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FACULDADE DOCTUM DE JOÃO MONLEVADE HENNER HEVERSON DE ASSIS HUDSON CARVALHO REZENDE SOBRETENSÕES DE ORIGEM ATMOSFÉRICA EM SISTEMAS ELÉTRICOS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO João Monlevade 2018 HUDSON CARVALHO REZENDE HENNER HEVERSON DE ASSIS SOBRETENSÕES DE ORIGEM ATMOSFÉRICA EM SISTEMAS ELÉTRICOS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO Trabalho Acadêmico apresentado para a disciplina Transmissão de Energia Elétrica, ministrada no curso de Engenharia Elétrica, como requisito parcial para aprovação. Profa Drª. Thaís de Fátima Araújo Silva João Monlevade 2018 Conteúdo Sobretensões de Origem Atmosférica em Sistemas Elétricos ............................................ 4 A Descarga Atmosférica ................................................................................................................ 6 Descargas Diretas e Indiretas ................................................................................................ 11 Linhas de Transmissão Sob Efeito do Raio ......................................................................... 14 Linhas de Distribuição Sob Efeito do Raio ........................................................................... 15 Índice de Figuras Figura 1 - Descargas Atmosféricas ................................................................................................ 6 Figura 2 - Disposição de Cargas Elétrica Dentro da Nuvem .......................................................... 7 Figura 3 – Valor de Pico de Corrente em Uma Descarga Elétrica ................................................. 7 Figura 4 – Tempo de Frente de Onda ............................................................................................ 8 Figura 5 - Tempo de Duração Total do Raio .................................................................................. 8 Figura 6 - Grandezas Elétricas na Atmosférica Terrestre .............................................................. 9 Figura 7 - Fluxo de Corrente Elétrica na Atmosfera Terrestre ...................................................... 9 Figura 8 - Modelagem do Circuito de uma Descarga Elétrica ..................................................... 10 Figura 9 - Mapa do Índice Ceurânico .......................................................................................... 11 Figura 10 - Relação Entre a Densidade de Descargas para a terra (Ng) e o Nível Ceurânico ...... 12 Figura 11 - Determinação do Raio de Atração Ra ....................................................................... 13 Figura 12 - Isolamento de LT Contra Descargas Diretas ............................................................. 13 Figura 13 - Isolamento de LT Contra Descargas Indiretas ........................................................... 14 Figura 14 - Cabo Pára Raio em Torres de Transmissão ............................................................... 15 Figura 15 - Tensões induzidas medida e calculadas de acordo com diferentes modelos........... 16 Figura 16 - Tensões induzidas (fase-terra) em linhas com diferentes configurações. ................ 17 Sobretensões de Origem Atmosférica em Sistemas Elétricos A crescente utilização de equipamentos sensíveis a interferências e interrupções de curta duração, como computadores, e da própria mudança do comportamento dos consumidores, que se tornaram mais exigentes, fez com que a preocupação das concessionárias a respeito de transientes e desestabilizações na tensão das linhas causadas por descargas atmosféricas ao atingirem diretamente as linhas de transmissão tenha aumentado. Como consequência, nos últimos anos tem ocorrido um crescimento bastante acentuado de estudos e pesquisas realizados nessa área, tendo em vista não só a busca de uma melhor compreensão dos fenômenos envolvidos na questão dos raios e a determinação de soluções técnicas e economicamente viáveis, mas que também proporcionem uma melhoria efetiva da qualidade da energia fornecida aos consumidores. As descargas atmosféricas, apontadas como responsáveis pela maior parte das interrupções não programadas das linhas de transmissão e de distribuição, mesmo em regiões com densidade de descargas para terra relativamente moderadas. Como as descargas atmosféricas são consideradas responsáveis por cerca de 70 % das interrupções em sistemas de transmissão e por aproximadamente 30 % dos desligamentos em redes de distribuição, a incidência das descargas atmosféricas nas linhas de transmissão ou de distribuição (descargas diretas) ou em mesmo em suas proximidades (descargas indiretas), pode dar origem a sobretensões transitórias de elevada amplitude ao longo da linha. Caso essas amplitudes destas sobretensões excedam