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MÃES DO CÁRCERE (1) (1)

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MÃES DO CÁRCERE: A VIOLAÇÃO DO DIREITO À GRAVIDEZ E À 
MATERNIDADE NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO 
Marília de Andrade Silva1 
GT 3: Direitos Humanos sob a perspectiva do Direito Penal 
SUMÁRIO: RESUMO - 1. INTRODUÇÃO - 2. HISTÓRICO DA IMPLANTAÇÃO 
DAS PRISÕES FEMININAS NO BRASIL - 2.1. A TUTELA JURÍDICA DA 
GRAVIDEZ E DA MATERNIDADE NAS PENITENCIÁRIAS BRASILEIRAS - 
2.2 A REALIDADE DA CONDUÇÃO DA GRAVIDEZ E DO TRATAMENTO 
DA MATERNIDADE NAS PRISÕES BRASILEIRAS - 2.3 A PRISÃO 
DOMICILIAR COMO ALTERNATIVA PARA UMA MATERNIDADE 
HUMANIZADA NO SISTEMA PENITENCIÁRIO - 3. METODOLOGIA - 4. 
CONSIDERAÇÕE - 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 
 
RESUMO: Trata-se de um estudo que aponta para a problemática da gravidez e do 
exercício da maternidade nas penitenciárias brasileiras. Nesse sentido, o presente estudo 
justifica-se na intenção de alvitrar para as condições em que as mulheres são submetidas 
no sistema penitenciário, evidenciando-se a precariedade e o abandono histórico do 
Estado frente aos direitos femininos, que envolvem inúmeras complexidades e 
singularidades que lhes são inerentes. Assim, partiu-se de uma abordagem histórica da 
constituição dos presídios femininos no Brasil, de modo a contextualizar e comparar as 
condições passadas e futuras das aprisionadas dentro da instituição carcerária. 
Progressivamente, elencaram-se os dispositivos normativos que tutelam os direitos das 
mulheres enclausuradas, de forma a apresentar os direitos que lhes são promulgados e 
contrapondo-os a realidade existente. E, por fim, aponta-se a prisão domiciliar como 
instrumento garantidor da dignidade das mulheres apenadas. 
Palavras-chave: Mulheres presas. Sistema penitenciário feminino. Maternidade na 
prisão. Direito das mulheres apenadas. 
 
1. INTRODUÇÃO 
O encarceramento feminino no Brasil contabiliza 42,3 mil aprisionadas, sendo a 
quarta maior população feminina encarcerada no mundo, de acordo com o Infopen, o 
Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, divulgado pelo Ministério da 
Justiça. Tem-se uma taxa de crescimento de 10,7% ao mês de mulheres presas, ao passo 
que apenas 7% das instituições penitenciárias são destinadas para o aprisionamento 
exclusivo de mulheres, com 16% compondo as unidades mistas, isto é, penitenciárias 
que podem ter, dentro de um estabelecimento originalmente projetado para o público 
masculino, celas ou alas femininas. 
 
