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APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 1 APOSTILA CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II Roteiros dos Experimentos Carlos Eduardo Barateiro APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 2 Conteúdo EXPERIMENTO 1: MASSA ESPECÍFICA DE SÓLIDOS EXPERIMENTO 2: MASSA ESPECÍFICA DE LÍQUIDOS EXPERIMENTO 3: PRESSÃO EM SUPERFICIES PLANAS EXPERIMENTO 4: EMPUXO EXPERIMENTO 5: ESTÁTICA DOS FLUIDOS EXPERIMENTO 6: OSCILAÇÃO EM CONJUNTO MASSA-MOLA EXPERIMENTO 7: ONDAS LONGITUDINAIS E TRANSVERSAIS EXPERIMENTO 8: TRANSFERÊNCIA DE CALOR EXPERIMENTO 9: DILATAÇÃO TÉRMICA EXPERIMENTO 10: EQUILIBRIO TÉRMICO E CURVA DE AQUECIMENTO EXPERIMENTO 11: REFLEXÃO EM ESPELHOS E REFRAÇÃO EM DIÓPTRO APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 3 Experimento 1: Massa Específica de Sólidos 1.1 OBJETIVOS Familiarizar os alunos com a utilização de equipamentos básicos de medição tais como paquímetros, micrômetros e balança digital avaliando suas incertezas. Também terá como objetivo a determinação da massa e as dimensões de peças sólidas de diferentes formatos e materiais, calculando seu volume e a massa específica do material com o qual é construída esta peça, considerando as incertezas envolvidos nos processos de medição e cálculos. 1.2 DOCUMENTOS AUXILIARES Apresentação Conceitos de Conhecimentos Científicos Apresentação Erros e Incertezas Apresentação Unidade de Medidas Apresentação Instrumentos de Medição: Conceitos Básicos Apresentação Instrumentos de Medição: Paquímetros Apresentação Instrumentos de Medição: Micrômetros Apresentação Instrumentos de Medição: Balança Apresentação Técnicas de Montagem de Relatórios 1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para realizar medidas de dimensões de sólidos podemos utilizar uma régua comum, cuja menor divisão normalmente é o milímetro. No entanto, para se obter melhor precisão nas medidas, ou seja, medir décimos ou centésimos de mm, não bastaria acrescentar mais traços numa régua comum. Existem instrumentos para medidas com resolução da ordem de 0,01 mm ou até 0,001mm, como os paquímetros e os micrômetros que serão utilizados neste experimento. Nas medidas diretas das dimensões, haverá vários fatores afetando as medições realizadas e que irão contribuir para o cálculo das incertezas associadas aos valores medidos: defeitos na fabricação das peças (prevenindo que sejam formas geométricas perfeitas); limitações dos instrumentos (resolução finita, linearidade, ruídos, etc...); dificuldades associadas ao método de medida; variações obtidas na repetição de uma mesma medida, seja ela efetuada por um mesmo operador ou por vários; erros sistemáticos que afetam todas as medidas (por exemplo, devido ao fato de um instrumento estar desajustado). Neste experimento serão analisadas e estimadas estas incertezas, classificadas entre incertezas do tipo A (estatísticas) e do tipo B (não estatísticas) que serão utilizadas para o cálculo da incerteza combinada de cada medida. Muitas vezes, a medida desejada é feita de forma indireta, a partir de medidas diretas. Por exemplo, para determinar a densidade do material com o qual é construída uma peça sólida, pode-se utilizar a relação: APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 4 Se a peça sólida for cilíndrica, podemos utilizar a expressão: Nota-se então que a incerteza no valor do volume dependerá das incertezas associadas às medições do diâmetro e da altura. O valor da densidade do sólido também será obtido indiretamente, através da medida da massa e do valor do volume. Assim, tanto as incertezas no volume quanto a incerteza na densidade serão calculadas através do procedimento denominado propagação de incertezas, utilizado sempre que uma grandeza não é medida diretamente, mas é função de outras medidas diretas. A utilidade na determinação da incerteza associada a uma grandeza na qual se tem interesse (mensurando) é poder estabelecer um intervalo de confiança, dentro do qual o experimentador espera que esteja situado o valor da grandeza. Neste experimento, espera-se obter o intervalo [ V V ] do volume de peças sólidas e o intervalo [ ] das densidades dos materiais das peças, já que na prática, é impossível conhecer os valores exatos verdadeiros dessas grandezas. Finalmente, comparando-se o resultado final da densidade com valores típicos da densidade de alguns materiais deverá ser possível identificar o material com o qual foi construída uma das peças do laboratório. A tabela ao lado apresenta a densidade de alguns materiais típicos encontrados na indústria. As medidas das dimensões das peças sólidas serão realizadas com três instrumentos de resolução diferente: uma régua milimetrada, um paquímetro e um micrômetro manuais. Em instrumentos com escalas simples, como a régua milimetrada, considera-se normalmente que a resolução seja a principal fonte da incerteza instrumental, estimada como sendo a metade da menor divisão da escala. 1.4 MATERIAIS Três esferas sólidas com materiais e diâmetros diferentes Balança digital Micrômetro Paquímetro APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 5 1.5 PROCEDIMENTOS Os grupos irão receber três esferas e as atividades a serem executadas são: a) Anotar os dados dos instrumentos de medição preenchendo a Tabela 1. Tabela 1: Dados dos Instrumentos de Medição b) Medir o diâmetro de cada esfera com o micrometro indicando as incertezas da medição - fazer cinco medições e preencher a Tabela 2. Tabela 2: Dados das Medições das Esferas com Micrômetro c) Medir o diâmetro de cada esfera com o paquímetro indicando as incertezas da medição – fazer cinco medições e preencher a Tabela 3. Tabela 3: Dados das Medições das Esferas com Paquímetro APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 6 d) Medir a massa de cada esfera indicando as incertezas da medição – fazer cinco medições e preencher a Tabela 4. Tabela 4: Dados das Medições das Massas das Esferas e) Com os dados da Tabela 2, informar o diâmetro de cada esfera a partir das medições com o micrometro, calculando o valor médio das medidas efetuadas e informando a incerteza desse valor médio – preencher a Tabela 5. Tabela 5: Cálculo do Valor Médio e Incerteza com micrômetro f) Com os dados da Tabela 3, informar o diâmetro de cada esfera a partir das medições com o paquímetro, calculando o valor médio das medidas efetuadas e informando a incerteza desse valor médio – preencher a Tabela 6. Tabela 6: Cálculo do Valor Médio e Incerteza com paquímetro APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 7 g) Com os dados da Tabela 4, informar o valor da massa de cada esfera a partir das medições com a balança, calculando o valor médio das medidas efetuadas e informando a incerteza desse valor médio – preencher a Tabela 7. Tabela 7: Cálculo do Valor Médio e Incerteza com Balança h) Com os dados da Tabela 5 e 7, calcular a massa específica (densidade absoluta) de cada esfera a partir dos diâmetros medidos com o micrometro e com a massa medida com a balança, informandoas incertezas consideradas – preencher a Tabela 8. Tabela 8: Cálculo da Massa Específica com Micrometro i) Com os dados das Tabelas 6 e 7, calcular a massa específica (densidade absoluta) de cada esfera a partir dos diâmetros medidos com o paquímetro e com a massa medida com a balança, informando as incertezas consideradas – preencher a Tabela 9. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 8 Tabela 9: Cálculo da Massa Específica com Paquímetro 1.6 CONCLUSÕES Com os valores obtidos responda aos seguintes questionamentos: a) Com base nas Tabelas 8 e 9, identificar o material de cada esfera com base nas massas específicas calculadas. Justifique sua resposta. b) Com base nas Tabelas 8 e 9, discuta a diferença entre os valores calculados para a massa específica obtida a partir do paquímetro e micrômetro. Qual tem menor incerteza? Justifique sua resposta. c) Informe como foi calculado a incerteza dos valores médios (desvio padrão de medidas diretas) dos diâmetros e massas. Justifique sua resposta. d) Informe como foi calculado a incerteza dos valores médios (desvio padrão de medidas indiretas) da massa especifica. Justifique sua resposta. e) Discuta se os resultados obtidos foram satisfatórios e as razões de eventuais discrepâncias. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 9 Experimento 2: Massa Específica de Líquidos 2.1 OBJETIVOS Determinar a massa específica de líquidos através da medição da massa e do volume e utilizando a lei de Stevin. 