aos níveis de suportabilidade do sistema, podem ocorrer descargas disruptivas, as quais podem vir a evoluir para arcos de potência, trazendo com isso o estabelecimento de faltas entre uma ou mais fases para a terra, sendo necessária a atuação do dispositivo de proteção contra sobrecorrentes para eliminar ou mitigar o problema. Mesmo que a maior parte das interrupções decorrentes de descargas atmosféricas apresente duração inferior a 60 segundos, muitas situações críticas podem ocorrer, como o caso de indústrias que utilizem em seus processos equipamentos eletrônicos e sensíveis a perturbações momentâneas. A Descarga Atmosférica Descarga atmosférica, também conhecida como raio, consiste numa intensa descarga elétrica que ocorre na atmosfera (fluxo de uma corrente impulsiva de alta intensidade e curta duração), conforme mostrado na figura 01. Figura 1 - Descargas Atmosféricas Essas descargas atmosféricas podem ocorrer entre nuvem e terra, entre nuvens ou entre pontos de uma mesma nuvem, sendo que esta última situação responde por mais de 50% dos casos. Porém, apenas descargas para a terra podem provocar tensões de amplitude significativa em linhas de transmissão e de distribuição. Uma descarga típica para a terra começa na nuvem e neutraliza cargas elétricas da ordem de dezenas de coulombs. Medições realizadas de dentro das nuvens através de balões meteorológicos, dos campos elétricos associados à neutralização de porções dessas cargas quando da ocorrência de descargas atmosféricas, permitiram a representação da nuvem através de uma estrutura dipolar. Tais medições mostraram que geralmente as cargas negativas estão posicionadas na parte inferior da nuvem, juntamente com uma pequena porção de cargas positivas. Essa distribuição induz o surgimento de cargas positivas no solo, conforme indicado na Figura 02 Figura 2 - Disposição de Cargas Elétrica Dentro da Nuvem Os valores da corrente elétrica durante um raio dependem do tipo de descarga. Em Minas Gerais (Morro do Cachimbo) já houve mensuração de descarga com corrente com valor de pico próximo a 200 KA, conforme a figura 03. Figura 3 – Valor de Pico de Corrente em Uma Descarga Elétrica A duração do tempo de frente de onda tem a característica de ser extremamente curta (ordem de micro segundos ou 10-6seg). A figura 04 demonstra esse valor. Figura 4 – Tempo de Frente de Onda O tempo de duração do pulso total também tem característica de ser extremamente curto (normalmente, inferior a 1 ms ou 1x10-3seg), conformefigura 05. Figura 5 - Tempo de Duração Total do Raio O planeta Terra apresenta um ambiente dinâmico do ponto de vista eletromagnético e isto é responsável pelo equilíbrio das condições ambientais que asseguram a existência de vida. Devido a essa dinâmica planetária, temos um fluxo contínuo de correntes elétricas e a manutenção de potenciais elétricos no planeta. Em condições de bom tempo, temos um campo elétrico (100 a 200 V/m) e um campo magnético (30μ a 60μT) ao nível do solo, mas ao subir na atmosfera, esses valores se mudam, como mostrado na figura 06. Figura 6 - Grandezas Elétricas na Atmosférica Terrestre A carga elétrica espacial positiva, contida na região compreendida entre a superfície do solo e uma altura de cerca de 10 Km, praticamente iguala a carga negativa do solo (aproximadamente -500.000 Coulombs). A existência desta carga garante um fluxo contínuo, na região de bom tempo, de uma corrente com valor entre 750 a 2000 Amperes. Figura 7 - Fluxo de Corrente Elétrica na Atmosfera Terrestre Modelando esse sistema atmosférico, pode-se montar o circuito equivalente: Figura 8 - Modelagem do Circuito de uma Descarga Elétrica Os parâmetros de frente da onda de corrente elétrica podem ser definidos e separados pela tabela 1 abaixo. Tabela 1 -Parâmetros de Frente da Corrente • T10: duração da frente expressa como o intervalo entre os instantes correspondentes a 10 % e 90 % do valor da primeira crista (o tempo de frente equivalente é igual a T10/0,8); • T30: duração da frente expressa como o intervalo entre os instantes correspondentes a 30 % e 90 % do valor da primeira crista (o tempo de frente equivalente é igual a T30/0,6); • TAN10: tangente à frente no ponto correspondente a 10% do valor da primeira crista; • S10: taxa de crescimento entre os pontos correspondentes a 10 % e 90 % do valor da primeira crista; • S30: taxa de crescimento entre os pontos correspondentes a 30 % e 90 % do valor da primeira crista; • TANG: máxima taxa de crescimento na frente. Uma corrente do “return stroke” atinge o valor máximo aproximadamente entre 4µs e 6µs e apresenta taxa de crescimento em torno de 7 kA/µs. Essa corrente atinge a metade do seu valor de crista, na cauda, em aproximadamente 50µs. Os “strokes” subseqüentes são caracterizados