta a que está sujeito o responsável por uma obrigação em decorrência do que estabelece a lei. É a obrigação imposta pela lei, cujo cumprimento esta garante e assegura, sob pena de uma sanção. (Orlando de Almeida Secco)
Situação em que se encontra uma pessoa (sujeito passivo) de ter de praticar um ato ou, ao contrário, de omitir-se, em ambos os casos em vantagem de outra, sob pena de sofrer uma sanção. (Paulo Dourado de Gusmão)
Dever jurídico é a conduta exigida. Consiste na exigência que o Direito objetivo faz a determinado sujeito para que assuma uma conduta em favor de alguém. (Paulo Nader)
O direito objetivo, ou seja, o conjunto de normas jurídicas, ordena a um sujeito que observe um dado comportamento. Se o sujeito procede diversamente, violando a norma, o direito objetivo autoriza o titular do direito subjetivo a pedir ao Estado, e dele obter, que sejam adotadas contra aqueledeterminadas providências coativas, tendentes à realização daquela conduta que, em última análise, representava o interesse do titular do direito subjetivo.
O receio de que sejam adotadas tais providências ou sanções faz, via de regra, com que o obrigado observe o comportamento imposto pela norma jurídica. 
Todavia, tem o sujeito do dever a possibilidade do descumprimento, expondo-se às conseqüências de seu ato impostas pela lei ao obrigado negligente ou relutante, se assim o quiser o titular do direito subjetivo. Tais conseqüências podem recair tanto sobre a própria pessoa do obrigado, quanto sobre seu patrimônio.
Ex.: Art.186 e 927CC, art.1695 CC, art.1630 c/c art.1634 CC, art.319 CC.
Veja-se que o direito subjetivo consiste apenas no poder de pretender de outrem um dado comportamento.
Como já falamos anteriormente, a todo direito subjetivo se opõe um DEVER JURÍDICO. Um não existe sem o outro, estão entre si como os dois lados de uma moeda. O sujeito ativo da relação jurídica é o portador do direito subjetivo, enquanto que o sujeito passivo é o titular do DEVER JURÍDICO. 
Por exemplo, a norma jurídica determina que não se esbulhe a propriedade alheia e, assim, cria-se o dever jurídico de não esbulhar (art. 1210 CC); a norma determina a devolução do dinheiro recebido em empréstimo e, dessa forma, cria-se o dever jurídico de devolver o dinheiro recebido (art. 397 CC).
O dever jurídico sempre decorre diretamente da lei (ex.: lei que estabelece obrigatoriedade do pagamento de impostos). No entanto, indiretamente, em alguns casos, pode decorrer de atos jurídicos (ex.: prática de ato ilícito que gera o pagamento de indenização, dos contratos...). 
Nos dois exemplos, o dever jurídico decorre, em última análise, da norma jurídica, ou seja, da lei, já que ato jurídico é toda conduta humana inserida no ordenamento jurídico. 
Ex.: O contrato só tem força vinculante das partes envolvidas, porque a lei lhe confere validade jurídica, dotando-o da coercibilidade para se fazer cumprir. 
Ex.: Art.51 e seus incisos da Lei 8.078/90.
Dever jurídico e dever moral
O dever jurídico se distingue do dever moral, porque o primeiro nasce de regras de direito, enquanto o segundo advém de regras de trato social. Muitas vezes há coincidência de disposição entre as espécies de deveres.
Ex.: A obrigação de não matar é, ao mesmo tempo, jurídica, moral, social e religiosa. Outras vezes não ocorre coincidência, como por exemplo, comunicar mudança de endereço ao fisco (DEVER JURÍDICO) e pagar dívida de jogo – art. 814 do CC (DEVER MORAL).
A respeito desta distinção, observa Paulo Dourado de Gusmão: O dever (obrigação) jurídico distingue-se do dever moral, como muito bem disse Radbruch (Filosofia do Direito), por ser exigível. O dever moral não pode ser exigido, enquanto o não cumprimento do dever (obrigação) jurídico pode ser a condição para a aplicação de uma sanção pelo juiz na sentença. caso seja cobrado judicialmente.
O DEVER JURÍDICO pode ser classificado:
Para Orlando de Almeida Secco:1	DEVER JURÍDICO POSITIVO: quando a lei determina que se deva agir, fazer alguma coisa ou dar algo (ex.: pagar uma dívida na data do vencimento, art. 397 do CC).