2.2 DOCUMENTOS AUXILIARES Apresentação Conceitos de Conhecimentos Científicos Apresentação Erros e Incertezas Apresentação Unidade de Medidas Apresentação Instrumentos de Medição: Conceitos Básicos Apresentação Instrumentos de Medição: Paquímetros Apresentação Instrumentos de Medição: Balança Apresentação Técnicas de Montagem de Relatórios 2.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Podemos determinar a densidade de um líquido a partir da medição de sua massa e do seu volume ocupado dentro de um recipiente, muito semelhante com o procedimento efetuado no experimento anterior e utilizando a equação: Uma outra forma de fazer-se essa medição é a utilização do conceito de bases comunicantes. Sabe- se que para forças conservativas vale a relação abaixo onde U é a energia potencial no campo de forças F. Seja μ a densidade de energia potencial correspondente (energia potencial por unidade de volume) tem-se: Onde é o gradiente da pressão Desta equação conclui-se que p = - μ + constante. A superfície livre de um líquido em contato com a atmosfera é uma superfície isobárica, pois todos os seus pontos estão submetidos à pressão atmosférica. Assim, a superfície livre dos oceanos é uma superfície esférica equipotencial. Se nos limitarmos à escala do laboratório, na vizinhança da superfície da terra, a energia potencial de uma massa é mgh, de forma que a densidade de energia potencial de um fluído de densidade é ou seja A variação infinitesimal da pressão em função de h fornece a relação que é a densidade de força gravitacional. Integrando esta relação entre os pontos h1 e h2, temos: APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 10 Considerando um líquido em um recipiente aberto para atmosfera temos que p(h1) = P0 = pressão atmosférica. Portanto: Essa equação é o chamado de Teorema de Stevin ou Lei de Stevin em homenagem a Simon Stevin (1548-1620). Na equação acima, P0 é a pressão exercida pelo ar atmosférico no local. Em seu teorema, Stevin diz que: a) Quando dois pontos de uma mesma porção de um mesmo líquido em equilíbrio estão no mesmo nível, significa que estão submetidos à mesma pressão; b) A diferença de pressão entre dois pontos de um líquido homogêneo em equilíbrio é dada pela pressão exercida pela coluna de líquido entre eles. Desse teorema podemos também demonstrar que a pressão no interior de um fluído aumenta linearmente com a profundidade. Se um recipiente é formado por diversos ramos que comunicam entre si, continua valendo que a superfície livre de um líquido que ocupa as diferentes partes do recipiente é horizontal, ou seja, o líquido sobe à mesma altura h em todos os ramos do recipiente. Se em dois ramos de um tubo em U temos dois líquidos de densidades diferentes que não se misturam, eles subirão a alturas diferentes em relação a um plano AB que passa pelo mesmo fluído uma vez que o peso exercido pela coluna h2 deverá ser igual ao peso exercida pela coluna h1. 2.4 MATERIAIS Sistema de vasos comunicantes EQ048 Seringa de injeção ou funil Óleo Água; Balança digital Duas Provetas Paquímetro APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 11 2.5 PROCEDIMENTOS a) Anotar os dados dos instrumentos de medição preenchendo a Tabela 1. Tabela 1: Dados dos Instrumentos de Medição b) Meça a massa das duas provetas (vazias) (1) e (2) a serem utilizadas com a balança digital e anote s incertezas consideradas – faça cinco medições e preencha a Tabela 2. Tabela 2: Medição da Massa das Provetas Vazias c) Acresce água na proveta (1) e óleo na proveta (2) e meça o volume indicado nas escalas das provetas (1) e (2) e anote as incertezas consideradas – faça cinco medições e preencha a Tabela 3. Tabela 3: Medição do Volume das Provetas APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 12 d) Meça a massa de cada conjunto proveta mais liquido utilizando a balança e as incertezas consideradas – faça cinco medições e preencha a Tabela 4. Tabela 4: Medição da Massa das Provetas com Liquido e) Com o dispositivo de vasos comunicantes EQ048 coloque água até a marca de zero do dispositivo; f) Com a seringa coloque aproximadamente 10 cm3 de óleo em um dos ramos e anote os valores de h0, h1 e h2 utilizando o paquímetro e considerando as incertezas da medição - faça cinco medições e preencha a Tabela 5. Tabela 5: Medição dos Níveis no Vaso Comunicante APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 13 g) Aumente aproximadamente 1 cm3 a mais de óleo no mesmo tramo anterior e repita as medições de h0, h1 e h2 utilizando o paquímetro e considerando as incertezas da medição - faça cinco medições e preencha a Tabela 6. Tabela 6: Medição dos Níveis no Vaso Comunicante h) Repita o procedimento aumentando aproximadamente 1 cm3 a mais de óleo no mesmo tramo anterior e repita as medições de h0, h1 e h2 utilizando o paquímetro e considerando as incertezas da medição - faça cinco medições e preencha a Tabela 7. Tabela 7: Medição dos Níveis no Vaso Comunicante APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 14 i) Com os dados da Tabela 2 calcular o valor médio da massa de cada proveta vazia e informando a incerteza desse valor médio – preencher a Tabela 8. Tabela 8: Cálculo do Valor Médio das Massas das Provetas j) Com os dados da Tabela 3 calcular o valor médio dos volumes de cada proveta (com água e óleo) e informando a incerteza desse valor médio – preencher a Tabela 9. Tabela9: Cálculo do Valor Médio dos Volumes das Provetas k) Com os dados da Tabela 4 calcular o valor médio da massa de cada proveta (com água e óleo) e informando a incerteza desse valor médio – preencher a Tabela 10. Tabela 10: Cálculo do Valor Médio das Massas das Provetas Cheias l) Com os dados das Tabelas 8, 9 e 10, calcular a massa especifica de cada fluido a partir da massa somente do fluido (descontando a massa da proveta) e dos volumes apurados e informando a incerteza desse valor – preencher a Tabela 11. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 15 Tabela 11: Cálculo da Massa Específica do Liquido em cada Proveta m) Com os dados da Tabela 5, calcular os valores médios de h0, h1 e h2 informando as incertezas desses valores médios – preencher a Tabela 12. Tabela 12: Cálculo das Alturas no Vaso Comunicante n) Com os dados da Tabela 6, calcular os valores médios de h0, h1 e h2 informando as incertezas desses valores médios – preencher a Tabela 13. Tabela 13: Cálculo das Alturas no Vaso Comunicante o) Com os dados da Tabela 7, calcular os valores médios de h0, h1 e h2 informando as incertezas desses valores médios – preencher a Tabela 14. Tabela 14: Cálculo das Alturas no Vaso Comunicante APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 16 p) Com os dados da Tabela 12 e considerando que a massa específica da água é μ= 1g/𝑐𝑚3 e utilizando o Teorema de Stevin, calcule a massa específica do óleo e informe a incerteza desse valor – preencher a Tabela 15. Tabela 15: Cálculo das Alturas no Vaso Comunicante q) Com os dados da Tabela 13 e considerando que a massa específica da água é μ= 1g/𝑐𝑚3 e utilizando o Teorema de Stevin, calcule a massa específica do óleo e informe a incerteza desse valor – preencher a Tabela 16. Tabela 16: Cálculo das Alturas no Vaso Comunicante r) Com os dados da Tabela 14 e considerando que a massa específica da água é μ= 1g/𝑐𝑚3 e utilizando o Teorema de Stevin, calcule a massa específica do óleo e informe a incerteza desse valor – preencher a Tabela 17. Tabela 17: Cálculo das Alturas no Vaso Comunicante s) Com os dados das Tabela 15, 16 e 17, calcule a massa específica do óleo e informe a incerteza desse valor – preencher a Tabela 18. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 17 Tabela 18: Cálculo da Massa Específica Média do Óleo 2.6 CONCLUSÕES Com os valores obtidos responda aos seguintes questionamentos: a) Com base nos resultados das Tabelas 11 e 18, discuta os valores obtidos para a massa específica do óleo utilizando a medição por massa e a obtida com o vaso comunicante. Qual a medição com menor incerteza? Justifique sua resposta. b) Na Tabela 11, informe como foi calculado a incerteza dos valores médios (desvio padrão de medidas indiretas) da massa de água e óleo. Justifique sua resposta. c) Na Tabela 11, informe como foi calculado a incerteza dos valores médios (desvio padrão de medidas indiretas) da massa especifica de água e óleo. Justifique sua resposta. d) Nas Tabelas 15, 16 e 17, informe como foi calculado a incerteza dos valores médios (desvio padrão de medidas indiretas) da altura da coluna de água e óleo. Justifique sua resposta. e) Nas Tabelas 15, 16 e 17, Informe como foi calculado a incerteza dos valores médios (desvio padrão de medidas indiretas) da massa específica do óleo. Justifique sua resposta. f) Na Tabela 18, informe como foi calculado a incerteza dos valores médios (desvio padrão de medidas indiretas) da massa específica do óleo. Justifique sua resposta. g) Discuta se os resultados obtidos foram satisfatórios e as razões de eventuais discrepâncias. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 18 Experimento 3: Pressão em Superfícies Planas 3.1 OBJETIVOS Entender o conceito de pressão e o cálculo da pressão exercida pelo objeto sólido na superfície plana. 3.2 DOCUMENTOS AUXILIARES Apresentação Conceitos de Conhecimentos Científicos Apresentação Erros e Incertezas Apresentação Unidade de Medidas Apresentação Instrumentos de Medição: Conceitos Básicos Apresentação Instrumentos de Medição: Paquímetros Apresentação Instrumentos de Medição: Balança Apresentação Técnicas de Montagem de Relatórios 3.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O conceito de pressão pode ser definido pela relação entre a intensidade da força que atua perpendicularmente e a área em que ela se distribui. Assim se uma força de intensidade 10N estiver aplicada perpendicularmente à área de 0,4m², a pressão sobre ela será p = 10N/0,4m², ou p = 25N/m². Distribuindo-se a mesma forma sobre uma área de apenas 0,2m², a pressão exercida será p = 10n/0,2m² ou p = 50N/m². Sendo F a intensidade da resultante das forças distribuídas perpendicularmente em uma superfície de área A, a pressão p é dada pela relação: p = F / A A unidade de pressão no sistema internacional de unidades (SI) é o Newton por metro quadrado, também denominada Pascal (Pa). Eventualmente é usada o dina por centímetro quadrado (dyn/cm²). O conceito de pressão depende do estado do fluido e devemos considera-lo para sua caracterização. 3.2.1 Pressão em Gases Segundo a teoria cinética dos gases, um gás é composto por um grande número de moléculas que se movimentam muito rápido e de forma aleatória, causando frequentes colisões entre as moléculas do gás e com as paredes de qualquer tipo de recipiente. Essas moléculas apresentam um certo momento, dado pelo produto entre a massa e a velocidade da molécula. No instante em que uma molécula colide com uma parede, as moléculas transmitem momento à superfície, e como consequência produzem uma força perpendicular à essa superfície. A soma de todas essas forças oriundas de colisões em uma determinada superfície, dividida pela área da mesma, resulta na pressão exercida por um gás em um determinado recipiente. Algumas aplicações da pressão nos gases podem ser observadas na utilização da pressão que o vapor da água exerce sobre determinada superfície quando confinado em um espaço fechado. Esse processo pode ser encontrado em usinas nucleares, onde uma pá gira com a pressão do vapor e converte essa energia em eletricidade. Além disso, observamos a pressão em gases sendo utilizada APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 19 diariamente no freio do ônibus, por exemplo. O freio de veículos pesados conta com um sistema que usa ar comprimido para cessar o movimento. 3.2.2 Pressão em Líquidos Um corpo no estado líquido é caracterizado por apresentar uma distância entre suas moléculas que permite ao corpo adequar-se ao ambiente em que se encontra. As características da pressão nos líquidos são semelhantes a que encontramos nos gases: o líquido exerce pressão para todos os lados de um recipiente e em qualquer corpo que for imerso nele. Segundo o princípio de Pascal, ao exercermos pressão em um fluido confinado em um recipiente, essa é transmitida integralmente a os pontos desse recipiente. Uma experiência que pode ajudar a compreender esse princípio é a dos vasos comunicantes executada no experimento anterior: Ao armazenarmos algum líquido em uma estrutura com colunas de volumes diferentes podemos observar que o líquido preenchetodas as colunas a mesma altura, desconsiderando as diferenças de volume. Isso prova que o fluido se espalha uniformemente, portanto, exerce pressão igual em todas as direções.1Essa demonstração foi muito importante para o surgimento dos sistemas hidráulicos, essenciais nos dias de hoje. A pressão em líquidos tem algumas diferenças da pressão nos gases. Com os gases, quanto maior a altitude menor a pressão, já com os líquidos, quanto maior a profundidade, maior a pressão. Isso é fácil de ser evidenciado - basta mergulhar e automaticamente sentimos a pressão aumentando. É instintivo pensar que ao furar uma garrafa de água, a vazão de um furo na sua base será maior do que a de um furo lateral (considerando que ambos têm a mesma área). Essa diferença é devida a maior pressão no fundo da garrafa, devido à altura da coluna de água. Outra característica marcante da pressão nos líquidos e demais estados da matéria é sua propriedade de alterar os outros elementos do conjunto: Temperatura, Pressão e Volume. Podemos perceber isso ao cozinhar feijão em uma panela de pressão: o vapor da água aumenta a pressão no interior da panela, e isso provoca uma alteração do ponto de ebulição da água, que passa a ferver acima dos 100°C. Isso agiliza o processo de cozimento do grão do feijão, que seria muito mais lento se não fosse o advento da panela de pressão. 3.2.3 Pressão em Sólidos Diferente da pressão nos fluidos, em corpos rígidos os átomos não têm tanta liberdade e acabam tendo seus movimentos restringidos, ou seja, não exercem pressão ao seu redor. Se pegarmos uma pedra e largarmos em uma superfície, a única pressão que a pedra exerce no sistema é a resultante de sua força peso e da área da sua base, que pressiona a mesa. Portanto, percebemos que a pressão dos sólidos é ocasionada necessariamente por uma força (a própria força peso, por exemplo) que usa o sólido como recurso para ampliar sua força e área. Este conjunto de informações é suficiente para refletir sobre as consequências dessas tensões no ambiente em que vivemos. Uma aplicação para essas observações são os patins. A patinação sobre o gelo utiliza dos artifícios da pressão para proporcionar menos aderência aos praticantes do esporte. Vamos entender por quê: O metal utilizado como lâmina na sola do sapato de patinação é muito fino, e sua área é muito pequena frente ao peso do patinador. Como a pressão é inversamente proporcional a área de abrangência da força, quanto menor o metal mais pressão será feita sobre o gelo. Assim como a água, o gelo sofre APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 20 algumas mudanças de características. A que estamos interessados no momento revela que o gelo sobre os patins está sobre uma pressão tão intensa que acaba trocando de estado da matéria e vira liquido mesmo a temperaturas abaixo de zero. Graças a isso, os patins utilizam a força peso do patinador para derreter uma fina camada de gelo em baixo da lâmina quando esta está deslizado, aumentando sua velocidade e lubrificando o caminho. 3.4 MATERIAIS Um paralelepípedo Paquímetro Balança digital 3.5 PROCEDIMENTOS a) Anote os dados dos instrumentos de medição que serão utilizados no experimento – preencher a Tabela 1. Tabela 1: Dados dos Instrumentos de Medição b) Usando o paquímetro faça as medidas da altura do paralelepípedo e anote as incertezas consideradas – faça cinco medições e preencha a Tabela 2. Tabela 2: Dados da Altura c) Usando o paquímetro faça as medidas da largura do paralelepípedo e anote as incertezas consideradas – faça cinco medições e preencha a Tabela 3. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 21 Tabela 3: Dados da Largura d) Usando o paquímetro faça as medidas da largura do paralelepípedo e anote as incertezas consideradas – faça cinco medições e preencha a Tabela 4. Tabela 4: Dados da Profundidade e) Usando a balança meça a massa do paralelepípedo e anote as incertezas consideradas – faça cinco medições e preencha a Tabela 5. Tabela 5: Dados da Massa do Paralelepípedo f) Com os dados as Tabelas 2, 3, 4 e 5 calcule o valor médio da largura, altura, profundidade e massa do paralelepípedo e anote as incertezas consideradas – preencha a Tabela 6. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 22 Tabela 6: Valores Médios e Respectivas Incertezas g) Com os dados da Tabela 6, calcular a área de cada um dos lados do paralelepípedo com base nos valores obtidos e informando a incerteza desse valor – preencha a Tabela 7. Tabela 7: Cálculo das Áreas h) Com os dados da Tabela 5 e 7, calcular a pressão em cada uma das áreas do paralelepípedo com base nos valores obtidos e informando a incerteza desse valor – preencha a Tabela 8. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 23 Tabela 8: Cálculo da Pressão nas Áreas 3.6 CONCLUSÕES Com os valores obtidos responda aos seguintes questionamentos: a) Com base nos resultados da Tabela 8 discuta os valores obtidos para as pressões. Por que são diferentes? Justifique sua resposta. b) Na Tabela 7, informe como foi calculado a incerteza da área (desvio padrão de medidas indiretas). Justifique sua resposta. c) Na Tabela 8, informe como foi calculado a incerteza da pressão (desvio padrão de medidas indiretas). Justifique sua resposta. d) Discuta se os resultados obtidos foram satisfatórios e as razões de eventuais discrepâncias. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 24 Experimento 4: Empuxo 4.1 OBJETIVOS Ao termino desta atividade o aluno deverá ter competência para: a) Reconhecer a presença do empuxo em função da aparente diminuição da forca peso de um corpo submerso num liquido; b) Reconhecer, experimentalmente, a dependência do empuxo em função do volume do liquido deslocado e da massa específica do liquido. 4.2 DOCUMENTOS AUXILIARES Apresentação Conceitos de Conhecimentos Científicos Apresentação Erros e Incertezas Apresentação Unidade de Medidas Apresentação Instrumentos de Medição: Conceitos Básicos Apresentação Instrumentos de Medição: Paquímetro Apresentação Instrumentos de Medição: Dinamômetro Apresentação Técnicas de Montagem de Relatórios 4.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O princípio de Arquimedes trata da resposta de um fluido à presença de um corpo presente nele. O enunciado pode ser descrito com as seguintes palavras: Todo corpo total ou parcialmente imerso em um fluido em equilíbrio, na presença de um campo gravitacional, fica sob ação de uma força vertical ascendente aplicada pelo fluido; esta força é denominada empuxo e sua intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo. Assim sendo, podemos escrever matematicamente: Nestas equações temos m sendo a massa de fluido deslocado e g o valor do campo gravitacional no local. A massa de fluido deslocado pode ser associada ao seu volume e, logicamente, ao volume submerso do corpo da seguinte maneira (no caso de corpos com densidade uniforme): Nestas equações temos sendo a densidadedo fluido e V o volume de fluido deslocado (se o corpo estiver completamente submerso no fluido este V fica sendo igual ao volume do objeto V’). APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 25 Com esta análise é possível conhecer a força de empuxo ao qual um corpo estará sujeito a partir do conhecimento de uma propriedade do fluido (sua densidade) e da extensão do objeto que está submersa no fluido (o volume V). Um importante fato a ser observado é que a força de empuxo não depende nem da densidade do corpo submerso no fluido nem da sua massa. A densidade média do corpo só é relevante para sabermos se um corpo afunda ou flutua em um fluido. Esperamos demonstrar com a experiência “medindo o empuxo” que o empuxo é independente da massa do corpo submerso, dependendo apenas do volume submerso. Um comentário interessante diz respeito à origem da força de empuxo. Ela está associada a um radiente de pressão. À medida que a profundidade aumenta em um fluido, maior fica sendo a pressão. Assim, temos que a força atua na direção contrária ao gradiente, de baixo para cima. Se temos um elemento infinitesimal de massa e volume imerso no fluido, o empuxo exercido sobre ele é dado por (escolhendo o eixo y como apontando verticalmente para baixo): Nesta expressão é o gradiente de pressão conforme mostrado na figura ao lado. É interessante analisar a presença da força de empuxo em nosso dia a dia. Quando subimos em uma balança o que medimos não é somente o resultado direto da força gravitacional sobre nós. Devemos lembrar que deslocamos uma certa quantidade de ar e assim satisfazemos as condições do princípio de Arquimedes (fluido deslocado e presença de campo gravitacional). Isto significa que estamos sob a ação de duas forças, nosso peso e o empuxo devido ao ar. O cálculo deste empuxo pode ser feito com alguma aproximação: A influência empuxo devido ao ar corresponde a aproximadamente 0,1% do peso da pessoa. Ou seja, é muito baixa a influência do empuxo do ar sobre o peso de uma pessoa. A diferença que se observa entre o peso real de uma pessoa e seu peso no ar é justamente devido ao empuxo que o fluido proporciona e este “novo” peso se chama peso aparente. O que medimos na balança é o peso aparente! APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 26 Com o auxílio de um dinamômetro podemos comprovar facilmente o Princípio de Arquimedes, Seja as duas situações ao lado onde temos um corpo suspenso no ar e depois totalmente mergulhado em um fluido. Inicialmente pesamos o corpo no ar utilizando o dinamômetro (mola). Quando o corpo está em equilíbrio, parado em relação à Terra, vem que seu peso P é igual à força para cima exercida pela mola. Isto é: Vamos supor agora a situação em que o corpo está totalmente submerso na água, preso à mola e em equilíbrio (isto é, parado em relação à Terra). Três forças estão atuando sobre ele: o peso para baixo, empuxo para cima, além da força da mola (dinamômetro) para cima. Assim temos: A força indicada pela mola quando o corpo está totalmente submerso na água é o peso aparente do corpo na água, dado então por P – E. Combinando as duas últimas equações vem que o empuxo atuando sobre o corpo é dado pela diferença entre a força indicada pela mola quando o corpo está no ar para quando ele está na água, isto é: . Quando comparamos o empuxo calculado da maneira descrita acima deveremos obter: a) Se os corpos têm mesma massa e mesmo volume, o peso será igual, o peso aparente também será igual e o valor do empuxo, por consequência da igualdade do volume dos dois corpos, também será igual; b) Se os corpos têm mesma massa, mas volumes diferentes, digamos um com o dobro do volume do outro, o peso será igual, mas o valor do peso aparente será diferente pois o valor do empuxo aplicado a cada corpo é diferente em virtude da diferença do volume. O valor da força de empuxo encontrada sobre um corpo deverá ser a metade do valor da força de empuxo exercida sobre o outro corpo. c) Se os corpos têm massas diferentes, mas volumes iguais, os pesos dos corpos serão diferentes, assim como o peso aparente, mas o valor da força de empuxo deverá ser igual para os dois corpos. 4.4 MATERIAIS Suporte com haste, tripé e sapatas niveladoras (EQ005) Cilindro de Arquimedes (conjunto de cilindro maciço e com o vaso cilíndrico) Dinamômetro tubular de 2 N APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 27 Paquímetro Seringa de 20 ml (sem a agulha) Béquer com 250 ml de agua 4.5 PROCEDIMENTOS a) Anote os dados de todos os instrumentos que serão utilizados no experimento – preencha a Tabela 1. Tabela 1: Dados dos Instrumentos de Medição b) Faça a zeragem do dinamômetro antes do início das medições. c) Faça a medição do diâmetro e comprimento do cilindro utilizando o paquímetro e anote as incertezas da medição (despreze o gancho) – faça cinco medições e preencha a Tabela 2. Tabela 2: Dados do Cilindro d) Faça a medição do diâmetro e comprimento do vaso cilíndrico utilizando o paquímetro e anote as incertezas da medição – faça cinco medições e preencha a Tabela 3. Tabela 3: Dados do Vaso APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 28 e) Faça a montagem mostrada ao lado e meça o peso do conjunto com o dinamômetro, quando exposto apenas ao ar e anote as incertezas da medição – faça cinco medições e preencha a Tabela 4. Tabela 4: Medição com o Dinamômetro no Ar f) Mergulhe o cilindro na água contida no Béquer sem tocar no fundo do recipiente conforme mostrado na figura ao lado e meça o peso do conjunto com o dinamômetro, agora com o cilindro totalmente submerso e anote as incertezas da medição – faça cinco medições e preencha a Tabela 5. Tabela 5: Medição com o Dinamômetro na Água g) Mantendo o embolo submerso recolha com a seringa, agua do béquer e encha totalmente o vaso cilíndrico conforme mostrado na figura ao lado e meça o peso do conjunto com o APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 29 dinamômetro, agora com o cilindro totalmente submerso e o vaso cilíndrico totalmente cheio e anote as incertezas da medição – faça cinco medições e preencha a Tabela 6. Tabela 6: Medição com o Dinamômetro com Béquer Esse experimento é clássico para demonstrar o Princípio de Arquimedes. Consiste num vaso cilíndrico e num cilindro ambos feitos de modo que um se ajusta exatamente ao interior do outro. Suspende-se o vaso cilíndrico da face inferior de um dos pratos de uma balança hidrostática, e da base do mesmo suspende-se o outro cilindro. Equilibra-se o conjunto colocando tara no outro prato. Se, com esta disposição, mergulharmos o cilindro num líquido qualquer, a balança desequilibra-se. Enchendo, com o mesmo líquido, o vaso cilíndrico, a balança tornará a equilibrar-se, o que prova o Princípio de Arquimedes que diz que a força de impulsão é igual ao peso do volume de líquido deslocado pelo corpo h) Com base nos dados da Tabela 2, informar o valor médio do diâmetro externo e o comprimento do cilindro e informando a incerteza desse valor médio preenchendo a Tabela 7. Tabela 7: Medições do Cilindroi) Com base nos dados da Tabela 3, informar o valor médio do diâmetro interno e o comprimento do vaso e informando a incerteza desse valor médio preenchendo a Tabela 8. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 30 Tabela 8: Medições do Vaso j) Com base nos dados das Tabelas 7 e 8, calcular o volume do cilindro e do vaso, informando a incerteza desse valor – preencher a Tabela 9. Tabela 9: Cálculo do Volume do Cilindro e do Vaso k) Com os dados da Tabela 4, informar o valor do peso do cilindro quando “mergulhado no ar” calculando o valor médio das medidas efetuadas e informando a incerteza desse valor médio – preencher a Tabela 10. Tabela 10: Cálculo do Peso do Cilindro no Ar l) Com os dados da Tabela 5, informar o valor do peso do cilindro quando “mergulhado na água” calculando o valor médio das medidas efetuadas e informando a incerteza desse valor médio – preencher a Tabela 11. Tabela 11: Cálculo do Peso Cilindro na Água m) Sabendo que a massa específica da água é 1 g/𝑐𝑚3 e considerando que o valor da aceleração da gravidade é 9,81 m/𝑠2 , utilizando os dados do cilindro obtidos na Tabela 9, calcular o empuxo teórico ao qual o cilindro foi submetido ao ser mergulhado no fluido, informando a incerteza desse valor – preencher a Tabela 12. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 31 Tabela 12: Cálculo do Empuxo Teórico 4.6 CONCLUSÕES Com os valores obtidos responda aos seguintes questionamentos: a) Com base nos valores obtidos discuta os valores obtidos para os valores do empuxo calculado pelo dinamômetro (Tabelas 10 e 11) e o calculado a partir do volume (Tabela 12). Por que são diferentes? Justifique sua resposta. b) Na Tabela 9, informe como foi calculado a incerteza do volume (desvio padrão de medidas indiretas). Justifique sua resposta. c) Na Tabela 12, informe como foi calculado a incerteza do empuxo (desvio padrão de medidas indiretas). Justifique sua resposta. d) Se fosse utilizado óleo com densidade 0,85 g/cm³ ao invés de água qual seria o impacto nas medições com o dinamômetro? Justifique sua resposta. e) Nesta experiência consideramos que o volume do cilindro é igual ao volume do fluido deslocado. Como isso pode ser demonstrado através da Tabela 9 e das Tabelas 4, 5 e 6. Justifique sua resposta. f) Discuta se os resultados obtidos foram satisfatórios e as razões de eventuais discrepâncias. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 32 Experimento 5: Estática de Fluidos 5.1 OBJETIVOS Ao termino desta atividade o aluno deverá ter competência para: a) Mencionar que as pressões nos líquidos se transmite integralmente em todas as direções; b) Utilizar conhecimentos na resolução de problemas práticos; c) Utilizar conhecimentos que levam a aplicação do princípio de Pascal. 5.2 DOCUMENTOS AUXILIARES Apresentação Conceitos de Conhecimentos Científicos Apresentação Erros e Incertezas Apresentação Unidade de Medidas Apresentação Instrumentos de Medição: Conceitos Básicos Apresentação Técnicas de Montagem de Relatórios 5.3 UNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Blaise Pascal (1623-1662) foi um filósofo, físico e matemático francês que concentrou suas pesquisas em campos como a teologia, a hidrostática, a geometria (Teorema de Pascal) e os estudos das probabilidades e da análise combinatória. A unidade de pressão do SI recebeu o nome de Pascal em ua homenagem. O princípio de Pascal aproveita os estudos da hidrostática, que mostram que em um líquido a pressão se transmite igualmente em todas as direções. Sabemos que a diferença de pressão entre dois pontos (A e B) de um líquido pode ser escrita como (lei de Stevin): Quando aplicamos uma força na superfície do líquido, ambos os pontos sofrerão um acréscimo de pressão (ΔPA e ΔPB), aumentando o valor das pressões iniciais para um valor Pfinal: Em líquidos incompressíveis, a distância (h) que os pontos A e B guardavam, inicialmente, continua constante. Então podemos escrever que: Por consequência: APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 33 Ou seja, mostra-se que o acréscimo de pressão sofrida pelo líquido, ao aplicarmos a força na superfície, transmite aos demais pontos do líquido. Então, podemos resumir o Princípio de Pascal assim: um aumento de pressão exercido em um determinado ponto de um líquido ideal se transmite integralmente aos demais pontos desse líquido e às paredes do recipiente em que ele está contido. Uma das aplicações do princípio está nos sistemas hidráulicos de máquinas e pode ser observado também na mecânica dos sistemas de freios dos automóveis, onde um cilindro hidráulico utiliza um óleo para multiplicar forças e atuar sobre as rodas, freando o automóvel. Outra aplicação são as prensas hidráulicas, que permitem multiplicar as forças em um sistema, utilizando êmbolos de diferentes seções de área movidos por líquidos compressíveis. Podemos ver esse princípio físico nos elevadores de postos de gasolina e de oficinas mecânicas, para troca de óleo, e em acionadores de caminhões basculantes e prensas industriais de diversas aplicações. 5.4 MATERIAIS Painel hidrostático (FR2) Suporte com haste, tripé e sapatas niveladoras Copo de Becker com 250 ml de agua 5.5 PROCEDIMENTOS a) Anote os dados dos instrumentos de medição a serem utilizados no experimento e preencha a Tabela 1. Tabela 1: Dados dos Instrumentos b) Execute a montagem conforme mostrado na figura ao lado; APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 34 c) Posicione a altura da artéria visor entorno dos 400 mm na escala da régua central conforme mostrado na figura abaixo; d) Encha de agua a seringa acoplada ao prolongador como mostrado na figura ao lado; e) Introduza o prolongador pela artéria visor e coloque 11 ml agua de modo a preencher somente um trecho C e D conforme mostrado na figura ao lado; f) Utilize o prolongador na seringa para introduzir lentamente a agua nos manômetros e coloque 3 ml de agua no manômetro 1 como mostrado na figura ao lado; g) Faça o mesmo com o manômetro 2 colocando também 3 ml; APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 35 Anote as posições do liquido manométrico dos ramos A1 e A2 como sendo as posições iniciais hoA1 e h0A2 – faça cinco medições e preencha a Tabela 2 Tabela 2: Valores das Posições Iniciais dos Manômetros h) Desça ou suba a artéria por alguns centímetros e anote as novas posições dos manômetros preenchendo a Tabela 3. Tabela 3: Valores dos Manômetros após o Movimento da Artéria APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 36 i) Com base nos dados da Tabela 2 calcule os valores iniciais dos manômetros e preencha a Tabela 4. Tabela 4: Valores Médios Iniciais dos Manômetros i) Com base nos dados da Tabela 3 calcule os valores finais dos manômetros e preencha a Tabela 5. Tabela 5: Valores Médios Finais dos Manômetros j) Considerandoque a massa especifica da água é 1g/𝑐𝑚3, que a aceleração da gravidade é de 9,81 m/𝑠2, calcule o valor da pressão estática do ar preso entre a artéria e os manômetros e com base nos valores da Tabela 5, informando as incertezas e preenchendo a Tabela 6. Tabela 6: Cálculo das Pressões nos Manômetros 5.6 CONCLUSÕES a) Com base nos dados da Tabela 6 e nas suas observações, informe se as pressões nos manômetros A1 e A2 são iguais. Justifique sua resposta. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 37 b) Por que as pressões em A1 e A2 mudam de acordo com a posição da artéria? Justifique sua resposta. c) Na Tabela 6, informe como foi calculado a incerteza do valor da altura (desvio padrão de medidas indiretas). Justifique sua resposta. d) Na Tabela 6, informe como foi calculado a incerteza do valor da pressão em A1 e A2 (desvio padrão de medidas indiretas). Justifique sua resposta. e) Entende-se por fluido aquilo que escoa, como um liquido, ou que se expande, como um gás. A afirmação “Os líquidos incompressíveis transmitem integralmente as pressões que suportam” é conhecida como o Princípio de Pascal. Foi possível comprovar essa afirmação com o experimento? Justifique. f) Discuta se os resultados obtidos foram satisfatórios e as razões de eventuais discrepâncias. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 38 Experimento 6: Oscilação em Conjunto Massa-Mola 6.1 OBJETIVOS Ao final do experimento o aluno terá competência para: a) reconhecer o MHS executado por um oscilador massa e mola como o movimento de um ponto material sujeito à ação de uma força restauradora proporcional à elongação; b) determinar o período de oscilação num oscilador massa e mola; c) reconhecer, experimentalmente, a validade da expressão do período em um oscilador massa e mola, identificando suas variáveis e ; d) determinar, pelo processo dinâmico, a constante de elasticidade K da mola helicoidal. 6.2 DOCUMENTOS AUXILIARES Apresentação Conceitos de Conhecimentos Científicos Apresentação Erros e Incertezas Apresentação Unidade de Medidas Apresentação Instrumentos de Medição: Conceitos Básicos Apresentação Técnicas de Montagem de Relatórios 6.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A equação de definição do MHS (movimento harmônico simples) é definida como: E portanto, a velocidade instantânea, num instante genérico t, será dada pela derivada de primeira ordem de x em relação ao tempo: Assim, a aceleração a, por definição, será a derivada de segunda ordem de x em relação ao tempo: Então a equação diferencial que define o MHS não amortecido é definida como: Combinando a principal equação da dinâmica do ponto material: com a Lei de Hooke, Temos: APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 39 Dividindo todos os termos por m: Como a aceleração é dada por Podemos escrever: Dividindo os termos por m: Essa é a equação diferencial que define o MHS massa e mola, conhecido como MHS (movimento harmônico simples) executado por um móvel de massa m que oscila com pequenas amplitudes, suspenso numa mola de constante de elasticidade K. Como Então: A relação acima permite determinar, pelo processo dinâmico, a constante K (com razoável precisão) uma vez conhecidos os valores da massa m e o período τ. Essa demonstração não se considerou a fração da massa da mola (ms) que deveria ser acrescida a “m”. Caso você queira considerar a massa “ms” da mola, utilize a expressão: 11.4 MATERIAIS Sistema de sustentação formado por tripé triangular, haste e sapatas niveladoras, Painel com fixação integrada e quatro graus de liberdade; Mola helicoidal Conjunto de 3 massas acopláveis Gancho lastro Escala milimetrada’ Balança digital Cronômetro 6.4 PROCEDIMENTOS a) Inicialmente identifique os dados dos instrumentos que serão utilizados no experimento – preencha a Tabela 1. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 40 Tabela 1: Dados dos Instrumentos b) Faça a medição das massas acopláveis e da massa da mola/gancho, anotando as incertezas envolvidas – faça cinco leituras e preencha a Tabela 2. Tabela 2: Massas do Experimento c) Execute a montagem mostrada na figura ao lado colocando uma das massas apenas. d) Anote a posição Xo que é o comprimento da mola estendida com o gancho e a massa acoplada – faça cinco leituras e preencha a Tabela 3. Tabela 3: Deformação com uma Massa Acoplada APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 41 e) Puxe o gancho lastro 10 mm além de Xo e torne a soltá-lo, ao mesmo instante em que ativa o cronômetro. f) Aguarde o sistema executar 10 (dez) oscilações completas e, então, trave o cronômetro, anotando o tempo decorrido e anote na Tabela 4. g) Repita o procedimento mais nove vezes e anote os valores na Tabela 4 Tabela 4: Tempo das Oscilações com uma Massa h) Adicione uma segunda massa acoplável e anote o valor do Xo – faça cinco leituras e preencha a Tabela 5 Tabela 5: Deformação com duas Massas Acopladas APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 42 i) Repita os passos “e”, “f” e “g” e anote na Tabela 6. Tabela 6: Tempo das Oscilações com duas Massas j) Adicione uma terceira massa acoplável e anote o valor do Xo – faça cinco leituras e preencha a Tabela 7 Tabela 7: Deformação com três Massas Acopladas k) Repita os passos “e”, “f” e “g” e anote na Tabela 8. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 43 Tabela 8: Tempo das Oscilações com três Massas l) Com os dados da Tabela 2, calcular o valor médio das massas acopláveis e da massa da mola/gancho, informando as incertezas dos valores e preenchendo a Tabela 9. Tabela 9: Valores Médios das Massas m) Com os dados da Tabela 4, 6 e 8, calcule o período médio de uma oscilação de uma única massa, com duas e com três preenchendo a Tabela 10. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 44 Tabela 10: Valores Médios dos Períodos n) Com os dados das Tabelas 9 e 10, calcular a constante elasticidade K da mola quando foi efetuado a oscilação com apenas uma massa, com duas e com três, informando a incerteza desse valor e preenchendo a Tabela 11. Tabela 11: Calculo da Constante da Mola 6.6 CONCLUSÕESAPOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 45 Cm base nos valores obtidos responda aos seguintes questionamentos: a) Classifique o tipo de movimento executado pelo conjunto de massas dependuradas no sistema. Justifique sua resposta. b) O que você observa em relação a amplitude do movimento executado pelas massas a medida que o tempo passa? Justifique o motivo de tal fato. c) O que você observa em relação a frequência do oscilador massa e mola a medida que o tempo passa? Justifique sua resposta. d) Na Tabela 11, informe como foi calculado a incerteza do valor da constante da mola (desvio padrão de medidas indiretas). Justifique sua resposta. e) Discuta os valores da constante da mola calculados na Tabela 11. Estão coerentes? Podem ser diferentes? Justifique sua resposta. f) Discuta se os resultados obtidos foram satisfatórios e as razões de eventuais discrepâncias. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 46 Experimento 7: Ondas Longitudinais e Transversais 7.1 OBJETIVOS Ao final do experimento o aluno terá compreendido e reconhecer e/ou descrever uma onda longitudinal e transversal, identificar os elementos de uma onda (nós, ventres, cristas, comprimento de onda, frequência, amplitude), reconhecer que a força de tração influi na formação de ondas longitudinais em molas vibrantes e reconhecer como as ondas transversais interagem com anteparos ou com outras ondas com direções diferentes. 7.2 DOCUMENTOS AUXILIARES Apresentação Conceitos de Conhecimentos Científicos Apresentação Erros e Incertezas Apresentação Unidade de Medidas Apresentação Instrumentos de Medição: Conceitos Básicos Apresentação Técnicas de Montagem de Relatórios 7.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Onda mecânica é a propagação de energia mecânica através de partículas de um meio material, sem que essas partículas sejam transportadas. São deformações que se propagam em meios elásticos. A direção do abalo versus a direção de propagação define a classificação das ondas mecânica. a) A onda mecânica transversal: Ondas mecânicas transversais são ondas em que as vibrações ocorrem perpendicularmente à sua direção de propagação. b) A onda mecânica longitudinal: Ondas mecânicas longitudinais são ondas em que as vibrações ocorrem paralelamente à sua direção de propagação. As ondas mecânicas também podem ser classificadas segundo o número de dimensões em que se propagam: a) A onda mecânica unidimensional: As ondas mecânicas unidimensionais são aquelas que se propagam em uma única dimensão como ocorre com ondas em uma corda ou em uma mola; b) A onda mecânica bidimensional: As ondas mecânicas bidimensionais são aquelas que se propagam em duas dimensões, isto é, num plano, como ocorre com ondas numa superfície líquida; c) A onda mecânica tridimensional: As ondas mecânicas tridimensionais são aquelas que se propagam em três dimensões, como ocorre com as ondas sonoras no ar. As principais grandezas físicas associadas às ondas são: a) A elongação da onda: A elongação (x) de uma oscilação consiste na posição de determinado ponto e relação à posição de equilíbrio. Para uma onda senoidal vale a expressão: x = A cos θ e no SI, a unidade da elongação é o metro (m). A energia transportada por uma onda está associada à sua amplitude. Se duas ondas diferirem apenas na amplitude e propagarem-se no mesmo meio, a mais intensa (mais forte) é aquela que tem maior amplitude. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 47 b) O período da onda: O período (T) corresponde ao intervalo de tempo necessário para que uma onda estacionária execute uma oscilação completa. No SI, a unidade de período é o segundo (s); c) A frequência da onda: A frequência (f) de uma onda consiste no número de vezes que ela se repete na unidade de tempo. A frequência de uma onda é sempre igual à frequência da fonte que a originou e se mantém constante durante toda a existência dessa onda. No SI, a unidade de frequência é o hertz (Hz) sendo Hz = 1/s = 𝑠−1. Da definição de frequência se conclui ser válida a relação: T = 1/f. d) O comprimento de onda: O comprimento de onda representa a distância compreendida por uma onda completa, ou seja, a distância entre duas cristas ou a distância entre dois vales consecutivos. Nas ondas longitudinais, o comprimento de onda é a distância entre os centros de duas compressões consecutivas ou de duas rarefações consecutivas. A unidade do comprimento de onda no SI. No SI, a unidade de comprimento de onda é o metro (m). e) A velocidade de propagação da onda: Quando uma onda se propaga através de determinado meio, ela percorre uma distância de um comprimento de onda (λ) num intervalo de tempo igual a um período (T). Num meio homogêneo, a velocidade de propagação de uma onda é constante, seja esta onda mecânica ou eletromagnética, valendo a relação: v = λ/T ou v = λ f No SI, a unidade da velocidade de propagação da onda é o metro por segundo (m/s). O fenômeno ondulatório denominado de onda estacionária é a configuração resultante da superposição de duas ondas idênticas que se propagam na mesma direção e em sentidos opostos. Esse fenômeno é mais facilmente observado com ondas em cordas (onda transversal) ou molas (onda longitudinal), apesar de poder ocorrer também com outros tipos de ondas. Temos os seguintes parâmetros para uma onde estacionária: a) A densidade linear de uma corda: Considerando uma corda de massa m e comprimento L, denomina-se densidade linear (δ) dessa corda à razão entre sua massa e o seu comprimento: δ = m/L A grandeza δ fornece a massa da corda por unidade de comprimento (no SI sua unidade é kg/m). b) A relação de Taylor. A velocidade de propagação da onda numa corda tracionada, depende da força de tração F a que a corda está submetida e da densidade linear δ segundo a relação de Taylor: v =√F/δ 2 Ondas mecânicas transversais são ondas em que as vibrações ocorrem perpendicularmente à sua direção de propagação. Um bom exemplo são as ondas encontradas nos líquidos. Quando observamos as ondas na água pela parede lateral de um aquário, elas apresentam uma forma como vista na figura ao lado. A parte superior da onda é APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 48 denominada crista e a parte inferior, depressão ou vale. A distância entre duas cristas ou dois vales é igual ao comprimento de onda. Tocando levemente a superfície da água com uma régua, você vai obter ondas retas (planas). Uma onda de pequena duração é denominada pulso, no caso de ondas retas (planas), um pulso reto. O movimento do pulso reto é tal que se mantém paralelo à linha que indica a sua posição original conforme mostrado na figura ao lado. A direção e o sentido estão indicados pela seta. O comprimento de onda está indicado na figura ao lado que é medido como a distância entre dois pulsos adjacentes quaisquer. As regiões claras da superfície da água são caracterizadas como cristas que atuam com lentes convergentes e tendem a focalizar a luz e as escuras como vales que atuam como lentes divergentes e tendem a dispersar a luz O comprimento de onda vai ser a medida considerada de crista a crista ou vale a vale (marcações 1 a 2 da figura acima. Quando você atira uma pedra na água, aparece uma configuração circular na água que se estende a partir do ponto de impactoconforme mostrado na figura ao lado. Uma perturbação desse tipo se denomina onda circular. Essa onda, do tipo circular (esférica), movimenta-se apenas na superfície da água conforme mostrado na figura. A direção e o sentido de propagação estão indicados pela seta. Observe que a direção de propagação é radial e o sentido é de dentro para fora do círculo. Um gerador de pulsos emite uma quantidade de pulsos sucessivos, em intervalos de tempo iguais a T. Quando o gerador de pulsos faz isso, repete seu movimento uma vez em cada intervalo de tempo T. Tal movimento se denomina periódico, e o intervalo de tempo, período. As ondas assim produzidas são denominadas ondas periódicas. A quantidade de vezes que este movimento se repete na unidade de tempo é a frequência, f. Como consequência das definições de período e frequência temos que a frequência é o inverso do período e vice-versa: f= 1/ T ou T = 1/f A unidade de frequência no Sistema Internacional é o 1 ciclo / s = 1 hertz (1 Hz) A velocidade v da frente de onda é constante para cada meio e é dada pelo produto da frequência, f, pelo comprimento de onda, ou seja: v= f.𝜆 e como f = 1 / T, obtemos também a relação: v= 𝜆/𝑇. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 49 A onda transversal também tem um comportamento semelhante aos raios de luz e também tem o fenômeno da reflexão. Quando a frente de ondas incide em uma direção à barreira que é colocada inclinada em relação à cuba, ela é refletida em uma direção diferente tal que o ângulo da frente de onda que se aproxima da barreira é igual ao ângulo em que a frente de onda reflete. A figura mostra que: - Os raios de luz, incidentes e refletidos, são perpendiculares às frentes de onda. - Observa-se que a onda refletida tem o mesmo ângulo que a onda incidente. - Medindo os ângulos r e i na cuba de ondas, podemos demonstrar a lei da reflexão. 7.4 MATERIAIS Parte 1: Ondas Longitudinais Gerador de abalos Reichert Subconjunto para ondas mecânicas longitudinais Dinamômetro de 2 N Mola helicoidal de 2 N Parte 2: Ondas Transversais Cuba de vidro com pés niveladores Retroprojetor Gerador de ondas Vibradores: de uma ponta, de duas pontas, de placa retangular Refletor côncavo de acrílico Refrator triangular de acrílico 7.5 PROCEDIMENTOS 7.5.1 Ondas Longitudinais a) Prenda o dinamômetro ao suporte vertical como mostrado na figura ao lado; APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 50 b) Prenda o acoplamento vertical ao pino existente no gerador de abalos Reichert como mostrado abaixo; c) Prenda a mola de teste ao acoplamento vertical como mostrado abaixo; d) Passe a extensão do dinamômetro pelo fixador do dinamômetro como mostrado na figura abaixo: e) A montagem ficará como mostrado na figura ao lado: APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 51 f) No Gerador de abalos Reichert posicione o knob da amplitude na posição A e a faixa de frequências na posição F1; g) Aplique uma tração à mola não ultrapassando o valor de 1,2 N e trave o dinamômetro; h) Ligue o gerador de abalos e ajuste a amplitude e a frequência para uma visualização nítida da onda na corda. i) Observe que, para determinadas frequências, se formam regiões em que os elos da mola ficam quase imóveis (nós) e pontos em que os elos ficam oscilando mais intensamente (ventres). É comum se dizer que a onda gerada sofre “compressão” nos pontos relativos aos nós enquanto que nos ventres apresenta “rarefação”; j) Identifique os pontos de oscilação máxima e os de oscilação mínima. Os pontos de oscilação máxima são denominados ventres e os de oscilação mínima são denominados nós. k) Conte o número de nós formados em toda a extensão da mola; l) Conte e o número de ventres formados em toda a extensão da mola. m) Aumente a tração na mola fazendo subir sua extremidade superior e determine o número de nós; o número de meios comprimentos de ondas e o número de comprimentos de onda. 7.5.2 Ondas Transversais a partir de pulsos circulares e retos a) Fazer a montagem da cuba de ondas como mostrado na figura ao lado. b) Coloque água na cuba até uma altura de 5 a 7 mm aproximadamente e meça a altura nos quatros cantos da cuba para verificar se ela está nivelada. Cole o padrão de medida embaixo da cuba ou na parede onde a imagem vai ser projetada; c) Coloque o vibrador de uma ponta e faça a ponta tocar a superfície da água; d) Ligue a fonte do calibrador de frequência, e observando a imagem projetada, haverá a produção de pulsos circulares; e) Faça a captura da imagem para analisar o fenômeno; APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 52 f) Desligue o gerador de pulsos, troque o vibrador de uma ponta pelo de placa retangular tal que a extremidade inferior da placa toque a superfície da água; g) Ligue a fonte do calibrador de frequência, e observando a imagem projetada, haverá a produção de pulsos retos; h) Faça a captura da imagem para analisar o fenômeno. 