por correntes com taxas de crescimento muito maiores, estando o valor médio na faixa de 15 kA/µs a 20 kA/µs. Descargas Diretas e Indiretas Na avaliação do desempenho de sistemas elétricos sob efeito de descargas atmosféricas é de fundamental importância o conhecimento da densidade de descargas para terra (Ng). Esse parâmetro é definido como o número médio anual de descargas para terra por km2 em uma determinada região, que é feita através de aparelhos ou sistemas projetados para essa finalidade. Quando Ng não é conhecida, usualmente é procedimento relacioná-la com o nível ceráunico da região (Td), definido como o número de dias do ano com incidência de trovoadas, como mostrado na figura 9, através da expressão 1 abaixo. 𝑁𝑔 = 0,04. 𝑇𝑑1,25 [1] Figura 9 - Mapa do Índice Ceurânico A aplicação da equação acima mostra, por exemplo, que em uma região com aproximadamente 70 dias por ano com incidência de trovoadas, como é o caso da cidade de São Paulo, tem-se em média cerca de 8 descargas por km2 por ano. Uma vez conhecida a densidade de descargas para terra da região, é possível estimar o número médio anual de descargas que incidem em uma determinada linha ou estrutura (descargas diretas). O gráfico na figura 10 mostra essa relação. Figura 10 - Relação Entre a Densidade de Descargas para a terra (Ng) e o Nível Ceurânico Sabe-se que um condutor disposto horizontalmente a uma determinada altura, atrai para si descargas atmosféricas que na sua ausência cairiam no solo, estabelecendo desse modo uma espécie de blindagem e considerações teóricas mostram que existe forte correlação entre a distância de atração e a amplitude da corrente do "return stroke", sendo que o "Modelo Eletrogeométrico" considera a seguinte relação definida na equação 2 abaixo. 𝑟𝑠 = 10. 𝐼0,65 [2] • rs representa a distância de atração, em metros; • I é o valor de crista da corrente, em quiloamperes; Dessa forma, caso a distância perpendicular entre a linha e o canal do "leader" for superior a um certo raio de atração Ra, a descarga atingirá o solo; caso contrário, incidirá na linha. O raio de atração é determinado conforme a equação 3, onde o valor de rg adotado pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) é de 90 % de rs. 𝑅𝑎 = √𝑟𝑠2 − (𝑟𝑔 − ℎ)2 2 [3] O raio de atração médio adotado pelo IEEE para avaliação do desempenho de linhas de transmissão e de distribuição de altura h (expressa em metros) frente a descargas atmosféricas é dado pela equação 04 definida por: 𝑅𝑎 = 14. ℎ 0,6 [4] Figure 11 - Determinação do Raio de Atração Ra • h: altura da linha; • rs: distância de atração; • rg: distância de atração para o solo. Algumas afirmações podem ser realizadas, com base em informações de pesquisadores ingleses, desde que considerados os padrões de construção usualmente usados nas redes de distribuição: • qualquer raio que caia a uma distância de 16 Km de uma linha, classe 15 KV, é atraído por ela; • raios que caiam a até 275 Km de uma linha classe 15 KV, podem induzir uma tensão suficientemente alta para causar disrupção dos isoladores para a terra; Com essas informações, pode-se calcular para a cidade de São Paulo por exemplo, para proteção contra descarga direta mostrado na figura 12 abaixo. Figura 12 - Isolamento de LT Contra Descargas Diretas Da mesma forma, pode-se calcular para a mesma cidade como exemplo, para proteção contra descarga indireta mostrado na figura 13 abaixo. Figura 13 - Isolamento de LT Contra Descargas Indiretas Linhas de Transmissão Sob Efeito do Raio No momento em que uma Linha de Transmissão é atingida por uma descarga atmosférica com corrente de amplitude I, essa corrente injetada no condutor dá origem a duas outras ondas de tensão que se propagam pela linha nos dois sentidos, e que podem ser estimadas através da expressão matemática 5. 𝑉 = 𝑍𝐿 . 𝐼 2 [5] Sendo ZL a impedância característica da linha. Tais ondas, ao atingirem as torres de transmissão, podem gerar valores de tensão sobre os isoladores em níveis muito acima dos suportados pelos mesmos, podendo causar curto circuitos e desarme da rede. Pela equação 6, fica fácil estimar que a probabilidade P(I) de que a descarga negativa atinja amplitude superior a um certo valor I (em quiloamperes) pode chegar a 99 % de chance; 𝑃(𝐼) = 100% 1 + ( 𝐼 31) 2,6 [6] Exatamente por essa razão, as linhas de transmissão normalmente são protegidas por um ou dois cabos guarda (também conhecidos por cabos pára- raios), como se pode ver no esquema da figura 14. Figura 14 - Cabo Pára Raio em Torres de Transmissão A guarda da torre é composta por um ou mais condutores conectados à terra e instalados no topo da torre com o objetivo de atrair para si o máximo das descargas atmosféricas que, na sua ausência, incidiriam diretamente nos condutores fase ocasionando