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Contabilidade Aplicada

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Prévia do material em texto

1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
CONTABILIDADE 
APLICADA
2
Contabilidade apliCada
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MiSSÃo
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
ViSÃo
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
biblioteCa MUltiViX (dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Lopes, Cleisiane Olinda de Guimarães.
Contabilidade Aplicada / Cleisiane Olinda de Guimarães Lopes. – Serra: Multivix, 2018.
editoRial
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2018 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
FaCUldade CapiXaba da SeRRa • MUltiViX
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
Contabilidade apliCada
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoeiro 
de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São 
Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, no 
mercado capixaba, destaca-se pela oferta de cursos 
de graduação, pós-graduação e extensão de quali-
dade nas quatro áreas do conhecimento: Agrárias, 
Exatas, Humanas e Saúde, tanto na modalidade 
presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
diretor executivo do Grupo Multivix
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA 
DISCIPLINA
Caro aluno, seja bem-vindo! O objetivo desta disciplina é revisitar os pilares que sus-
tentam a contabilidade, mapear os campos de atuação e a importância do profissio-
nal contábil no mercado de trabalho. Também visa apresentar algumas das muitas 
transações e operações contábeis que permitem o controle patrimonial das empre-
sas, tais como operações com mercadorias, impostos e contribuições sobre a receita 
líquida, avaliação e classificação de estoques, descontos financeiros e comerciais, es-
crituração, plano de contas, demonstrações contábeis e avaliação de investimentos. 
Não se assuste! Você verá que são temas simples, mas essenciais à sua formação 
acadêmica. Ressalto, também, que sua participação e integração na aula é muito im-
portante. Por isso, não deixe de ler os materiais complementares que serão sugeridos 
ao longo da matéria. Então, vamos começar? 
6
Contabilidade apliCada
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Esperamos que até o final da disciplina, você:
• Descreva a respeito da evolução histórica e conceitual da Ciência Contábil.
• Identifique o campo de atuação do contador e sua importância no mercado 
de trabalho.
• Reafirme os princípios que sustentam a Ciência Contábil.
• Use transações envolvendo os estoques.
• Diferencie descontos de abatimentos comerciais.
• Valorize a Lei das Sociedades por Ações.
• Analise as escriturações contábil e fiscal.
• Empregue o plano de contas de uma organização.
• Examine demonstrações contábeis.
• Ajuíze avaliações de investimentos.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
 > FIGURA 1 - Patrimônio em foco 18
 > FIGURA 2 - Profissionais contábeis 19
 > FIGURA 3 - Pilares da contabilidade 22
 > FIGURA 4 - Resumo para escrituração 79
 > FIGURA 5 - Razonetes 79
liSta de FiGURaS
8
Contabilidade apliCada
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
liSta de QUadRoS
 > QUADRO 1 - Estrutura do Balanço Patrimonial 28
 > QUADRO 2 - Resumo da transação 31
 > QUADRO 3 - Informações para fórmula 31
 > QUADRO 4 - Demonstração de Resultados da empresa Dall S.A. 32
 > QUADRO 5 - Balanço Patrimonial de dezembro/2017 e 
janeiro de 2018 33
 > QUADRO 6 - Balanço Patrimonial Estoque Final R$15.000,00 34
 > QUADRO 7 - Demonstraçãode Resultados – Janeiro/2018 35
 > QUADRO 8 - Balanço Patrimonial Estoque Final R$10.000,00 36
 > QUADRO 9 - Demonstrativo de resultados – 
Janeiro/2018 – Resultado líquido 37
 > QUADRO 10 - Demonstração de resultado do período 50
 > QUADRO 11 - Pronunciamentos emitidos pelo CPC 60
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
SUMÁRio
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
1 a lei daS SoCiedadeS poR aÇÕeS 15
1.1 A CIÊNCIA CONTÁBIL E SEU PAPEL SOCIAL 15
1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS 16
1.2.1 O NÚCLEO CONCEITUAL BÁSICO DA CONTABILIDADE 17
1.2.2 O PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE 19
1.2.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE 22
1.3 CONCLUSÃO 24
2 eStoQUeS 28
2.1 ESTOQUES 28
2.2 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 30
2.3 INVENTÁRIO 37
2.4 AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES 38
2.5 IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE A RECEITA BRUTA 40
2.6 CONCLUSÃO 41
3 deSContoS e abatiMentoS 46
3.1 DESCONTOS COMERCIAIS SOBRE COMPRAS E VENDAS 
DE MERCADORIAS 46
3.2 DESCONTOS COMERCIAIS E ABATIMENTOS 50
3.3 DESCONTOS FINANCEIROS 51
3.4 CONCLUSÃO 53
4 lei daS SoCiedadeS poR aÇÕeS e pRonUnCiaMento 
tÉCniCo CpC nº 16 56
4.1 A LEI DAS SOCIEDADES POR AÇÕES 56
4.2 PRONUNCIAMENTO TÉCNICO – CPC Nº 16 61
ConClUSÃo 63
10
Contabilidade apliCada
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
5 plano de ContaS e eSCRitURaÇÃo ContÁbil 67
5.1 PLANO DE CONTAS 67
5.1.1 ATIVO 69
5.1.2 PASSIVO 71
5.1.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 71
5.1.4 RECEITAS 72
5.1.5 CUSTOS E DESPESAS 72
5.2 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 73
5.2.1 LIVROS DE ESCRITURAÇÃO 74
5.2.1.1 LIVRO DIÁRIO 74
5.2.1.2 LIVRO RAZÃO 75
5.2.2 MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS 77
5.2.2.1 PROCESSO DE ESCRITURAÇÃO 77
5.2.3 ERROS DE ESCRITURAÇÃO 79
5.3 CONCLUSÃO 80
6 deMonStRaÇÕeS ContÁbeiS, opeRaÇÕeS FinanCeiRaS 
e ContaS de CoMpenSaÇÃo 85
6.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 85
6.1.1 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE 86
6.1.2 BALANÇO PATRIMONIAL 87
6.2 OPERAÇÕES FINANCEIRAS 89
6.2.1 INVESTIMENTOS FINANCEIROS 90
6.2.1.1 AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS 91
6.2.1.2 AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PERMANENTES 91
6.2.2 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 93
6.2.2.1 DESCONTO DE DUPLICATAS 93
6.2.2.2 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS 94
6.3 CONTAS DE COMPENSAÇÃO 94
6.4 CONCLUSÃO 95
ReFeRÊnCiaS biblioGRÁFiCaS 97
6UNIDADE
5UNIDADE
11
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
iConoGRaFia
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
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Contabilidade apliCada
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Descrever a respeito 
da evolução histórica e 
conceitual da Ciência 
Contábil.
> Identificar o campo de 
atuação do contador 
e sua importância no 
mercado de trabalho.
> Reafirmar os princípios 
que sustentam a 
Ciência Contábil.
UNIDADE 1
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA 
UNIDADE
Nesta unidade, estudaremos a respeito da evolução da Lei das Sociedades por Ações, 
desde o seu primeiro esboço até os tempos atuais. Analisaremos também como tal 
evolução beneficiou o mercado brasileiro e elevou as práticas contábeis aos patama-
res internacionais. Ainda veremos sobre os pronunciamentos técnicos do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, especialmente o CPC nº 16, que traz as diretrizes de 
avaliação dos estoques. Bons estudos!
14
Contabilidade apliCada
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Como surgiu a contabilidade? Qual a sua importância dentro de uma organização? 
Como aplicar os conceitos contábeis na rotina organizacional? Quais pilares susten-
tam e norteiam essa ciência? Essas são algumas das questões que vamos responder 
nesta unidade. Vamos começar?
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
1 A LEI DAS SOCIEDADES POR 
AÇÕES
1.1 A CIÊNCIA CONTÁBIL E SEU PAPEL SOCIAL
Não se sabe ao certo quando foi o surgimento da contabilidade, mas muitos acredi-
tam que pode ter sido até mesmo antes da escrita, visto a necessidade de controlar 
os acréscimos e decréscimos das posses e riquezas. Mesmo que de forma simples e 
rudimentar, observa-se que, desde os primórdios, a simples contagem do rebanho já 
significava preocupações com inventário. Mas, enfim, o que é contabilidade?
A contabilidade é uma ciência social que organiza, controla e avalia a evolução patri-
monial de uma entidade (MARION, 2015). Ela é classificada como ciência social, uma 
vez que, em seus fundamentos, considera os reflexos dos fatos humanos no compor-
tamento das riquezas que compõem o patrimônio.
Você verá que a contabilidade é um instrumento que fornece aos seus usuários in-
formações econômico-financeiras das empresas ou entidades públicas. Para tanto, 
utiliza registros, classificações, demonstrativos e análises dos dados e fatos. Assim, for-
nece informações para a tomada de decisões a respeito das variações do patrimônio 
de uma empresa.
