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AdministraçaoFinanceiraaluno Aula3

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21/03/2018
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Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 1
4 – Administração de Crédito, Contas a Receber
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 2
4.1 – Políticas de credito/cobrança
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Ciências Contábeis - UNIP 3
CONCEITUAÇÃO DO CRÉDITO
Segundo SILVA (2008) o termo crédito deve ser
considerado dentro dos vários contextos em que
ele esteja inserido, mas, para o nosso curso, ele
considera a seguinte definição num sentido restrito
e específico:
Crédito consiste na entrega de um valor
presente mediante uma promessa de
pagamento em parcelas definidas, num prazo
específico e a um preço acordado entre as
partes. Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 4
CONCEITUAÇÃO DO CRÉDITO
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Ciências Contábeis - UNIP 5
Função do Crédito como Negócio
Embora inserido no complexo empresarial o tempo 
firmou a posição do Crédito com independência 
suficiente para impor suas ações estratégicas:
-Se preocupa em conhecer o cliente;
-Orienta o relacionamento mercadológico visando 
atender necessidades dos clientes;
-Serve como meio de alavancagem de negócios;
-A análise de seu cadastro dá agressividade nas 
ações e segurança na concessão de valores;
-Sua postura pró-ativa lhe dá vantagem 
competitiva.
Ciclo da Intermediação Financeira
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CLIENTE APLICADOR
(DISPÕE DE RECURSOS, ACEITA 
REPUTAÇÃO DO BANCO, ACEITA 
TAXAS E PRAZOS E ASSUME RISCOS
OFERECE RECURSOS
(DEPÓSITOS E APLICAÇÕES)
HAVER FINANCEIRO
(CERTIFICADOS, RECIBOS, ETC.)
CLIENTE TOMADOR
(PRECISA DE RECURSOS, É AVALIADO PELO BANCO, ENQUADRA-SE NO PERFIL DE RISCO, 
ASSINA PROMESSA DE PAGAMENTO E RECEBE O EMPRÉSTIMO)
As funções de depósito e crédito caracterizam a 
intermediação financeira e devem ser uma parcela 
representativa de receita do banco em finanças. 
Em finanças, crédito define um instrumento de 
política de negócios a ser utilizado por uma empresa 
comercial ou industrial na venda a prazo de seus 
produtos ou por banco comercial na concessão de 
empréstimo, financiamento ou fiança.
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Funções da intermediação financeira
1. Adequar os volumes de recursos entre a captação 
e a aplicação de valores;
2. Captar em prazos variados e aplicar em prazos 
adequados à realidade e necessidade dos 
tomadores;
3. Diversificar riscos através da diversificação de 
suas aplicações;
4. Dar Maior Liquidez, principalmente quando da 
necessidade de vencimento de aplicações;
5. Oferecer menor custo aos ativos financeiros de 
tomadores.
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Função Social do Crédito
➢ Estimula as empresas a aumentarem seu nível de
atividade;
➢ Estimula o consumo e a demanda das empresas;
➢ Ajuda as pessoas a obterem bens, serviços e
alimentos;
➢ Facilita a execução de projetos para quem não tem
recursos próprios.
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Objetivos da Administração Financeira
➢ Maximização dos Lucros
➢ Realização de Investimentos;
➢ Criação de Empregos;
➢ Pagamento de Impostos;
➢ Aumento das Exportações;
➢ Desenvolvimento Socioeconômico.
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Caso Prático
Iremos apresentar a seguir a análise de um caso de 
empréstimo e lucro considerando-se alguns critérios 
existentes em uma determinada instituição 
financeira. 
Imaginemos que uma determinada situação 
comercial necessite de um empréstimo de R$ 
100.000,00 (valor principal), que será analisada 
segundo as diferentes classes de clientes conforme 
os riscos específicos que eles apresentam ao longo 
de seu histórico de relacionamentos entre as 
instituições financeiras existentes.