1 Graduanda em Direito pelo Centro de Ciências Jurídicas e Sociais, da Universidade Federal de Campina 
Grande (2018). E-mail: marilia—99@hotmail.com 
Nessa perspectiva, esse aumento do número de mulheres aprisionadas decorre da 
promulgação da lei nº 11.343/06 (Lei de Drogas), no qual se percebeu que, a partir da 
sua vigência, houve um aumento exponencial do sistema carcerário, no qual 64% das 
mulheres condenadas tiveram participação no tráfico de drogas. Constatou-se, ainda de 
acordo com os dados do Infopen, que 18% das mulheres presas possuem ao menos um 
filho e 20% possuem dois. 
Sem embargo, essa conjuntura do aumento exponencial de mulheres presas 
direciona a necessidade de se pensar as condições a que elas estão sendo submetidas, 
haja vista as muitas particularidades que as singularizam em relação aos homens, e nas 
quais duas delas se notabilizam, a saber: a gravidez e a maternidade. É nesse sentido, 
que o presente estudo se debruça na análise da realidade de violação constante dos 
direitos femininos à gravidez acompanhada e na execução de uma maternidade efetiva. 
2. HISTÓRICO DA IMPLANTAÇÃO DAS PRISÕES FEMININAS NO BRASIL 
A compreensão histórica da prática delituosa pelas mulheres acompanha a 
evolução do papel social desempenhado por elas na sociedade, variando conforme os 
costumes e a moral vigente. Com efeito, no período da Idade Média, a mulher criminosa 
era aquela considerada como bruxa, prostituta ou feiticeira, contrária aos valores sociais 
estabelecidos, recebendo a reprovação por parte da instituição religiosa, como na 
inquisição realizada pela Igreja Católica, assim como pelo corpo social do qual 
integrava (SOUZA; FERREIRA, p. 141, 2015). 
Nessa perspectiva, o surgimento de instituições prisionais exclusivas para 
mulheres no Brasil, vinculadas ao Estado, só veio a ocorrer nas décadas de 30 e 40, 
período que também foi instituído o Código Penal, que assim disciplinou no §2º do 
artigo 29º “As mulheres cumprem pena em estabelecimento especial, ou, à falta, em 
secção adequada de penitenciária ou prisão comum, ficando sujeitas a trabalho interno”. 
Assim, em 1941, no estado de São Paulo, estabelecia-se o “Presídio de 
Mulheres”, comandado por freiras da Congregação do Bom Pastor d’Angers, que foi 
implantado não na intenção de garantir um adequado e digno enclausuramento das 
mulheres, separando-as dos homens, mas simplesmente para “garantir a paz e a 
tranquilidade desejadas nas prisões masculinas, do que propriamente para dar mais 
dignidade às acomodações carcerárias” (SOARES; ILGENFRITZ, 2002, p. 57). 
 Além disso, a construção histórica da aplicação das penas nos presídios 
femininos difere, em decorrência do machismo secular vigente na sociedade, das penas 
estipuladas para os apenados masculinos. Sem embargo, as penas imputadas as 
mulheres não tinham por objetivo a recuperação delas para a vida em sociedade, mas 
sim para o seu resgate como dona do lar, exercendo elas nos presídios atividades de 
costura, crochê, jardinagem. 
Nesse sentido, a pena era cominada na reprodução dos estereótipos atrelados a 
figura feminina que, na assertiva de Espinoza (2003, p. 39) “Buscava-se que a educação 
penitenciária restaurasse o sentido de legalidade e de trabalho nos homens presos, 
enquanto, no tocante às mulheres, era prioritário reinstalar o sentimento de pudor”. 
Assim, percebe-se que, desde o momento da instituição de prisões exclusivas 
para as mulheres, a discriminação de gênero se fez presente, sem que o Estado tivesse a 
preocupação de garantir um sistema penitenciário adaptado às necessidades específicas 
que as mulheres exigem para ter um mínimo de dignidade possível, perdurando essa 
realidade até os dias atuais. 
2.1 A TUTELA JURÍDICA DA GRAVIDEZ E DA MATERNIDADE NAS 
PENITENCIÁRIAS BRASILEIRAS 
A legislação brasileira é extensa na consagração de direitos e garantias 
fundamentais para a população carcerária feminina. Com efeito, a Constituição Federal, 
no rol dos inúmeros direitos fundamentais enumerados no artigo 5º, estabelece no inciso 
L a disposição de que “às presidiárias serão assegurados condições para que possam 
permanecer com seus filhos durante o período de amamentação”. 
Sem embargo, o legislador ordinário também se preocupou em regulamentar os 
direitos da mulher no sistema prisional, instituindo alteração, dada pela lei 11.942/2009, 
que modificou as redações dadas pelos artigos 14º, 83º, 89º da Lei de Execução Penal, 
assegurando, mais especificamente, direitos referentes à gravidez e à maternidade nos 
presídios femininos: 
Art. 14, § 3º. Será assegurado acompanhamento médico à mulher, 
principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido. 
Art. 83, § 2º. Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão 
dotados de berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, 
inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses de idade. 
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres 
será dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar 
crianças maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a 
finalidade de assistir à criança desamparada cuja responsável estiver presa. 
(BRASIL, 2009). 
Além do mais, apreocupação com a garantia mínima de uma gravidez 
acompanhada de pré-natal, bem como do exercício da maternidade de maneira digna 
para mãe e para o filho, constituem temas que também estão regulamentados pelo 
direito internacional, como a disposição das Regras Mínimas para o Tratamento dos 
Presos, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), assim como as 
Regras de Bangkok, definidas na 65ª Assembleia das Nações Unidas em 2010, 
orientando os países para a necessidade de tratamentos diferenciados para as mulheres 
que estão privadas de liberdade, assim dispondo: 
Regra 50 
 Mulheres presas cujos/as filhos/as estejam na prisão deverão ter o máximo 
possível de oportunidades de passar tempo com eles. 
Regra 52 1. A decisão do momento de separação da mãe de seu filho deverá 
ser feita caso a caso e fundada no melhor interesse da criança, no âmbito da 
legislação nacional pertinente. 
 2. A remoção da criança da prisão deverá ser conduzida com delicadeza, e 
apenas quando alternativas de cuidado da criança tenham sido identificadas e, 
no caso de presas estrangeiras, com consulta aos funcionários/as consulares. 
3. Uma vez separadas as crianças de suas mães e colocadas com familiares ou 
parentes, ou sob outras formas de cuidado, serão oferecidas às mulheres 
presas o máximo de oportunidades e condições para encontrar-se com seus 
filhos e filhas, quando estiver sendo atendido o melhor interesse das crianças 
e a segurança pública não for comprometida. 
Assim, a fixação de instrumentos normativos, seja no plano internacional ou 
nacional, constituem meios de se garantir as condições para o exercício de direitos 
com dignidade, em consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos 
do qual o Brasil é signatário desde 1948. Em grande verdade, a dignidade da pessoa 
humana é princípio que orienta, no Estado Democrático de Direito, a produção e a 
cominação da pena, não se justificando, de forma alguma, o tratamento desumano do 
qual as apenadas são submetidas somente por que elas cometeram uma prática 
delituosa. 
Destarte, a tutela da gravidez e da maternidade no sistema penitenciário 
perpassa a compreensão de se garantir apenas a dignidade humana da apenada, 
levando-se em conta que a maternidade envolve também a dignidade e os direitos que 
as crianças possuem de serem cuidadas e amamentadas, para que o seu 
desenvolvimento físico, psicológico e afetivo seja consolidado. O Estatuto da Criança 
e do Adolescente também é firme na proteção ao um desenvolvimento interativo e a 
uma amamentação saudável da criança como lhes sendo direitos fundamentais. 
 