Vale citar que muitas vezes a contabilidade foi vista com o objetivo único de atender 
Muitas pessoas, erroneamente, pensam que Ciências Contábeis é uma 
ciência exata. Mas não é verdade! Apesar de utilizar métodos quantitativos, 
não se pode confundi-la com tal, pois os números são apenas uma forma de 
mensurar o valor das ações humanas..
16
Contabilidade apliCada
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
às exigências fiscais. Isso está incorreto! Claro, esse também é um dos objetivos, mas 
apenas um deles. A contabilidade vai muito além disso. Ela busca ser um instrumen-
to confiável para tomar decisões assertivas e lucrativas para os negócios.
1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS
Acredita-se que a contabilidade surgiu mesmo antes da escrita e da moeda. Adveio 
da necessidade de controle das riquezas.
Então podemos observar que é uma ciência antiga! Os sistemas de escrituração por 
partidas dobradas, que consideram que para cada débito existe um crédito, surgiram 
a partir do século XIII e XIV em diversos pontos comerciais do norte da Itália. Tal fato 
exemplifica a antiguidade da contabilidade. 
Você sabia que alguns autores consideram como “pai da contabilidade” o italiano 
Luca Pacioli? Quintana (2014) nos traz em seu livro que isso se dá porque, em 1494, 
Pacioli publicou, pela primeira vez, em um dos livros dele, um capítulo sobre o siste-
ma de escrituração por partidas dobradas. A partir de então, vários outros estudiosos 
começaram a conceituar e escrever obras a respeito do tema Ciências Contábeis, suas 
aplicações, demonstrativos, registros e análises.
Entrando na Idade Média, observamos precária atividade empresarial. Os pequenos 
comerciantes e artesãos começaram a demandar informações simples, como o total 
de suas dívidas e recebíveis e prazos para ambos. 
Com o tempo, o comércio apresentou crescimento significativo e exigiu que a conta-
bilidade também acompanhasse a evolução da globalização. 
Nesse sentido, o ensino contábil, para atender às necessidades que iam surgindo, 
apresentou duas grandes vertentes em sua origem: a Escola Italiana e a Escola Ame-
ricana. A Escola Italiana valoriza a escrituração e os lançamentos contábeis, para de-
pois focar nas demonstrações.Já a Escola Americana parte de uma visão conjunta 
de dados, especialmente o balanço patrimonial, para depois analisar lançamentos 
individuais; por esse motivo, é a escola de aceitação universal.
No Brasil, foi criada em 1902 a Escola de Comércio Álvares Penteado. Sediada em São 
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
Paulo, adotou as diretrizes da Escola Italiana de Contabilidade. Já em 1946, a Univer-
sidade Federal de São Paulo inaugurou a Faculdade de Economia e Administração 
(FEA/USP), na qual a Escola Contábil Americana foi introduzida. Uma equipe de pro-
fessores da FEA/USP, na década de 1970, lançou o livro Contabilidade Introdutória, 
que reforçou a metodologia dessa segunda escola.
Outro marco importante da evolução da contabilidade no Brasil foi a publicação da 
Lei n° 6.404/1976, denominada Lei das Sociedades por Ações. Trata-se de um regi-
mento de extrema aplicação no campo de atuação contábil, que também adotou 
diretrizes da Escola Contábil Americana.
A Lei das Sociedades por Ações foi atualizada pela Lei n° 11.638/07 com o objetivo 
de adaptar o Brasil às novas exigências de regulação contábil internacional, dando 
maior transparência às atividades empresariais brasileiras em âmbito internacional.
Nesse sentido, precisamos também entender o núcleo conceitual básico da contabi-
lidade para melhor compreender sua importância atual.
1.2.1 O NÚCLEO CONCEITUAL BÁSICO DA 
CONTABILIDADE
A contabilidade busca identificar, mensurar e comunicar a informação econômica 
e financeira de uma empresa para facilitar a tomada de decisão (QUINTANA, 2014). 
Para tanto, o núcleo básico da contabilidade considera seus objetivos, cenários e prin-
cípios. Apesar de a contabilidade ter por objeto o patrimônio das entidades, o seu 
principal objetivo é controlar e analisar as variações patrimoniais para gerar informa-
ções úteis à tomada de decisão (MARION, 2015).
Assim como apresentado na figura 1, a contabilidade busca acompanhar de perto as 
variações do patrimônio.
18
Contabilidade apliCada
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
FIGURA 1 - PATRIMÔNIO EM FOCO
Fonte: Shutterstock (2018).
Mas o que é o patrimônio? Patrimônio são os bens, direitos e obrigações pertencen-
tes à organização (QUINTANA, 2014).
Vamos agora entender um pouco mais sobre cada um dos componentes do patrimô-
nio. Os bens podem ser materiais (também chamados de tangíveis ou corpóreos) ou 
imateriais (também chamados de intangíveis ou incorpóreos). Os bens materiais são 
físicos, como equipamentos, máquinas, dinheiro e mercadorias. Já os imateriais não 
são físicos, como direito de uso de marcas, patentes e fundo de comércio. Os direitos 
são valores a receber oriundos de suas operações realizadas a prazo, como duplicatas, 
empréstimos, títulos, etc. E, por fim, as obrigações são compromissos assumidos com 
terceiros, tais como duplicatas a pagar e salários.
Então, para a contabilidade atinjir o objetivo de acompanhar as modificações do pa-
trimônio (bens, direitos e obrigações), utiliza algumas ferramentas:
• Escrituração contábil: nada mais é do que registrar os fatos ocorridos no patri-
mônio da empresa.
• Demonstrações contábeis: demonstrativos que retratam a situação patrimo-
nial da entidade, tais como balanço patrimonial, demonstração do resultado 
e fluxo de caixa.
• Auditoria contábil: possui normas específicas para o exame de documentos, 
registros e livros contábeis a fim de verificar se as normas e padrões foram se-
guidos e apontar oportunidades de melhorias.
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Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
• Análise de demonstrações contábeis: permite analisar e comparar demonstra-
tivos, o que fornece dados e interpretações sobre a atividade desenvolvida e os 
resultados alcançados.
Quem poderá exercer essa função? Adiante, vamos entender um pouco sobre as fun-
ções e exigências do profissional da contabilidade.
1.2.2 O PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE
Para exercer a profissão de contador, é obrigatória a conclusão do curso de Bachare-
lado em Ciências Contábeis devidamente reconhecido pelo Ministério da Educação. 
Também se exige a aprovação no Exame de Suficiência e registro no Conselho Regio-
nal de Contabilidade, segundo o artigo 12 do Decreto-lei n° 9.295/46. 
O mesmo decreto dita que os profissionais de nível médio, também chamados de 
Técnicos em Contabilidade, registrados no Conselho de Contabilidade até 1º de julho 
de 2015, têm assegurado o direito de exercício da profissão. Após essa data, não é 
mais possível o registro de novos profissionais com nível técnico.
Logo, pode-se dizer que existem duas categorias de profissionais contábeis: os conta-
dores e os técnicos em contabilidade. Os contadores são aqueles com formação em 
nível superior, e os técnicos são profissionais com formação em nível médio.
FIGURA 2 - PROFISSIONAIS CONTÁBEIS
Fonte: Shutterstock (2018).
Os profissionais contábeis possuem muitas alternativas de aplicação de seu conheci-
20
Contabilidade apliCada
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mento. Marion (2015) cita, em sua obra, as seguintes opções: 
• Contabilidade Financeira: área da contabilidade que fornece informações bá-
sicas e é obrigatória para fins fiscais.
• Contabilidade de Custos: área da contabilidade que tem por objetivo levantar 
os custos das operações.
• Contabilidade Gerencial: área da contabilidade mais voltada a fornecer infor-
mações que embasem os gestores em tomadas de decisões. 
Além dessas macroáreas, os contadores podem optar pelas carreiras de auditor, peri-
to, analista financeiro, consultor, professor, entre outros, como veremos mais adiante 
na unidade.
MaS QUal É a atUaÇÃo da Contabilidade? 
A atuação da contabilidade se dá na entidade econômico-financeira que busca al-
cançar seu objetivo econômico ou social por meio da gestão do seu patrimônio. Tal 
gestão, como dito anteriormente, gerará informações. E para onde vão tais informa-
ções?
Toda informação gerada pela contabilidade vai para algum (ou mais de um) de seus 
diversos usuários. O usuário é todo aquele que utiliza da informação contábil para 
algum fim. Podem ser investidores, empregados, credores de empréstimos, fornece-
dores, clientes, governo, sócios, etc.
Vale ressaltar que algumas profissões são restritas aos contadores, como o 
caso de auditor fiscal. São prerrogativas exclusivas dos contadores legalmente 
habilitados as previstas no art. 3º, itens de 1 a 6, 8, de 19 a 26, 29, 30, de 32 a 
36 e de 42 a 45 da Resolução CFC nº 560/83. Não deixe de pesquisar sobre 
essa resolução na internet ou na sua biblioteca virtual!