2	DEVER JURÍDICO NEGATIVO: quando a lei determina que se deva omitir, deixar de fazer algo, obrigação de não fazer (ex.: obrigação do marido, de não prestar fiança sem autorização da mulher, e vice-versa arts. 1647, III do CC).
Para Paulo Dourado de Gusmão 
 
Quando o dever jurídico consiste numa prestação de natureza patrimonial equivale a uma obrigação, podendo ser classificado da seguinte forma:
1	DEVER/OBRIGAÇÃO CONTRATUAL: Tem no contrato a sua origem ou fonte. O dever decorre de um acordo de vontades, cujos efeitos são regulados em lei. As partes, atendendo aos interesses, vinculam-se através de contrato, em que definem direitos e deveres. Normalmente os contratos estabelecem uma cláusula penal, para a hipótese de violação do acordo. O descumprimento de um dever jurídico ocasiona, então, o nascimento de outro dever jurídico, qual seja o de atender à conseqüência prevista na cláusula penal.
Ex.: Contrato de locação que estabelece multa (cláusula penal) no valor equivalente a três alugueres, caso o negócio jurídico seja rescindido antes do seu prazo final; contrato de compra e venda de um imóvel em que se prevê o pagamento de multa diária caso o bem não seja entregue na data estabelecida.
2	DEVER/OBRIGAÇÃO EXTRACONTRATUAL (AQUILIANA): Tem por fonte a lei. Toda obrigação decorrente de ato ilícito é obrigação extracontratual, portanto legal, prevista em lei. 
Ex.: O dano em um veículo provocado por abalroamento gera direito e dever para as partes envolvidas; um vazamento de um apartamento para outro: o dono do apartamento que causou deve indenizar.
SUJEIÇÃO -Assim como o dever jurídico é uma conseqüência do direito subjetivo, a sujeição o é do direito potestativo.
Direito potestativo é aquele ao qual não corresponde nenhuma obrigação. E assim é, uma vez que a ele, direito potestativo, só resta a sujeição da parte contrária, já que o indivíduo contra quem se exerce este poder nada pode fazer para impedi-lo nem a nada está obrigado.
A sujeição, ao contrário do dever jurídico, não pode ser infringida.
A sujeição é, portanto, incidência de determinados efeitos na esfera jurídica de certa pessoa pela simples manifestação da vontade de outra.(CONCEITO)
Ex.: O poder do mandante revogar o mandato, o do cônjuge de pedir o divórcio, depois de preenchidos os requisitos legais.
 Chiovenda, citava a ação como o exercício de um direito potestativo.
Note-se que, ao falarmos de direito subjetivo, estamos nos referindo sempre ao lado ativo da relação e, portanto, ao chamado sujeito ativo. Quando mencionamos o dever jurídico e a sujeição, estamos tratando do lado passivo da relação jurídica, o sujeito passivo. 
Sendo o direito subjetivo o poder de pretender de alguém um certo comportamento ditado na norma jurídica, a lei haveria de impor certas sanções, ou meios coercitivos adequados, para emprestar efetividade a este direito. Tais meios são exatamente as garantias.
Faculdade Jurídica
Quanto à faculdade jurídica, pode ser entendida como poder de agir, permitido pelo direito, para satisfação de interesse legítimo. (Paulo Dourado de Gusmão)
O poder que o sujeito possui de obter, por ato próprio, um resultado jurídico independentemente de outrem. (Ferrara)
A distinção entre o direito subjetivo e faculdade não significa, contudo, que eles se achem desvinculados. Há determinadas faculdades que decorrem de um direito subjetivo, como a de doar um certo bem, que pressupõe direito de propriedade.
Miguel Reale assim define Faculdade Jurídica:
Outro exemplo de situação subjetiva é a faculdade, no sentido estrito desta palavra, representando uma das formas de explicitação do direito subjetivo: quem tem o direito subjetivo de propriedade tem a faculdade de usar o bem, vendê-lo, alugá-lo.... 
Não podemos concordar integralmente com tal definição, visto que a faculdade não consiste numa das formas de explicitação do direito subjetivo e sim numa das facetas do poder jurídico, pois pode ter ou não, no seu contraponto, um dever jurídico. A faculdade jurídica que possuo de contratar não é a explicitação de um direito subjetivo. 