2.2 A REALIDADE DA CONDUÇÃO DA GRAVIDEZ E DO TRATAMENTO 
DA MATERNIDADE NAS PRISÕES BRASILEIRAS 
 
Diante das determinações normativas no resguardo de direitos às grávidas e 
mães presas, constataram-se, de acordo com os dados da INFOPEN MULHERES, que 
as penitenciárias brasileiras se encontram totalmente inadequadas frente a essas 
disposições, não possuindo atendimento básico para as mulheres grávidas, e nem 
muito menos espaços salubres para que as mães possam amamentar e cuidarem de 
seus filhos durante o período em que eles estão sob os seus cuidados. 
Sem embargo, a violação desses direitos se dá desde o momento de parição, 
em que as mulheres são conduzidas aos hospitais algemadas, inclusive durante o 
próprio parto, constituindo em um claro desrespeito à condição parturiente da 
apenada. Além disso, em um momento único e singular na vida dessas mulheres, não é 
permitido o acompanhamento familiar no parto delas, sendo liberada apenas a 
presença de um agente penitenciário, desemparando as puérperas em um momento tão 
significativo. 
Destarte, concernente ao exercício da maternidade nas prisões brasileiras, 
especialmente em relação aos direitos das crianças, a situação se torna muito mais 
complexa. Isso porque não há uma adequação da dinâmica prisional estabelecida para 
as prisioneiras que leve em consideração a existência de uma criança dentro desse 
espaço, condicionando-a as mesmas situações pelas quais as mães são submetidas. 
Com efeito, de acordo com os dados do INFOPEN MULHERES, a existência 
de berçários só está presente em 32% dos estabelecimentos prisionais, ao passo que a 
de creches só contabiliza 3% nas unidades femininas, bem como há 89% das unidades 
mistas sem nenhuma creche. 
Dessa forma, não há uma diferenciação das circunstâncias espaciais para as 
mulheres apenadas em exercício da maternidade daquelas que não a estejam 
exercendo, já que são pouquíssimas as unidades prisionais que possuem espaços 
arquitetados para promoverem o desenvolvimento físico e psíquico das crianças que 
vivem nas prisões, ofertando creches nesses espaços. 
 
2.3 A PRISÃO DOMICILIAR COMO ALTERNATIVA PARA UMA 
MATERNIDADE HUMANIZADA NO SISTEMA PENITENCIÁRIO 
 
A prisão domiciliar é um mecanismo processual de recolhimento do indiciado 
ou acusado em sua casa, podendo ele se ausentar somente com autorização judicial. 
Essa modalidade de prisão pode ser impetrada tanto para o caso de presos preventivos, 
nas hipóteses elencadas no artigo 318º2 do Código de Processo Penal, como para os já 
condenados, de acordo com artigo 117º da Lei de Execuções Penais. 
Ressalta-se, que o estabelecimento de prisão preventiva, ao menos no período da 
primeira infância, constitui mecanismo de se promover uma maternidade que tenha o 
escopo da dignidade da pessoa humana, ao garantir, muito mais ao filho do que a mãe, a 
oportunidade de um desenvolvimento mais íntegro, em um ambiente mais acolhedor, 
higiênico e adaptando para as suas necessidades. Não se trata de uma diferenciação na 
aplicação da pena tendo por objeto principal unicamente a mãe, mas principalmente 
com a intenção de se garantir a plenitude do que é mais relevante dentro dessa situação, 
que é a maternidade e a família, célula social fundamental para o Direito. 
O pentinciarista José Gabriel de Lemos Britto (1943, p.23), que entre os anos 
de 1923 e 1924 percorreu o Brasil no levantamento de dados penitenciários 
encomendados pelo Ministério da Justiça, defendeu que não é a sentenciada que se faz 
o tratamento especial, mas sim a alguma coisa que, mesmo em se tratando de 
criminosos, não perde a singeleza e santidade, que é o exercício à maternidade. 
Com efeito, a maternidade exercida dentro das prisões é contrária ao postulado, 
formulado por Beccaria no século XVIII, de que a pena não se transmite aos 
descendentes, cabendo apenas ao indivíduo que a cometeu realizar o seu 
cumprimento, já que o filho é submetido às mesmas condições insalubres e as mesmas 
sensações de enclausuramento, como se preso já nascesse. 
Cabe ressaltar, por fim, que o Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento 
de Habeas Corpus Coletivo impetrado pelo Coletivo de Advogados em Direitos 
Humanos, determinou a substituição da prisão preventiva por domiciliar de mulheres 
presas que sejam gestantes ou mães de crianças de até 12 anos ou com deficiência, em 
 
