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1 ENGENHARIA CIVIL Prof. Ivam Salomão Liboni 2 ENGENHARIA CIVIL Construção Civil II Capitulo III 3 Finalidade do Revestimento Externo As principais funções de um revestimento de fachada são proteger a alvenaria e a estrutura do edifício contra a ação da água (estanqueidade) e permitir que o acabamento final resulte de acordo com o projeto arquitetônico; 4 Finalidade do Revestimento Externo Assim, o objetivo deste procedimento é padronizar e fornecer diretrizes para a execução do serviço de revestimento externo em argamassa com espessura de 2,5 cm, de maneira a assegurar um desempenho adequado, qualquer que seja o acabamento final especificado. 5 Condições para Início do Serviço Todas as alvenarias devem estar concluídas e fixadas internamente; Os contramarcos devem estar chumbados. As instalações hidráulicas e elétricas em alvenarias de fachada precisam estar concluídas; Recomenda-se que os contrapisos e revestimentos verticais internos também estejam concluídos; A fachada deve estar protegida com tela de náilon (malha de 2 mm); O traço da argamassa de cimento, cal e areia que será utilizada na fachada precisa estar definido. 6 Condições para Início do Serviço A equipe de operários do empreendimento, o número e a extensão dos balancins necessários devem ser estabelecidos considerando o prazo de execução da fachada no planejamento da obra. 7 Condições para Início do Serviço Andaime Fachadeiro – Peças Metálicas 8 Condições para Início do Serviço Prazos mínimos para a execução do revestimentos: A execução de revestimentos de fachada requer os seguintes prazos: a estrutura deve estar concluída há pelo menos, 120 dias; no caso dos três últimos pavimentos, a estrutura deve estar concluída há, pelo menos, 60 dias; a alvenaria deve estar concluída, no mínimo, há 30 dias e fixada há 15 dias. 9 Condições para Início do Serviço Entre cada etapa de execução do revestimento, respeitar os seguintes prazos: emboço: 03 dias após o chapisco; reboco: 07 dias após o emboço; pintura com tintas minerais: à base de cimento, 15 dias após o emboço ou reboco; a base de cal, 07 dias após o emboço ou reboco; pintura com tintas à base de resina PVA e acrílica: 30 dias após o emboço ou reboco; revestimento texturado: 30 dias após o emboço ou reboco. 10 Condições para Início do Serviço Em edifício muito alto, pode-se executar o revestimento da fachada desde que estejam concluídas: as estruturas de metade mais um dos pavimentos; a alvenaria de metade menos um dos pavimentos; a fixação da alvenaria em pelo menos três dos pavimentos imediatamente acima do qual se pretende iniciar o revestimento. 11 Execução Preparo da Base 1.ª subida dos balancins Montar os balancins no primeiro pavimento (sobre a bandeja), fixando-os convenientemente na laje de cobertura, atendendo às exigências da NR 18. 12 Execução Preparo da Base – 1.ª subida dos balancins Iniciar o preparo da base com a remoção de sujeiras, tais como materiais pulverulentos, graxas, óleos, desmoldantes, fungos, musgos e eflorescências; A remoção deve ser feita com vassoura de piaçaba e escova de aço. Se necessário pode-se escovar e lavar com água, pressurizada ou não; Remover também irregularidades metálicas (pregos, fios e barras de tirantes de forma). Não sendo possível sua remoção, cortar rente à superfície e pintar com tinta anticorrosiva para evitar manchas no revestimento. 13 Execução Preparo da Base Preencher furos provenientes de rasgos, depressões localizadas de pequenas dimensões, quebra parcial de blocos e ninhos (bicheiras) de concretagem. Falhas com profundidade maior que 5 cm devem ser encasquilhadas. Armaduras expostas devem ser tratadas de modo a ficarem protegidas contra a ação da corrosão. Rasgos decorrentes da instalação de tubulações devem ser tratados com a colocação de tela de aço galvanizado do tipo viveiro. Chapiscar a fachada de acordo com o tipo de base, preferencialmente num período do dia em que não esteja ensolarada. 14 Mapeamento da Fachada: – 1.ª Descida do balancim Transferir os eixos principais de locação do edifício para a laje de cobertura. Locar os arames de fachada para a realização do mapeamento, obedecendo à distância máxima de 1,5 m a 1,8 m entre eles e afastados cerca de 10 cm da platibanda. 15 Mapeamento da Fachada – 1.ª Descida do balancim Os arames devem estar perfeitamente alinhados em relação aos eixos principais do edifício, garantindo-se o esquadro entre os panos ortogonais; 16 Mapeamento da Fachada – 1.ª Descida do balancim Locar arames também nas quinas externas e nos cantos internos (um em cada lado dos diedros, de 10 cm a 15 cm do eixo), nas laterais das janelas, nos eixos das juntas estruturais e em locais que sirvam para definir outros detalhes alinhados. 17 Mapeamento da Fachada – 1.ª Descida do balancim Fazer o mapeamento dos panos, conforme indicado na Figura, tomando as medidas das distâncias entre os arames e a fachada em pontos localizados nas vigas, na alvenaria e nos pilares. Em alvenarias e pilares, os pontos devem estar à meia altura em relação ao pé-direito do andar. 18 Mapeamento da Fachada – 1.