Posições Jurídicas Passivas
É a posição em que se encontra aquele contra quem é dirigida a vontade do sujeito ativo. 
Vale ressaltar que, ao estudarmos o direito subjetivo, já analisamos duas das posições jurídicas passivas: o dever jurídico e a sujeição.
Obrigação
Entendemos que o vocábulo obrigação está intimamente ligado à expressão dever jurídico, podendo ser encarado como o dever jurídico de caráter patrimonial. 
Ônus
Cabe caracterizar o ônus, que se distingue do dever jurídico. No dever jurídico, o sujeito do dever deve agir no sentido do adimplemento no interesse do titular do direito. 
Por exemplo: o locatário paga os alugueres (dever/obrigação) para satisfazer o titular do direito (no caso o locador). 
Diversamente no ônus, em que o sujeito pratica a conduta não visando satisfazer um interesse do sujeito do direito, mas sim no seu próprio interesse. É o caso do sujeito que tem o ônus de provar em juízo os fatos alegados.
Direito Subjetivo
Direito Subjetivo é o poder de submeter alguém a um direito seu preestabelecido pelo Direito Objetivo. 
O Direito Objetivo e o Direito Subjetivo formam uma união indissolúvel em razão do fim a que se destinam => disciplina e desenvolvimento da sociedade
Ninguém admitirá a possibilidade de existir direito para uma pessoa independentemente de uma norma criadora desse direito. Esta é sempre o pressuposto lógico daquele justamente porque é a norma jurídica que gera e que garante direitos. Para que a subjetividade possa se manifestar, faz-se mister que a pretensão esteja objetivamente prevista e garantida. A vinculação que há entre a subjetividade e a objetividade do direito é patente. (Orlando de Almeida Secco)
		
=> Segundo os romanos:
Direito Objetivo é norma agendi. É ele que dispõe acerca da conduta de cada um.
Direito Subjetivo é facultas agendi. É o poder de cada sujeito exigir seus direitos em consonância com o disposto pela norma jurídica. Isto representa dizer que, quando um indivíduo tem um direito subjetivo, por exemplo, tem um direito de crédito relativamente a outrem, pode ele exigir do devedor um certo comportamento a que a lei obriga (pagamento). Todavia, pode também conformar-se, abrindo mão de seu direito de crédito. Assim, fica a seu critério agir ou não. Daí a facultas agendi, a faculdade de agir. Todavia, alertamos para que não se confunda a facultas agendi com a faculdade jurídica, já estudada.
Para que se tenha direito subjetivo é necessário que haja três elementos:
 
Precisa haver um dever correspondente;
O direito precisa ser violável;
O titular do direito pode ter a iniciativa de coerção.
Direito Subjetivo
Poder de submeter alguém a um interesse seu preestabelecido na norma jurídica.
Direito Subjetivo, de modo geral, pode ser entendido como a prerrogativa ou a faculdade outorgada, por lei ou por contrato, a uma pessoa para praticar certo ato. (Paulo Dourado de Gusmão)
O direito subjetivo consiste, assim, na possibilidade de agir e de exigir aquilo que as normas de Direito atribuem a alguém como próprio. (Paulo Nader)
Faculdade jurídica – poder conferido pelo direito de praticar certo ato sem que haja um dever jurídico no contraponto. Ex.: Faculdade de testar, faculdade de contratar, faculdade de casar, a faculdade de alterar um contrato, a faculdade de alienar um objeto seu.
Direito potestativo – poder de praticar certo ato em conformidade com o direito que vai resultar certos efeitos na esfera jurídica de outra pessoa, cabendo a ela somente a possibilidade de sujeitar-se ao interesse do titular. Ex.: O direito de divorciar-se após dois anos de separação de fato, faculdadeque tem o sócio de promover a dissolução da sociedade, faculdade que em o condômino de extinguir o condomínio.
Importante observar que: A Faculdade Jurídica como uma expressão do Poder Jurídico consiste na possibilidade da pessoa praticar atos jurídicos em sentido amplo, como o de outorgar um testamento. Esta prática, como as demais que decorrem do princípio da autonomia da vontade, não constitui um direito subjetivo, porque não se opõe a qualquer dever jurídico. A possibilidade de contrair matrimônio, emancipar o filho menor, doar bens é MERA FACULDADE que decorre de permissibilidade legal.