2 Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
todo o território nacional, já que, de acordo com os dadosdo INFOPEN, 30,1% da 
população prisional feminina são provisórias. Assim, essa decisão de extrema 
importância torna-se instrumento garantidor de um mínimo de dignidade para as 
apenadas que, presas em medida provisória, são submetidas a parir e criar seus filhos 
sob a custódia carcerária. 
3. METODOLOGIA 
O presente trabalho teve, quanto ao objetivo geral, um viés explicativo, 
demonstrando os fatores e fatos que influenciam na ocorrência da problemática; bem 
como foi estruturado por meio do método sistemático, que possibilitou uma abordagem 
gradativa e dinâmica do tema, estabelecendo uma relação evolutiva entre cada título, 
bem como se subsidiou ainda do método analítico que, devido às complexidades da 
temática escolhida, ensejava uma análise pormenorizada e decomposta, em uma 
progressiva e coerente exposição do tema. Como método de procedimento, utilizou-se 
da pesquisa bibliográfica e documental. 
4- CONSIDERAÇÕES 
Dessa forma, diante do que foi exposto, verifica-se que o aumento exponencial 
de mulheres encarceradas enseja uma análise da conjuntura da qual elas estão inseridas 
nos presídios brasileiros, tendo em vista que esses espaços devem ser arquitetados 
levando-se em conta as especificidades dos seus ocupantes; assim, em referência ao 
tratamento das mulheres grávidas e no exercício da maternidade dentro do sistema 
penitenciário, constatou que, apesar de a legislação brasileira consagrar uma 
enormidade de direitos a elas, a realidade concreta evidencia uma total discrepância 
entre os fatos e a norma estabelecida. 
Nesse contexto, vislumbra-se a ineficiência do Estado em garantir um mínimo 
de dignidade às mulheres que, malgrado estejam já inseridas em um espaço degradante, 
ainda tenham que conduzirem e exercerem uma gravidez e uma maternidade, 
respectivamente, de maneira humilhante e sem nenhuma assistência. Além do mais, 
averiguou-se que, mais que um descaso com o gênero feminino, o Estado impõe o 
cárcere a crianças inocentes, já que as submetem as mesmas vivências e circunstâncias 
da vida em presídios, impedindo-as de explorarem ambientes e sensações diferentes, 
requisitos fundamentais para o desenvolvimento infantil. Em grande verdade, atestou-se 
que o Estado coaduna com o tratamento fundamentalista de que bandido bom deve ser 
cerceado de direitos e garantias. 
5- REFERÊNCIAS 
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Brasília: Senado Federal, 1988. 
 
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em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm >. Acesso em 27 mai. 2018. 
 
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Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l7210.htm>. Acesso em 27 
mai. 2018. 
 
BRASIL. Código De Processo Penal. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm >. Acesso em: 01 
jun. 2018. 
 
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180724ad5caafa6086.pdf >. Acesso em: 29 mai. 2018. 
 
 
DE SOUZA, Raisa Gabriella Costa; FERREIRA, Ana Mônica Medeiros. O amor atrás 
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UNI-RN, v. 11, n. 1/2, p. 133, 2015. 
 
DEPEN. Levantamento nacional de informações penitenciárias infopen 
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ESPINOZA, Olga. A mulher como vítima e agressora no sistema punitivo. In: 
Revista Transdisciplinar de Ciências Penitenciárias. Universidade Católica de Pelotas. 
V.2, N. 1 EDUCAT, 2003. 
 
LEMOS BRITO, J. G. As mulheres criminosas e seu tratamento penitenciário. In 
Estudos penitenciários. São Paulo, 1943. 
 
SOARES, Bárbara Musumeci; ILGENFRITZ, Iara. Prisioneiras: vida e violência 
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