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UFSC- UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS ARARANGUÁ INGRID GONÇALVES SANTOS- 17102308 FISIOLOGIA 1. Quando um indivíduo respira, ele inala os gases atmosféricos necessários para a fisiologia celular de todos os tecidos corporais. Descreva o trajeto que uma molécula de oxigênio (O2) percorre nas vias aéreas de condução e troca (respiração) desde a cavidade nasal até chegar ao capilar sanguíneo associado aos alvéolos pulmonares. Nariz-> narinas-> fossas nasais-> faringe-> laringe-> traqueia-> PULMÕES -> brônquios D e E -> bronquíolos -> alvéolos pulmonares. 2. Quais as funções do sistema respiratório? O sistema respiratório tem como principal função realizar a troca gasosa, ou seja, levar oxigênio (O2) às células e eliminar o dióxido de carbono (CO2) produzido por elas. Mas possui ainda como funções Fornecer O2 para a circulação sanguínea e remover o CO2; Possibilitar a produção de som ou vocalização quando o ar expirado passa através das pregas vocais; Auxiliar na compressão abdominal durante a micção, a defecação e o parto; além de tornar possível os movimentos aéreos protetores e reflexos, como na tosse e no espirro, para manter limpa a passagem do ar. 3. Quais são os principais músculos da expiração e da inspiração basal? Musculatura respiratória: A. Esqueléticos; B. Inspiratórios – expansão e elevação da caixa torácica. Atuam na inspiração basal e na forçada (qualquer alteração no ritmo basal: no assoprar, no exercício, na paralisação do diafragma); C. Expiratórios – contração da caixa torácica, funcionando na respiração forçada, são em geral musculos abdominais: a. Diafragma, intercostais, escalenos (basal), ECOM, trapézio, grande dorsal, cervical, peitoral maior e transverso – presentes na inspiração forçada. O diafragma atua na elevação e na projeção para frente da caixa torácica, fazendo maior impacto no volume da caixa torácica e pulmonar, é o que regula a profundidade do movimento. 4. Cite as células que constituem os alvéolos pulmonares. As células epiteliais que formam a parede alveolar são: pneumócitos I, que são numerosos, pavimentosos recobrem cerca de 97% da superfície alveolar, não se dividem e possuem inúmeras vesículas de pinocitose relacionadas à remoção do surfactante; pneumócitos II, que recobrem cerca de 3% superfície alveolar, são arredondadas, intensa atividade mitótica e são responsáveis pela produção do surfactante (fosfatidilcolna e fosfatidilcoglicerol) e diferenciação em pneumócito I. Além das células epiteliais estão associados à parede alveolar os macrófagos alveolares/células da poeira, que se relacionam com os processos de defesa, limpam a superfície alveolar e contribuem para a atividade pinocítica dos pneumócitos I. 5. Qual célula é responsável pela produção do surfactante? Qual é a função do surfactante? A célula responsavel pela produção do surfactante é o pneumócitos tipo II. O Surfactante tem como função reduzir de forma significativa a tensão superficial dentro do alvéolo pulmonar, prevenindo o colapso durante a expiração, impedindo-os de colabarem, aumentar a complacência pulmonar e consequentemente diminuir o esforço respiratório.Evitar atelectasia (colapso do parênquima pulmonar) no fim da expiração. Facilitar o recrutamento do parênquima colapsado. 6. Descreva a estrutura de uma molécula de hemoglobina. Que elemento químico é essencial para a síntese de hemoglobina? A hemoglobina é uma proteína de estrutura quaternária. Ela é composta por quatro cadeias de globina (parte proteica) e um grupo heme (grupo prostético) ligado a cada uma delas. Em adultos, as cadeias de globina são de dois tipos: duas do tipo α (alfa) e duas do tipo β (beta). O grupo heme contém um átomo de ferro central em seu interior, mantido no estado ferroso. O ferro é o responsável pela captação do oxigênio, uma vez que o mineral se liga ao oxigênio com facilidade. A globina não serve apenas para a função estrutural, mas também torna possível a reversibilidade da ligação entre o ferro e o oxigênio. O Elemento quimico essencial para a sntese de hemoglobina é o ferro. 7. Quanto mais espessa for a barreira de difusão (ou parede alveolar-capilar) mais difícil será a difusão de O2 e CO2 do alvéolo até a hemoglobina presente nas hemácias. Faça o desenho esquemático da barreira de difusão identificado todos os seus constituintes e como sua morfologia favorece o processo difusão. 8. Os gases se difundem a favor de seus gradientes de pressão parcial nos alvéolos e nas células. Faça um desenho esquemático identificando as quatro fases da hematose com suas respectivas pressões parciais de O2 e CO2. 