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Quadrilha Junina: Origem, Características e Regiões

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Quadrilha
A quadrilha, também chamada de quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha matuta, é um estilo de dança folclórica coletiva muito popular no Brasil.
Essa dança de teor caipira é típica das festas juninas e acontece nos meses de junho ou julho em todas as regiões do país.
Por ser uma dança caipira, sua linguagem se aproxima da coloquial e dos meios sertanejos e nordestinos.
 
 ORIGEM
De acordo com historiados e pesquisadores da cultura popular, a quadrilha surgiu na França do século XVIII. Principalmente em Paris ocorriam danças coletivas, formadas geralmente por quatro casais, que tinham o nome de quadrille. Estas danças ocorriam em grandes salões palacianos e contavam com a participação exclusivamente de membros da aristocracia francesa.
 
A quadrilha chegou ao Brasil no final da década de 1820 e, assim como em seu país de origem, foi muito comum entre as classes sociais mais ricas da sociedade brasileira da época (principalmente entre os integrantes da corte brasileira residente no Rio de Janeiro). Foi somente no final do século XIX que a quadrilha se popularizou e tornou-se comum entre as camadas populares da sociedade. Porém, ao tornar-se popular, agregou diversos elementos culturais populares, principalmente os relacionados às tradições e modo de vida no campo. Ganhou também, neste momento, um caráter mais divertido, com pitadas de momentos descontraídos e engraçados.
 
A partir do início do século XX, as quadrilhas se espalharam por várias regiões do Brasil, sendo até hoje muito populares tanto nas cidades do interior quanto nas grandes capitais. Porém, em cada região ela assumiu aspectos específicos da cultura popular típica da cidade ou estado. A beleza desta dança está justamente nestes aspectos populares e culturais múltiplos e diversos, que enchem a dança de cores, músicas e ricos elementos culturais.
 Principais personagens da quadrilha tradicional:
 
- Marcador da quadrilha (narrador da dança): pode ou não fazer parte da dança.
 
- Casal de noivos
 
- Padre
 
- Delegado
 
- Padrinhos
 
- Casais convidados para a festa de casamento
 
Principais momentos e passos da dança da quadrilha junina tradicional (comandos do marcador):
 
- Casamento dos noivos
 
- Balancê: balanço do corpo no rítimo da música.
 
- Cumprimento as damas: cavalheiros cumprimentam as damas.
 
- Cumprimento aos cavalheiros: damas cumprimentam as damas.
 
- Grande passeio pela roça
 
- Túnel: casais passam por baixo de um túnel formado pelos outros casais.
 
- Caminho da roça
 
- Olha a chuva: "já passou"
 
- Olha a cobra: "é mentira"
 