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Assim, a montagem do quadro acima é feita a partir do
seguinte raciocínio (como exemplo o cliente M da categoria A,
considerando um empréstimo de R$ 100.000,00 (principal):
Cálculo do Juro:
$100.000 X 3% = $100.000 x 0,03 = $3.000
Cálculo do principal mais juro:
$100.000 + $3.000 = $103.000
Cálculo do valor esperado de recebimento conforme sua
probabilidade:
$103.000 x 100% = $103.000 X 1 = $103.000
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POLÍTICA DE CRÉDITO
Em Administração Empresarial as Políticas são 
instrumentos que determinam padrões de decisão 
para resoluções de problemas semelhantes.
Elas proporcionam orientação uniforme e consistente 
nos casos de problemas, questões ou situações que 
se repetem frequentemente.
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POLÍTICA DE CRÉDITO
Assim, a política de crédito tem como objetivo básico 
a orientação nas decisões de crédito em face dos 
objetivos desejados e estabelecidos. Logo ela é:
 Um guia para a decisão de crédito, porém não é a 
decisão;
 Rege a concessão de crédito, porém não concede 
o crédito;
 Orienta a concessão de crédito para o objetivo 
desejado, mas não é objetivo em si.
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POLÍTICA DE CRÉDITO
A Política de Crédito está relacionada diretamente 
com as aplicações de recursos de natureza 
operacional (principalmente em instituições 
financeiras). 
Pela sua importância a Política de Crédito é 
reservada aos escalões hierárquicos mais altos 
(Conselho de Administração, Diretor-Financeiro, 
Diretor-Presidente, etc.). 
No caso de Instituições Financeiras são formados os 
“Comitês de Crédito”.
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POLÍTICA DE CRÉDITO
As Políticas de Créditos são bastante diferenciadas 
quando tratamos de instituições Industriais, 
Comerciais ou Financeiras. Vejamos alguns 
exemplos de Política de Crédito:
1)Numa empresa comercial ou industrial, uma política de 
crédito Liberal poderá aumentar o volume de vendas, 
porém, ao mesmo tempo, exigirá maior investimento em 
duplicatas a receber e em estoques;
2)Uma empresa que venda um produto com uma margem 
alta(40 a 50%), terá condições de adotar uma política de 
crédito mais liberal e assumir um risco maior;
3)Uma empresa que trabalhe com margem bruta de lucro 
baixa, ainda que seu giro de estoques seja rápido, 
tenderá a ser mais rigorosa na seleção de seus clientes.
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POLÍTICA DE CRÉDITO
Os bancos, em geral, tendem a ter critérios mais 
rigorosos na concessão de crédito, pois o prejuízo 
decorrente do não-recebimento de uma operação de 
crédito representará a perda do montante 
emprestado. 
Todavia, numa empresa, a perda com um incobrável 
concentra-se no custo da mercadoria vendida.
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Tipos de crédito
O crédito pode ser dividido em dois tipos: crédito 
público e crédito privado.
O crédito público trata as relações entre os Estados 
e as pessoas ou empresas, enquanto o crédito 
privado trata das relações entre as pessoas ou as 
empresas.
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Tipos de crédito
Crédito Público
É o tipo de crédito onde uma pessoa (física ou 
jurídica) pode conceder crédito ao Estado ou o 
Estado pode conceder crédito a uma pessoa (física 
ou jurídica).
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Tipos de credito
Credito Privado
Subdivide-se em dois tipos:
 Crédito mercantil: definimos o crédito mercantil 
como sendo o crédito a curto prazo, concedido a 
um comprador por um fornecedorem decorrência 
da compra de mercadorias ou serviços.
 Crédito bancário: a base do crédito bancário é o 
empréstimo bancário, onde o banco empresta 
dinheiro ao cliente e cobra juros sobre o 
pagamento.
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Política de credito
A política de concessão de crédito pode ser definida 
como o conjunto de regras do estabelecimento para 
concessão de crédito ao seus clientes.
As políticas de credito variam de empresa para 
empresa e podem alterar em função de alguns 
fatores como:
 Condições de mercado
 Eficiência administrativa
 Liquidez de caixa
 Credibilidade do devedor
 Grau de interdependência das empresas; entre 
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Vejamos alguns elementos presentes na politica de 
crédito:
 Padrões de crédito – são os requisitos mínimos 
para que seja concedido credito a um cliente.