	
DIREITOS POTESTATIVOS
 Direito potestativo
Direito subjetivo 
(em sentido amplo)
 Direito subjetivo em sentido estrito
Direitos potestativos são aqueles em que se atribui ao seu titular o poder de produzir, mediante sua exclusiva declaração de vontade, a modificação, ou extinção de uma relação jurídica, com efeitos jurídicos em relação ao outro ou outros sujeitos da relação jurídica. (J. M. Leoni Lopes de Oliveira)
Consiste no poder do titular de influir na situação jurídica de outrem, sem que possa ou deva fazer algo, senão sujeitar-se.(Chiovenda)
Nos direitos potestativos, os sujeitos que assumem a situação jurídica subjetiva passiva não têm, como nos direitos subjetivos, uma situação de obrigação, dever, mas estão submetidos a admitir os efeitos produzidos em decorrência da exclusiva manifestação de vontade do titular do direito potestativo.
Ex:. O direito que tem o mandante (outorgante) de revogar o mandato concedido ao seu mandatário (outorgado). 
Nesse caso, o mandante, para cancelar essa relação jurídica de mandato (através da revogação da procuração), não necessita de colaboração do mandatário, basta declarar que não deseja a continuação do referido mandato. Acontece também no caso do direito do patrão de demitir seu empregado, no direito do herdeiro de aceitar ou não a herança, no direito do credor, nas obrigações alternativas, de escolher a coisa, no direito de pedir a divisão da coisa comum e no direito de propor ação judicial.
Conclusão:
O direito potestativo confere ao seu titular o poder de produzir efeitos jurídicos na esfera do outro sujeito da relação jurídica, em decorrência de sua exclusiva manifestação de vontade.
Classificação dos direitos potestativos:
- Direitos potestativos constitutivos: são aqueles em que o seu titular tem o poder de criar uma relação jurídica por sua exclusiva manifestação de vontade.
Exemplos: 
A servidão de constituição de passagem (art. 559 do CC), a aceitação de herança, o direito de preferência.
- Direitos potestativos extintivos: são aqueles em que seu titular tem o poder de extinguir uma relação jurídica, por sua exclusiva manifestação de vontade.
Exemplo: 
A revogação do mandato, o rompimento do vínculo do casamento pelo divórcio, a anulação de negócio jurídico.
Classificação dos Direitos Subjetivos
(públicos e privados; absolutos e relativos; patrimoniais e extrapatrimoniais; originários e derivados; principais e acessórios).
Os direitos subjetivos podem ser classificados de diversas maneiras, figurando como divisão maior a dos DIREITOS SUBJETIVOS PÚBLICOS e a dos DIREITOS SUBJETIVOS PRIVADOS.
 
Direitos subjetivos privados são aqueles que provêm de normas de caráter privado, ou seja, que tratam das pessoas em uma relação de igualdade. Constituem a maioria dos direitos subjetivos.
Classificação dos Direitos Subjetivos Privados
 
Direitos Subjetivos Absolutos e Relativos:
Os Direitos Subjetivos Absolutos - aqueles em que o titular pode exigir um comportamento negativo (abstenção) de toda a sociedade, sendo, portanto, exercidos erga omnes. 
Assim, a principal característica dos direitos absolutos é o dever geral de abstenção de todos os membros da comunidade no sentido de não lesionar referido direito.
Ex.: Os direitos reais em geral (propriedade); os direitos da personalidade (direito à vida, à imagem, ao nome, à integridade física, à liberdade, etc.);
Os Direitos Subjetivos Relativos são aqueles em que está na situação jurídica passiva uma pessoa ou pessoas determinadas. Existe uma relação jurídica entre as partes, seja decorrente de contrato, de ato ilícito ou de imposição legal.
Ex.: Os direitos de crédito em face de alguém, como os decorrentes de uma locação, de alimentos (direitos obrigacionais ou de crédito); e os pessoais, como aqueles decorrentes do casamento, do poder familiar, etc. 
Direitos Subjetivos Patrimoniais e Extrapatrimoniais (ou não patrimoniais) 
Os Direitos Subjetivos Patrimoniais são aqueles que possuem conteúdo econômico, isto é, aqueles em que o homem procura atender às suas necessidades econômicas.