7.5.3 Reflexão de Ondas Transversais I a) Coloque o vibrador de placa retangular tal que a extremidade inferior da placa toque a superfície da água e coloque a barreira retilínea de acrílico em forma triangular e a placa retangular de acrílico nas posições indicadas na figura. b) Ligue a fonte do calibrador de frequência, e observando a imagem projetada, haverá a produção de pulsos retos que serão refletidos pela barreira. c) Faça a captura da imagem para analisar o fenômeno. d) Repita o experimento com pelo menos mais dois ângulos diferentes para a barreira de acrílico como o mostrado na figura ao lado. 7.5.4 Reflexão de Ondas Transversais II a) Troque o vibrador de placa retangular por um de uma ponta e faça a ponta tocar a superfície da água e coloque a barreira de placa retangular como mostrado na figura ao lado. b) - Ligue a fonte do calibrador de frequência, e observando a imagem projetada, haverá a produção de pulsos circulares que incidirão sobre a barreira retilínea e serão refletidos por ela. c) Faça a captura da imagem para analisar o fenômeno. d) Repita o procedimento com uma outra frequência. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 53 7.6 CONCLUSÕES Com base nas observações responda as seguintes questões: a) No experimento de ondas longitudinais determine quantos comprimentos de onda se formaram ao longo da extensão da mola. b) Utilizando o número de comprimentos de onda entre as extremidades e sabendo que a extensão da mola é de 1,0 metro, determine o comprimento de onda λ c) Sabendo-se que a massa da mola utilizada por unidade de comprimento (δ) era de 0,05 kg/m, determine a velocidade de propagação pela expressão de Taylor (v =√F/δ 2 ) d) Nas extremidades da mola formam-se nos ou ventres? É razoável que aconteça desta forma? Justifique a sua resposta. e) Sabendo que a expressão fundamental do movimento ondulatório e v = λ f, calcule a velocidade de propagação da onda no experimentocom a mola. f) Compare a velocidade de propagação da onda no fio utilizando a expressão de Taylor e pela expressão fundamental do movimento ondulatório e comente o resultado. g) Existe alguma relação entre a forca de tração na corda e o número de comprimentos de onda formados? Justifique sua resposta. h) No experimento com ondas transversais a partir de pulsos circulares e retos, com as observações feitas e imagens obtidas calcule o comprimento de onda, velocidade da onda, frequência e do tempo em cada um dos experimentos. i) Nesse experimento, quando a frequência é variada para cada tipo de pulso, o comprimento de onda varia? Justifique sua resposta. j) Nesse experimento a velocidade da onda depende da frequência? Justifique sua resposta. k) Nos experimentos de ondas transversais com as observações feitas e imagens obtidas calcule o comprimento de onda, velocidade da onda, frequência e do tempo em cada um dos experimentos. l) Qual a relação entre os ângulos nos experimentos de ondas transversais? m) Nesse experimento, variando a frequência, variam os valores dos ângulos de incidência e de reflexão? Justifique sua resposta. n) Discuta se os resultados obtidos foram satisfatórios e as razões de eventuais discrepâncias. APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 54 Experimento 8: Transferência de Calor 8.1 OBJETIVOS Ao término dessa atividade o aluno deverá ter competência para: a) identificar, comparar e classificar as formas de propagação de calor; b) reconhecer que o calor, para se propagar, necessita de uma diferença de temperatura entre as regiões de escoamento; c) mencionar que o fluxo térmico sempre se verifica no sentido das temperaturas decrescentes. 8.2 DOCUMENTOS AUXILIARES Apresentação Conceitos de Conhecimentos Científicos Apresentação Erros e Incertezas Apresentação Unidade de Medidas Apresentação Instrumentos de Medição: Conceitos Básicos Apresentação Técnicas de Montagem de Relatórios 8.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA No final do século XVIII, existiam duas hipóteses alternativas sobre o calor. A hipótese mais aceita considerava o calor como uma substância fluida indestrutível que “preencheria os poros” dos corpos e escoaria de um corpo mais quente a um mais frio. Lavoisier chamou esta substância hipotética de “calórico”. A implicação era que o calor pode ser transferido de um corpo a outro, mas a quantidade total de “calórico” se conservaria, ou seja, existiria uma lei de conservação de calor. A hipótese rival, endossada entre outros por Francis Bacon e Robert Hooke, foi assim expressa por Newton em 1704: “O calor consiste num minúsculo movimento de vibração das partículas dos corpos”. A principal dificuldade estava na “lei de conservação do calórico”, pois a quantidade de calórico que podia ser “espremida para fora” de um corpo por atrito era ilimitada. Com efeito, em 1798, Rumford escreveu: “Foi por acaso que me vi levado a realizar as experiências que vou relatar agora...Estando ocupado ultimamente em supervisionar a perfuração de canhões nas oficinas do arsenal militar de Munique, chamou-me a atenção o elevado grau de aquecimento de um canhão de bronze, atingido em tempos muito curtos, durante o processo de perfuração...A fonte de calor gerado por atrito nestas experiências parece ser inesgotável ... e me parece extremamente difícil de conceber qualquer coisa capaz de ser produzida ou transmitida da forma como o calor o era nestas experiências, exceto o movimento. Rumford foi levado a endossar a teoria alternativa de que “...o calor não passa de um movimento vibratório que tem lugar entre as partículas do corpo”. A transferência de calor de um ponto a outro de um meio se dá através de três processos diferentes: convecção, radiação e condução. A convecção ocorre tipicamente num fluido, e se caracteriza pelo fato de que o calor é transferido pelo movimento do próprio fluido, que constitui uma corrente de convecção. Um fluido aquecido localmente em geral diminui de densidade e por conseguinte tende a subir sob o efeito gravitacional, sendo substituído por um fluido mais frio, o que gera naturalmente correntes de convecção. O borbulhar da água fervente em uma panela é o resultado de correntes de convecção. A radiação transfere calor de um ponto a outro através da radiação eletromagnética. A radiação térmica é emitida de um corpo aquecido e ao ser absorvida por outro corpo pode aquecê-lo, APOSTILA ROTEIROS DE EXPERIMENTOS CCE0848 FÍSICA EXPERIMENTAL II JULHO/2017 55 convertendo-se em calor. O aquecimento solar é uma forma de aproveitamento da radiação solar para a produção de calor. Um ferro em brasa emite radiação térmica e aquece a região que o rodeia. A condução de calor só pode acontecer através de um meio material, sem que haja movimento do próprio meio. Ocorre tanto em fluidos quanto em meios sólidos sob o efeito de diferenças de temperatura. A radiação consiste de ondas eletromagnéticas viajando com a velocidade da luz. Como a radiação é a única que pode ocorrer no espaço vazio, esta é a principal forma pela qual o sistema Terra-Atmosfera recebe energia do Sol e libera energia para o espaço. A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto. Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das temperaturas mais altas (moléculas com maior energia cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo, metais são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor de calor. Consequentemente, a condução só é importante entre a superfície da Terra e o ar diretamente em contato com a superfície. Como meio de transferência de calor para a atmosfera como um todo a condução é o menos significativo e pode ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos. A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um fluído através de movimentos do próprio fluído. O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera através de radiação ou condução é mais frequentemente transferido por convecção. A convecção ocorre como consequência de diferenças na densidade do ar. Quando o calor é conduzido da superfície relativamente quente para o ar sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos denso que o ar frio de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos denso a subir. O ar mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido. Desta forma, a circulação convectiva do ar transporta calor verticalmente da superfície da Terra para a troposfera, sendo responsável pela redistribuição de calor das regiões equatoriais para os polos. O calor é também transportado horizontalmente na atmosfera, por movimentos convectivos horizontais, conhecidos por advecção. O termo convecção é usualmente restrito à transferência vertical de calor na atmosfera. Quando colocamos uma panela com água no fogo, ele começa a aquecer a água. Esse processo inicial de aquecimento se dá por condução de calor, e a parte na superfície da água vai sendo aquecida paulatinamente. No entanto a taxa de aquecimento da água no fundo da panela é maior do que a taxa de aquecimento da água na superfície. A água entre o fundo e a superfície não dá conta
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