 Política de cobrança – é a estratégia da empresa 
para o recebimento do credito.
 Desconto financeiro – é a redução do valor do 
produto quando este é pago a vista ou em prazo 
menor que o habitual.
 Prazo de financiamento – período durante o qual 
a empresa suporta financiar seus clientes.
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A criação de uma política de crédito é a solução mais 
eficiente que uma empresa pode anotar para 
minimizar os riscos de atraso e não pagamento por 
parte de seus clientes cabe a nós saber quando o 
crédito deve ser liberado, sem causar riscos para a 
empresa.
É evidente que perdas irão ocorrer, porém o volume 
das perdas não pode prejudicar o resultado e o lucro 
da empresa a qual estamos prestando serviço.
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Outro fator que precisa ser abordado na política de 
cobrança, que pode ser desde uma simples carta, 
até uma ação judicial (casos mais graves) que 
também deve ser realizada pelo setor de crediário e 
cobrança.
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Modalidades da política de crédito
Segundo especialistas, existem três modalidades 
distintas quando falamos em política de crédito, são 
elas:
 Política de crédito liberal 
 Política de crédito rígida 
 Política de crédito compatível
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Política de crédito liberal – empresas que adotam 
esse tipo de política devem ter a sua situação 
financeira razoavelmente boa e uma alta margem de 
lucratividade. 
Ao se adotar essa política consequentemente haverá 
um maior volume de vendas, que pode ser 
acompanhada de um maior risco no crédito e 
consequentemente maior possibilidade de atrasos no 
pagamento e prejuízos financeiros.
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Política de crédito rígida – empresas que adotam 
esse tipo de política são aquelas que a situação 
financeira não permite maiores riscos. 
Ao se adotar essa política, se reduz a chance de 
atrasos de pagamentos e prejuízos financeiros, 
porém também pode resultar em um menor volume 
de vendas em consequência da rigidez para a 
concessão de credito.
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Política de crédito compatível – empresas que 
adotam esse tipo de política são aquelas que adotam 
uma linha de flexibilidade de ação, levando em conta 
as condições do mercado e de seus clientes. 
Ao se adotar essa política a empresa mantem um 
equilíbrio entre as vendas e os recebimentos, 
permitindo uma situação financeira controlável, pois 
todos os riscos de crédito são absolutamente 
planejados.
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O conhecimento das políticas de crédito é muito 
importante, pois através da politica de credito 
adotada pela empresa, que saberemos se devemos 
ser mais ou menos exigentes na concessão e 
análise de crédito a clientes.
Lembrando que, as empresas geralmente costuma 
migrar de política conforme a sua necessidade, 
capital de giro e margem de lucratividade, portanto 
nós devemos estar preparados a trabalhar com 
qualquer política de crédito que seja implantada no 
estabelecimento o qual estamos prestando serviço.
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Identificação do cliente
Começaremos agora com as etapas que devem ser 
seguidas para a concessão de crédito para clientes. 
É importante seguir atentamente a todos os passos, 
pois qualquer erro no momento da concessão de 
credito pode acarretar prejuízos para a empresa.
A primeira coisa a se fazer é a identificação do 
cliente, pois como sabemos, ninguém confia em 
emprestar seu dinheiro para desconhecidos, e o 
mesmo acontece na empresa, ela não dará credito a 
uma pessoa sem antes conhecê-la.
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A identificação do cliente geralmente é realizada 
através de referencias de compras realizadas pelo 
mesmo, para sabermos se o cliente é confiável 
quando o assunto é saldar suas dividas.
Geralmente as empresas pedem que o cliente diga 
algumas lojas das quais já adquiriu produtos, e cabe 
a nós telefonar para esses estabelecimentos e 
realizar uma consulta do histórico do cliente.
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Algumas questões importantes sobre o cliente que 
devem ser consultadas junto aos estabelecimentos 
são:
 Histórico de compras realizadas pelo cliente
 Histórico de inadimplência do cliente
 Histórico de atrasos em pagamentos
 Lembrando que um bom profissional sabe 
diferenciar o profissional do pessoal, ou seja, 
mesmo que o cliente que esteja pedindo crédito 
seja conhecido ou tenha algum vínculo de 
parentesco conosco, esta consulta deverá ser 
realizada da mesma maneira.
