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MARIA MONTESSORI

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INTRODUÇÃO – BIOGRAFIA DE MARIA MONTESSORI
Maria Montessori nasceu em 31 de Agosto de 1870 em Chiaravalle na Itália, filha de Alessandro Stoppani e Renilde Stoppani, mudou-se para Roma em sua adolescência.
Com muita dificuldade iniciou os estudos de medicina, pois na época era quase impossível para as mulheres, tornando-se assim a primeira mulher diplomada em medicina na Itália.
Logo após formar-se em medicina ela foi nomeada assistente psiquiátrica de uma clínica para deficientes, naquela época chamados de “idiotas”, “retardados”. Foi assim então que ela começou a se interessar pelo modo que essas crianças eram tratadas, para ela provavelmente seria uma questão pedagógica.
Em 1899 fundou-se na Itália uma escola para crianças deficientes onde Maria Montessori tornou-se diretora por dois anos, esse cargo foi oferecido após uma série de conferencias em Roma sobre a educação dessas crianças.
A vida de Maria Montessori não era só trabalho. Um de seus colegas na escola para deficientes era o Dr. Giuseppe Montessano, e os dois se apaixonaram, Maria não comentava nada sobre seu relacionamento com ninguém além da família e os amigos mais próximos.
Entre 1898 e 1901 ela teve um filho, Mario, cujo pai era o Dr. Montessano.
Era Vergonhoso uma mulher ter profissão e ser mãe solteira. Por algum motivo, Giuseppe Montessano não se casou com Maria Montessori, mas sim mais tarde com outra mulher. O nascimento de Mario manteve-se em completo segredo, e foi enviado para os cuidados de uma família no campo.
Maria Montessori estava sempre convencida de que os métodos que usava para crianças com deficiência   também podiam ser adaptados para as crianças normais.
A ideia por traz dos métodos era que ele se desenvolvia a partir do que as crianças faziam naturalmente.
Com a popularidade Maria Montessori era cada vez mais convidada para dar palestras e abrir novas Casas das Crianças. Ela tomou a decisão importante de deixar de dar aulas de ciência e de educação na Universidade de Roma e nos colégios militares incluindo seu consultório médico. Deixou todos esses trabalhos concentrando somente em seu método e no Movimento Montessori.
Maria Montessori não dedicava mais seu tempo a outras coisas, somente a educação de crianças, embora anos mais tarde tenha passado por dificuldades financeiras, conseguiu se sustentar até os fins de sua vida sendo educadora.
Em 1922 o ditador fascista Mussolini tomou o poder na Itália. Mussolini prometeu todo o apoio a ela e seu método. Maria Montessori foi nomeada a inspetora-geral das escolas de toda a Itália. Para ele era conveniente ter a educadora italiana mais famosa do mundo ao seu lado.
Aos 66 anos Maria Montessori estava desesperada para encontrar um lugar seguro para ela seu filho Mario e netos. Mario se tornara seu braço direito ao movimento cuidando dos preparativos de suas viagens para conferencias e trabalhando como um de seus interpretes. Maria porem não ficava parada, retornou a Índia em 1947, foi para a Europa e Paquistão em 1949 e para Áustria em 1951 e em 1952 planejava uma viagem para conferencias na África. Esta jamais se realizara. 
Mario Montessori, filho de Maria tornou-se seu principal assistente e, após a morte da mãe, em 1952 assumiu a liderança do Movimento Montessori. Apenas quando seu testamento foi lido, após o funeral, Mario foi publicamente reconhecido como seu filho. Durante a vida de Maria Montessori ele era apresentado como sobrinho. No dia 6 de maio de 1952, aos 81 anos, teve um colapso súbito e morreu.
MÉTODO DE MARIA MONTESSORI – MONTESSORIANO
O método Maria Montessori pertence à corrente do liberalismo pedagógico, destacando a crença na autoeducação e na ação destrutiva que o adulto, por sua prepotência e superproteção, pode desencadear sobre a criança. Nascendo de suas constatações experienciais, ela afirma que, a criança agindo por si mesma, em liberdade, será melhor do que reprimida pelo adulto.
Montessori acredita que a criança precisa de um ambiente adequado as suas possibilidades e que a solicite para o esforço que deve empreender para aprimorar-se no seu complexo comportamento sensório-psicomotor. Exemplo: mesas e cadeiras leves com tamanho adequado, brinquedos estimulantes, etc.
A relação entre o aluno e o professor, no método Montessoriano, exige uma atitude discreta do educador, interferindo só necessária e oportunamente; atuando mais na preparação do ambiente apropriado. Ou seja, o educador vira um mero observador, aparecendo somente nos momentos necessários.
Pode-se afirmar que os princípios básicos que fundamentam a concepção pedagógica de Montessori são os seguintes:
Liberdade – Se a vida é desenvolvimento, a educação deve favorecer esse desenvolvimento, deixando a criança a vontade para crescer e desenvolver-se.
Atividade – A atividade é uma manifestação espontânea e deve ser respeitada, educando para atividades e para o trabalho, e não para a imobilidade, a passividade ou a obediência cega.
Vitalidade – Considera a vida e seu pleno desenvolvimento como o bem supremo, sendo assim, a infância não é uma fase negativa que deve acabar logo, mas um período necessário, que deve ser plenamente vivido.
Individualidade – A educação deve respeitar as diferenças individuais e a liberdade deve permitir o desenvolvimento da personalidade e do caráter individual.
Sendo assim, quanto mais adequadas forem as condições do meio e quanto menos houver interferência de obstáculos, a vida e o desenvolvimento do ser será mais fácil e mais integralmente harmonioso.
Ainda, pelo fato de a criança desenvolver-se através dos períodos sensíveis, torna-se indispensável conhecer o processo de seu desenvolvimento para, a cada etapa, ou seja, a cada idade, atender as suas sensibilidades, de ordem, de atividades, de repetição, de manipulação, etc. e procurando satisfazer a elas, propor as melhores condições de crescimento.
CONCLUSÃO
Concluímos que este trabalho foi de grande importância para conhecermos um novo método de ensino de muita influência no mundo e que permanece até a atualidade sendo utilizado por algumas escolas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. 1° edição. São Paulo. Editora: Ática, 2011. 248p.
MACHADO, Izaltina de Lourdes. Educação Montessori: De um homem novo para um mundo novo. 2º edição. Editora: Pioneira, 1986. 92p.
POLLARD, Michael. Os grandes humanistas – Maria Montessori. São Paulo. Editora: Globo, 1993. 64p.
ROSA, Maria da Glória. A história da educação através dos textos. São Paulo. Editora: Cultrix, 1976. 315p.
Veja.com. Especial escolas: escola montessoriana. Disponível em: 
<https://youtu.be/pzGnQPLdqtQ>. Acessado em: 21 de março de 2017.

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