sobretensões superiores àquelas que a linha suporta. Afim de evitar as chamadas faltas por falhas de blindagem, onde os raios incidem sobre a linha de transmissão mesmo com cabo guarda, as torres, os cabos, estruturas, isoladores devem ser projetados para que essa situação apenas ocorra em situações onde os valores sejam inferiores à "corrente crítica",que é a mínima corrente capaz de ocasionar uma sobretensão elevada o bastante para danificar a rigidez dielétrica dos isoladores. Outro efeito a ser contemplado e mitigado no projeto é o chamado backflashover, que é quando uma parcela da corrente da descarga atmosférica flui através da torre, fazendo com que esta fique com potencial elevado em relação à terra. No caso deste potencial ser suficientemente acima do valor suportado pela cadeia de isoladores, ocorrerá uma descarga disruptiva, desarmando a rede. Linhas de Distribuição Sob Efeito do Raio Apesar de tecnicamente possível tornar os sistemas de distribuição completamente imunes a descargas atmosféricas diretas, tal procedimento não é economicamente justificável e, na prática, admite-se um determinado risco de falhas. As descargas indiretas, enquanto nas linhas de transmissão não são problema, nas linhas de distribuição são grandes causadoras de desarme, devido sua alta incidência. Se por um lado existe um certo entendimento no que se refere à avaliação do desempenho de linhas de distribuição quanto a descargas diretas, as tensões induzidas por descargas indiretas representam um fenômeno muito mais complexo, e até hoje não se entrou em consenso entre um modelo específico que possa predizer o mesmo sobre as linhas. A figura apresenta comparações entre quatro modelos matemáticos no estudo de uma tensão induzida medida em um experimento no Japão e as tensões calculadas: Chowdhuri-Gross, Liew-Mar, Rusck e ERM ("Extended Rusck Model"). Este último foi desenvolvido na Universidade de São Paulo e se baseia na teoria Rusck, apesar de modificado em relação ao modelo original e que possibilitam a sua aplicação no caso de situações mais realistas. Todos os cálculos referem-se à mesma situação, onde um a descarga 9 kA atingiu uma torre de 200 m de altura situada à distância de 200 m de uma linha não energizada com 820 m de comprimento e sem nenhum equipamento instalado. Figura 15 - Tensões induzidas medida e calculadas de acordo com diferentes modelos. 1) Tensão medida 2) Tensão calculada (modelo de Chowdhuri-Gross) 3) Tensão calculada (modelo de Liew-Mar) 4) Tensão calculada (modelo de Rusck) 5) Tensão calculada (modelo ERM) Os parâmetros de maior influência são a amplitude, o tempo de frente e a velocidade de propagação da corrente do "return stroke" e a distância da linha ao ponto de incidência da descarga. Normalmente descargas acima de 200 m de distância não são problema a não ser que o valor da corrente seja acima de 100 kA; Como o custo da instalação de cabo guarda em linhas de distribuição fica inviável devido o preço, a instalação de religadores automáticos e cabos neutro tem reduzido as faltas por descargas indiretas, conforme mostra a figura 16, com os seguintes parâmetros: 1) linha sem neutro e sem pára-raios; 2) linha com o condutor neutro à altura de 7 m e aterrado a cada 300 m, sendo o valor da resistência de terra igual a 50 Ω; 3) linha com neutro à altura de 7 m e com pára-raios de distribuição típicos instalados a cada 300 m, sendo o valor da resistência de terra igual a 50 Ω. Figura 16 - Tensões induzidas (fase-terra) em linhas com diferentes configurações. 1) linha sem neutro 2) linha com neutro 3) linha com neutro e com pára-raio Mesmo os resultados serem para uma situação específica, pode-se ver que a presença do neutro causa uma redução de 14 % na amplitude da tensão induzida em relação à situação de referência (linha sem neutro e sem pára- raios). Essa redução, no entanto, é muito mais acentuada quando se considera, além do condutor neutro, a presença de pára-raios na linha, quando chega a cerca de 50 % em relação à situação de referência. A Norma Brasileira NBR 5419 - Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas, pessoas e instalações no seu aspecto físico dentro do volume protegido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NBR 5419 – PROTEÇÃO DE ESTRUTURAS CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRIAS(NORMA TÉCNICA ABNT), 2001. LEITE, D. M. PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS. 3. ed. São Paulo, Officina de Mydia, 1997. MACHADO, Rubem Geraldo Vasconcelos. MINI CURSO DESCARGAS ATMOSFÉRICAS – I. 2015. GOMES, Daisy Spolidoro Ferreira. ATERRAMENTO E PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES EM SISTEMAS AÉREOS DE DISTRIBUIÇÃO. Niterói, EDUFF, 1990.
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