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
Dessa forma, os profissionais da contabilidade podem atuar em diferentes entidades 
econômicas, sendo as principais:
• Órgãos públicos: contador público, fiscal de tributos, auditor interno, entre ou-
tras.
• Empresas privadas: controller, auditor interno e contador.
• Profissional liberal: atividades em escritórios de contabilidade como auditor 
independente, consultor e perito contábil.
• Instituições de ensino: professor e pesquisador.
MaS QUaiS SeRiaM aS atRibUiÇÕeS do ContadoR?
O contador tem por atribuição a escrituração dos livros contábeis obrigatórios, ela-
boração de balanço patrimonial e demais demonstrações, perícias judiciais ou extra-
judiciais, assistência ao Conselho Fiscal das Sociedades Anônimas ou qualquer outra 
atribuição que lhe seja conferida por lei. 
e QUanto aoS SeUS deVeReS?
Tem por dever seguiro Código de Ética aprovado pela Resolução CFC n° 803/96 e pos-
terior alteração pela Resolução CFC n° 1.307/10. Essa resolução dita que o contador 
deve exercer sua profissão com zelo, honestidade e capacidade técnica, respeitando a 
legislação vigente, especialmente os Princípios Contábeis (que serão tratados a seguir) 
e as Normas Brasileiras de Contabilidade. Também deve guardar sigilo das informa-
ções contábeis, exceto nos casos previstos em lei, inteirar-se dos acontecimentos antes 
de emitir um parecer, ajudar na fiscalização do exercício profissional, cumprir progra-
mas obrigatórios de educação continuada estabelecidos pelo CFC, entre outros.
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E você? Já pensou qual rumo dará a sua carreira? Pesquise na internet a respeito, 
converse com profissionais experientes da área e comece a fazer seu futuro 
acontecer. Acredite em você e mantenha o foco!
1.2.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA 
CONTABILIDADE
FIGURA 3 - PILARES DA CONTABILIDADE
Fonte: Shutterstock (2018).
Na Figura 3, os pilares sustentam a construção civil. Você sabia que os princípios con-
tábeis sustentam todo o regimento contábil? Eles são regidos principalmente pela 
Resolução n° 750 do Conselho Federal de Contabilidade e também pela Resolução 
n° 1.282/10 do CFC. 
São vários os princípios contábeis, como cita Almeida (2013). Mas os principais são:
• Entidade
Esse princípio reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a ne-
cessidade de diferenciação entre patrimônio particular dos sócios e patrimônio da 
empresa. Em outras palavras, o patrimônio de uma empresa não se confunde com o 
patrimônio de seus donos. Nesse caso, a entidade fica muito bem delimitada.
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Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
• Continuidade
O princípio da continuidade, como o próprio nome diz, parte do pressuposto que as 
operações da empresa não serão temporárias, e sim contínuas em um longo período 
de tempo.
• Oportunidade
Esse princípio busca ressaltar a importância de mensurar e apresentar dados patri-
moniais de forma íntegra e tempestiva para que, assim, a informação tenha relevân-
cia e confiabilidade.
• Registro pelo valor original
Princípio que afirma que os registros contábeis devem, inicialmente, respeitar os va-
lores originais das transações e ser realizados em moeda nacional. Dessa forma, as 
transações serão registradas pelo valor real de compra ou venda. Posteriormente, tais 
transações podem e devem ser atualizadas de acordo com a variação que vierem a 
sofrer.
• Competência
Esse princípio visa registrar os fatos na data em que realmente ocorreram, indepen-
dentemente do efetivo pagamento ou recebi-
mento. O intuito é garantir o confronto entre des-
pesas e receitas no período em que ocorrerem.
• Prudência
Esse princípio rege que, por precaução, devemos 
considerar o menor valor para o ativo e o maior 
valor para o passivo. Desse modo, em casos de 
incertezas, garante-se que o pior cenário não pre-
judique as expectativas de variação patrimonial.
Os princípios citados 
são os principais, mas 
existem outros. Acesse, 
na sua biblioteca virtual, 
o livro Contabilidade 
Intermediária, 4ª edição, do 
autor Marcelo Cavalcanti 
Almeida, e confira uma 
listagem mais completa. 
Boa leitura!!!
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1.3 CONCLUSÃO 
Depois do tema abordado, podemos concluir que o papel fundamental da contabi-
lidade é dar subsídios para a correta tomada de decisões. Mas como? Por meio da 
escrituração contábil dos fatos e dados ocorridos pela organização, compilação des-
ses dados e emissão de demonstrações e relatórios contábeis a fim de esclarecer aos 
seus diversos usuários a situação econômico-financeira da empresa.
Também foi visto a respeito da evolução da contabilidade. Ela surgiu nos primórdios 
da civilização devido à necessidade de controle do rebanho. Observou-se, também, 
que apesar de ser rudimentar naquela época, já trazia alguns dos princípios contá-
beis.
Falando em princípios, eles são os pilares da contabilidade e norteiam toda a atuação 
do contador. 
Vimos que o campo de atuação para o profissional contábil é bem abrangente. Ele 
pode aplicar seus conhecimentos como autônomo, empregado da iniciativa privada 
ou em cargos da área pública. Além disso, pode atuar como auditor independente, 
entre outras opções que o mercado de trabalho oferece.
Hoje, a contabilidade no Brasil está em um patamar elevado no que se refere ao aten-
dimento a normas e procedimentos. Estes permitiram ao país atender às exigências 
internacionais de contabilidade, o que demanda, cada vez mais, que o profissional 
contábil aja com ética, transparência, profissionalismo e eficiência.
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
UNIDADE 2
> Compreender as 
transações com 
estoques, sua 
classificação, apuração 
de venda e compra de 
mercadoria e tributos 
sobre a receita bruta.
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APRESENTAÇÃO DA 
UNIDADE
Nessa unidade estudaremos sobre os estoques, operações com mercadorias, critérios 
de avaliação e classificação dos estoques, apuração de compras e vendas de merca-
dorias e também sobre os impostos e contribuições sobre a receita bruta.. 
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Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade estudaremos a respeito dos estoques. Falaremos a respeito das opera-
ções com mercadorias, quais os critérios de avaliação e classificação dos estoques. Es-
tudaremos também sobre a apuração de compra e vendas de mercadorias e ainda so-
bre os tributos incidentes sobre a receita bruta. Estão prontos? Então vamos começar!
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2 ESTOQUES
2.1 ESTOQUES
Antes de falarmos de fato a respeito dos estoques, vamos recapitular alguns concei-
tos contábeis importantes. 
A contabilidade segue o método das partidas dobradas, como vimos na unidade 1. 
E esse método dita que para cada direito há uma obrigação. Isso significa dizer, em 
termos mais técnicos, que para cada crédito existe um débito correspondente. 
Na contabilidade existem dois grandes grupos conforme figura 1. O grupo 1, com-
posto pelo ativo e o grupo 2, composto pelo passivo e patrimônio líquido. Vamos falar 
mais detalhadamente sobre cada grupo oportunamente, à medida que nossas aulas 
avançarem. Mas por enquanto é preciso que você compreenda que para lançamento 
contábil, existirá outro lançamento em contra partida. Para facilitar o entendimento, 
veja o Quadro 1.
QUADRO 1 - ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
GRUPO 1 GRUPO 2
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
Ativo Não Circulante Patrimônio Líquido
Fonte: Elaborado pela autora.
O grupo 1, composto pelo ativo, se subdivide em ativo circulante e ativo não circulan-
te. O grupo 2, se subdivide em passivo circulante, passivo não circulante e patrimônio 
Veja o exemplo a seguir: a empresa adquiriu um veículo 
em 12 prestações. O veículo é um bem e, portanto, 
um ativo. Mas em contra partida a empresa terá que 
pagar as prestações desse veículo. As prestações são 
lançamentos do passivo.
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Contabilidade apliCada
SUMÁRIO
líquido. Os ativos são todos os bens e direitos que a organização possui. Já os passivos 
são as obrigações que contrapõem os direitos.
O patrimônio líquido, por sua vez, é conceituado, conforme Marion (2015) como 
sendo uma obrigação da empresa com seus próprios donos. O patrimônio líquido 
é composto pelo capital próprio dos sócios (chamado de capital social), reserva de 
lucros, reserva de capital, lucros ou prejuízos acumulados, dentre outros.
Toda essa explanação é para iniciarmos o estudo dos estoques. Já consegue identifi-
car de qual grupo os estoques faz parte? Se você pensou em ativo circulante, acertou!
Os estoques são algo à disposição da empresa, seja para venda, seja para transforma-
ção (como é o caso das matérias primas), ou para consumo. (MARION, 2015).
