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21/03/2018 1 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 1 4 – Administração de Crédito, Contas a Receber Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 2 4.1 – Políticas de credito/cobrança Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 3 CONCEITUAÇÃO DO CRÉDITO Segundo SILVA (2008) o termo crédito deve ser considerado dentro dos vários contextos em que ele esteja inserido, mas, para o nosso curso, ele considera a seguinte definição num sentido restrito e específico: Crédito consiste na entrega de um valor presente mediante uma promessa de pagamento em parcelas definidas, num prazo específico e a um preço acordado entre as partes. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 4 CONCEITUAÇÃO DO CRÉDITO 21/03/2018 2 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 5 Função do Crédito como Negócio Embora inserido no complexo empresarial o tempo firmou a posição do Crédito com independência suficiente para impor suas ações estratégicas: -Se preocupa em conhecer o cliente; -Orienta o relacionamento mercadológico visando atender necessidades dos clientes; -Serve como meio de alavancagem de negócios; -A análise de seu cadastro dá agressividade nas ações e segurança na concessão de valores; -Sua postura pró-ativa lhe dá vantagem competitiva. Ciclo da Intermediação Financeira Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 6 CLIENTE APLICADOR (DISPÕE DE RECURSOS, ACEITA REPUTAÇÃO DO BANCO, ACEITA TAXAS E PRAZOS E ASSUME RISCOS OFERECE RECURSOS (DEPÓSITOS E APLICAÇÕES) HAVER FINANCEIRO (CERTIFICADOS, RECIBOS, ETC.) CLIENTE TOMADOR (PRECISA DE RECURSOS, É AVALIADO PELO BANCO, ENQUADRA-SE NO PERFIL DE RISCO, ASSINA PROMESSA DE PAGAMENTO E RECEBE O EMPRÉSTIMO) As funções de depósito e crédito caracterizam a intermediação financeira e devem ser uma parcela representativa de receita do banco em finanças. Em finanças, crédito define um instrumento de política de negócios a ser utilizado por uma empresa comercial ou industrial na venda a prazo de seus produtos ou por banco comercial na concessão de empréstimo, financiamento ou fiança. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 7 Funções da intermediação financeira 1. Adequar os volumes de recursos entre a captação e a aplicação de valores; 2. Captar em prazos variados e aplicar em prazos adequados à realidade e necessidade dos tomadores; 3. Diversificar riscos através da diversificação de suas aplicações; 4. Dar Maior Liquidez, principalmente quando da necessidade de vencimento de aplicações; 5. Oferecer menor custo aos ativos financeiros de tomadores. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 8 21/03/2018 3 Função Social do Crédito ➢ Estimula as empresas a aumentarem seu nível de atividade; ➢ Estimula o consumo e a demanda das empresas; ➢ Ajuda as pessoas a obterem bens, serviços e alimentos; ➢ Facilita a execução de projetos para quem não tem recursos próprios. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 9 Objetivos da Administração Financeira ➢ Maximização dos Lucros ➢ Realização de Investimentos; ➢ Criação de Empregos; ➢ Pagamento de Impostos; ➢ Aumento das Exportações; ➢ Desenvolvimento Socioeconômico. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 10 Caso Prático Iremos apresentar a seguir a análise de um caso de empréstimo e lucro considerando-se alguns critérios existentes em uma determinada instituição financeira. Imaginemos que uma determinada situação comercial necessite de um empréstimo de R$ 100.000,00 (valor principal), que será analisada segundo as diferentes classes de clientes conforme os riscos específicos que eles apresentam ao longo de seu histórico de relacionamentos entre as instituições financeiras existentes. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 11 Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 12 21/03/2018 4 Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 13 Assim, a montagem do quadro acima é feita a partir do seguinte raciocínio (como exemplo o cliente M da categoria A, considerando um empréstimo de R$ 100.000,00 (principal): Cálculo do Juro: $100.000 X 3% = $100.000 x 0,03 = $3.000 Cálculo do principal mais juro: $100.000 + $3.000 = $103.000 Cálculo do valor esperado de recebimento conforme sua probabilidade: $103.000 x 100% = $103.000 X 1 = $103.000 Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 14 Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 15 POLÍTICA DE CRÉDITO Em Administração Empresarial as Políticas são instrumentos que determinam padrões de decisão para resoluções de problemas semelhantes. Elas proporcionam orientação uniforme e consistente nos casos de problemas, questões ou situações que se repetem frequentemente. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 16 21/03/2018 5 POLÍTICA DE CRÉDITO Assim, a política de crédito tem como objetivo básico a orientação nas decisões de crédito em face dos objetivos desejados e estabelecidos. Logo ela é: Um guia para a decisão de crédito, porém não é a decisão; Rege a concessão de crédito, porém não concede o crédito; Orienta a concessão de crédito para o objetivo desejado, mas não é objetivo em si. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 17 POLÍTICA DE CRÉDITO A Política de Crédito está relacionada diretamente com as aplicações de recursos de natureza operacional (principalmente em instituições financeiras). Pela sua importância a Política de Crédito é reservada aos escalões hierárquicos mais altos (Conselho de Administração, Diretor-Financeiro, Diretor-Presidente, etc.). No caso de Instituições Financeiras são formados os “Comitês de Crédito”. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 18 POLÍTICA DE CRÉDITO As Políticas de Créditos são bastante diferenciadas quando tratamos de instituições Industriais, Comerciais ou Financeiras. Vejamos alguns exemplos de Política de Crédito: 1)Numa empresa comercial ou industrial, uma política de crédito Liberal poderá aumentar o volume de vendas, porém, ao mesmo tempo, exigirá maior investimento em duplicatas a receber e em estoques; 2)Uma empresa que venda um produto com uma margem alta(40 a 50%), terá condições de adotar uma política de crédito mais liberal e assumir um risco maior; 3)Uma empresa que trabalhe com margem bruta de lucro baixa, ainda que seu giro de estoques seja rápido, tenderá a ser mais rigorosa na seleção de seus clientes. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 19 POLÍTICA DE CRÉDITO Os bancos, em geral, tendem a ter critérios mais rigorosos na concessão de crédito, pois o prejuízo decorrente do não-recebimento de uma operação de crédito representará a perda do montante emprestado. Todavia, numa empresa, a perda com um incobrável concentra-se no custo da mercadoria vendida. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 20 21/03/2018 6 Tipos de crédito O crédito pode ser dividido em dois tipos: crédito público e crédito privado. O crédito público trata as relações entre os Estados e as pessoas ou empresas, enquanto o crédito privado trata das relações entre as pessoas ou as empresas. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 21 Tipos de crédito Crédito Público É o tipo de crédito onde uma pessoa (física ou jurídica) pode conceder crédito ao Estado ou o Estado pode conceder crédito a uma pessoa (física ou jurídica). Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 22 Tipos de credito Credito Privado Subdivide-se em dois tipos: Crédito mercantil: definimos o crédito mercantil como sendo o crédito a curto prazo, concedido a um comprador por um fornecedorem decorrência da compra de mercadorias ou serviços. Crédito bancário: a base do crédito bancário é o empréstimo bancário, onde o banco empresta dinheiro ao cliente e cobra juros sobre o pagamento. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 23 Política de credito A política de concessão de crédito pode ser definida como o conjunto de regras do estabelecimento para concessão de crédito ao seus clientes. As políticas de credito variam de empresa para empresa e podem alterar em função de alguns fatores como: Condições de mercado Eficiência administrativa Liquidez de caixa Credibilidade do devedor Grau de interdependência das empresas; entre outros Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 24 21/03/2018 7 Vejamos alguns elementos presentes na politica de crédito: Padrões de crédito – são os requisitos mínimos para que seja concedido credito a um cliente. Política de cobrança – é a estratégia da empresa para o recebimento do credito. Desconto financeiro – é a redução do valor do produto quando este é pago a vista ou em prazo menor que o habitual. Prazo de financiamento – período durante o qual a empresa suporta financiar seus clientes. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 25 A criação de uma política de crédito é a solução mais eficiente que uma empresa pode anotar para minimizar os riscos de atraso e não pagamento por parte de seus clientes cabe a nós saber quando o crédito deve ser liberado, sem causar riscos para a empresa. É evidente que perdas irão ocorrer, porém o volume das perdas não pode prejudicar o resultado e o lucro da empresa a qual estamos prestando serviço. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 26 Outro fator que precisa ser abordado na política de cobrança, que pode ser desde uma simples carta, até uma ação judicial (casos mais graves) que também deve ser realizada pelo setor de crediário e cobrança. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 27 Modalidades da política de crédito Segundo especialistas, existem três modalidades distintas quando falamos em política de crédito, são elas: Política de crédito liberal Política de crédito rígida Política de crédito compatível Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 28 21/03/2018 8 Política de crédito liberal – empresas que adotam esse tipo de política devem ter a sua situação financeira razoavelmente boa e uma alta margem de lucratividade. Ao se adotar essa política consequentemente haverá um maior volume de vendas, que pode ser acompanhada de um maior risco no crédito e consequentemente maior possibilidade de atrasos no pagamento e prejuízos financeiros. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 29 Política de crédito rígida – empresas que adotam esse tipo de política são aquelas que a situação financeira não permite maiores riscos. Ao se adotar essa política, se reduz a chance de atrasos de pagamentos e prejuízos financeiros, porém também pode resultar em um menor volume de vendas em consequência da rigidez para a concessão de credito. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 30 Política de crédito compatível – empresas que adotam esse tipo de política são aquelas que adotam uma linha de flexibilidade de ação, levando em conta as condições do mercado e de seus clientes. Ao se adotar essa política a empresa mantem um equilíbrio entre as vendas e os recebimentos, permitindo uma situação financeira controlável, pois todos os riscos de crédito são absolutamente planejados. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 31 O conhecimento das políticas de crédito é muito importante, pois através da politica de credito adotada pela empresa, que saberemos se devemos ser mais ou menos exigentes na concessão e análise de crédito a clientes. Lembrando que, as empresas geralmente costuma migrar de política conforme a sua necessidade, capital de giro e margem de lucratividade, portanto nós devemos estar preparados a trabalhar com qualquer política de crédito que seja implantada no estabelecimento o qual estamos prestando serviço. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 32 21/03/2018 9 Identificação do cliente Começaremos agora com as etapas que devem ser seguidas para a concessão de crédito para clientes. É importante seguir atentamente a todos os passos, pois qualquer erro no momento da concessão de credito pode acarretar prejuízos para a empresa. A primeira coisa a se fazer é a identificação do cliente, pois como sabemos, ninguém confia em emprestar seu dinheiro para desconhecidos, e o mesmo acontece na empresa, ela não dará credito a uma pessoa sem antes conhecê-la. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 33 A identificação do cliente geralmente é realizada através de referencias de compras realizadas pelo mesmo, para sabermos se o cliente é confiável quando o assunto é saldar suas dividas. Geralmente as empresas pedem que o cliente diga algumas lojas das quais já adquiriu produtos, e cabe a nós telefonar para esses estabelecimentos e realizar uma consulta do histórico do cliente. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 34 Algumas questões importantes sobre o cliente que devem ser consultadas junto aos estabelecimentos são: Histórico de compras realizadas pelo cliente Histórico de inadimplência do cliente Histórico de atrasos em pagamentos Lembrando que um bom profissional sabe diferenciar o profissional do pessoal, ou seja, mesmo que o cliente que esteja pedindo crédito seja conhecido ou tenha algum vínculo de parentesco conosco, esta consulta deverá ser realizada da mesma maneira. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 35 Ficha cadastral Segundo especialistas a ficha cadastral é um resumo da vida do cliente, através de informações que permitem ao credor conhecê-lo. Devemos lembrar de manter a ficha cadastral do cliente sempre atualizada, e incluir todos os dados do cliente, como: dados de contato, poder aquisitivo, etc. pois é através destas informações que a empresa e nós profissionais do crediário e cobrança podemos: Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 36 21/03/2018 10 Analisar o nível de crédito a ser concedido para o cliente Informações sobre a situação financeira do cliente ajudam a calcular a sua capacidade de pagamento, além de podermos usar essas informações para estabelecer limites de crédito. Analisar se existe a necessidade de garantias Caso o cliente não tenha um bom histórico de credito ou não atenda a todas as exigências da empresa, pode-se optar pela exigência de garantias, diminuindo assim o risco da empresa. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 37 Verificar a inclusão em cadastro de inadimplentes Com o nome completo do cliente e o numero de seus documentos é possível identificar se o mesmo faz parte de algum cadastro de inadimplentes como SPC ou SERASA. Contatar o cliente para cobrança Caso haja atrasos de pagamentos é necessário recorrer às informações do cliente, como endereço e telefone para realizar a cobrança do pagamento. Cada estabelecimento possui um modelo próprio de ficha cadastral, vejamos abaixo o exemplo de um modelo de ficha cadastral. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 38 Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 39 Documentos comprovatórios Quando falamos em cadastro de clientes se faz necessário que o mesmo apresente alguns documentos que comprovem o que foi preenchido na ficha cadastral. A maioria dos estabelecimentos solicita a apresentação dosseguintes documentos: Carteira de identidade (RG) praticamente todos os estabelecimentos pedem a apresentação do RG do cliente, pois ele é um documento indispensável para identificação, valido em todo o território nacional. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 40 21/03/2018 11 Cadastro de pessoa física (CPF) documento também requerido por praticamente todos os estabelecimentos, pois é através desse documento que o governo reconhece o individuo. Comprovante de residência qualquer Documento que comprove que o cliente possui residência fixa (conta de agua, conta de luz, carta do banco, entre outros) Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 41 Comprovante de renda estabelecimentos pedem que este comprovante seja o mais atual possível, pois através dele é avaliado se o cliente terá potencial para quitar a divida. ALERTA: Confira os documentos com total atenção, pois sabemos que pode haver pessoas mal intencionadas que falsificam esses tipos de documentos apenas para tirar vantagem dos estabelecimentos. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 42 Checagem das informações Agora que já coletamos todas as informações do cliente, chegamos a uma parte muito importante na concessão de credito, a checagem das informações. A checagem das informações consiste em saber se o cliente está com algum problema com a justiça ou o governo, mas de nenhum órgão de proteção ao crédito. Os órgãos de proteção ao crédito possuem o cadastro de pessoas inadimplentes, ou seja, se o nome do seu cliente constar em algum desses órgãos a chance de ele não saldar a dívida com o estabelecimento é muito mais elevada. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 43 Veremos como fazer uma consulta no SPC e no SERASA, que são os mais populares órgãos de proteção ao crédito. Geralmente consultar apenas estes dois órgãos já basta para saber se o cliente tem ou não o nome sujo na praça. Apesar de serem os mais populares, SPC e SERASA não são os únicos órgãos de proteção ao crédito, existem outros como: CADIN, EQUIFAX, entre outros... Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 44 21/03/2018 12 Consultando o SPC A sigla SPC significa Serviço de Proteção ao Credito. O SPC é um banco de dados de caráter público, que tem como finalidade disponibilizar informações seguras para melhor analise do empresário quanto a concessão de credito. As câmaras de diligentes lojistas, entidades privadas, são as entidades mantedoras, que por intermédio da Rede Renic (Rede nacional de informações comerciais), disponibilizam informações de SPC advindas dos 27 estados do país. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 45 Consultando o SPC Como acabamos de perceber, o SPC trás consigo todas as informações de inadimplência do cliente, e é de extrema importância a sua consulta, pois imaginemos que o cliente possui vários casos de inadimplência em outros estabelecimentos, como teremos certeza de que ele irá saldar a dívida que fará conosco? Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 46 Quando trabalhamos em estabelecimentos conveniados a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) da cidade, teremos em nossa posse um login de uma senha de acesso com as quais poderemos acessar o sistema e realizar a consulta. Lembrando que todas as consultas são pagas e tem um valor que pode variar à partir de R$ 9,90 cada uma, com valores diferentes conforme a exclusividade de pesquisa. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 47 Consultando o SERASA Serasa é a principal empresa de análise de crédito no Brasil e da América Latina. Possui um dos maiores bancos de dados do mundo e dedica as suas atividades à prestação de serviços de interesse geral. Em seus computadores são armazenados dados cadastrais de empresas e cidadãos, informações negativas que indicam dívidas vencidas e não pagas, os registros de protestos de títulos, ações judiciais, cheques sem fundos, além de registros provenientes de fontes públicas e oficiais. Os dados de dívidas vencidas são enviados sob convênio com credores/fornecedores, indicando os dados do devedor. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 48 21/03/2018 13 As informações do Serasa são fornecidas aos bancos, às lojas do comércio e às pequenas, médias e grandes empresas, com o objetivo de dar apoio às decisões de crédito, e assim, tornar os negócios mais baratos, rápidos e seguros. Geralmente as empresas conveniadas fazem a pesquisa no Serasa através da Internet, porem, podem ser feitas também por telefone, as consultas através da Internet são realizadas utilizando um login e uma senha de acesso. Prof. José Luís – Ciências Contábeis - UNIP 49 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 50 4.2 Garantias Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 51 Garantias de crédito A obtenção de garantias tem como objetivo dar maior segurança nas vendas a prazo, porem mesmo com as garantias ainda não teremos 100% de certeza que receberemos o pagamento em da dívida. Entretanto, quando exigimos garantias em operações de risco mínimo, podemos estar inviabilizando as vendas a prazo da empresa, então cabe a nós decidir quando é viável e quando não é viável pedir ao cliente garantias do pagamento. Somente devemos dispensar as garantias quando tivermos 100% de certeza que o cliente irá saldar a dívida com o estabelecimento, e apenas teremos essa certeza após realizar a análise de crédito. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 52 Garantias Define-se garantia como a vinculação de um bem ou de uma responsabilidade conversível em numerário que assegure a liquidação do crédito. 