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Ficha cadastral
Segundo especialistas a ficha cadastral é um resumo 
da vida do cliente, através de informações que 
permitem ao credor conhecê-lo.
Devemos lembrar de manter a ficha cadastral do 
cliente sempre atualizada, e incluir todos os dados 
do cliente, como: dados de contato, poder aquisitivo, 
etc. pois é através destas informações que a 
empresa e nós profissionais do crediário e cobrança 
podemos:
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Analisar o nível de crédito a ser concedido 
para o cliente
Informações sobre a situação financeira do cliente 
ajudam a calcular a sua capacidade de pagamento, 
além de podermos usar essas informações para 
estabelecer limites de crédito.
Analisar se existe a necessidade de 
garantias
Caso o cliente não tenha um bom histórico de credito 
ou não atenda a todas as exigências da empresa, 
pode-se optar pela exigência de garantias, 
diminuindo assim o risco da empresa.
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Verificar a inclusão em cadastro de 
inadimplentes
Com o nome completo do cliente e o numero de 
seus documentos é possível identificar se o mesmo 
faz parte de algum cadastro de inadimplentes como 
SPC ou SERASA.
Contatar o cliente para cobrança
Caso haja atrasos de pagamentos é necessário 
recorrer às informações do cliente, como endereço e 
telefone para realizar a cobrança do pagamento.
Cada estabelecimento possui um modelo próprio de 
ficha cadastral, vejamos abaixo o exemplo de um 
modelo de ficha cadastral.
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Documentos comprovatórios
Quando falamos em cadastro de clientes se faz 
necessário que o mesmo apresente alguns 
documentos que comprovem o que foi preenchido na 
ficha cadastral.
A maioria dos estabelecimentos solicita a 
apresentação dosseguintes documentos:
Carteira de identidade (RG)
praticamente todos os estabelecimentos pedem a 
apresentação do RG do cliente, pois ele é um 
documento indispensável para identificação, valido 
em todo o território nacional.
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Cadastro de pessoa física (CPF)
documento também requerido por praticamente 
todos os estabelecimentos, pois é através desse 
documento que o governo reconhece o individuo.
Comprovante de residência
qualquer Documento que comprove que o cliente 
possui residência fixa (conta de agua, conta de luz, 
carta do banco, entre outros)
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Comprovante de renda
estabelecimentos pedem que este comprovante
seja o mais atual possível, pois através dele é
avaliado se o cliente terá potencial para quitar a
divida.
ALERTA:
Confira os documentos com total atenção, pois 
sabemos que pode haver pessoas mal intencionadas 
que falsificam esses tipos de documentos apenas 
para tirar vantagem dos estabelecimentos.
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Checagem das informações
Agora que já coletamos todas as informações do 
cliente, chegamos a uma parte muito importante na 
concessão de credito, a checagem das informações.
A checagem das informações consiste em saber se o 
cliente está com algum problema com a justiça ou o 
governo, mas de nenhum órgão de proteção ao 
crédito.
Os órgãos de proteção ao crédito possuem o 
cadastro de pessoas inadimplentes, ou seja, se o 
nome do seu cliente constar em algum desses 
órgãos a chance de ele não saldar a dívida com o 
estabelecimento é muito mais elevada.
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Veremos como fazer uma consulta no SPC e no 
SERASA, que são os mais populares órgãos de 
proteção ao crédito. 
Geralmente consultar apenas estes dois órgãos já 
basta para saber se o cliente tem ou não o nome 
sujo na praça.
Apesar de serem os mais populares, SPC e 
SERASA não são os únicos órgãos de proteção ao 
crédito, existem outros como: CADIN, EQUIFAX, 
entre outros...
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Consultando o SPC
A sigla SPC significa Serviço de Proteção ao Credito. 
O SPC é um banco de dados de caráter público, que 
tem como finalidade disponibilizar informações 
seguras para melhor analise do empresário quanto a 
concessão de credito.