Os estoques se subdividem em grandes grupos (GELBCKE; SANTOS; IUDIBÍCIUS; 
MARTINS, 2018). Veja a seguir:
• Produtos acabados
• Mercadorias para revenda
• Produtos em elaboração
• Matérias primas
• Materiais auxiliares
• Materiais de manutenção e suprimentos gerais
• Almoxarifado
• Dentre outros
O controle desses estoques é muito importante para as organizações, pois pode re-
presentar a maior parcela do custo do produto vendido. Logo, os estoques afetam 
diretamente no resultado do exercício e por isso suas operações precisam ser con-
templadas no Demonstrativo de Resultado do Exercício – DRE. A DRE que é um dos 
principais relatórios gerados pela contabilidade. Falaremos dele com mais detalhe 
nas próximas unidades.
Mas quais são essas operações com estoques?
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2.2 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
Vamos imaginar uma situação hipotética: a empresa de computadores Dall fechou o 
ano de 2017 tendo em seu estoque 5 computadores para revenda. Cada computador 
tem como custo unitário o valor de R$1.000,00. Logo, no começo de janeiro/2018, ela 
possuía a seguinte situação:
Ainda em janeiro, a Dall comprou 20 computadores para revenda. Cada computador 
custou R$1.500,00. Dessa forma, seu estoque foi atualizado. Veja no quadro a seguir 
o valor total das mercadorias disponíveis para venda (MDV):
No decorrer do mês de janeiro, a empresa Dall revendeu 8 computadores por 
R$2.300,00 cada. 
Qual foi o resultado dessa operação?
Vamos agora resumir toda a transação que acabamos de ver?
Estoque inicial (EI): 5 x 1.000,00 = 5.000,00
Posição em janeiro/2018
Estoque inicial (EI): 5 x 1.000,00 = 5.000,00
Compras em janeiro/2018 (C): 20 x 1.500,00 = 30.00,00
Computadores disponíveis para revenda (MDV) = 25 
unidades com custo total de 35.000,00
Venda: 8 x 2.300,00 = 18.400,00
Custo dos produtos vendidos: 35.000,00 / 25 =
1.400,00 >>> 1.400,00 x 8 = 11.200,00
Lucro bruto: 18.400,00 – 11.200,00 = 7.200,00
Estoque Final (EF): 25 – 8 = 17 unidades ao custo total de 23.800,00 
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SUMÁRIO
QUADRO 2 - RESUMO DA TRANSAÇÃO
EI - Estoque inicial (5 computadores) 5.000,00
C - Compras no período (20 computadores) 30.000,00
MDV - Computadores disponíveis para venda (25) 35.000,00
EF - Estoque final (17) 23.800,00
 Fonte: Elaborada pela autora.
Observe que a diferença entre os 25 computadores disponíveis (R$35.000,00) para o es-
toque final (R$23.800,00) é exatamente o custo dos produtos vendidos (R$11.200,00).
Diante do exposto, conclui-se que:
QUADRO 3 - INFORMAÇÕES PARA FÓRMULA
DESCRIÇÃO FÓRMULA VALOR
Computadores disponíveis 
para revenda somam referem-
se a soma do estoque inicial 
com as compras.
EI + C 35.000,00
Sobra de estoque ou estoque 
final.
EF 23.800,00
Custo dos computadores ven-
didos no período.
CMV 11.200,00
 Fonte: Elaborada pela autora.
E daí surge a fórmula:
Veremos agora como essa transação é refletida na Demonstração de Resultados da 
empresa Dall.
CMV = EI + C – EF
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QUADRO 4 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DA EMPRESA DALL S.A.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DA EMPRESA DALL S.A.
Período: Janeiro/2018
Valores em Reais
Vendas 18.400,00
(-) Custo Mercadorias Vendidas (MDV - EF) -11.200,00
Estoque Inícial (EI) 5.000,00
(+) Compras (C) 30.000,00
(=) Mercadorias a Disposição 
para Venda (MDV) =
35.000,00
(-) Estoque Final (EF) -23.800,,00
Lucro Bruto 7.200,00
Despesas Operacionais -1.400,00
(-) Administrativas -1.000,00
(-) Propaganda -400,00
Resultado Líquido 5.800,00
 Fonte: Elaborada pela autora
E no Balanço Patrimonial? Como a transação com estoque é refletida?
Observe nas planilhas a seguir que no Balanço de fechamento de dezembro há um 
saldo final em estoques de R$5.000,00. Já no balanço de janeiro o saldo final dos es-
toques é de R$23.800,00 e há a apuração de lucro líquido de R$5.800,00.
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SUMÁRIO
QUADRO 5 - BALANÇO PATRIMONIAL DE DEZEMBRO/2017 E JANEIRO DE 2018
BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA DALL S.A.
Período: Dezembro/2017
ATIVO Valores em Reais PASSIVO Valores em Reais
Circulante ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
Estoques: 5.000,00 ------- -------
------- ------- ------- -------
Não circulante Patrimônio Líquido
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
 
BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA DALL S.A.
Período: Janeiro/2018
ATIVO Valores em Reais PASSIVO Valores em Reais
Circulante ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
Estoques: 23.800,00 ------- -------
------- ------- ------- -------
Não circulante Patrimônio Líquido
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- Resultado Líquido 5.800,00
------- ------- ------- -------
 Fonte: Elaborada pela autora.
Agora, imaginem no exemplo dado, se, por má fé ou por erro de cálculo ou erro de 
critério de avaliação de estoques ou por qualquer outro erro, os valores dos estoques 
foram lançados erroneamente. O que acontecerá com o estoque final do período 
subsequente? E com o patrimônio líquido? Vejam dois cenários.
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CenÁRio 1:
Suponha que o estoque final de dezembro tenha sido lançado a 15.000.
QUADRO 6 - BALANÇO PATRIMONIAL ESTOQUE FINAL R$15.000,00
BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA DALL S.A.
Período: Dezembro/2017
ATIVO Valores em Reais PASSIVO Valores em Reais
Circulante ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
Estoques: 15.000,00 ------- -------
------- ------- ------- -------
Não circulante Patrimônio Líquido
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
 
BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA DALL S.A.
Período: Janeiro/2018
ATIVO Valores em Reais PASSIVO Valores em Reais
Circulante ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
Estoques: 23.800,00 ------- -------
------- ------- ------- -------
Não circulante Patrimônio Líquido
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- Resultado Líquido ???
------- ------- ------- -------
 Fonte: Elaborada pela autora.
Observe que o estoque final de dezembro aumentou 10.000,00. O estoque final de 
janeiro não sofreu alteração. Mas e o lucro líquido? Ele teve alteração? Vejamos:
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SUMÁRIO
QUADRO 7 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – JANEIRO/2018
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DA EMPRESA DALL S.A.
Período: Janeiro/2018
Valores em Reais
Vendas 18.400,00
(-) Custo Mercadorias Vendidas (MDV - EF) -21.200,00
Estoque Inícial (EI) 15.000,00
(+) Compras (C) 30.000,00
(=) Mercadorias a Disposição 
para Venda (MDV) =
45.000,00
(-) Estoque Final (EF) -23.800,,00
Lucro Bruto -2.800,00
Despesas Operacionais -1.400,00
(-) Administrativas -1.000,00
(-) Propaganda -400,00
Resultado Líquido -4.200,00
 Fonte: Elaborada pela autora
O resultado líquido que antes era de R$5.800,00 positivos, passou a ser R$4.200,00 
negativos, ou seja, redução de R$10.000,00. Exatamente os mesmos R$10.000,00 que 
aumentou no estoque, reduziu no resultado líquido. Logo, se o valor do estoque for 
lançado a menor, o patrimônio líquido será apurado a maior na mesma proporção.
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CenÁRio 2:
Imaginem que foi lançado R$10.000,00 a mais no estoque final de janeiro/2018. O 
que mudará nesse cenário?
QUADRO 8 - BALANÇO PATRIMONIAL ESTOQUE FINAL R$10.000,00
BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA DALL S.A.
Período: Dezembro/2017
ATIVO Valores em Reais PASSIVO Valores em Reais
Circulante ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
Estoques: 5.000,00 ------- -------
------- ------- ------- -------
Não circulante Patrimônio Líquido
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
 
BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA DALL S.A.
Período: Janeiro/2018
ATIVO Valores em Reais PASSIVO Valores em Reais
Circulante ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
Estoques: 33.800,00 ------- -------
------- ------- ------- -------
Não circulante Patrimônio Líquido
------- ------- ------- -------
------- ------- ------- -------
------- ------- Resultado Líquido ???
------- ------- ------- -------
 Fonte: Elaborada pela autora.
O estoque final de dezembro se manteve em R$5.000,00, o estoque de janeiro au-
mentou R$10.000,00. E o resultado líquido, em quanto ficará?
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QUADRO 9 - DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS – JANEIRO/2018 – RESULTADO LÍQUIDO
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DA EMPRESA DALL S.A.