- Formação de um caracol pelos casais
 
- Coroação de damas e cavalheiros
 
- Despedida
Principais Características
Dança
A quadrilha é uma dança coletiva bailada em pares e que possui uma coreografia específica baseada em passos tradicionais.
Um orador, também chamado de marcador ou animador, proclama frases divertidas que determinam os movimentos da dança. Note que esse narrador, pode ou não, fazer parte da dança.
Algumas frases populares proferidas pelo narrador da dança são:
Olha a cobra! É mentira!
Olha a chuva! Já passou!
A ponte quebrou! Nova ponte!
O caminho da roça.
Na coreografia narrada destacam-se os cumprimentos, o balancê, o passeio pela roça, o túnel, a coroação, o casamento e a despedida.
Na quadrilha existe sempre a noiva e o noivo, pois ela representa a realização da festa de casamento. Essa tradição tem objetivo de homenagear o Santo Antônio, o santo casamenteiro.
Além deles, temos como personagens tradicionais o padre, o pai da noiva, o juiz e o delegado.
Vestimenta
A vestimenta da quadrilha é muito colorida e tipicamente caipira. Os homens costumam vestir camisas xadrez, desenhar bigodes ou cavanhaques e usarem chapéu de palha. Enquanto as mulheres usam vestidos, fazem maquiagem e tranças no cabelo.
Música
O estilo que está mais relacionado com as quadrilhas é a música instrumental caipira. Os principais instrumentos que acompanham são a viola, o violão, a sanfona, o triângulo e a zabumba. Atualmente, estilos como o forró e o baião têm grande destaque nas festas juninas.
 DIVERSAS REGIÕES
 festa de São João é comemorada em todas as regiões do Brasil. Seja com forró, carimbó, sertanejo, baião, xaxado, o Brasil inteiro entra no ritmo das festas de junho. A alegria é geral, mas cada região tem um jeito especial de viver essa festa.
Região Nordeste
Não dá pra falar em São João e não falar do Nordeste. Caruaru e Campina Grande disputam o título de maior São João do mundo, mas quem ganha mesmo é quem participa das festas. É uma verdadeira onda de alegria, ritmos e sabores que encantam pessoas de todos os lugares do mundo. O ritmo principal é o forró e as comidas típicas são de dar água na boca: canjica (que o resto do Brasil chama de cural), milho, mungunzá, milho, pipoca, bolo de milho e muitas outras delícias.
Região Norte
Na região Norte, a festa junina divide espaço com o boi bumbá, que vive o seu ápice no festival de Parintins, que acontece no final de junho. No Pará, o ritmo que reina é o carimbó e as tradicionais quadrilhas. Nas festas do Norte, você encontra delícias como bolo de macaxeira, cuscuz, munguzá, vatapá, tacacá, pudim, churrasco e doces feitos à base de frutas da região amazônica.
Região Centro-Oeste
Além do sertanejo, ritmo presente em quase todas as festas, o centro-oeste também traz o cururu, dança comum no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde os violeiros se desafiam com rimas em uma roda dançante. Os pratos típicos são os de milho, como pamonha, curau e canjica, além de arroz de carreteiro e galinhada e muitos outros.
Região Sudeste
Na região sudeste, temos um grande número de quermesses organizadas por igrejas, escolas e várias instituições. O ritmo é o que predomina nas outras regiões, como o sertanejo e o forró. Além das comidas típicas como milho, pipoca, canjica, também não pode faltar o cachorro quente e o tradicional quentão.
Região Sul
No friozinho do Sul, as tradicionais fogueira são a estrela da festa. As festas juninas também contam com trajes de peão e danças como vanerão. As comidas típicas são pamonha, curau, arroz doce, milho cozido, paçoquinha, canjica, pipoca, amendoim, além dos tradicionais quentão, chimarrão e vinho quente.
Seja qual for o estado ou região, é impossível não se deixar envolver pelo clima das festas juninas. E como o seu negócio pode entrar nessa festa? Primeiro, você pode caprichar na decoração dos estabelecimentos, na caracterização dos funcionários e promoções de produtos tradicionais e específicos de cada região.Você também pode oferecer mimos para os clientes como degustação de pratos típicos. No som ambiente, não pode faltar forró, sertanejo, carimbó e os tradicionais temas de quadrilha. Esse mês pode ser bão demais, sô!
Qual a importância da festa junina na educação?
Chegou o mês de junho e com ele a tradição de pular fogueira, dançar quadrilha, comer delícias típicas e celebrar o nascimento de três importantes santos para a Igreja Católica: São João Batista, Santo Antônio e São Pedro. Mas será que é só isso?
Embora cada vez mais as festividades tradicionais dessa época estejam sendo suprimidas nas escolas, é fato que existe uma grande importância da festa junina na educação e que ela pode e precisa ser mais bem explorada.
Para que a celebração seja relevante às crianças, é essencial que ela esteja vinculada ao conteúdo visto em sala de aula e ajude na formação completa do estudante, ajudando a compreender as suas raízes culturais e o folclore nacional.
Compreensão e valorização da cultura nacional
As festas juninas do interior de São Paulo e de Campina Grande (PB) e Caruaru (PE), por exemplo, são totalmente distintas. Embora elas tenham a mesma origem e tenham sido influenciadas pela vinda dos portugueses, cada parte do país adaptou as celebrações para a sua realidade, incluindo itens culturais próprios.
No nordeste,a tradição do forró é muito forte, além da presença de outros traços culturais como a literatura de cordel e os bonecos mamulengos. Já no interior de São Paulo, a celebração relacionada à colheita e à vida no campo é mais presente.
Usar essas diferenças culturais durante a realização e a organização da festa junina ajuda as crianças a compreenderem a vastidão e a riqueza do nosso país, aprendendo a respeitar as diferenças e a valorizar as suas origens.
 OS SIGNIFICADOS
Fogueiras
As tradicionais fogueiras das Festas Juninas são herdadas das culturas greco-romanas e dos celtas. Esses povos cultuavam as fogueiras como forma de agradecimento aos deuses pelas boas colheitas. Essa prática também foi aderida no Brasil, fazendo com que esse item se tornasse mais um símbolo forte da festividade. Em nosso país, muitos acreditam que a fogueira seja uma forma de purificação e proteção contra maus fluidos, além de símbolo da reunião de familiares e amigos durante a festa.
Bandeirolas
Conhecidas como o principal enfeite decorativo das festas juninas, as bandeirolas surgiram como forma de homenagem aos três santos conhecidos como “padroeiros” das Festas Juninas: Santo Antônio, São Pedro e São João. As imagens dos santos eram pregadas nas bandeiras coloridas e imersas em água, rito conhecido como lavagem dos santos. De acordo com a crendice popular, a água purifica todos aqueles que se molham com ela. O tempo foi passando, as bandeirinhas diminuindo de tamanho, mas continuam até hoje com a mesma simbologia: de purificar o ambiente da festa.
Casamento
inda sobre os santos, Santo Antônio ficou conhecido como o santo casamenteiro. Essa “fama”, segundo alguns religiosos, veio de pedidos feitos por moças ao santo em busca de noivo e marido. Umas das formas de conseguir isso é colocar a imagem de Santo Antônio de castigo de alguma forma. Uma das maneiras mais conhecidas é mergulhá-lo de cabeça para baixo em uma bacia com água.
Ainda sobre tradições de cunho matrimonial, o famoso casamento caipira surgiu como forma de chacota aos casamentos clássicos, já que foge dos “padrões tradicionais”. A noiva aparece grávida e o pai obriga o noivo a se casar com uma espingarda apontada para a sua cabeça, tendo o apoio do delegado da cidade, que é amigo da família da noiva. O teatro do casamento é ainda maior, já que o noivo, que está embriagado, tenta fugir sem sucesso. O casamento caipira é finalizado com os noivos, então casados, puxando o início da quadrilha

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