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Compreensão de Matéria e Espírito segundo Allan Kardec

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Observações 
 
Esclarecemos aqui que a maioria do material tem origem externa. Nossos comentários 
serão colocados em azul, para distinguir de qualquer outro escrito externo. Os textos 
extraídos de outros livros estarão em cinza. Além disso, no final de cada item, colocamos 
uma série de questões que podem ajudar na reflexão dos textos que foram lidos. Pensamos 
nós que as respostas das perguntas levaram, gradualmente, a um entendimento mais 
amplo sobre matéria e espírito. 
 
Etapas para a compreensão do assunto 
 
 
1. Entendimento do termo matéria 
a. Primeiramente entender o uso do termo matéria na história da filosofia 
b. Compreender o uso do termo matéria na compreensão científica 
c. Compreender o uso do termo matéria na concepção espírita 
i. Distinguir quando Kardec usa a palavra matéria no seu sentido 
estrito e quando utiliza em seu sentido filosófico 
ii. Determinar por qual ponto de vista André Luiz e outros 
Espíritos utilizam o termo matéria 
 
2. Entendimento do termo Espírito 
a. Compreender o significado da palavra Espírito (etimologia) 
b. Compreender o uso que Kardec atribui a palavra Espírito 
c. Compreender a relação entre o Espírito e a Matéria 
 
I. Qual o uso do termo matéria para a filosofia no decorrer da história? 
 
Consultando um dicionário de filosofia, encontramos as seguintes definições para a 
matéria: 
 
O termo grego Hyle (matéria em grego) foi usado, primeiramente, com os 
significados de _bosque, _terra florestal, _madeira. Foi usado depois também com 
o significado de _metal e de _matéria-prima de qualquer espécie, isto é, substância 
com a qual se faz, ou se pode fazer, algo. Significados análogos teve o vocábulo 
latino matéria, usado para designar a madeira e também qualquer material de 
construção. 
A matéria foi então concebida como uma realidade puramente sensível, ou então 
como uma realidade essencialmente mutável.. A consideração da matéria como o 
elemento no qual radicam o movimento e a diversidade dos corpos levou à ideia de 
matéria como massa informe dos elementos (especialmente dos quatro elementos: 
fogo, terra, água e ar), massa de que se supunha que surgiam depois, por 
diferenciação, os próprios elementos. 
 
Assim, originalmente, a palavra matéria era atribuída a todas as coisas que eram feitas de 
alguma substância, ou seja, feita de algo. Desta forma, matéria, na origem da filosofia, 
era entendido como tudo aquilo que existia, que era algo. Este tipo de conceituação era 
importante para diferenciar entre as coisas que eram reais e as coisas que estavam apenas 
na imaginação humana. 
 
1. De que forma a palavra matéria já foi usada na filosofia? 
2. Qual a utilidade da palavra matéria? 
3. Por este significado filosófico de matéria, o que não é feito de matéria? 
 
 
II. Como a ciência compreendeu ao longo do tempo o termo matéria? 
 
A ciência, principalmente a física, tem progredido muito nos últimos dois séculos. Este 
progresso vem trazendo uma série de renovações conceituais. Um dos conceitos mais 
discutidos no século XX e no XXI é o de matéria. Isso porque através da compreensão 
do que ela é poderemos utiliza-la de uma maneira melhor, de forma a conduzir mais 
confortavelmente a encarnação, através do desenvolvimento de novas tecnologias. 
Em um conceito mais clássico (mais antigo) a matéria é vista da seguinte forma: 
Matéria é tudo que ocupa espaço e possui massa de repouso (ou massa invariante). 
É um termo geral para a substância na qual todos os objetos físicos consistem. 
Tipicamente, a matéria inclui átomos e outras partículas que possuem massa. 
Inércia: É a tendência do corpo de manter-se em repouso ou em movimento, se não 
existirem forças atuando sobre ele. 
As propriedades/características da matéria são: 
Massa: É a propriedade relacionada com a quantidade de matéria existentes em 
um corpo. Essa definição é simplificada. Em Física,veremos que massa de um 
corpo está relacionada à medida de sua inércia: quanto maior a massa de um 
corpo, maior a sua inércia. 
Extensão: É a propriedade da matéria de ocupar um lugar no espaço, que é medido 
pelo seu volume. 
Impenetrabilidade: Dois corpos não podem ocupar um mesmo lugar no espaço ao 
mesmo tempo. 
Divisibilidade: Toda matéria pode ser dividida em partes cada vez menores, até 
certo limite. 
Compressibilidade e Elasticidade (expansibilidade): A propriedade da matéria de 
ser comprimida, isto é, ter seu volume reduzido pela ação de uma força, é chamada 
compressibilidade. Quando a força que provocou a compressão deixa de ser 
aplicada, a matéria volta ao seu volume inicial graças à propriedade chamada 
elasticidade. A compressibilidade e a elasticidade geralmente são imperceptíveis 
em corpos nos estados sólido e líquido. 
Descontinuidade: Toda matéria é descontínua, por mais compacta que pareça, 
devido à existência de espaços vazios entre as menores partículas que caracterizam 
a matéria. 
Em uma definição mais recente a matéria pode ser interpretada pelo seguinte ponto de 
vista: 
Uma definição de "matéria" em uma escala menor que os átomos e moléculas pode 
ser dista assim: a matéria é feita do que os átomos e moléculas são feitos, 
significando qualquer coisa feita de prótons com carga positiva, nêutrons com 
carga neutra, e elétrons com carga negativa. Esta definição vai além da definição 
de átomos e moléculas, mas não inclui substâncias feitas destes blocos de 
construção que não são simples átomos ou moléculas, por exemplo a matéria de 
anãs brancas - tipicamente núcleos de carbono e oxigênio em um oceano de 
elétrons degenerados. Em uma escala microscópica, as "partículas" constituintes 
da matéria como prótons, nêutrons e elétrons obedecem as leis da mecânica 
quântica, e exibem uma dualidade onda-partícula. Em um nível mais profundo, os 
prótons e nêutrons são feitos de quarks e campos de força (glúons) que unem eles 
(veja definição de quarks e léptons abaixo). 
 