ª Descida do balancim Analisar o mapeamento e definir a posição do revestimento aprumado, considerando, para o edifício como um todo, a espessura de 25 mm e utilizando os critérios da Tabela acima para pontos localizados. TIPO DE BASE ESPESSURA MÍNIMA DO REVESTIMENTO ESPESSURA MÍNIMA DO REVESTIMENTO Estruturas de concreto em pontos localizados O rl~ m 10 mm Vigas e pilares em regiões extensas IS [11111 15 mm Alvenaria em regiões extensas (uma parede, por exemplo) 20 mm 20 mm Alvenaria em pontos localizados IS mm 15 mm 19 Taliscamento – 2.ª Subida do balancim Fazer o taliscamento com pedaços de azulejo ou cacos cerâmicos, fixando-os com a mesma argamassa que será utilizada no revestimento e espaçados de 1,5 m a 1,8 m em ambas as direções, em função do comprimento da régua de alumínio e da altura do trecho sobre o balancim. 20 Taliscamento – 2.ª Subida do balancim Nas proximidades das quinas e dos vãos das janelas, deve-se prever sempre a colocação de taliscas, distanciadas de 10 cm a 15 cm medidos do eixo da talisca até a quina ou o vão em questão. 21 Taliscamento – 2.ª Subida do balancim Retirar os arames de fachada, substituindo-os pelos arames do diedro que são colocados paralelamente ao eixo das quinas, ao alinhamento das janelas ou outros detalhes construtivos, afastados em 5 cm da platibanda. 22 Execução do Emboço ou massa única 2.ª descida do balancim Abastecer os balancins com argamassa de forma que o tempo de vida útil da mistura (cerca de 3 horas) não se esgote. Iniciar o emboço, executando as mestras entre taliscas, com faixas de argamassa de cerca de 15 cm de largura. Logo após a execução das mestras, chapar a argamassa obedecendo a uma espessuramáxima de 3 cm. Espalhar e comprimir fortemente a camada de argamassa com o verso de uma colher de pedreiro. 23 Execução das Juntas de Trabalho Nos casos mais comuns, as juntas de trabalho devem ser executadas a cada pavimento logo após o desempeno, com profundidade igual à metade da espessura do emboço e largura de 1,5 cm a 2 cm. No fundo da junta, a largura deve ser de, no mínimo 1 cm. Na Figura acima apresenta-se um detalhe do perfil geométrico da junta. 24 Execução das Juntas de Trabalho Para a execução correta das juntas, utilizar um nível de mangueira para marcar sua posição no emboço, assegurando a horizontalidade. 25 Execução das Juntas de Trabalho Após a marcação, posicionar a régua-gabarito de juntas e cortar o revestimento com um frisador. A régua faz o papel de guia, enquanto o frisador funciona como molde da junta (veja detalhe na Figura acima). 26 Revestimento em Pastilhas Cerâmicas Empilhar as placas de pastilhas sobre o tabuleiro de madeira com o tardoz voltado para cima (face com papel voltada para baixo); Aplicar a argamassa colante comprimindo-a contra o substrato com o lado liso de uma desempenadeira de aço ou PVC, passando em seguida o lado dentado, formando cordões; 27 Revestimento em Pastilhas Cerâmicas A desempenadeira com dentes de 8 mm é a mais adequada, lembrando que é preciso verificar frequentemente o seu estado de conservação para evitar o uso de desempenadeiras com dentes gastos. 28 Revestimento em Pastilhas Cerâmicas Espalhar a argamassa de rejunte no tardoz das pastilhas com uma colher de pedreiro, auxiliada por um rodo de borracha, efetuando, movimentos alternados de maneira que a argamassa penetre uniformemente nas juntas, removendo ainda o excesso que permanecer sobre o tardoz. 29 Revestimento em Pastilhas Cerâmicas Imediatamente após a operação de rejuntamento, aplicar as placas sobre a argamassa colante, segurando-as cuidadosamente pelos cantos superiores e pressionando fortemente com as duas mãos. 30 Revestimento em Pastilhas Cerâmicas Após o assentamento de aproximadamente oito a dez placas, cortar o papel nos sentidos horizontal e vertical no centro das placas, com a própria colher de pedreiro, de modo a possibilitar a saída do ar eventualmente aprisionado. Após o corte, rebater levemente todas as placas com um batedor de madeira (tolete), e realinhar as juntas utilizando a colher de pedreiro, se necessário. 31 Revestimento em Pastilhas Cerâmicas Após a colocação de um painel de cerca de 3 m2 a 4 m2, preparar solução de soda cáustica e água na proporção de 250 g de soda cáustica para cada 5 l de água. Usar luvas de borracha, botas e óculos de segurança nesta operação. Molhar a superfície das placas com a solução de soda cáustica aplicada com o auxílio de uma broxa, sempre de cima para baixo. 32 Revestimento em Pastilhas Cerâmicas Aguardar um tempo aproximado de cinco minutos até que o papel fique encharcado, retirando-o em seguida com o auxilio da colher de pedreiro. A remoção deve ser feita cuidadosamente para não descolar as pastilhas e sempre de cima para baixo. 33 Revestimento em Pastilhas Cerâmicas Após a retirada do papel de uma pequena área, lavar as pastilhas com água para remoção do excesso de cola Retocar os rejuntes onde necessário, limpando o excesso de material sobre a superfície das pastilhas com uma estopa de sisal, esponja ou um pano seco. F I M 34
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