As câmaras de diligentes lojistas, entidades 
privadas, são as entidades mantedoras, que por 
intermédio da Rede Renic (Rede nacional de 
informações comerciais), disponibilizam informações 
de SPC advindas dos 27 estados do país.
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Consultando o SPC
Como acabamos de perceber, o SPC trás consigo 
todas as informações de inadimplência do cliente, e 
é de extrema importância a sua consulta, pois 
imaginemos que o cliente possui vários casos de 
inadimplência em outros estabelecimentos, como 
teremos certeza de que ele irá saldar a dívida que 
fará conosco?
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Quando trabalhamos em estabelecimentos 
conveniados a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) 
da cidade, teremos em nossa posse um login de 
uma senha de acesso com as quais poderemos 
acessar o sistema e realizar a consulta.
Lembrando que todas as consultas são pagas e tem 
um valor que pode variar à partir de R$ 9,90 cada 
uma, com valores diferentes conforme a 
exclusividade de pesquisa.
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Consultando o SERASA
Serasa é a principal empresa de análise de crédito 
no Brasil e da América Latina.
Possui um dos maiores bancos de dados do mundo 
e dedica as suas atividades à prestação de serviços 
de interesse geral.
Em seus computadores são armazenados dados 
cadastrais de empresas e cidadãos, informações 
negativas que indicam dívidas vencidas e não pagas, 
os registros de protestos de títulos, ações judiciais, 
cheques sem fundos, além de registros provenientes 
de fontes públicas e oficiais. Os dados de dívidas 
vencidas são enviados sob convênio com 
credores/fornecedores, indicando os dados do 
devedor.
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As informações do Serasa são fornecidas aos 
bancos, às lojas do comércio e às pequenas, médias 
e grandes empresas, com o objetivo de dar apoio às 
decisões de crédito, e assim, tornar os negócios 
mais baratos, rápidos e seguros.
Geralmente as empresas conveniadas fazem a 
pesquisa no Serasa através da Internet, porem, 
podem ser feitas também por telefone, as consultas 
através da Internet são realizadas utilizando um login 
e uma senha de acesso.
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Ciências Contábeis - UNIP 50
4.2 Garantias
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Garantias de crédito
 A obtenção de garantias tem como objetivo dar 
maior segurança nas vendas a prazo, porem 
mesmo com as garantias ainda não teremos 100% 
de certeza que receberemos o pagamento em da 
dívida.
 Entretanto, quando exigimos garantias em 
operações de risco mínimo, podemos estar 
inviabilizando as vendas a prazo da empresa, 
então cabe a nós decidir quando é viável e quando 
não é viável pedir ao cliente garantias do 
pagamento.
 Somente devemos dispensar as garantias quando 
tivermos 100% de certeza que o cliente irá saldar a 
dívida com o estabelecimento, e apenas teremos 
essa certeza após realizar a análise de crédito.
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Garantias
Define-se garantia como a vinculação de um bem 
ou de uma responsabilidade conversível em 
numerário que assegure a liquidação do crédito.
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Formalização
A formalização da garantia é requisito essencial 
para que apresente validade, sirva de prova e seja 
eficaz contra terceiros. 
Para reduzir o risco de crédito, os concessores de 
financiamento devem formalizar corretamente as 
garantias vinculadas às operações de crédito, 
além de registrá-las em cartório.
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Ciências Contábeis - UNIP 54
Garantias de crédito
Os tipos de garantias mais comuns são:
Garantias Pessoais
 Aval
 Fiança
Garantias Reais
 Caução de aplicações financeiras de renda fixa
 Caução de Duplicatas
 Caução de cheques
 Penhor Mercantil
 Alienação fiduciária
 Hipoteca
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Garantias de crédito
 Aval – funciona como garantia pessoal do 
pagamento de um titulo de credito, obrigação 
assumida por alguém (avalista) a fim de garantir o 
pagamento realizado por outra pessoa, o aval 
somente pode ser dado em títulos de credito para 
uma mesma divida.