21/03/2018 14 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 53 Formalização A formalização da garantia é requisito essencial para que apresente validade, sirva de prova e seja eficaz contra terceiros. Para reduzir o risco de crédito, os concessores de financiamento devem formalizar corretamente as garantias vinculadas às operações de crédito, além de registrá-las em cartório. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 54 Garantias de crédito Os tipos de garantias mais comuns são: Garantias Pessoais Aval Fiança Garantias Reais Caução de aplicações financeiras de renda fixa Caução de Duplicatas Caução de cheques Penhor Mercantil Alienação fiduciária Hipoteca Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 55 Garantias de crédito Aval – funciona como garantia pessoal do pagamento de um titulo de credito, obrigação assumida por alguém (avalista) a fim de garantir o pagamento realizado por outra pessoa, o aval somente pode ser dado em títulos de credito para uma mesma divida. Fiança – trata-se de uma forma jurídica de garantia, onde uma pessoa se responsabiliza perante ao credor pelo pagamento da divida assumida pelo devedor. Para que essa garantia seja efetivada, deve-se observar se o fiador terá capacidades financeiras de honrar a divida caso seja necessário. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 56 Garantias de crédito Caução de aplicações financeiras de renda fixa Para sua efetivação é necessário, paralelamente à liberação do crédito pleiteado, existam saldos em aplicações financeiras, revertidos em benefícios dos credores, que sejam suficientes para cobrir situações de inadimplência. 21/03/2018 15 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 57 Garantias de crédito Caução de Duplicatas É uma garantia muito utilizada pelos credores, já que possibilita a diminuiçãodo risco de crédito por meio da vinculação de duplicatas selecionadas ao financiamento solicitado. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 58 Garantias de crédito Caução de cheques Como forma de garantia, refere-se a vinculação de cheques ao contrato de crédito. Cheque é uma ordem de pagamento a vista dada por alguém que possui conta de depósito em uma instituição financeira. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 59 Garantias de crédito Alienação fiduciária – trata-se de uma garantia que prevê a recuperação da posse de um bem para o credor, caso o devedor não efetue o pagamento da divida. Para ter validade deve ser registrada no cartório de títulos e documentos, ou no cartório de registros de imóveis, e é hoje considerada a forma mais segura de garantia existente. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 60 Garantias de crédito Penhor Mercantil Consiste na entrega ao credor de um bem móvel, por um devedor ou terceiros, para garantir o cumprimento de dívidas. Apesar de ser uma garantia real, o penhor mercantil de mercadorias é bastante questionado quanto a sua validade. 21/03/2018 16 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 61 Garantias de crédito Hipoteca É a vinculação de bens considerados imóveis pelo Código Civil para pagamento de dívida. São bens imóveis passíveis de hipoteca: terras, casas, prédios, apartamentos, sítios, lotes, navios e aviões. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 62 5 - Administração de Estoque Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 63 O planejamento e controle de estoque é um dos principais pontos de administração dos recursos de uma organização. Através dele podemos identificar o consumo, a demanda, realizar previsões de demanda, e alcançar níveis ideias de estoque, que não seja em volume excessivo, mas que também nos minimize o risco de não atendermos a demanda pelos materiais. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 64 Estoque Mínimo O Estoque Mínimo, ou também conhecido como estoque de segurança, é utilizado para suportar um tempo de resuprimento superior ao programado, devido: a um consumo desproporcional, ao atraso na entrega pelo fornecedor, ou a um problema de administração dos materiais. 21/03/2018 17 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 65 Cálculo do Estoque Mínimo A fórmula simples para cálculo do estoque mínimo é: Em= C x F Onde: Em= Estoque Mínimo C= Consumo médio mensal F= Fator de segurança O fator de segurança (F) é um fator arbitrado pela organização, e corresponde ao índice de atendimento que a organização pretende atingir com relação aos pedidos colocados do cliente. Se o fator for de 80% significa que a organização está disposta a não atender 20% das vezes os pedidos de clientes. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 66 Caso Prático: Uma farmácia possui um consumo mensal de 50 unidades de um determinado produto, o fator de segurança criado pela farmácia é de 96%, calcule o Estoque Mínimo deste produto da farmácia. Em= C x F Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 67 Caso Prático: Uma farmácia possui um consumo mensal de 50 unidades de um determinado produto, o fator de segurança criado pela farmácia é de 96%, calcule o Estoque Mínimo deste produto da farmácia. Em= C x F Em= 50 x 0,96 Em= 48 unidades O Estoque Mínimo para este produto deve ser de 48 unidades. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 68 Lote Econômico de Compra O lote econômico é uma forma de se calcular a quantidade a ser comprada com o mínimo de custo de reposição. Nesta quantidade, os custos de compra e de manutenção são os menores possíveis. A fórmula para se calcular o lote econômico de compra é: LEC= 2 x CA x CC CPA x PU Onde: LEC= Lote Econômico de Compra CA= Consumo Anual em Quantidades CC= Custo Unitário do Pedido de Compra CPA= Custo do Material Armazenado PU= Preço Unitário do Material 21/03/2018 18 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 69 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 70 Exemplo: Um hospital em sua farmácia controla o material cateter para diálise de ponta simétrica. Segundo o levantamento do responsável pela farmácia, este material possui os seguintes dados para o ano. Consumo Anual = 12000 unidades Custo Unitário para o pedido de compra = R$260,00 Custo do armazenamento = R$0,50 O Preço unitário do material = R$50,00 Com base nestas informações calcule o Lote Econômico de compra deste material. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 71 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 72 Demonstração de valores ideias do LEC para o exemplo 21/03/2018 19 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 73 CLASSIFICAÇÃO ABC A análise ABC de estoque é uma das formas mais usadas pelas organizações para se examinar e administrar os estoques. Consiste em se observar e analisar a movimentação de estoques em determinado período, 6 meses, 1 ano, em quantidades e sua relevância em valor monetário dos itens constantes dos estoques. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 74 Com base nesta análise cria-se uma classificação dos estoques identificando itens de classe A como os mais importantes e relevantes, classe B os itens não tão relevantes, mas significativos, e classe C itens de menor relevância. Não existe uma regra que estabeleça o percentual aplicado aos itens de classe A, B ou C, vai depender da composição dos itens do estoque de cada organização. Sendo que normalmente os itens de classe A representam um total de 40% a 70% dos estoques, e os itens de classe B representam entre 15% a 50%, o restante fica como classificação de itens classe C. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 75 Vamos imaginar que um hospital pediátrico possui um determinado número de itens no estoque, e que o consumo nos últimos 6 meses foi: Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 76 O responsável pela farmácia do Hospital nos convidou para ajudá-lo a construir a curva ABC dos estoques da farmácia do hospital pediátrico. O primeiro passo é incluir uma coluna com os custos totais de cada item. Para calcular os custos totais basta multiplicar o consumo pelo custo unitário. 21/03/2018 20 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 77 Com a valorização do consumo, o próximo passo é ordenar os itens de forma decrescente em relação ao custo total. Veja no Quadro abaixo como fica a classificação dos itens. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 78 Após a ordenação decrescente do total do consumo, a próxima etapa é identificar a participação percentual de cada item em relação ao total consumido. Para isso basta dividir o custo total de cada item em Reais pelo Total Geral do estoque. Veja Quadro abaixo. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 79 Note de que apenas dois itens já compõem o total de 62,995% do total de itens, sendo estes os itens classificados como classe A. Os três itens seguintes juntos compõem 30,643, sendo classificados como classe B, e o restante classificado como classe C. então nosso quadro de estoque segundo a classificação ABC ficaria no seguinte formato: Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 80 21/03/2018 21 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 81 A vantagem de se utilizar a classificação ABC é dar mais atenção aos itens mais importantes, pois se melhorarmos sua utilização podemos gerar economia para a organização. Vamos imaginar que após classificarmos os itens do hospital, conseguimos uma reduçãode consumo dos itens da classe A na ordem de 15%, estaremos trazendo para a organização uma economia de 9,45% do total de itens consumidos. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 82 Para esta forma de classificação ABC tem um detalhe muito importante que é preciso se levar em consideração. Alguns itens podem ser utilizados em pouca quantidade, e ter um custo unitário muito baixo, mas apesar deste fato são itens muito importantes para o funcionamento da operação da organização. É necessário que observemos a relevância destes itens em relação à operação da organização, e tratar estes itens com critério, pois apesar de sua irrelevância monetária são itens importantes para o bom funcionamento da organização e precisamos dar atenção especial.
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