Uma das formas de obter a satisfação econômica é através da utilização direta dos bens materiais. Nesses casos, estamos diante dos direitos reais. Além dos direitos reais, temos os direitos de crédito, os direitos obrigacionais, os direitos sucessórios. Em regra, são transmissíveis e alienáveis. 
Os Direitos Subjetivos Extrapatrimoniais ou Não-Patrimoniais são aqueles insuscetíveis de avaliação econômica. Esses direitos possuem valor moral, como, por exemplo, o direito à filiação, o direito ao poder familiar, o direito à honra. Podem ser direitos personalíssimos ou direitos familiares puros. São inalienáveis, intransmissíveis, sendo alguns adquiridos pelo nascimento. Extinguem-se com a morte do titular. Não obstante, um direito personalíssimo pode ser explorado economicamente, embora não possa ser transferido a outrem, como é o caso do direito à imagem.
						Patrimonial 	 Direito obrigacional, 
				Relativo			 Direito Sucessório
						
Extrapatrimonial – Direito de família
Direito Subjetivo
						
Patrimonial – Direitos reais
				Absoluto
Extrapatrimonial – Direitos da personalidade
Direitos Subjetivos Originários e Derivados
Os Direitos Subjetivos Originários – direitos que se adquirem diretamente, sem interposição de titular anterior. 
Ex.: A personalidade civil, o direito ao nome dos pais, direito a alimentos, os direitos personalíssimos, o usucapião, a ocupação, etc.
Os Direitos Subjetivos Derivados – os que nos são transmitidos por alguém. 
Ex. : Direito à sucessão aberta, de uma compra e venda (direito de propriedade), direito de crédito, etc.
2. Direitos Subjetivos Principais e Acessórios
Direitos Subjetivos Principais - aqueles independentes, autônomos .
Ex.: Direito de propriedade, direito de crédito oriundo de contrato, o poder familiar, direito a alimentos.
Direitos Subjetivos Acessórios - aqueles que dependem do principal, não possuindo existência autônoma. 
Ex.: Direitos decorrentes do contrato de fiança, direto a percepção de juros, os resultantes de uma cláusula penal, etc.
3.Direitos subjetivos transmissíveis e intransmissíveis 
Os direitos subjetivos são em regra transmissíveis, isto é, podem ser transferidos para outros sujeitos. 
Mas nem sempre é assim. Também temos os direitos subjetivos, que não estão sujeitos à transmissão. São os denominados direitos intransmissíveis, que dizem respeito, normalmente, aos direitos da personalidade.
Ex.: Direito à honra, à vida, ao nome, à imagem.
Além desses, temos alguns direitos patrimoniais que são intransmissíveis através da sucessão hereditária, como, por exemplo, o uso, a habitação, o contrato de trabalho, o dever de prestar alimentos, etc.
Observações:
Inalienabilidade
É a indisponibilidade de uma coisa ou de um direito. 
Como diziam os romanos, as coisas inalienáveis eram coisas fora do comércio, que não podem ser objeto de apropriação individual e que não podem também ser vendidas ou compor o patrimônio de uma pessoa.
Pelo nosso Direito, há três categorias de bens inalienáveis:
os NATURALMENTE indisponíveis,como, por exemplo, o ar atmosférico, a água, o mar, considerados como bens não-econômicos, em face de sua grande quantidade;
os que são LEGALMENTE inalienáveis, como, por exemplo, os bens público de uso comum do povo ou de uso especial, os bens dotais, os bens de incapazes, o corpo, a vida, etc.;
os inalienáveis pela VONTADE HUMANA, isto é, resultante de manifestação de vontade que não pode ser arbitrária, somente pode ocorrer nos casos previstos em lei. Pode ser temporária ou vitalícia. Pode resultar de doação, de testamento.
 
Sub-rogação
Significa, em sentido amplo, substituição de um titular de direito por outro, ou de uma coisa por outra. Distingue-se, portanto, sub-rogação PESSOAL da sub-rogação REAL.
SUB-ROGAÇÃO PESSOAL: quando uma pessoa, natural ou jurídica, substitui outra na relação jurídica, seja por ato inter vivos, seja causa mortis.
SUB-ROGAÇÃO REAL: quando um bem toma lugar de outro como objeto do direito.