 Fiança – trata-se de uma forma jurídica de 
garantia, onde uma pessoa se responsabiliza 
perante ao credor pelo pagamento da divida 
assumida pelo devedor. Para que essa garantia 
seja efetivada, deve-se observar se o fiador terá 
capacidades financeiras de honrar a divida caso 
seja necessário.
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Ciências Contábeis - UNIP 56
Garantias de crédito
Caução de aplicações financeiras de renda fixa
Para sua efetivação é necessário, paralelamente à 
liberação do crédito pleiteado, existam saldos em 
aplicações financeiras, revertidos em benefícios dos 
credores, que sejam suficientes para cobrir situações 
de inadimplência.
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Garantias de crédito
Caução de Duplicatas
É uma garantia muito utilizada pelos credores, já que 
possibilita a diminuiçãodo risco de crédito por meio 
da vinculação de duplicatas selecionadas ao 
financiamento solicitado.
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Garantias de crédito
Caução de cheques
Como forma de garantia, refere-se a vinculação de 
cheques ao contrato de crédito.
Cheque é uma ordem de pagamento a vista dada 
por alguém que possui conta de depósito em uma 
instituição financeira.
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Garantias de crédito
Alienação fiduciária – trata-se de uma garantia que 
prevê a recuperação da posse de um bem para o 
credor, caso o devedor não efetue o pagamento da 
divida. Para ter validade deve ser registrada no 
cartório de títulos e documentos, ou no cartório de 
registros de imóveis, e é hoje considerada a forma 
mais segura de garantia existente.
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Ciências Contábeis - UNIP 60
Garantias de crédito
Penhor Mercantil
Consiste na entrega ao credor de um bem móvel, por 
um devedor ou terceiros, para garantir o 
cumprimento de dívidas.
Apesar de ser uma garantia real, o penhor mercantil 
de mercadorias é bastante questionado quanto a sua 
validade.
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Garantias de crédito
Hipoteca
É a vinculação de bens considerados imóveis pelo 
Código Civil para pagamento de dívida.
São bens imóveis passíveis de hipoteca: terras, 
casas, prédios, apartamentos, sítios, lotes, navios e 
aviões.
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5 - Administração de Estoque
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O planejamento e controle de estoque é um dos 
principais pontos de administração dos recursos 
de uma organização. 
Através dele podemos identificar o consumo, a 
demanda, realizar previsões de demanda, e 
alcançar níveis ideias de estoque, que não seja em 
volume excessivo, mas que também nos minimize 
o risco de não atendermos a demanda pelos 
materiais.
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Ciências Contábeis - UNIP 64
Estoque Mínimo
O Estoque Mínimo, ou também conhecido como 
estoque de segurança, é utilizado para suportar 
um tempo de resuprimento superior ao 
programado, devido:
a um consumo desproporcional, 
ao atraso na entrega pelo fornecedor, ou 
a um problema de administração dos materiais.
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Cálculo do Estoque Mínimo
A fórmula simples para cálculo do estoque mínimo é:
Em= C x F
Onde: Em= Estoque Mínimo
C= Consumo médio mensal
F= Fator de segurança
O fator de segurança (F) é um fator arbitrado pela 
organização, e corresponde ao índice de 
atendimento que a organização pretende atingir 
com relação aos pedidos colocados do cliente. Se 
o fator for de 80% significa que a organização está 
disposta a não atender 20% das vezes os pedidos 
de clientes.
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Ciências Contábeis - UNIP 66
Caso Prático:
Uma farmácia possui um consumo mensal de 50 
unidades de um determinado produto, o fator de 
segurança criado pela farmácia é de 96%, calcule o 
Estoque Mínimo deste produto da farmácia.
Em= C x F
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Caso Prático:
Uma farmácia possui um consumo mensal de 50 
unidades de um determinado produto, o fator de 
segurança criado pela farmácia é de 96%, calcule o 
Estoque Mínimo deste produto da farmácia.
Em= C x F
Em= 50 x 0,96
Em= 48 unidades
O Estoque Mínimo para este produto deve ser de 48 
unidades.
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Lote Econômico de Compra
O lote econômico é uma forma de se calcular a quantidade a 
ser comprada com o mínimo de custo de reposição. Nesta 
quantidade, os custos de compra e de manutenção são os 
menores possíveis.
