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Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO FÍSICA MODERNA I “De fato, parece para mim que as observações sobre a “radiação de corpo negro” ... e outros fenômenos envolvendo a emissão ou conversão de luz pode ser melhor compreendido sob a hipótese que a luz esteja distribuída de forma descontinua no espaço” – Albert Einstein José Fernando Fragalli Departamento de Física – Udesc/Joinville Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 1. Introdução 2. A Natureza da Luz 3. Efeito Fotoelétrico 4. Efeito Compton a. Resultados Experimentais b. Modelo de Einstein para a Luz c. O FÓTON e o Efeito Fotoelétrico d. O FÓTON e a dualidade ONDA-PARTÍCULA 5. Produção e Aniquilação de Pares 6. Bremsstrahlung – Produção de Raios-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Como o ser humano “vê” a luz? 1. INTRODUÇÃO O “olhar” do ser humano sobre a luz modificou-se desde as primeiras concepções sobre ela, até os dias atuais. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 1. Introdução 2. A Natureza da Luz 3. Efeito Fotoelétrico 4. Efeito Compton a. Resultados Experimentais b. Modelo de Einstein para a Luz c. O FÓTON e o Efeito Fotoelétrico d. O FÓTON e a dualidade ONDA-PARTÍCULA 5. Produção e Aniquilação de Pares 6. Bremsstrahlung – Produção de Raios-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Como a ciência vê a luz: idéias filosóficas 2. A NATUREZA DA LUZ As primeiras idéias sobre a natureza da luz são devido ao poeta romano Lucrécio (99-55 AC). PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Em seu livro De Rerum Natura (Sobre a Natureza das Coisas) ele apresenta a idéia filosófica que a luz seria composta de pequenas partículas. Lucrécio (99-55 AC) Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Como a ciência vê a luz: primeiras idéias científicas No Século XVI, uma teoria corpuscular se consolidou como um conjunto de idéias capaz de explicar os fenômenos ópticos conhecidos à época (refração e reflexão). PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Em seu livro Optiks (Óptica) Isaac Newton (1640-1727) discutiu implicitamente a natureza da luz, sem apresentar uma defesa ardorosa de sua teoria. 2. A NATUREZA DA LUZ Isaac Newton (1643-1727) Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Como a ciência vê a luz: primeiras idéias científicas No Século XVII, Christian Huygens (1629-1695) formulou a teoria que a luz era um fenômeno ondulatório. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Christian Huygens (1629-1695) 2. A NATUREZA DA LUZ Em 1678 Huygens escreveu o livro Traitbe de la Lumiaere (Tratado sobre a Luz), no qual argumentou em favor de um modelo ondulatório da luz. Através do conceito de frentes de onda, esta teoria deu uma nova e mais completa explicação para os fenômenos da reflexão e refração. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Como a ciência vê a luz: primeiras idéias científicas Francesco Maria Grimaldi (1618-1663) observou os efeitos de difração, mas o significado de suas observações não foi compreendida naquela época. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Francesco Grimaldi (1618-1663) 2. A NATUREZA DA LUZ O resultado de suas observações foi publicado postumamente em 1665 no livro “Physico Mathesis de Lumine, Coloribus, et Iride”. Em português o título do livro é “Teses Físicas da Luz, Cor e Visão”. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Como a ciência vê a luz: primeiras idéias científicas No início do Século XIX, Thomas Young (1773-1829) e Augustin Fresnel (1788-1827) fizeram alguns experimentos com a luz. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Thomas Young (1773-1829) 2. A NATUREZA DA LUZ Augustin Fresnel (1788-1827) Tais experimentos versavam sobre interferência e difração e com eles foi mostrado que a teoria corpuscular se mostrava inadequada. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Como a ciência vê a luz: primeiras idéias científicas A conclusão destes experimentos é que a luz é possível ser descrita a partir de um comportamento puramente ondulatório. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 2. A NATUREZA DA LUZ Por sua vez, Fresnel provou que a propagação retilínea podia ser explicada com base no comportamento de ondas de pequeno comprimento de onda. As experiências de Young capacitaram-no a medir o comprimento de onda da luz. Publicou seus resultados no livro “Negócios Filosóficos” em 1800. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Como a ciência vê a luz: primeiras idéias científicas Em 1850, Jean Bernard Léon Foucault (1819-1868) descobriu que a luz de deslocava mais rápido no ar do que na água. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 2. A NATUREZA DA LUZ Este resultado contrariava a teoria corpuscular de Newton. Jean Foucault (1819-1868) Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Como a ciência vê a luz: primeiras idéias científicas PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 2. A NATUREZA DA LUZ James Maxwell (1819-1868) Na segunda metade do Século XIX, James Clerk Maxwell (1831-1879) provou que a velocidade de propagação de uma onda eletromagnética no espaço equivalia à velocidade de propagação da luz. Nas palavras de Maxwell, “a luz é uma “modalidade de energia radiante” que se “propaga” através de ondas eletromagnéticas”. Maxwell apresentou seus resultados no livro “A Treatise on Electricity and Magnetism”, publicado em 1873. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 1. Introdução 2. A Natureza da Luz 3. Efeito Fotoelétrico 4. Efeito Compton a. Resultados Experimentais b. Modelo de Einstein para a Luz c. O FÓTON e o Efeito Fotoelétrico d. O FÓTON e a dualidade ONDA-PARTÍCULA 5. Produção e Aniquilação de Pares 6. Bremsstrahlung – Produção de Raios-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Primeiros Resultados Alexandre-Edmond Becquerel (1820-1891) descobriu alguns efeitos da incidência da luz sobre sólidos em 1839. Becquerel dedicou atenção especial ao estudo da luz, investigando efeitos fotoquímicos (fosforescência observada em sulfetos e compostos à base de urânio). Alexandre Becquerel (1820-1891) Becquerel escreveu o livro “La Lumière, ses causes e ses effets”. Em português, o título deste livro é “A Luz, suas causas e efeitos”. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Primeiros Resultados O fosforoscópio de Béquerel Foi em função destas pesquisas que Becquerel construiu um aparelho chamado fosforoscópio. O fosforoscópio mede o tempo entre a excitação e a extinção da fosforescência no material. A amostra é colocada entre dois discos girantes com um série de buracos. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO O material é excitado por luz vindo por um destes buracos e sua fosforescência é vista pela luz que sai por outro buraco. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Primeiros ResultadosEm 1887 Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894) obteve a primeira evidência da relação da luz com fenômenos elétricos. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Ele observou estes fenômenos quando estudava a produção de ondas eletromagnéticas. Heinrich Hertz (1857-1894) Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Primeiros Resultados Hertz notou que a centelha elétrica entre o anodo e o catodo acontecia mais facilmente quando o cátodo (o pólo negativo) era exposto à luz ultravioleta. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Primeiros Resultados Em 1888 Augusto Righi (1850-1920) percebeu que, quando dois eletrodos eram expostos a uma radiação ultravioleta, eles atuavam como um par voltaico. A esse fenômeno Righi deu o nome de Efeito Fotoelétrico. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Augusto Righi (1850-1920) Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Primeiros Resultados Em 1888 Wilhelm Ludwig Franz Hallwachs (1859-1822) deu prosseguimento aos experimentos de Hertz. Desenho original no artigo de Hallwachs Wilheim Hallwachs (1850-1920) 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Primeiros Resultados Hallwachs observou os seguintes resultados quando a esfera metálica carregada era exposta à luz ultra-violeta: a) A esfera carregada negativamente perde rapidamente a sua carga. b) Não há efeito mensurável com a esfera carregada positivamente. c) Se neutra, a esfera fica carregada positivamente após a exposição. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Primeiros Resultados Hallwachs concluiu então que, sob a ação de luz ultra- violeta, elétrons* são emitidos pela superfície metálica. * Medidas da relação carga/massa (q/m) dessas cargas emitidas mostram que de fato trata-se de elétrons. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Primeiros Resultados Julius Elster (1854-1920) e Hans Friedrich Geitel (1855- 1923) observaram que algumas ligas metálicas produziam o efeito também com luz visível. A partir desta descoberta, ambos desenvolveram a primeira fotocélula. Fotomultiplicadora Célula Fotoelétrica em miniatura (13x32x20 mm) 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 1. Introdução 2. A Natureza da Luz 3. Efeito Fotoelétrico 4. Efeito Compton a. Resultados Experimentais b. Modelo de Einstein para a Luz c. O FÓTON e o Efeito Fotoelétrico d. O FÓTON e a dualidade ONDA-PARTÍCULA 5. Produção e Aniquilação de Pares 6. Bremsstrahlung – Produção de Raios-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Prêmio Nobel de Física “pelo seu trabalho sobre raios catódicos”. Lénard: segundo alguns, um físico mau- caráter!!! Em 1902, Philipp Eduard Anton von Lénard (1862-1947) enunciou as leis empíricas relativas à emissão de elétrons por superfícies iluminadas com luz. Primeiros Resultados 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Philipp Lénard (1862-1947) Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Lénard formulou as seguintes leis empíricas: Primeiros Resultados a) A energia cinética máxima dos elétrons emitidos pela superfície metálica é independente da intensidade da luz incidente, dependendo apenas da freqüência desta luz. b) Para cada substância existe uma freqüência mínima (limiar de freqüência) para que o fenômeno ocorra. c) A intensidade da luz só interfere no número de elétrons ejetados, sendo que a intensidade da corrente elétrica dos elétrons ejetados é proporcional à intensidade da luz incidente . 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Dispositivo Experimental usado por Lénard 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Abaixo o dispositivo usado por Lénard, e um detalhe do mesmo. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Dispositivo Experimental usado por Lénard Tal dispositivo pode ser melhor compreendido através do seguintes esquema experimental mostrado abaixo. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Grandeza a ser medida O que se deseja medir neste experimento? Desejamos medir a corrente elétrica que flui pelo circuito, detectada no galvanômetro G. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Parâmetros importantes a serem estudados Que parâmetros iremos variar? DA LUZ 1) Intensidade 2) Comprimento de Onda (COR) 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Parâmetros importantes a serem estudados Que parâmetros iremos variar? DO ARRANJO EXPERIMENTAL 1) A voltagem entre o cátodo A e o ânodo B. 2) O metal sobre o qual a luz é incidida (material do cátodo). 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Variando a diferença de potencial O que devemos esperar quando variamos a diferença de potencial entre o cátodo e o ânodo? a) VBA > 0 ⇒⇒⇒⇒ facilita o fluxo de elétrons do cátodo (metal) para o ânodo (coletor B). b) VBA < 0 ⇒⇒⇒⇒ dificulta o fluxo de elétrons do cátodo (metal) para o ânodo (coletor B). 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Variando a diferença de potencial O que devemos esperar quando variamos a diferença de potencial entre o cátodo e o ânodo? c) Se VBA = 0 ⇒⇒⇒⇒ ainda assim dever existir uma corrente elétrica medida no galvanômetro G. d) Deve existir um valor de corte –V0, abaixo do qual cessa o Efeito Fotoelétrico. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Variando a intensidade da luz O que devemos esperar quando variamos a intensidade da luz? Quando a intensidade de luz é aumentada, devemos esperar que mais elétrons saiam do cátodo (metal) para o ânodo (coletor B). 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Nesta condição, deve ocorrer um aumento na corrente elétrica medida no galvanômetro G. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Variando a intensidade da luz O que devemos esperar quando variamos o comprimento de onda (COR) da luz? Quando variamos o comprimento de onda (cor) da fonte luminosa, classicamente, NÃO devemos esperar qualquer alteração em relação à corrente elétrica medida no galvanômetro G. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Variando a diferençade potencial e a intensidade da luz: resultado experimental Inicialmente mede-se a corrente elétrica no galvanômetro, variando a tensão elétrica entre o cátodo (A) e o coletor (B). No mesmo experimento, variamos também a intensidade da fonte luminosa. Intensidade da fonte luminosa a maior do que a intensidade da fonte luminosa b. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Interpretação deste resultado Observamos inicialmente que para uma maior intensidade luminosa maior será o máximo valor da corrente elétrica medida no galvanômetro. Na figura ao lado, a assíntota de corrente elétrica ia é maior do que a assíntota de corrente elétrica ib. No entanto... Este resultado é aquele já esperado!!! 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Interpretação deste resultado Observamos porém que, quando cessa o Efeito Fotoelétrico (i = 0), todas as curvas de corrente elétrica convergem para o mesmo valor –V0. Para entender melhor este resultado, precisamos saber qual é o significado físico de V0. Este resultado é intrigante!!!! 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Observe que V0 é o mesmo, qualquer que seja o valor da intensidade luminosa. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O significado físico de V0 O papel da diferença de potencial VBA entre o cátodo e o ânodo é acelerar (quando VBA > 0) ou frear (quando VBA < 0) os elétrons que saem do metal. Assim, o termo e⋅⋅⋅⋅V significa a diferença de energia cinética de cada elétron antes de penetrar no ânodo (placa B) e dele ao sair do cátodo (placa A – metal). 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO ( ) ( ) VecátodoTfinalT ⋅=− VeTT AB ⋅=− Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O significado físico de V0 O resultado experimental mostra que, para uma diferença de potencial negativa –V0 o galvanômetro não marca passagem de corrente elétrica no circuito. Isto significa que nenhum dos elétrons mais rápidos que saíram do cátodo (placa A) conseguiram chegar até ao ânodo (placa B). Assim, na condição VBA = –V0, a energia cinética final dos elétrons é nula. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O significado físico de V0 Assim, como TB = 0, temos Nesta condição, a energia potencial fornecida aos elétrons (e⋅⋅⋅⋅V0) é igual à energia cinética dos elétrons mais rápidos que deixaram o cátodo. ⇒⇒⇒⇒ 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO ( ) ( )0VecátodoT −⋅=− ( )cátodoTVe =⋅ 0 Isto é fato, pois estes são os elétrons que chegam ao ânodo com velocidade nula. MAXTVe =⋅ 0 Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Variando a freqüência da luz: resultado experimental O potencial limite V0 foi medido para luz de várias cores (comprimentos de onda ou freqüências). Por que a energia cinética dos elétrons que saem do cátodo (e⋅⋅⋅⋅V0) depende do comprimento de onda da luz? Este resultado também é intrigante!!!!! 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO A seguinte pergunta deve ser respondida: Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Problemas da Teoria Clássica da Luz para explicar os Resultados Experimentais do Efeito Fotoelétrico Qual deve ser, segundo a Teoria Clássica da Luz o papel do campo de radiação no Efeito Fotoelétrico? Assim, estes elétrons adquirem amplitudes que aumentam com a intensidade dos campos, até que eles sejam arrancados do átomo. Os elétrons ligados aos átomos são sacudidos pela ação do campo eletromagnético da radiação incidente. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Problemas da Teoria Clássica da Luz para explicar os Resultados Experimentais do Efeito Fotoelétrico Qual deve ser, segundo a Teoria Clássica da Luz, o papel da intensidade da radiação? Conseqüentemente, quanto mais intensa a luz, mais fortes SERIAM os campos, e portanto, com mais energia os elétrons DEVERIAM sair do átomo. Quanto mais intensa a onda eletromagnética, tanto mais energética ela SERIA, e tanto mais energia SERIA transferida da luz para o elétron. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Problemas da Teoria Clássica da Luz para explicar os Resultados Experimentais do Efeito Fotoelétrico Além disso, ainda segundo a Teoria Clássica da Luz, o elétron demora um certo tempo para absorver a energia do campo de radiação até conseguir ser ejetado do metal. Porém, Lénard observou que cada elétron é ejetado do cátodo instantaneamente (ou, pelo menos, num tempo muito curto para ser detectado pelos instrumentos da época. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Problemas da Teoria Clássica da Luz para explicar os Resultados Experimentais do Efeito Fotoelétrico Lénard observou também que cada elétron sai do cátodo com energias da ordem de 1 eV (ordem de grandeza dos potenciais limites V0 medidos por ele). 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Um cálculo simples mostra que para que cada elétron pudesse sair com 1 eV e no curto espaço do tempo em que o faz, a luz incidente deveria ser extremamente intensa. Ou, por outro lado, com as intensidades geralmente usadas nos laboratórios da época, o tempo de saída do elétron do cátodo deveria ser extremamente longo. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Problemas da Teoria Clássica da Luz para explicar os Resultados Experimentais do Efeito Fotoelétrico Vamos então fazer um exemplo numérico para comprovar esta afirmação. CARACTERÍSTICAS DA LUZ CARACTERÍSTICAS D0 SISTEMA 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO a) Cor: amarela λλλλ = 590 nm⇒⇒⇒⇒ νννν = 5,1××××1014 Hz b) Baixa intensidade I = 100 nW/cm2 a) V0 = 0,60 V ⇒⇒⇒⇒ TMAX = 0,60 eV Dados experimentais para um cátodo de sódio. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Problemas da Teoria Clássica da Luz para explicar os Resultados Experimentais do Efeito Fotoelétrico Exemplo numérico: CARACTERÍSTICAS DO ÁTOMO 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO a) Tamanho: D ≈≈≈≈ 10-8 cm ⇒⇒⇒⇒ A ≈≈≈≈ 10-16 cm2 b) Energia absorvida pelo átomo por unidade de tempo: P ≈≈≈≈ 10-23 J/s Com estes dados, podemos estimar o tempo que o átomo demora para absorver esta energia. tABS ≈≈≈≈ 103 s ⇒⇒⇒⇒ tABS ≈≈≈≈ 1 hora!!!!! Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 1. Introdução 2. A Natureza da Luz 3. Efeito Fotoelétrico 4. Efeito Compton a. Resultados Experimentais b. Modelo de Einstein para a Luz c. O FÓTON e o Efeito Fotoelétrico d. O FÓTON e a dualidade ONDA-PARTÍCULA 5. Produção e Aniquilação de Pares 6. Bremsstrahlung – Produção de Raios-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Modelo de Einstein para a Luz Em 1905, Albert Einstein (1879-1955) apresentou sua teoria para explicar o Efeito Fotoelétrico.Albert Einstein (1879- 1955) Prêmio Nobel de Física em 1921 por “Trabalhos em Física Teórica e, em especial, sobre o efeito fotoelétrico”. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Modelo de Einstein para a Luz Neste ano ele publica o artigo “Zur Theorie der Lichterzeugung und Lichtabsorption”, na revista Annalen der Physik (Leipzig), volume 20, pg. 199-206. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Em português o título deste artigo é “Sobre a criação e conversão de luz”. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Modelo de Einstein para a Luz: o papel da entropia Einstein começa calculando a entropia da radiação dentro de uma cavidade, para depois compará-la à de um gás ideal dentro de um recipiente. Esta comparação pode ser feita a partir da noção de que a luz é composta de partículas que não interagem entre si, equivalentes às partículas que compõem um gás ideal. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Modelo de Einstein para a Luz: o papel da entropia Einstein forçou esta comparação pois desejava formular a idéia que a luz apresenta uma estrutura energética granular. Para propor a sua idéia de forma consistente, Einstein calculou a entropia de um “gás de partículas discretas de radiação” e comparou com aquela de um gás ideal. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Einstein formulou então o modelo tal que a energia eletromagnética contida na radiação não é contínua, mas sim discreta, múltipla de um quantum elementar. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Modelo de Einstein para a Luz: a entropia de um gás ideal A variação na entropia de um gás ideal composto por N partículas ao variar seu volume de V para V0 é dada por kB = 1,38××××10-23 J/K: constante de Boltzmann V0 e N ⇒⇒⇒⇒ S0 ⇒⇒⇒⇒ V e N ⇒⇒⇒⇒ S 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO N B V VkSSS ⋅=−=∆ 0 0 ln Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Modelo de Einstein para a Luz: a entropia da radiação Como calcular a variação da entropia de N “partículas” de radiação” contidas em uma cavidade? Einstein partiu da relação obtida por Wien para a densidade de energia espectral uνννν(νννν). 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Embora a expressão de Wien não seja correta, ela é bastante aceitável no limite de grandes freqüências. ( ) ⋅ ⋅ −⋅ ⋅⋅⋅ = Tk h c h u B ννpi νν exp 8 3 3 ⋅ ⋅⋅⋅ ⋅ ⋅ −= ννpiν u h c h k T B 3 3 8 ln1⇒⇒⇒⇒ Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Modelo de Einstein para a Luz: a entropia da radiação Como já vimos, o inverso da temperatura está relacionada com a derivada da entropia em relação à energia interna. Einstein então, utilizou a expressão de 1/T obtida da expressão de Wien para chegar a uma expressão entre entropia e densidade de energia espectral. ⇒⇒⇒⇒ ⇒⇒⇒⇒ 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO dUdVPdST +⋅=⋅ cteVdU dS T = = 1 ⋅ ⋅⋅⋅ ⋅ ⋅ −= ννpiν u h c h k T B 3 3 8 ln1 ⋅ ⋅⋅⋅ ⋅ ⋅ −= ννpiν u h c h k dU dS B 3 3 8 ln Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Modelo de Einstein para a Luz: a Teoria dos Fótons Para obter uma solução para a entropia, Einstein escreve uνννν em termos da energia interna U. Einstein substituiu esta expressão na anterior e a integrou para obter a entropia, obtendo então 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO ⋅= νν d dU V u 1 cte d dU Vh c h UkS B + ⋅ ⋅⋅⋅ ⋅ ⋅ ⋅ −= ννpiν 1 8 ln 3 3 Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Modelo de Einstein para a Luz: a Teoria dos Fótons Einstein chamou S0 o valor da entropia quando o volume da mesma quantidade de radiação for V0, obtendo então Einstein, por fim, subtraiu estas expressões e obteve 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO cte d dU Vh c h UkS B + ⋅ ⋅⋅⋅ ⋅ ⋅ ⋅ −= ννpiν 0 3 3 0 1 8 ln ν⋅ ⋅=−=∆ h U B V VkSSS 0 0 ln Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Modelo de Einstein para a Luz: a Teoria dos Fótons Por fim, Einstein comparou as duas expressões para a variação de entropia – gás ideal e campo de radiação. Einstein concluiu então que a radiação se comporta como sendo constituída de N corpúsculos com energia total UN , tal que GÁS IDEAL CAMPO DE RADIAÇÃO 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO N B V VkSSS ⋅=−=∆ 0 0 ln ν⋅ ⋅=−=∆ h U B V VkSSS 0 0 ln ν⋅⋅= hNU N Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Modelo de Einstein para a Luz: a Teoria dos Fótons E assim, Einstein concluiu finalmente que a energia do campo de radiação é discreta e múltipla de um quantum elementarU0. Em 1925 este quantum elementar foi chamado de FÓTON. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO ν⋅= hU 0 Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 1. Introdução 2. A Natureza da Luz 3. Efeito Fotoelétrico 4. Efeito Compton a. Resultados Experimentais b. Modelo de Einstein para a Luz c. O FÓTON e o Efeito Fotoelétrico d. O FÓTON e a dualidade ONDA-PARTÍCULA 5. Produção e Aniquilação de Pares 6. Bremsstrahlung – Produção de Raios-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico Após estabelecer sua teoria para os fótons, Einstein aplicou a sua teoria corpuscular da luz ao fenômeno fotoelétrico. Nas próprias palavras de Einstein: “de acordo com a idéia de que a luz incidente consiste de quanta de energia h⋅ν⋅ν⋅ν⋅ν, podemos descrever a produção de elétrons pela luz como segue: os quanta de luz penetram dentro da camada superficial do corpo e a energia de um quantum é totalmente transferida a um só elétron”. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico Um elétron, ganhando energia cinética dentro do corpo perderá parte dela quando chega à superfície e gastará uma parte desta energia para sair do metal. Esta energia (E0) é a energia mínima necessária para a extração de um elétron de um corpo. E0 foi chamada de função trabalho, e é uma propriedade do metal sobre o qual se incide a luz. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico Einstein aplicou então um balanço de energia a este processo de absorção de luz e emissão de elétrons. A energia da luz (h⋅ν⋅ν⋅ν⋅ν)que incide sobre o metal é usada para liberar o elétron do metal (E0) e transmitir a ele alguma energia cinética (TMAX) para conduzi-lo até o ânodo. MAXTEh +=⋅ 0ν 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico Mas, como vimos, a interpretação que demos para TMAX é Logo, temos que 00 VeEh ⋅+=⋅ν MAXTVe =⋅ 0 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico Daí, temos que e E e hV 00 −⋅= ν 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico A equação está de acordo com as observações de Lénard: e E e hV 00 −⋅= ν 1) a energia cinética máxima dos elétrons só depende da freqüência; 00 EhVeTMAX −⋅=⋅= ν 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico 2) existe uma freqüência mínima para a existência do Efeito Fotoelétrico. 0000 =⇒== Vh E νν Efeito Fotoelétrico ⇒⇒⇒⇒ V > 0 !!! 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO 3) o número total de elétrons ejetados do metal é proporcional à intensidade da luz: - a energia total da radiação é proporcional ao número N de fótons; Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico - porém, a intensidade da radiação é proporcional à taxa de emissão de fótons pela fonte luminosa; - como cada elétron absorve um quantum de energia, o número total de elétrons ejetados do metal por unidade de tempo é proporcional à intensidade da luz. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO - desta forma, a corrente elétrica medida no galvanômetro é proporcional à intensidade da luz. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e a potência da fonte luminosa Vamos admitir que a taxa de emissão de fótons pela fonte de luz seja ∆∆∆∆NF/∆∆∆∆t. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Para uma fonte de luz monocromática (um único comprimento de onda ou freqüência, uma única cor), a potência desta fonte é proporcional a esta taxa ∆∆∆∆NF/∆∆∆∆t, tal que ν⋅⋅ ∆ ∆ = h t N P F Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e a potência da fonte luminosa Vamos admitir também que o processo de absorção da energia do fóton pelo elétron seja governado por uma eficiência ηηηη. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Assim, se a taxa de emissão de fótons pela fonte de luz é ∆∆∆∆NF/∆∆∆∆t, então a taxa de fotoelétrons ejetados do metal é tal que ∆ ∆ ⋅= ∆ ∆ t N t N Fe η Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e a potência da fonte luminosa A corrente elétrica é uma medida da taxa do número de elétrons que passa pelo galvanômetro. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Logo, uma pequena manipulação destas fórmulas leva a uma proporcionalidade entre a corrente elétrica no galvanômetro e a potência da fonte de luz. ∆ ∆ ⋅= t N ei e P h ei ⋅ ⋅ ⋅ = ν η Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico O resultado linear entre o potencial de corte V0 e a freqüência νννν não foi obtido por Lénard. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Lénard trabalhava com luz proveniente de arco voltaico, e portanto não tinha como extrair daí luz monocromática (freqüências únicas). Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico Apenas em 1916, mais de dez anos após Einstein propor o conceito de quantum de energia para o campo de radiação, a equação foi comprovada experimentalmente por Millikan. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO e E e hV 00 −⋅= ν Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico Prêmio Nobel de Física em 1923 - Trabalhos sobre cargas elétricas elementares e o efeito fotoelétrico. Robert Andrews Millikan (1868-1953) 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO e E e hV 00 −⋅= ν Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Fotoelétrico 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Robert Andrews Millikan (1868-1953), entre outras realizações importantes da Física, determinou experimentalmente o valor da carga elementar e. Millikan, em 1916, publicou o artigo “A Direct Photoelectric Determination of Planck’s h” na revista Physical Review, volume 7, no 3, pg. 355-388. Em português o título deste artigo é “Uma determinação fotoelétrica direta da constante de Planck h”. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 1. Introdução 2. A Natureza da Luz 3. Efeito Fotoelétrico 4. Efeito Compton a. Resultados Experimentais b. Modelo de Einstein para a Luz c. O FÓTON e o Efeito Fotoelétrico d. O FÓTON e a dualidade ONDA-PARTÍCULA 5. Produção e Aniquilação de Pares 6. Bremsstrahlung – Produção de Raios-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e a Dualidade Onda-Partícula Mas, o que é o FÓTON? Devemos nos lembrar que não podemos ignorar o comportamento ondulatório da radiação (interferência de Young, difração e outros fenômenos tipicamente ondulatórios). Assim, o FÓTON é o objeto DUAL que carrega dentro de si ambas as informações, tanto as características ondulatórias, quanto as corpusculares. 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e a Dualidade Onda-Partícula Então, a radiação apresenta ambas as características? SIM!!! Mas devemos ter aqui muito cuidado. Na realidade, apenas uma característica é revelada em cada experimento!!!!! Ou seja, é a natureza do experimento que determina a característica da radiação (onda ou partícula). 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO O fato de ser DUAL NÃO significa que estas características se revelem SIMULTANEAMENTE. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e a Dualidade Onda-Partícula FÓTON Característica Ondulatória (Função de Onda) Característica Corpuscular (Energia) ⇒⇒⇒⇒ 3. O EFEITO FOTOELÉTRICO ν⋅= hE ( ) ( ) ( ) ( ) ( )ϕωε ϕωε +⋅−⋅⋅⋅×= +⋅−⋅⋅⋅= txkBitxB txkEtxE P P cosˆˆ, cosˆ, 0 0 r r + Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 1. Introdução 2. A Natureza da Luz 3. Efeito Fotoelétrico 4. Efeito Compton a. Resultados Experimentais b. Modelo de Einstein para a Luz c. O FÓTON e o Efeito Fotoelétrico d. O FÓTON e a dualidade ONDA-PARTÍCULA 5. Produção e Aniquilação de Pares 6. Bremsstrahlung – Produção de Raios-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpuscularesda Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 4. EFEITO COMPTON Um pouco de História Prêmio Nobel de Física em 1927 - Descoberta do efeito que leva o seu nome - Efeito Compton. Arthur Holly Compton (1892-1962) Em 1923, Arthur Holly Compton (1892-1962), na Universidade Washington, em Saint Louis, fez com que um feixe de Raios X, de comprimento de onda λ, incidisse sobre um alvo de grafite T. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 4. EFEITO COMPTON Um pouco de História Compton publicou seus resultados em 1923 no artigo “A Quantum Theory of Scattering of X-Rays by Light Elements”, na revista Physical Review, volume 21, no 5, pgs. 483-502. Em português o título deste artigo é “Uma teoria quântica do espalhamento de Raios-X por elementos leves”. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Arranjo Experimental 4. EFEITO COMPTON Abaixo, um esquema gráfico do Espalhamento Compton (esquerda) e uma síntese do resultado experimental (direita). Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO ( )' 122,43 10 1 cos mλ λ λ θ−∆ = − = × ⋅ − Resultados Experimentais λλλλ ⇒⇒⇒⇒ comprimento de onda da radiação incidente. λλλλ’ ⇒⇒⇒⇒ outro comprimento de onda (???). θθθθ ⇒⇒⇒⇒ ângulo entre a direção da radiação incidente e a misteriosa radiação espalhada. 4. EFEITO COMPTON Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Não-Explicação Clássica Pela Física Clássica, a radiação é composta por um campo eletromagnético oscilante. O campo elétrico oscilante de comprimento de onda λλλλ (radiação incidente) excita os elétrons presentes no alvo de grafite. Estes elétrons são levados a oscilar com o mesmo comprimento de onda λλλλ. Assim, os elétrons devem emitir radiação no mesmo comprimento de onda λλλλ, e um único comprimento de onda λλλλ deve ser observado. 4. EFEITO COMPTON Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO ( )' 122,43 10 1 cos mλ λ λ θ−∆ = − = × ⋅ − No entanto.... λλλλ ⇒⇒⇒⇒ comprimento de onda da radiação incidente. λλλλ’ ⇒⇒⇒⇒ comprimento de onda da radiação espalhada pelo alvo. Dois comprimentos de onda são observados!!!!! 4. EFEITO COMPTON Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Compton: um processo colisional Compton interpretou o espalhamento de radiação pelo alvo de grafite como sendo resultado da colisão elástica entre um FÓTON incidente (comprimento de onda λλλλ) com elétrons existentes no alvo. Como resultado desta colisão, o FÓTON é espalhado (comprimento de onda λλλλ’) numa direção θθθθ. Isto explica o aparecimento de dois comprimentos de onda no espectro observado. 4. EFEITO COMPTON Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Compton Para analisar este resultado, Compton considerou as Leis de Conservação que devem ser obedecidas em uma colisão totalmente elástica. Elas são a Conservação do Momento Linear e Conservação da Energia Cinética. 4. EFEITO COMPTON Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Compton: o momento linear do fóton Mas, o FÓTON tem momento linear? SIM!!! Lembremos que o FÓTON é uma descrição completa da natureza da luz. 4. EFEITO COMPTON Logo, o momento linear do FÓTON é o momento linear do campo de radiação. Neste caso, o momento linear do FÓTON pode ser obtido através da sua energia. Lembremos que para o campo de radiação vale a relação c Up = Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Compton: relação entre momento linear e comprimento de onda Além disso, para um FÓTON, temos 4. EFEITO COMPTON ν⋅= hU A manipulação destas duas expressões nos permite escrever que c hp ν⋅= λ hp = Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Compton: o espalhamento 4. EFEITO COMPTON Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Compton: a aplicação das leis de conservação Conservação do Momento Linear na direção x: Conservação do Momento Linear na direção y: Conservação da Energia Cinética: 4. EFEITO COMPTON φθ coscos ⋅+⋅= efFiF ppp φθ sinsin0 ⋅−⋅= efF pp fefFieiF EEEE +=+ Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Compton: momento linear e energia dos fótons Da definição de momento linear para o FÓTON, temos Do próprio conceito de FÓTON, temos 4. EFEITO COMPTON λ hpiF = 'λ hp fF = λν chhEiF ⋅ =⋅= ' ' λν chhE fF ⋅ =⋅= Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Compton No caso do Efeito Compton, Estamos falando de energias dos FÓTONS da ordem de alguns keV. Esta ordem de grandeza de energia nos força a escrever a energia cinética do elétron no regime relativístico. m0 = 9,1××××10-31 kg: massa de repouso do elétron 4. EFEITO COMPTON 2 0 cmEie ⋅= 22420 cpcmE efe ⋅+⋅= Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Compton: as leis de conservação Conservação do Momento Linear na direção x: Conservação do Momento Linear na direção y: Conservação da Energia Cinética: 4. EFEITO COMPTON φθλλ coscos' ⋅+⋅= ep hh φθλ sinsin'0 ⋅−⋅= ep h 2242 0 2 0 ' cpcmchcmch e ⋅+⋅+ ⋅ =⋅+ ⋅ λλ Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Compton: a solução Destas equações, conhecemos o comprimento inicial do FÓTON (λλλλ), além da sua direção de espalhamento (θθθθ). Como incógnitas, temos o comprimento de onda espalhado (λλλλ’), o momento linear do elétron (pe) e o ângulo de espalhamento do elétron (φφφφ). Temos assim, um sistema de três equações a três incógnitas, que portanto admite solução. 4. EFEITO COMPTON Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fóton e o Efeito Compton: a solução Após algum trabalho pesado manipulando estas equações, obtemos como solução λλλλC ⇒⇒⇒⇒ comprimento de onda de Compton Como vemos, a concordância entre o modelo de FÓTON aplicado ao Efeito Compton e os resultados experimentais é completa!!!! 4. EFEITO COMPTON ( ) ( )θλθλλλ cos1cos1' 0 −⋅=−⋅ ⋅ =−=∆ C cm h m cm h C 12 0 1043,2 −×= ⋅ =λ Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 1. Introdução 2. A Natureza da Luz 3. Efeito Fotoelétrico 4. Efeito Compton a. Resultados Experimentais b. Modelo de Einstein para a Luz c. O FÓTON e o Efeito Fotoelétrico d. O FÓTON e a dualidade ONDA-PARTÍCULA 5. Produção e Aniquilação de Pares 6. Bremsstrahlung – Produção de Raios-X Física para EngenhariaElétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES A Previsão do Fenômeno da Produção de Pares Paul Adrian Maurice Dirac 1902- 1984 A anti-matéria foi proposta por Paul Adrian Maurice Dirac (1902-1984). O conceito por trás do processo conhecido como produção de pares é a existência da anti-matéria. Para termos uma leve idéia da capacidade intelectual de Dirac, basta a informação que ele se formou em engenharia (1921) e em matemática (1923). Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Previsão do Fenômeno da Produção de Pares Em 1928 Dirac desenvolveu a chamada Equação de Dirac, na qual trata o elétron de forma quântica e relativística. Neste ano Dirac publicou o artigo “The Quantum Theory of the Electron” na revista Proceedings of the Royal Society A, volume 117, pgs. 610-624. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Em português o título deste artigo é “A Teoria Quântica do Elétron”. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Previsão do Fenômeno da Produção de Pares Por conta deste trabalho, Dirac ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1933, aos 31 anos. Prêmio Nobel de Física em 1933 - pelo desenvolvimento de novas teorias atômicas. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES ( ) ( ) t tritrcpcm j jj ∂ Ψ∂ ⋅⋅=Ψ⋅ ⋅⋅+⋅⋅ ∑ = , , 3 1 2 0 r h r αα Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Previsão do Fenômeno da Produção de Pares A Equação de Dirac admite duas soluções, ambas igualmente legítimas sob o ponto de vista matemático. Numa das soluções a energia da partícula é positiva e na outra é negativa. Partículas de energia negativa DEVEM ter massa negativa, pois no regime relativístico temos E = m⋅⋅⋅⋅c2. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Previsão do Fenômeno da Produção de Pares Para contemplar esta solução de massa negativa, Dirac “inventou” uma elaborada explicação. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Segundo esta explicação, há na natureza um hipotético "mar de partículas com energia negativa" preenchendo o espaço, além das usuais partículas de energia positiva (elétrons). Quando um elétron é criado na região de energia positiva, um “buraco” também é criado na região de energia negativa. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Previsão do Fenômeno da Produção de Pares Este “buraco” no “mar de partículas com energia negativa” se comporta como uma partícula de massa positiva que, como sabemos, tem realidade física. Assim, ao mesmo tempo que existe um elétron no “mundo com energia positiva”, surge uma nova partícula, o “buraco”, com massa e carga positivas no “mundo de energias negativas”. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Previsão do Fenômeno da Produção de Pares Este “buraco” foi posteriormente chamado de PÓSITRON, que é a ANTI-MATÉRIA do elétron. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Determinação Experimental da Existência do Pósitron A partir das previsões feitas por Dirac, muitos pesquisadores experimentais se dedicaram na tentativa de encontrar o PÓSITRON. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES O primeiro a obter sucesso nesta empreitada foi Carl David Anderson (1905-1991). Carl David Anderson 1905- 1991 Carl David Anderson, Prêmio Nobel de 1936, “pela descoberta do pósitron”. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Determinação Experimental da Existência do Pósitron 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Abaixo mostramos uma fotografia do traço de ionização deixado por um pósitron em uma câmera de nuvem no experimento realizado por Anderson. Neste experimento, PÓSITRONS atravessaram uma placa de chumbo de 6 mm. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Determinação Experimental da Existência do Pósitron 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Abaixo mostramos uma fotografia feita também por Anderson no topo de uma montanha do Colorado (USA). A fotografia mostra a criação de um chuveiro de 3 pares de elétrons e pósitrons. A criação destes pares elétrons-pósitrons foi obtida a partir de raios cósmicos. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Determinação Experimental da Existência do Pósitron 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Em 1933 Anderson publicou o artigo “The Positive Electron” na revista Physical Review, volume 43, pgs. 491- 494. Em português, o título deste artigo é “O Elétron Positivo”. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Um exemplo de Anti-matéria: o anti-hidrogênio 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Abaixo mostramos uma esquema do anti-hidrogênio, que é a anti-matéria do átomo de hidrogênio. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação A produção de pares ocorre somente quando fótons passam próximos a núcleos de elevado número atômico. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fenômeno da Produção de Pares: o processo Nesse caso, a radiação interage com o núcleo e desaparece, dando origem a um par elétron-pósitron. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Novamente aqui faremos um balanço de energia, igualando a energia do fóton de Raio-γγγγ com a soma das energias totais do elétron e do pósitron. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fenômeno da Produção de Pares: o balanço de energia 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES +− +=⋅ EEh ν νννν: freqüência do fóton de Raio-γγγγ E - : energia do elétron E+: energia do pósitron Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Considerando as energias envolvidas, novamente devemos levar em conta os efeitos relativísticos nas energias de cada partícula. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fenômeno da Produção de Pares: efeitos relativísticos 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Assim, devemos considerar a energia de repouso de cada partícula, além de suas respectivas energias cinéticas. −− +⋅= TcmE 20 ++ +⋅= TcmE 2 0 m0: massa de repouso do elétron (e do pósitron) T - : energia cinética do elétron T+: energia cinética do pósitron Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Assim, temos que o balanço de energia fornece: PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fenômeno da Produção de Pares: o balanço de energia 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES +− ++⋅⋅=⋅ TTcmh 2 02ν Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação A situação limite é aquela na qual tanto o elétron, quanto o pósitron saem do processo com energia cinética nula, isto é, T - = T+ = 0. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fenômeno da Produção de Pares: situação limite5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Jcmh MIN 132 0 1064,12 −×=⋅⋅=⋅ν MeVcmh MIN 02,12 2 0 =⋅⋅=⋅ν Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Um elétron e um pósitron, estando próximos um do outro, se unem e são aniquilados. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fenômeno da Aniquilação de Pares A matéria desaparece e em seu lugar obtemos energia na forma de radiação (fótons de Raios-γγγγ). 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Quando elétron e pósitron estão em repouso, a conservação do momento linear prediz que os fótons de Raios-γγγγ criados devem sair do processo na mesma direção e em sentidos opostos. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fenômeno da Aniquilação de Pares Isto mostra que neste processo são criados sempre, ao menos dois fótons de Raios-γγγγ. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Neste caso, ambas a conservação da energia e a conservação do momento linear devem ser obedecidas. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fenômeno da Aniquilação de Pares Aplicando a Conservação da Energia, temos Aplicando a Conservação do Momento Linear, temos 21 22 νν ⋅+⋅=⋅+⋅ hhcmcm posele 0mmm posele == 21 2 02 νν ⋅+⋅=⋅⋅ hhcm c h c h 210 νν ⋅−⋅= 21 νν = 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES ⇒⇒⇒⇒ ⇒⇒⇒⇒ Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Combinando estas duas equações, temos PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO O Fenômeno da Aniquilação de Pares Assim, se o par elétron-pósitron tiver alguma energia cinética, então a energia do fóton pode ser maior do que 0,51 MeV e seu comprimento de onda menor do que λλλλC. MeVhcm 51,020 =⋅=⋅ ν m cm h C 12 0 1043,2 −×== ⋅ = λλ 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES ν λ c= ⇒⇒⇒⇒ Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação Ao passar através da matéria, um pósitron perde energia em colisões sucessivas até se combinar com um elétron. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Formação de um Positrônio Quando isto acontece forma-se um sistema ligado chamado positrônio. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação O “átomo” de positrônio tem vida curta, decaindo em fótons de Raios-γγγγ em aproximadamente 0,1 ns. PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Formação de um Positrônio O elétron e o pósitron se movem em torno do seu centro de massa em uma espécie de “dança da morte” até se aniquilarem mutuamente. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção e Aniquilação de Pares: aplicações – tomografia por emissão de pósitrons Abaixo mostramos um esquema de funcionamento de um tomógrafo por emissão de pósitrons – PET (Positron Emission Tomography), ao lado de um exemplo desta tomografia. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção e Aniquilação de Pares: aplicações – o anti- hidrogênio Na fotografia abaixo, mostramos um acelerador de partículas do CERN (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear), no qual é produzido o anti-hidrogênio – par anti- próton/pósitron. 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Condição de obtenção de vários efeitos 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES Todos os efeitos descritos até aqui (Efeito Fotoelétrico, Efeito Compton e Produção de Pares) não ocorrem para todos os elementos, nem para todas as energias dos fótons envolvidas. Cada um destes efeitos ocorre com maior probabilidade para um dado elemento atômico e para uma dada energia do fóton. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Condição de obtenção de vários efeitos 5. PRODUÇÃO E ANIQUILAÇÃO DE PARES A curva abaixo mostra um diagrama no qual observamos as regiões de número atômico (Z) e energia do fóton (E) onde predomina cada um destes efeitos. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO 1. Introdução 2. A Natureza da Luz 3. Efeito Fotoelétrico 4. Efeito Compton a. Resultados Experimentais b. Modelo de Einstein para a Luz c. O FÓTON e o Efeito Fotoelétrico d. O FÓTON e a dualidade ONDA-PARTÍCULA 5. Produção e Aniquilação de Pares 6. Bremsstrahlung – Produção de Raios-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X – um pouco de história Foi Wilhelm Conrad Röntgen (1845-1923) quem, em 8 de Novembro de 1895, descobriu e batizou os Raios-X, além de ter feito a primeira radiografia da História. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Radiografia da mão da esposa de Röntgen, Anna Bertha Ludwig. Wilhelm Röntegen 1845- 1923 Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X: um pouco de história Röntgen estudava o fenômeno da luminescência produzida por raios catódicos em um tubo de Crookes. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X: um pouco de história Röntgen observou que quando fornecia corrente elétrica ao cátodo do tubo, os elétrons excitados emitiam uma radiação que velava a chapa fotográfica Intrigado, Röntgen resolveu intercalar entre o dispositivo e o papel fotográfico, corpos opacos à luz visível. Desta forma Röntgen obteve provas de que vários materiais opacos à luz diminuíam, mas não eliminavam a emissão desta estranha radiação induzida pelo raio de luz invisível, até então desconhecido. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X: um pouco de história Isto indicava que a energia atravessava facilmente os objetos, e se comportava como a luz visível. Após exaustivas experiências com objetos inanimados, Röntgen resolveu pedir para sua esposa pôr a mão entre o dispositivo e o papel fotográfico. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X: descoberta dos efeitos danosos Já em 1896 com a descoberta dos Raios-X, Röntgen descobriu que isso sem proteção causava vermelhidão da pele, ulcerações e empolamento dos tecidos vivos. Em casos mais graves de exposição este efeito poderá causar sérias lesões cancerígenas, morte das células e leucemia. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X A exposição excessiva aos Raios-X fez Röntgen morrer em 1923. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X – um pouco de história Röntgen foi o primeiro ganhador do Prêmio Nobel de Física, exatamente pela descoberta dos Raios-X. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Wilhelm Röntegen 1845- 1923 Wilhelm Röntgen, Prêmio Nobel de 1901, “pela descoberta dos Raios-X”. Röntgen publicou o artigo original sobre os Raios-X50 dias depois de sua descoberta. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X – um pouco de história 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Röntgen apresentou o artigo “Ueber eine neue Art von Strahlung” na Sitzungsberitche der physik.-mediz. Gesellschaft zu Würzburg (Sociedade de Física Médica de Würzburg) em 28 de Dezembro de 1895. Em português o título deste artigo é “Sobre uma nova espécie de raios”. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X – um pouco de história 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Em 9 de Março de 1896 Röntgen acrescenta algumas observações relatadas após toda a agitação resultante da sua descoberta. Em português o título deste artigo é “Observações adicionais das propriedades dos Raios-X”. Em 10 de Março de 1897 Röntgen conclui seus estudos sobre os novos raios escrevendo o artigo “Weitere Beobachtung über die Eigenschaften der X-Strahlen”. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X: o tubo de Coolidge O dispositivo que gera Raios-X é chamado de tubo de Coolidge. Este dispositivo é um tubo oco e evacuado. Estes elétrons são acelerados por uma grande diferença de potencial e atingem o ânodo. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X O tubo possui um cátodo incandescente que gera um fluxo de elétrons de alta energia. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X: detalhes do funcionamento O ânodo é confeccionado em metais de número atômico elevado, tais como tungstênio e molibdênio. Para não fundir, o dispositivo necessita de resfriamento através da inserção do metal em um bloco de cobre. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Este bloco de cobre se estende até o exterior do tubo de Raios-X que, por sua vez, está imerso em óleo. Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X Ao serem acelerados, os elétrons ganham energia e são direcionados contra um alvo (ânodo). Ao atingir o alvo (ânodo), os elétrons são bruscamente freados, perdendo uma parte da energia adquirida durante a aceleração. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X O resultado das colisões e da frenagem é a energia transferida dos elétrons para os átomos do elemento alvo. O alvo se aquece bruscamente, pois em torno de 99% da energia do feixe eletrônico é dissipada nele. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X A brusca desaceleração de uma carga elétrica gera a emissão de um pulso de radiação eletromagnética. A este efeito dá-se o nome de Bremsstrahlung, que em português significa radiação de freamento. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X Abaixo mostramos o esquema experimental para produção de Raios-X. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X: exemplo de um espectro contínuo Abaixo mostramos o espectro de emissão de Raios-X usando alvo fixo de tungstênio. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X: exemplo de emissão de linhas 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Abaixo mostramos o espectro característico de emissão de Raios-X usando alvo de molibdênio. As linhas Kalfa e Kbeta são devidas ao ânodo de molibdênio. Estas linhas são tipicamente monocromáticas, e são usadas quando se deseja incidir um comprimento de onda específico sobre a matéria. Kαααα: λλλλ = 0,0707 nm Kββββ: λλλλ = 0,0631 nm Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Produção de Raios-X Em ambos os tipos de espectro observamos a existência de um comprimento de onda de corte, abaixo do qual não ocorre emissão de Raios-X (I = 0). 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Teoria dos Fótons e a Produção de Raios-X Um modelo para a emissão de Raios-X consiste na idéia que a energia do fóton de Bremsstrahlung é o resultado da perda de energia cinética de um elétron ao se aproximar do núcleo de um átomo com grande número atômico. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Teoria dos Fótons e a Produção de Raios-X Vamos aplicar a conservação de energia a este processo. ν⋅=− hTT ' 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Neste caso, o elétron entra no processo com energia cinética T e sai dele com energia cinética T’. 'TTch −=⋅λ Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Teoria dos Fótons e a Produção de Raios-X Os elétrons do feixe incidente podem perder diferentes quantidades de energia nessas colisões. Isto explica a emissão do espectro contínuo de Raios-X. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Teoria dos Fótons e a Produção de Raios-X Os Raios-X assim produzidos pelos elétrons constituem o espectro contínuo abaixo. Há fótons com comprimentos de onda desde um valor mínimo λλλλMIN (mais alta energia) até λ→∞λ→∞λ→∞λ→∞ (energia mais baixa). 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Teoria dos Fótons e a Produção de Raios-X O fóton de maior energia é emitido quando um elétron perde toda a sua energia cinética na colisão (T’ = 0). Assim, temos que 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Tch MIN = ⋅ λ Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Teoria dos Fótons e a Produção de Raios-X Como a energia cinética do elétron incidente é originária da fonte de tensão que acelera os elétrons, temos que 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X VeT ⋅= Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Teoria dos Fótons e a Produção de Raios-X Desta forma, obtemos a condição de obtenção do mínimo comprimento de onda da radiação de Bremsstrahlung. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Ve ch MIN ⋅ ⋅ =λ Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO A Teoria dos Fótons e a Produção de Raios-X Como vemos, o modelo de fótons explica totalmente a emissão de Raios-X. 6. BREMSSTRAHLUNG – PRODUÇÃO DE RAIOS-X Ve ch MIN ⋅ ⋅ =λ Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpuscularesda Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO FÓTON Característica Ondulatória (Função de Onda) Característica Corpuscular (Energia) ⇒⇒⇒⇒ ν⋅= hE ( ) ( ) ( ) ( ) ( )ϕωε ϕωε +⋅−⋅⋅⋅×= +⋅−⋅⋅⋅= txkBitxB txkEtxE P P cosˆˆ, cosˆ, 0 0 r r + Física para Engenharia Elétrica - Propriedades Corpusculares da Radiação PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO FÍSICA MODERNA I
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