Sucessão
Na hipótese de transmissão derivada, o novo titular adquire o direito do seu anterior titular. Nesse caso, temos o fenômeno da SUCESSÃO.
Dá-se a sucessão quando alguém assume o lugar do outro sujeito em um determinado direito subjetivo. Pode ocorrer inter vivos, como no caso da compra e venda, ou causa mortis, como no caso da sucessão hereditária.
A sucessão é presidida por certos princípios gerais, como, por exemplo, o de que ninguém poder transmitir mais direitos do que possui ou de que não se pode adquirir mais direitos do que possuía o seu titular anterior.
DO DIREITO SUBJETIVO PÚBLICO
Visam proteger valores universalmente proclamados e exigidos pela opinião pública como absolutamente essenciais ao destino do homem. Tais valores dizem respeito a uma forma de vida compatível com a dignidade humana, em termos de habitação, alimentação, educação, segurança, etc., bem como à liberdade de se autodirigir e de compartilhar com a sociedade a responsabilidade de seus destinos.
A matéria diz respeito, portanto, à posição jurídico-política do homem no seio da comunidade e do Estado, como expressão de sua liberdade, não podendo ser estudada do ponto de vista exclusivamente jurídico, mas sob três prismas: sociológico, político e jurídico.
O estudo dos direitos subjetivos públicos data de época recente (século XIX), sendo objeto de estudo da Teoria Geral do Estado. 
Podemos partir da Magna Cartha Libertatum: “que é o pacto feudal, mediante o qual os chefes de maior prestígio fizeram valer perante o Rei da Inglaterra determinadas prerrogativas, que passaram a constituir limites à ação do poder público” (Miguel Reale). Entre os direitos subjetivos públicos nesse período, podemos citar os da impossibilidade de lançamento de imposto sem o conhecimento prévio dos contribuintes.
Após o período acima, veio uma fase de absolutismo, onde o Estado era o “príncipe”. Não se falava de direitos subjetivos públicos. O indivíduo teria para si apenas o que o Estado lhe destinasse.
Jusnaturalistas (séc. XVIII) – direitos subjetivos naturais, que o Estado deve respeitar, pois este surge para respeitá-los.
O aparecimento de sistemas de governo representativos (o governo formado por representantes do povo, eleitos pelo povo) possibilitou o surgimento da noção de direito subjetivo público, pois é este que enfrenta as situações subjetivas travadas entre o indivíduo e o Estado e do próprio Estado com o ordenamento jurídico.
O reconhecimento de direitos públicos subjetivos, armados de garantias eficazes, constitui uma das características basilares do Estado de Direito.
A teoria do direito subjetivo é, pois, uma teoria fundamental, porquanto implica a afirmação de que o indivíduo possui uma esfera de ação inviolável, em cujo âmbito o poder público não pode penetrar. (Reale)
Direitos subjetivos cuja titularidade pertence ao público, à sociedade como um todo, devendo ser garantidos pelo Estado – PODER/DEVER DO ESTADO.
Ventilar o problema dos direitos públicos subjetivos é discutir a questão do valor do homem no Estado ou perante o Estado. – Miguel Reale
Decorre de situações ou de relações jurídicas relacionadas direta ou indiretamente com o Estado. (Paulo Dourado de Gusmão)
Nas relações jurídicas de direito público, o Estado pode ser sujeito ativo ou passivo, basta que esteja atuando no interesse público, no interesse da sociedade
* Sujeito ativo, dotado de prerrogativas ou poderes.
Exemplos: Os que tem o Estado de punir, de cobrar com sanções o imposto não pago, de estabelecer impostos, de facultar o uso de seus bens, etc.
* Sujeito passivo, em que os titulares dos direitos são os particulares. Exemplos: Direito de eleger, de ser eleito, direitos individuais declarados na constituição.
O direito subjetivo público, segundo Paulo Dourado de Gusmão, divide-se em:
Direito de Liberdade - art. 5º, II da CF (princípio denominado por norma de liberdade); art. 146 do CP (delito de constrangimento ilegal) e art. 5º, LXVIII da CF (habeas corpus).
Direito de ação - possibilidade de exigir do Estado a prestação jurisdicional.
Direito de petição - refere-se à obtenção de informação administrativa sobre assunto de interesse do requerente, art. 5º, XXXIV da CF.
Direitos políticos - o direito de votar e ser votado.

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