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Mecânica Respiratória Profa. Dra. Silvana Meyrelles - UFES “Every breath you take I´ve been watching you....” “Cada vez q vc respirar, eu estarei observando você...” The Police Mecânica Respiratória Profa. Silvana Meyrelles • A respiração engloba 3 aspectos: • Ventilação: – Respiração propriamente dita. • Trocas Gasosas: – Ocorre entre o ar e o sangue nos pulmões. – Ocorre entre o sangue e os tecidos. • Regulação da Respiração: – Controle central – Controle periférico RESPIRAÇÃO • Fornecer oxigênio; • Eliminar gás carbônico; • Regular a concentração de íons hidrogênio • Formação das palavras; • Defesa contra microorganismos. FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ESTRUTURA DA ÁRVORE RESPIRATÓRIA Durante a inspiração, o ar passa pelo nariz (mais comum) ou da boca para a faringe, A faringe se ramifica em dois tubos: o esôfago, através do qual o alimento passa ao estômago, e a laringe, que é parte das vias aéreas. Na laringe, encontram-se as cordas vocais. O nariz, a boca, a faringe e a laringe são denominados vias aéreas superiores. A laringe abre-se dentro de um longo tubo, a traquéia, que por sua vez, ramifica-se em dois brônquios, e cada um deles entra em um dos pulmões. ESTRUTURA DA ÁRVORE RESPIRATÓRIA Dentro dos pulmões há mais de 20 gerações de ramificações, cada uma delas resultando em tubos mais estreitos, mais curtos e mais numerosos. As paredes da traquéia e dos brônquios contêm anéis de cartilagem, que conferem a eles sua forma cilíndrica e lhes da suporte. Os primeiros ramos das vias aéreas que não contêm mais cartilagem são denominados bronquíolos. FUNÇÕES DA ZONA DE CONDUÇÃO • Fornecer uma via de baixa resistência a passagem de ar; • Defesa contra micróbios e substâncias químicas; •Aquecer e umidificar o ar; • Fonação • Contêm cílios que se movimentam continuamente em direção a faringe; • Glândulas que secretam muco • Macrófagos. •Pouco músculo liso EPITÉLIO RESPIRATÓRIO CILIADO • Células caliciformes no epitélio respiratório secretam uma camada mucosa espessa que aprisiona partículas inaladas. O muco flutua no topo de uma solução salina que permite que os cílios empurrem o muco para cima em direção a faringe, onde ele é deglutido. FUNÇÕES DA ZONA RESPIRATÓRIA • Controle do fluxo de ar para os alvéolos; • Troca gasosa entre o ar e o sangue; • Não contêm cílios; • Não possuem glândulas que secretam muco • Células epiteliais do tipo I • Muito músculo liso; •Células epiteliais do tipo II (produção do surfactante) ALVÉOLOS Os alvéolos começam a aparecer pela primeira vez nos bronquíolos respiratórios, aderidos em suas paredes. O número de alvéolos aumenta nos ductos alveolares em seguida, as vias aéreas terminam em grupamento semelhante a cachos de uva, consistindo inteiramente em alvéolos. RELAÇÃO ENTRE OS VASOS SANGUÍNEOS E AS VIAS ÁREAS • Os vasos sanguíneos que acompanham as vias aéreas sofrem várias ramificações até a formação de redes de capilares que suprem os alvéolos; • A circulação pulmonar tem resistência muito baixa em comparação com a circulação sistêmica, por isto as pressões dentro dos vasos sanguíneos pulmonares são baixas. FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR LOCAL DAS TROCAS GASOSAS: ALVÉOLO • O sangue dentro de um capilar da parede alveolar é separado do ar dentro dos alvéolos por uma barreira extremamente delgada (0,2 µm de diâmetro). • A área de superfície total dos alvéolos em contato com os capilares é aproximadamente do tamanho de uma quadra de tênis. Cerca de 480 milhões de alvéolos. • Esta extensa área e a delgada da barreira (0,5 µm) permitem a rápida troca de grandes volumes de oxigênio e dióxido de carbono por meio de difusão MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO Os pulmões não tem a capacidade de inflar por si próprios, isto é efetuado por intermédio dos músculos respiratórios. O diafragma e intercostais externos são os principais músculos da inspiração. Quando o diafragma se contrai, os conteúdos abdominais são empurrados para baixo, e as costelas são deslocadas para cima e para fora. A expiração é normalmente um ato passivo, o ar é impulsionado para fora dos pulmões pela reversão do gradiente de pressão entre o ar e atmosfera. Alguns outros músculos não são envolvidos na respiração