A fórmula para se calcular o lote econômico de compra é:
LEC= 2 x CA x CC
CPA x PU
Onde: LEC= Lote Econômico de Compra
CA= Consumo Anual em Quantidades
CC= Custo Unitário do Pedido de Compra
CPA= Custo do Material Armazenado
PU= Preço Unitário do Material
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Ciências Contábeis - UNIP 70
Exemplo:
Um hospital em sua farmácia controla o material 
cateter para diálise de ponta simétrica. Segundo o 
levantamento do responsável pela farmácia, este 
material possui os seguintes dados para o ano.
Consumo Anual = 12000 unidades
Custo Unitário para o pedido de compra = R$260,00
Custo do armazenamento = R$0,50
O Preço unitário do material = R$50,00
Com base nestas informações calcule o Lote 
Econômico de compra deste material.
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Demonstração de valores ideias do LEC para o
exemplo
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CLASSIFICAÇÃO ABC
A análise ABC de estoque é uma das formas mais 
usadas pelas organizações para se examinar e 
administrar os estoques. 
Consiste em se observar e analisar a movimentação 
de estoques em determinado período, 6 meses, 1 
ano, em quantidades e sua relevância em valor 
monetário dos itens constantes dos estoques. 
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Com base nesta análise cria-se uma classificação 
dos estoques identificando itens de classe A como os 
mais importantes e relevantes, classe B os itens não 
tão relevantes, mas significativos, e classe C itens de 
menor relevância.
Não existe uma regra que estabeleça o percentual 
aplicado aos itens de classe A, B ou C, vai depender 
da composição dos itens do estoque de cada 
organização. Sendo que normalmente os itens de 
classe A representam um total de 40% a 70% dos 
estoques, e os itens de classe B representam entre 
15% a 50%, o restante fica como classificação de 
itens classe C.
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Vamos imaginar que um hospital pediátrico possui 
um determinado número de itens no estoque, e 
que o consumo nos últimos 6 meses foi:
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O responsável pela farmácia do Hospital nos convidou para 
ajudá-lo a construir a curva ABC dos estoques da farmácia do 
hospital pediátrico.
O primeiro passo é incluir uma coluna com os custos totais de 
cada item. 
Para calcular os custos totais basta multiplicar o consumo pelo 
custo unitário.
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Com a valorização do consumo, o próximo passo é ordenar
os itens de forma decrescente em relação ao custo total.
Veja no Quadro abaixo como fica a classificação dos itens.
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Após a ordenação decrescente do total do consumo, a
próxima etapa é identificar a participação percentual de
cada item em relação ao total consumido. Para isso basta
dividir o custo total de cada item em Reais pelo Total Geral
do estoque. Veja Quadro abaixo.
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Note de que apenas dois itens já compõem o total de
62,995% do total de itens, sendo estes os itens classificados
como classe A. Os três itens seguintes juntos compõem
30,643, sendo classificados como classe B, e o restante
classificado como classe C. então nosso quadro de estoque
segundo a classificação ABC ficaria no seguinte formato:
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 A vantagem de se utilizar a classificação ABC é 
dar mais atenção aos itens mais importantes, pois 
se melhorarmos sua utilização podemos gerar 
economia para a organização. 
 Vamos imaginar que após classificarmos os itens 
do hospital, conseguimos uma reduçãode 
consumo dos itens da classe A na ordem de 15%, 
estaremos trazendo para a organização uma 
economia de 9,45% do total de itens consumidos.
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 Para esta forma de classificação ABC tem um 
detalhe muito importante que é preciso se levar em 
consideração. 
 Alguns itens podem ser utilizados em pouca 
quantidade, e ter um custo unitário muito baixo, 
mas apesar deste fato são itens muito importantes 
para o funcionamento da operação da 
organização.
 É necessário que observemos a relevância destes 
itens em relação à operação da organização, e 
tratar estes itens com critério, pois apesar de sua 
irrelevância monetária são itens importantes para o 
bom funcionamento da organização e precisamos 
dar atenção especial.

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