9. Cite e comente as formas de transporte de O2 e CO2 no sangue. As trocas gasosas são fundamentais para a sobrevivência dos organismos vivos e adaptações no sistema respiratório visam favorecer esse processo. Em humanos e outros mamíferos, por exemplo, a moléculas de oxigênio e gás carbônico são trocadas entre o ar ambiente e o sangue, de forma passiva (difusão). Os gases deslocam-se pelo organismo transportados por um fluido circulante (sangue ou hemolinfa), que geralmente contém pigmentos respiratórios que tornam o transporte mais eficiente. Os pigmentos respiratórios são moléculas complexas, formadas por proteínas e íons metálicos, que lhes confere uma cor característica. Tais moléculas ligam-se aos gases para transporta-los e são consideradas boas transportadoras, pois se ligam a ele quando a quantidade do gás for elevada e se desprendem rapidamente se a quantidade do gás for baixa. Entre os vários pigmentos conhecidos, a hemoglobina (Hb) é a mais comum e a melhor estudada. Há outros pigmentos respiratórios que podem diferir da Hb pelo metal, pelas cadeias polipeptídicas etc. Ex.: Mioglobina: encontrada no tecido muscular de vertebrados, incluindo humanos, confere coloração vermelho escuro a esse tecido. Tem estrutura semelhante à Hb, mas possui uma única cadeia polipeptídica. Hemocianina: s egunda proteína transportadora de oxigênio mais comum na natureza é encontrada no sangue de muitos artrópodes e moluscos. Ao invés de ferro, contém íons cobre o que confere coloração azul quando ligada a oxigênio. O O2 é captado pelo pulmão e enviado ao sangue, sendo transportado pelo sangue sob duas formas: • dissolvido no plasma – o O2 é pouco solúvel na água, portanto, apenas cerca de 2% são transportados por esta via; • combinado com a hemoglobina – nos glóbulos vermelhos existem 280 milhões de moléculas de hemoglobina, cada uma podendo transportar quatro O2, ou seja cerca de 98% deste gás é transportado pela Hb até ás células. A ligação da primeira molécula de O2 á hemoglobina altera a sua conformação, facilitando a ligação das seguintes, ou seja, aumentando a sua afinidade para o O2. O mesmo acontece com a liberação de uma molécula de O2 que acelera a liberação das restantes. Por este motivo, a Hb é um transportador tão eficiente. Quando o O2 está ligado a Hb ela passa a ser chamada de oxiemoglobina (HbO2) e quando este está ausente designa-se desoxiemoglobina ou hemoglobina reduzida. O CO2 pode ser transportado no sangue de três modos principais: • dissolvido no plasma – devido à baixa solubilidade em água deste gás, apenas 8% são transportados por esta via; • combinado com a hemoglobina – uma percentagem relativamente baixa, cerca de 11%, deste gás reage com a hemoglobina, formando a carbaminoemoglobina (HbCO2); • como íon bicarbonato (HCO3-) – a maioria das moléculas deslocam-se como este íon,cerca de 81%. Naturalmente este processo de reação com a água é lento, mas pode ser acelerado pela enzima dos glóbulos vermelhos anidrase carbônica. Quando a pCO2 é elevado, como nos tecidos, a reação produz ácido carbônico (H2CO3), que se ioniza em HCO3-. Após a sua rápida formação no interior dos glóbulos vermelhos, o íon difunde-se para o plasma, onde é transportado até aos pulmões. Aí as reações são revertidas e o CO2 é libertado para os alvéolos. E então esse CO2 sai do corpo pela expiração. 10. Como se dá o tamponamento de CO2 no sangue? Solução tampão é aquela cujo pH se mantém praticamente invariável com à adição de pequenas quantidades de ácido ou base, ela funciona mantendo o equilíbrio desta solução resistindo suas variações de PH. Um dos sistemas tamponantes orgânicos mais importantes é o que está presente no sangue, o qual permite a manutenção das trocas gasosas sem grande alteração de seu PH, que possui valor de 7,4. O principal responsável pelo tamponamento do sangue está no equilíbrio entre o ácido carbônico e seu íon, o bicarbonato (TAMPÃO BICARBONATO) Este sistema impede variações de PH maiores do que 0,2 unidades, o que traria sérias conseqüências ao metabolismo caso ocorresse. O sangue humano é um sistema-tampão ligeiramente básico, ou seja, é um líquido tamponado: seu pH permanece constante entre 7,35 e 7,45. Um dos tampões mais interessantes e importantes no sangue é formado pelo ácido carbônico (H2CO3) e pelo sal desse ácido, o bicarbonato de sódio (NaHCO 3). Para o tamponamento funcione existem duas situações 1- tamponamento do PH ácido Com o excesso de ácido (H+ )na solução tampão, acelera a formação de H2CO3, que é convertido a H2O + CO2. O CO2 é liberado pelos pulmões que aumenta sua freqüência (traquipineia) . Os rins retêm bicarbonato, que neutraliza parte das cargas positivas (H +), aumentando o PH, assim, o sistema retorna ao equilíbrio. 2- tamponamentos de PH básico Escassez de H+ (ou excesso de OH-) acelera a ionização de H2CO3 Este H2CO3 é convertido a H+ + HCO3-. O excesso de HCO3- é liberado pelos rins. Os pulmões reduzem a freqüência respiratória (bradpineia) aumentando a quantidade de CO2 no sangue Consequentemente diminui a quantidade de H2CO3 e H+, o que diminui o PH. Todo este processo ocorre devido uma enzima, a anidrase carbônica, a anidrase carbônica presente nos eritrócitos é a enzima responsável pela conversão do dióxido de carbono e água em ácido carbônico, prótons e íons bicarbonato e vice-versa Se não houvesse essas soluções-tampão no sangue, a faixa de PH poderia sofrer grandes variações. Se o PH do sangue subir, sendo superior a 7,8, denomina-se alcalose. Já se o PH cair demais, abaixo de 6,8, será um estado de acidose. Ambas são condições perigosas, que podem levar à morte.
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