Período: Janeiro/2018
Valores em Reais
Vendas 18.400,00
(-) Custo Mercadorias Vendidas (MDV - EF) -1.200,00
Estoque Inícial (EI) 5.000,00
(+) Compras (C) 30.000,00
(=) Mercadorias a Disposição 
para Venda (MDV) =
35.000,00
(-) Estoque Final (EF) -33.800,,00
Lucro Bruto 17..200,00
Despesas Operacionais -1.400,00
(-) Administrativas -1.000,00
(-) Propaganda -400,00
Resultado Líquido 15.800,00
 Fonte: Elaborada pela autora
O resultado líquido aumentou R$10.000,00.
Com a análise dos cenários 1 e 2, podemos concluir que as alterações dos estoques, 
sejam iniciais ou finais, impactarão diretamente no resultado líquido do exercício, 
fazendo com que a apuração do período fique incorreta e acarrete em recolhimento 
errado do Imposto de Renda.
Para evitar tais erros, existe um processo de verificação dos estoques chamado Inven-
tário.
2.3 INVENTÁRIO
O inventário, como afirma Marion (2015), é a verificação da existência de mercadorias, 
materiais ou outros bens, ou até mesmo do imobilizado ou contas a pagar e receber. 
Mas, é mais comum, realizar o inventário dos estoques a partir da contagem física dos 
itens.
Existem dois tipos de inventário: 
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• o permanente e 
• o periódico.
A empresa pode decidir se fará o controle periódico do estoque, o mantendo sem-
pre atualizado, ou se verificará a existência do seu estoque no final do exercício. Isso 
variará conforme o porte da empresa e o ramo em que ela opera. (QUINTANA, 2014).
O inventário permanente é aquele que o próprio controle dos estoques já fornece, 
com confiabilidade, o inventário. É mais usual em empresas que operam com esto-
ques reduzidos ou com estoques de alto custo.
Já o inventário periódico é aquele realizado no final de cada período contábil.
2.4 AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
A regra básica para a avaliação dos estoques é o custo. E que, além do custo, outro 
fator que impacta na avaliação é o mercado e suas flutuações. (GELBCKE; SANTOS; 
IUDIBÍCIUS; MARTINS, 2018)
O método de considerar o custo original e o valor de mercado busca eliminar dos es-
toques aquilo que provavelmente não será recuperável. O custo histórico do estoque 
pode variar conforme o custo corrente, o valor realizável e o valor presente.
Imagine que a empresa tenha no estoque 10 celulares, ao custo unitário de R$800,00 
(totalizando R$8.000,00 em estoque). Ainda com esses celulares em estoque, sur-
giu uma nova tecnologia, fazendo com que eles fiquem ultrapassados. Realizou-se 
uma avaliação e chegou-se a conclusão que cada celular será vendido ao preço de 
R$500,00. Nesse caso, quando a empresa fizer o inventário, ela deverá reconhecer no 
exercício do inventário, e não no exercício da venda do celular, a perda unitária de 
R$300,00. Por isso é importante que a empresa faça uma avaliação dos seus estoques.
Quando a empresa coloca na sua fachada: “Fechados 
para inventário”, significa que ela está realizando o 
inventário periódico.
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SUMÁRIO
Essa avaliação pode acontecer de quatro maneiras:
• Método do preço específico;
• Bens adquiridos mais recentemente (PEPS ou FIFO);
• LIFO ou UEPS e 
• Média ponderada móvel.
Vamos entender um pouco sobre cada uma delas?
a. Preço específico: é dar um preço específico para cada produto, ou seja, é eti-
quetar o produto no estoque com o preço X. Esse método é usado em caso de 
revenda de carros usados, por exemplo. Cada item do estoque (cada carro, no 
exemplo) tem um preço específico. Para o exemplo da empresa de revenda de 
produtos de limpeza, por exemplo, esse não é um método interessante.
b. PEPS ou FIFO: PEPS significa que o primeiro que entra é o primeiro que sai. Esse 
conceito vem da sigla em inglês FIFO (First-In-First-Out). Ou seja, a medida que a 
empresa vende as mercadorias, ela dá baixa na ordem de entrada das mesmas. 
No exemplo da empresa de revenda de produtos de limpeza: foi comprado 10 
caixas de sabão em pó por 5 reais cada uma. Depois comprou-se mais 15 caixas 
por 4,5 cada uma. Posteriormente vendeu-se 11 caixas desse sabão. A baixa do 
estoque, pelo método PEPS, será de 10 caixas a R$5,00 cada uma e 1 caixa ao 
custo unitário de R$4,50, ou seja, pelo custo mais antigo.
c. LIFO ou UEPS: O método UEPS significa que o último custo a entrar será o pri-
meiro a sair. Esse método não é permitido para fins fiscais e, portanto não é 
muito utilizado no Brasil.
Tomemos como exemplo uma empresa que revenda 
produtos de limpeza. Ela movimenta diariamente 
entrada e saída de sabão em pó, vassoura, detergente 
e etc. Você acha que ela compra a caixa de sabão em 
pó pelo mesmo preço todos os meses? Claro que não! 
Tem mês que ela compra maior volume e consegue um desconto, 
tem mês que ela faz pedido urgente e paga mais caro. E com toda 
essa movimentação de preços distintos para o mesmo produto, como 
a empresa avalia o seu custo?
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d. Média ponderada móvel: é o métodomais usado no Brasil. Ele considera que o 
estoque será alterado pelo valor médio das compras. Então a cada entrada de 
novos produtos no estoque, seu valor será reajustado pela média.
Diante do exposto, conclui-se (MARION, 2015):
• No custo específico o estoque fica valorizado ao custo específico;
• No PEPS, o estoque fica valorizado pelas últimas entradas, visto que as primei-
ras sairão primeiro;
• No UEPS, o estoque fica valorizado pelas primeiras entradas, pois as últimas 
sairão primeiro e 
• Pelo custo médio, o estoque fica valorizado pelo preço médio. 
Abordamos os estoques, suas classificações e avaliações. Analisamos um exemplo 
hipotético de compra e venda de mercadorias. Mas e os tributos incidentes na venda 
dos estoques? Vamos estudar também sobre esse tema?
2.5 IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE A 
RECEITA BRUTA
A empresa realiza a venda do estoque e 
essa transação gera a receita bruta. Da 
receita bruta serão deduzidos os can-
celamentos e devoluções, algum aba-
timento, se houver, e os impostos inci-
dentes sobre essas vendas (IUDÍCIBUS, 
MARTINS, GELBCKE, 2018).
Mas de forma geral, os impostos inciden-
tes sobre a receita bruta são:
• CMS: é o principal imposto esta-
dual. É cobrado sobre a circula-
ção de mercadorias e serviços de 
Vale ressaltar, conforme nos 
esclarece Iudibícius e Marion 
(2016), que a tributação de uma 
empresa varia conforme o ramo da 
atividade principal que ela exerce 
e também quanto ao regime de 
tributação que essa empresa se 
enquadra (Lucro real ou lucro 
presumido).
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SUMÁRIO
transporte interestadual, intermunicipal e de comunicações, nas fases de pro-
dução e comercialização da mercadoria, além dos serviços especificados na 
legislação. Quando a empresa compra uma mercadoria para revender, no ato 
da compra incide ICMS. No ato da venda também incidirá ICMS. Para que o 
tributo não seja pago em duplicidade, é feito um encontro de contas entre o 
que já foi pago no ato da compra com o que deverá ser pago no ato da venda. 
Recolhe-se então, a diferença encontrada (IUDIBÍCIUS, MARION, 2016).
• PIS sobre receita bruta: O Programa de integração Social - PIS é uma contri-
buição social federal incidente na indústria, comércio e serviços. As empresas 
comerciais estão sujeitas à contribuição para o PIS na modalidade faturamen-
to, sendo o valor da contribuição obtido mediante a aplicação da alíquota de 
0,65% sobre a receita bruta mensal; não gera créditos, mas há a isenção nas 
vendas referentes às exportações.
• COFINS sobre receita bruta: O COFINS é uma contribuição federal incidente 
sobre a receita bruta, nas mesmas condições do PIS, com alíquota de 3%. Inci-
de sobre a atividade industrial, comercial e de serviços.
• IPI e ISS: O IPI – imposto sobre produtos industrializados, como o próprio nome 
diz, incide apenas em indústria. E o ISS que é o imposto sobre serviços, incide 
apenas em empresas de prestação de serviços.
2.6 CONCLUSÃO 
Podemos concluir que o controle dos estoques é fundamental para uma boa gestão 
dos custos e consequentemente da empresa como um todo. 
Em muitas empresas o custo dos produtos vendidos representa grande parte do cus-
to total do produto vendido e por isso é importante que o custo do estoque esteja 
sempre atualizado para que o preço final do produto seja o mais correto, fazendo 
com que a empresa não tenha prejuízo nas suas operações. 
Os estoques podem ser de vários tipos, como estoque de produtos acabados, esto-
que de mercadorias para revenda, de produtos em elaboração, estoque de matérias 
primas, materiais auxiliares, almoxarifado, dentre outros.