tranqüila: músculos abdominais (expiração) e acessórios (inspiração), intercostais internos, que puxam as costelas para baixo e para dentro. MEMBRANAS PLEURAIS • A parede torácica é revestida pela pleura parietal, a qual é separada da pleura visceral (que recobre os pulmões) por fina camada de líquido, • Sua função é lubrificar as superfícies das membranas pleurais durante seu movimento na respiração. O volume total do líquido é cerca de 10 ml. • As membranas consistem de tecido conjuntivo colagenoso e elástico. • Ocupam toda a cavidade torácica, exceto o mediastino (coração). •Durante a respiração normal, a pressão intrapleural, é sempre subatmosférica PNEUMOTÓRAX Presença de ar na cavidade pleural. O acúmulo de ar, leva ao aumento da pressão intrapleural, o qual pode desviar o mediastino e interferir mecanicamente com o retorno venoso ao coração e produzir uma acentuada queda do débito cardíaco. LEI DOS GASES • A pressão total de uma mistura de gases é soma das pressões individuais dos gases que a compõem (Lei de Dalton): • Os gases, simples ou em mistura, movimentam-se de áreas de alta pressão para áreas de baixa pressão; • Se o volume de um recipiente de gás muda, a pressão do gás irá mudar de modo inverso (lei de Boyle); • A quantidade de gás que irá se dissolver em um líquido é determinada pela pressão parcial do gás e pela solubilidade do gás no líquido (Lei de Henry). PRESSÕES PARCIAIS DOS GASES ATMOSFÉRICOS PRESSÕES PARCIAIS DOS GASES RESPIRATÓRIOS VARIAÇÕES DA PRESSÃO DURANTE A VENTILAÇÃO PULMONAR • O ar entra nos pulmões quando a pressão do ar dentro deles é menor do que a pressão do ar na atmosfera, e sai dos pulmões quando a pressão dentro deles é maior do que a pressão na atmosfera (Lei de Boyle) FATORES QUE AFETAM A VENTILAÇÃO PULMONAR • Enquanto as diferenças da pressão do ar conduzem o seu fluxo durante a inspiração e a expiração, três outros fatores afetam a velocidade do fluxo de ar e a facilidade da ventilação pulmonar: • Tensão superficial do líquido alveolar; • Complacência dos pulmões; • Resistência das vias aéreas. TENSÃO SUPERFICIAL DO LÍQUIDO ALVEOLAR • A lei de Laplace afirma que a pressão que tende a retrair um alvéolo é diretamente proporcional à tensão superficial gerada pelas moléculas de líquido que revestem o alvéolo, e inversamente proporcional ao raio do alvéolo. • A tensão superficial se origina por causa da pontes de hidrogênio entre as moléculas de água. As moléculas da superfície são atraídas para outras moléculas de água que estão do lado e acima delas, mas não para o ar. SURFACTANTE • O surfactante age como um detergente, interrompendo as forças coesivas entre as moléculas de água. Nos pulmões o surfactante, diminui a tensão superficial do fluido que recobre os alvéolos e impedem que os alvéolos menores colapsem. O surfactante é uma mistura que contém lipoproteínas e é secretado pelos pneumócitos II. COMPLACÊNCIA PULMONAR • O surfactante tem outra vantagem para a função pulmonar, aumenta a complacência pulmonar, o que reduz o trabalho de expansão dos pulmões durante a inspiração. • São as variações no volume pulmonar produzida por qualquer alteração na pressão transpulmonar. C=DV/DP(Palv-Pip) • Complacência pode estar reduzida por fatores que produzem resistênciaa distensão. TLC: Capacidade pulmonar total. RESISTÊNCIA DAS VIAS ÁREAS • A resistência no sistema respiratório é similar à resistência do sistema cardiovascular. • O tamanho do sistema (L) • A viscosidade da substância que flui através do sistema (n) • O raio dos tubos do sistema (r) • Como o tamanho e a viscosidade são constantes no sistema respiratório, o raio torna-se o principal determinante da resistência. • Acúmulo de muco nas vias áreas • Bronconstricção R=Ln/r4 VOLUMES PULMONARES •Volume corrente (500 ml) •Volume inspiratório de reserva (± 3000 ml) •Volume expiratório de reserva (± 1200 ml) •Volume residual (± 1200 ml) Capacidade inspiratória (± 3500 ml) Capacidade funcional residual (± 2400 ml) Capacidade vital (± 4700 ml) Capacidade pulmonar total (± 5900 ml) VENTILAÇÃO ALVEOLAR OU VENTILAÇÃO MINUTO •Volume corrente: • (ml/respiração) x freqüência respiratória (respiração/minuto) •Ventilação alveolar (ml/min): •(volume corrente –espaço morto) x freqüência respiratória
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