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Para um melhor controle dos estoques, a empresa deve realizar o inventário. O inven-
tário pode ocorrer de duas maneiras: de forma permanente, contínua ou de forma 
periódica, ao final do exercício fazer a contagem física dos estoques. Qual dos dois 
tipos de controles deverá ser realizado, dependerá do tamanho e da complexidade 
dos estoques.
Além do inventário, a empresa deve avaliar seus estoques através de 4 opções de 
avaliação:
• Método do preço específico;
• Bens adquiridos mais recentemente (PEPS ou FIFO);
• LIFO ou UEPS e 
• Média ponderada móvel.
 Marion (2015) resume as opções de avaliação da seguinte forma:
• No custo específico o estoque fica valorizado ao custo específico;
• No PEPS, o estoque fica valorizado pelas últimas entradas, visto que as primei-
ras sairão primeiro;
• No UEPS, o estoque fica valorizado pelas primeiras entradas, pois as últimas 
sairão primeiro e 
• Pelo custo médio, o estoque fica valorizado pelo preço médio. 
O resultado dessa avaliação deve ser contemplado no período em que ela for realiza-
da, e não aguardar o momento da venda do estoque para a atualização.
E por fim, estudamos a respeito da tributação incidente sobre a venda de mercado-
rias. 
A tributação varia conforme o ramo da atividade principal que a empresa exerce e 
também quanto ao regime de tributação que essa empresa se enquadra. Mas de 
forma geral os tributos incidentes sobre as vendas são: IPI, ICMS, PIS, COFINS e ISS.
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
UNIDADE 3
> Diferenciar 
abatimentos, 
descontos comerciais 
e descontos 
financeiros.
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APRESENTAÇÃO DA 
UNIDADE
Nesta unidade, você estudará sobre os abatimentos e descontos comerciais. Tam-
bém aprenderá a diferenciar descontos comerciais de descontos financeiros.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, você estudará a respeito dos descontos e abatimentos. Também 
aprenderá a diferenciar descontos comerciais de abatimentos e descontos comer-
ciais de descontos financeiros. Bons estudos!
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3 DESCONTOS E 
ABATIMENTOS
3.1 DESCONTOS COMERCIAIS SOBRE COMPRAS E 
VENDAS DE MERCADORIAS
Quando o cliente realiza a compra e, ao receber o produto, constata que a mercado-
ria chegou em desacordo com o pedido, devido à qualidade, preço, tipo ou condi-
ções físicas diferentes do acordado, ele pode (IUDICÍBUS; MARION, 2016):
a. devolver, parcialmente ou integralmente, a mercadoria;
b. solicitar um desconto ao vendedor.
Tais ações serão registradas contabilmente pela empresa que vendeu essa merca-
doria. Acompanhe alguns exemplos desse registro contábil por parte da empresa 
vendedora.
A empresa possuía os seguintes dados contábeis:
• Mercadorias: R$ 40.000,00 (estoque inicial).
• Compras: R$ 192.000,00 (total de compras até o momento).
• Vendas: R$ 234.000 (total de vendas até o momento).
• Caixa: R$ 332.000.
• Fornecedores: R$ 117.000.
Considere os dados acima e suponha que a empresa realiza o inventário periódico.
Fato 1:
A empresa vendeu R$ 10.000,00 (receita de vendas já registrada) e o cliente solicitou 
a devolução, pois os produtos chegaram em desacordo com o pedido.
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SUMÁRIO
Como a empresa vendedora realiza o inventário periódico, a mercadoria voltará para 
a empresa, mas não será realizado nenhum registro relacionado ao custo da devolu-ção. Os lançamentos contábeis serão:
A conta “Devolução de vendas” é uma conta de resultado e reduzirá o valor das ven-
das. Já a conta “Caixa” é uma conta do ativo. Um crédito na conta “Caixa” significa que 
a empresa tem menos a receber de seu cliente.
Fato 2:
A empresa realizou a venda, registrou a receita e o cliente sinalizou que recebeu a 
mercadoria com pequenos defeitos. A empresa vendedora ofereceu um abatimento 
de R$ 5.000,00 para que o cliente não devolva a mercadoria. O cliente aceitou o aba-
timento.
Nesse caso, a mercadoria não voltou para a empresa vendedora. O cliente apenas 
pagará menos do que o acordo inicial. Os registros contábeis, nesse caso, serão:
“Abatimento sobre vendas” também é uma conta de resultado que reduzirá o valor 
das vendas. Crédito na conta “Caixa”, como dito anteriormente, significa que a empre-
sa terá menos recursos a receber de seus clientes.
Fato 3:
O cliente recebeu a mercadoria e parte dela está totalmente danificada. Por isso, 
resolve devolver apenas o material danificado à empresa vendedora. As mercadorias 
danificadas somam R$ 4.000,00. 
Débito na conta “Devolução de vendas” = (10.000,00).
Crédito na conta “Caixa” = (10.000,00).
Débito na conta “Abatimento sobre vendas” = (5.000,00).
Crédito na conta “Caixa” = (5.000,00).
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O registro dessa transação para a empresa cliente será:
Fato 4:
O cliente recebeu a mercadoria e alegou ao fornecedor que elas estavam com leves 
defeitos. Para que o cliente não devolva os itens, o fornecedor concedeu um abati-
mento de R$ 3.000,00 sobre as vendas. Os lançamentos contábeis na empresa cliente 
serão:
De acordo com os quatro fatos listados, são feitos dois lançamentos adicionais para 
calcular o custo da mercadoria vendida (no caso da empresa vendedora) e o Resulta-
do da Conta Mercadorias (RCM). Confira-os a seguir.
lanÇaMento adiCional 1: 
As contas “Devoluções de vendas” e “Abatimentos sobre vendas” serão encerradas e 
seus saldos serão transferidos para a conta “Vendas”.
Dessa forma, o novo saldo da conta “Vendas” será de R$ 219.000,00. Esse será o valor 
que representa as vendas líquidas ou receita operacional líquida.
Débito na conta “Fornecedores” = (4.000,00).
Crédito na conta “Devoluções de compras” = (4.000,00).
Débito na conta “Fornecedores” = (3.000,00).
Crédito na conta “Abatimento sobre compras” = (3.000,00).
Débito na conta “Vendas” = (15.000,00).
Crédito na conta “Devoluções de vendas” = (10.000,00).
Crédito na conta “Abatimento sobre vendas” = (5.000,00).
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SUMÁRIO
lanÇaMento adiCional 2:
As contas “Devoluções de compras” e “Abatimentos sobre compras” também serão 
finalizadas e seus saldos serão transferidos para a conta “Compras”.
Assim, o saldo que ficará na conta “Compras” será de R$ 185.000,00, que são as com-
pras líquidas do período.
Dando sequência à contabilização das transações com as mercadorias, teremos mais 
três lançamentos, que são:
lanÇaMento adiCional 3:
Inventariado o estoque final, e a ele atribuído o valor hipotético de R$ 25.000,00, é 
possível obter o custo das mercadorias vendidas da seguinte forma:
lanÇaMento adiCional 4:
Para obter o RCM ou, nesse caso, o lucro operacional bruto, é feito o seguinte lança-
Débito na conta “Devoluções de compras” = (4.000,00).
Débito na conta “Abatimento sobre compras” = (3.000,00).
Crédito na conta “Compras” = (7.000,00). 
Débito na conta “Custo das mercadorias vendidas” = (40.000,00 + 185.000,00).
Crédito na conta “Mercadorias” = (40.000,00).
Crédito na conta “Compras” = (185.000,00).
Débito na conta “Mercadorias” = (25.000,00).
Crédito na conta “Custo das mercadorias vendidas” = (25.000,00).
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mento, que dará o resultado de R$ 19.000,00:
Finalizando as transações, podemos elaborar a demonstração dos resultados, confor-
me segue:
QUADRO 10 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO PERÍODO
Vendas 234.000,00
 (-) Devolução de vendas -10.000,00
 (-) Abatimento sobre vendas -5.000,00
Vendas Líquidas(a) 219.000,00
(-) CMV
 Estoque Inicial 40.000,00
 (+) Compras 192.000,00
 (-) Devolução de Compras -4.000,00
 (-) Abatimento sobre compras -3.000,00
 Mercadoras Disponíveis 225.000,00
(-) Estoque Final -25.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas (b) -200.000,00
Lucro Bruto (a-b) 19.000,00
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.
3.2 DESCONTOS COMERCIAIS E ABATIMENTOS
Débito na conta “Vendas”. 
Crédito na conta “Resultado com mercadorias” = (219.000,00).
Débito na conta “Resultado com mercadorias”.
Crédito na conta “Custo com mercadorias vendidas” = (200.000,00).
Apesar de parecer ser a mesma coisa, desconto é 
diferente de abatimento.
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SUMÁRIO
O desconto comercial, também chamado de desconto incondicional, é aquele que 
independe de qualquer condição futura. É concedido por mera liberalidade do ven-
dedor ao comprador e incide diretamente no preço dos produtos ou serviços presta-
dos. É quando, no momento da venda, o vendedor concede alguma vantagem por 
se tratar de um cliente antigo, de uma compra volumosa ou algo assim. É conceder 
determinado percentual de desconto pelo ato de comprar, representando diminui-
ção no preço a ser pago pela compra (IUDÍCIBUS, 2017).
Por causa disso, o desconto comercial deve ser mencionado na nota fiscal de venda, 
implicando em dedução dos impostos a pagar. Ele é apropriado contabilmente no 
custo do produto. Podemos citar como exemplo quando a empresa compra uma 
quantidade do produto e, por possuir uma boa relação comercial com o vendedor, 
recebe algumas unidades a mais.
Já o abatimento acontece quando há alguma anormalidade com o item vendido, 
algum tipo de avaria, ou então ocorre algo para fazer com que o cliente não devolva o 
item. O abatimento é um desconto financeiro não computado no custo do produto. 
São contabilizados como receitas financeiras ou receitas não operacionais. Os abati-
mentos podem ser chamados de descontos financeiros. Vamos falar um pouco sobre 
os descontos financeiros?
3.3 DESCONTOS FINANCEIROS
Descontos financeiros são prêmios oferecidos pelo vendedor ao comprador pela an-
tecipação no pagamento da compra de mercadorias. Geralmente, o vendedor indica, 
na nota fiscal ou no boleto, que o valor da dívida é “tal” e que será cobrada dentro de 
90 dias pelo seu próprio valor; mas se for paga dentro de 60 dias, o comprador terá 
um desconto de 3%, e, se dentro de 30 dias, de 5%, por exemplo. Essas porcentagens 
variam segundo as condições, então quanto mais rápido for o pagamento, maior o 
desconto.
Se o valor da venda for de R$ 30.000.000 para pagamento em 90 dias, com 5% de 
desconto, e o pagamento for feito em 60 dias e o cliente aproveitar desse prêmio, a 
contabilização ficará assim:
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• Para o comprador:
 Débito na conta “Fornecedores” = 30.000,00.
 Crédito na conta “Caixa” = 28.500,00.
 Crédito na conta “Desconto financeiro obtido” = 1.500,00.
• Para o vendedor:
 Débito na conta “Caixa” = 28.500,00.
 Débito na conta “Desconto financeiro concedido” = 1.500,00.
 Crédito na conta “Clientes” = 30.000,00.
Observe que foram criadas contas específicas para os descontos financeiros obtidos 
e concedidos. Quanto ao tratamento para elas, muitos autores consideram que tais 
descontos devemser deduzidos dos valores de vendas e compras, exatamente como 
feito com as devoluções, abatimentos e descontos comerciais. Entretanto, outros au-
tores afirmam que tais descontos são fornecidos não em função direta da transação 
da mercadoria, como no caso dos descontos comerciais, mas sim em função do inte-
resse e da possibilidade de a empresa efetuar o pagamento antecipadamente (IUDI-
CÍBUS; MARION, 2016).
Tal discussão tem fundamento se pensarmos na apropriação desse desconto. Ima-
gine uma empresa que encerra suas atividades no dia 31 de dezembro de cada ano. 
Uma venda por ela realizada no dia 20 de dezembro será paga provavelmente ape-
nas no próximo ano. Se a empresa vendedora oferecer um desconto financeiro, como 
ela saberá se a empresa cliente o aproveitará? E, assim, qual valor apropriar no fe-
chamento do ano? Devido a isso, definiu-se que os descontos financeiros devem ser 
omitidos na apuração do resultado com mercadorias.
A melhor alternativa para esse caso é que a apropriação de todos os descontos finan-
ceiros obtidos e concedidos como receitas e despesas que alteram o resultado deve 
ser considerada após a apuração do resultado bruto.
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SUMÁRIO
3.4 CONCLUSÃO 
Quando o cliente realiza a compra e recebe a mercadoria em desacordo com o pe-
dido, devido à qualidade, preço, tipo ou condições físicas diferentes do acordado, ele 
pode:
a. devolver, parcialmente ou integralmente, a mercadoria;
b. solicitar um desconto ao vendedor.
Abatimento e desconto não são a mesma coisa.
O desconto comercial, também chamado de desconto incondicional, é aquele que 
independe de qualquer condição futura. É concedido no momento da venda, por se 
tratar de um cliente antigo, de uma compra volumosa ou algo assim. É conceder de-
terminado percentual de desconto pelo ato de comprar, representando diminuição 
no preço a ser pago pela compra. O desconto comercial é apropriado contabilmente 
no custo do produto.
Já abatimento ou desconto financeiro são prêmios oferecidos pelo vendedor ao com-
prador pela antecipação no pagamento da compra de mercadorias. Geralmente, o 
vendedor indica, na nota fiscal ou no boleto, que o valor da dívida é “tal” e que será 
cobrada dentro de 90 dias pelo seu próprio valor; mas se for paga dentro de 60 dias, 
o comprador terá um desconto de 3%, e, se dentro de 30 dias, de 5%, por exemplo. 
Essas porcentagens variam segundo as condições, então quanto mais rápido for o 
pagamento, maior o desconto.
Os descontos financeiros devem ser omitidos na apuração do resultado com merca-
dorias. São apropriados como receitas e despesas.
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OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
UNIDADE 4
> Examinar a Lei das 
Sociedades por Ações 
e suas atualizações e
> Aplicar o 
Pronunciamento 
Técnico CPC nº 
16, em caso de 
necessidade.
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA 
UNIDADE
Nessa unidade estudaremos sobre a evolução da Lei das Sociedades por Ações e so-
bre o pronunciamento técnico CPC 16, que dita as diretrizes sobre os estoques.
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4 LEI DAS SOCIEDADES POR 
AÇÕES E PRONUNCIAMENTO 
TÉCNICO CPC Nº 16
Nesta unidade, estudaremos a respeito da evolução da Lei das Sociedades por Ações, 
desde o seu primeiro esboço até os tempos atuais. Analisaremos também como tal 
evolução beneficiou o mercado brasileiro e elevou as práticas contábeis aos patama-
res internacionais. Ainda veremos sobre os pronunciamentos técnicos do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, especialmente o CPC nº 16, que traz as diretrizes de 
avaliação dos estoques. Bons estudos!
4.1 A LEI DAS SOCIEDADES POR AÇÕES
A primeira versão da Lei das Sociedades por Ações surgiu pelo Decreto-Lei nº 2.627, 
em 1940. Essa versão seguia o modelo europeu e não se preocupava muito com a 
transparência da informação contábil, mas sim com os donos da empresa. 
Esse decreto foi aprimorado pela Lei nº 6.404/76, também chamada de Lei das Socie-
dades por Ações, enfatizando o mercado de capitais brasileiro (acionistas brasileiros). 
Foram observados, nessa revisão, muitos avanços na regulamentação contábil, dei-
xando de seguir os moldes europeus e passando para os moldes norte-americanos 
(MARION, 2015).
Por sua vez, a Lei nº 6.404/76 também foi atualizada pelas Leis nºs 11.638/07 e 
11.941/09, que elevaram as práticas contábeis brasileiras a patamares internacionais.
Adequar as práticas contábeis da época às práticas contábeis internacionais foi uma 
contribuição da classe contábil ao crescimento da economia brasileira, haja vista que 
viabilizou o fluxo de capitais e investimentos do exterior em empresas brasileiras. 
Investidores internacionais encontravam dificuldades no manuseio das demonstra-
ções financeiras das empresas brasileiras, pois adotávamos padrões e procedimentos 
divergentes do mercado internacional; dessa forma, equipará-los era de suma impor-
tância (VICECONTI, NEVES, 2017).
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SUMÁRIO
Em resumo, como nos traz Viceconti e Neves (2017), as alterações à Lei das Socieda-
des por Ações foram:
• Lei nº 9.457, de 5 de maio de 1997.
• Lei nº 10.303, de 31 de outubro de 2001.
• Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007.
• Lei nº 11.941, de 2009 (conversão da MP nº 449, de 2009), que alterou a 
Lei nº 11.638/07 e disciplinou sobre seus aspectos tributários. As alterações 
realizadas visaram à adequação das práticas contábeis brasileiras às Normas e 
Padrões Internacionais de Contabilidade.
Vamos estudar as principais mudanças implantadas à Lei nº 6.404.76?
a. Fair Value (Valor Justo): é o conjunto de normas internacionais das práticas con-
tábeis, também conhecido por IFRS (Internacional Financial Reporting Stan-
dards). É a avaliação do ativo ou passivo pelo seu valor de mercado (valor por 
que o ativo ou passivo seriam comprados ou vendidos em uma transação cor-
rente). A prática contábil prega que a avaliação deve, na sua maioria das vezes, 
acontecer pelo preço de custo. Mas, em algumas situações, o preço de custo não 
reflete a realidade da melhor forma. Exemplo disso é a venda de uma empresa. 
O custo dela é um, mas o valor de mercado pode ser muito maior ou menor. 
E, portanto, não faz sentido considerar apenas o preço de custo.
Como afirma Marion (2018), em situações como essa ou em casos onde a transação 
depende de algum instrumento financeiro, como aplicação de taxa de juros, cotação 
internacional de moeda, preço de commodity, ou algo do gênero, a Lei nº 11.638/07, 
em seu artigo 183, determina que a avaliação deve ocorrer pelo valor justo ou tam-
bém chamado de valor de mercado. 
Os ativos intangíveis, que são marcas, carteira de clientes, ponto comercial, conces-
sões, dentre outros, também são avaliados pelo valor de mercado.
O valor justo reflete de imediato as decisões da diretoria das empresas, e por isso é 
considerado um instrumento de transparência. 
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b. Redução ao Valor Recuperável de Ativos: faz parte do conceito de valor justo. 
É um teste de recuperabilidade, reavaliação do bem, tangível ou intangível, para 
determinar o valor justo. A empresa deve efetuar, periodicamente, essa revisão 
em seus bens do ativo permanente(de longa duração) para que eles não fiquem 
registrados na contabilidade com um valor superior ao seu valor recuperável. 
c. Ajustes a Valor Presente: determina que os elementos do ativo decorrentes de 
operação a longo prazo serão ajustados a valor presente. Considere como exem-
plo ilustrativo uma venda relevante a prazo. A contabilização da operação será 
à vista, e os juros considerados como receitas financeiras serão ajustados a valor 
presente pelo regime de competência. Nesse caso, será considerada uma taxa 
de juros de mercado ou alguma que melhor se encaixe à operação. 
Os pronunciamentos internacionais são publicados pelo International Accounting 
Standards Boards (IASB) em língua inglesa. As normas contábeis internacionais são 
compostas pelos seguintes pronunciamentos técnicos (VICECONTI; NEVES, 2017):
• Framework: não é um pronunciamento técnico oficial. 
• IAS: são os primeiros pronunciamentos emitidos pelo International Accoun-
ting Standards Committee (IASC). O equivalente ao IASC no Brasil é o Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O IASC foi criado em 1973 pelos orga-
nismos profissionais de contabilidade de 10 países (Alemanha, Austrália, Ca-
nadá, Estados Unidos da América, França, Irlanda, Japão, México, Países Baixos 
e Reino Unido).
• SIC: são interpretações emitidas pelo Standing Interpretations Committee 
(SIC).
• IFRS: são interpretações mais recentes emitidas pelo International Accounting 
Standards Boards (IASB).
• IFRIC: também são interpretações mais recentes, emitidas pelo International 
Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC).
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi criado em 2005 pela Resolução 
CFC nº 1.055, e posteriormente alterado pelas Resoluções CFC nºs 1.075, de 2006, e 
1.339, de 2011.
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SUMÁRIO
O CPC tem por objetivos: estudar, preparar e emitir pronunciamentos técnicos sobre 
os procedimentos de contabilidade e divulgar informações nessa natureza, a fim de 
que a entidade reguladora brasileira possa emitir normas que traduzam as práticas 
contábeis brasileiras aos padrões contábeis internacionais (VICECONTI; NEVES, 2017).
• O Conselho Federal de Contabilidade fornece ao CPC toda a estrutura neces-
sária para que eles realizem seu trabalho.
• Os membros do CPC não recebem remuneração.
• Os produtos do CPC são pronunciamentos técnicos, orientações e interpreta-
ções.
O CPC é composto por 2 membros das entidades a seguir:
• ABRASCA: Associação Brasileira das Companhias Abertas. 
• APIMEC Nacional: Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do 
Mercado de Capitais. 
• BOVESPA: Bolsa de Valores de São Paulo.
• CFC: Conselho Federal de Contabilidade.
• IBRACON: Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes do Brasil.
• FIPECAFI: Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras.
Além dessas, são convidadas a participar do CPC:
• BACEN: Banco Central do Brasil.
• SFRB: Secretaria da Receita Federal do Brasil.
• SUSEP: Superintendência de Seguros Provados.
• CVM: Comissão de Valores Mobiliários.
Hoje, temos 51 pronunciamentos emitidos pelo CPC. Veja a Figura 1 com a listagem 
dos mesmos.
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QUADRO 11 - PRONUNCIAMENTOS EMITIDOS PELO CPC
Fonte: COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamentos. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documen-
tos-Emitidos/Pronunciamentos>. Acesso em: 13 jun. 2018.
Os Pronunciamentos Técnicos nºs 01 a 14 foram aplicados em 2018 por força da 
Lei nº 11.638/07. Os demais foram aplicados posteriormente.
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SUMÁRIO
Hoje estudaremos com mais detalhes o Pronunciamento nº 16, que trata dos es-
toques.
4.2 PRONUNCIAMENTO TÉCNICO – CPC Nº 16
Os estoques são muito importantes na realidade econômica das empresas, e sua ava-
liação foi o tema do Pronunciamento nº 16 do CPC.
O objetivo desse pronunciamento é determinar a forma de avaliação dos estoques de 
revenda, de consumo ou utilização industrial ou na prestação de serviços, de proces-
samento e de manutenção de produtos acabados prontos para revenda (OLIVEIRA; 
SANTOS, 2013). 
Os estoques fazem parte do grupo de ativos da empresa e podem ser mantidos para 
revenda, para serem utilizados ou transformados no processo produtivo ou também 
podem ser estoques de produtos em elaboração. 
O CPC nº 16 traz alguns termos precisam ser bem entendidos. Seguem alguns:
• Valor realizável líquido: é a estimativa do preço de venda, deduzido dos custos 
e demais gastos envolvidos no processo de venda.
• Valor justo: é o valor por que um ativo possa ser comprado ou um passivo liqui-
dado, sem influências externas que alterem o preço.
• Estoques: são bens adquiridos para revenda ou produtos acabados e em pro-
cesso de produção, como matérias-primas, embalagens e material de consumo.
Conforme pronunciamento, a mensuração dos estoques deve ocorrer pelo valor de 
custo ou pelo valor realizável líquido. Dos dois, o menor.
Os valores dos estoques devem ser compostos por todos os custos de aquisição, se-
jam eles o valor da compra, os impostos e outros tributos incidentes sobre a compra, 
custos de transporte, seguro e manuseio. É preciso também retirar do preço do esto-
que os descontos comerciais e abatimentos que por ventura tenham sido obtidos na 
compra (OLIVEIRA; SANTOS, 2013).
Além dos custos de aquisição, o Pronunciamento CPC nº 16 também cita os cus-
tos de transformação. Esses custos são aqueles diretamente relacionados com 
as unidades em processo produtivo. E abrangem também os custos indiretos de 
produção, fixos e variáveis incidentes na transformação de matérias-primas em 
produtos acabados.
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Vale citar que custos fixos são aqueles que não se alteram com variações de volume 
de produção, tais como depreciação e manutenção de máquinas e equipamentos 
ou custos administrativos da fábrica. Já os custos variáveis são aqueles que variam 
conforme o volume de produção, tais como insumos aplicados na produção. Quanto 
maior a produção, maior o volume de insumos utilizados.
O CPC 16 traz 4 tipos de custos que não devem ser contemplados nos estoques. 
São eles:
• Desperdício anormal de materiais, mão de obra ou outros insumos utilizados 
na produção.
• Gastos com armazenamento, a não ser que sejam imprescindíveis ao processo 
produtivo.
• Despesas administrativas que não têm envolvimento com os estoques. 
• Despesas comerciais, incluindo venda e entrega dos bens e serviços.
Quando é realizada uma compra de produtos para estoque a prazo, a diferença entre 
o preço normal e o preço pago a maior, por ser a prazo, deve ser contabilizada como 
despesas com juros.
Outo ponto que o CPC 16 nos traz é: deve-se utilizar os métodos PEPS (primeiro a en-
trar, primeiro a sair) ou custo médio ponderado como critérios de custo dos estoques.
Para finalizar o estudo do Pronunciamento CPC nº 16, vale citar que alguns fatores, 
como estoques danificados, itens obsoletos, redução no preço de venda e outros, po-
dem fazer com que o custo do estoque não seja 100% recuperável. Nesse caso, é pre-
ciso reavaliar os estoques e reduzi-los ao valor realizável líquido, que será o custo de 
venda diminuído dos custos e gastos aplicados na venda (OLIVEIRA; SANTOS, 2013).
Para saber mais, leia o “Sumário do Pronunciamento Técni-
co CPC 16”, disponível na internet. Ele apresenta a identifi-
cação dos principais pontos tratados no pronunciamento, 
possibilitando uma visão geral do assunto.

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