1. O que você pode entender como a definição de matéria pela ciência? 
2. Quais são as propriedades da matéria segundo a ciência? 
3. O Espírito possui estas propriedades? 
 
III. Qual o sentido que os Espíritos dão ao termo matéria na codificação de Kardec? 
 
Em O Livro dos Espíritos: 
 
22. Define-se geralmente a matéria como sendo — o que tem extensão, o que é 
capaz de nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas estas 
definições? 
“Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais senão do que conheceis. 
Mas a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e 
sutil, que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. 
Para vós, porém, não o seria.” 
a) — Que definição podeis dar da matéria? 
“A matéria é o laço que prende o espírito; é o instrumento de que este se serve e 
sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação.” 
Deste ponto de vista, pode dizer-se que a matéria é o agente, o intermediário com 
o auxílio do qual e sobre o qual atua o espírito. 
 
367. Unindo-se ao corpo, o Espírito se identifica com a matéria? 
“A matéria é apenas o envoltório do Espírito, como o vestuário o é do corpo. 
Unindo-se a este, o Espírito conserva os atributos da natureza espiritual.” 
 
Revista Espírita de 1861: 
 
Venho em nome do Deus dos vivos, e não dos mortos; só a matéria é perecível, 
porque é divisível; mas a alma é imortal, porque é una e indivisível. 
 
Em A Gênese: 
À primeira vista, não há o que pareça tão profundamente variado, nem tão 
essencialmente distinto, como as diversas substâncias que compõem o mundo. 
Entre os objetos que a Arte ou a natureza nos fazem passar diariamente ante o 
olhar, haverá duas que revelem perfeita identidade, ousomente paridade de 
composição? Quanta dessemelhança, sob os aspectos da solidez, da 
compressibilidade, do peso e das múltiplas propriedades dos corpos, entre os gases 
atmosféricos e um filete de ouro, entre a molécula aquosa da nuvem e a do mineral 
que forma a carcaça óssea do globo! que diversidade entre o tecido químico das 
variadas plantas que adornam o reino vegetal e o dos representantes não menos 
numerosos da animalidade na Terra! 
Entretanto, podemos estabelecer como princípio absoluto que todas as substâncias 
conhecidas e desconhecidas, por mais dessemelhantes que pareçam, quer do ponto 
de vista da constituição íntima, quer pelo prisma de suas ações recíprocas, são, de 
fato, apenas modos diversos sob que a matéria se apresenta; variedades em que 
ela se transforma sob a direção das forças inumeráveis que a governam. 
A Química, cujos progressos foram tão rápidos depois da minha época, em que 
seus próprios adeptos ainda a relegavam para o domínio secreto da magia; esta 
nova ciência que se pode considerar, com justiça, filha do século da observação e 
baseada unicamente, de maneira bem mais sólida do que suas irmãs mais velhas, 
no método experimental; a Química, digo, fez tábua rasa dos quatro elementos 
primitivos que os antigos concordaram em reconhecer na natureza; mostrou que o 
elemento terrestre mais não é do que a combinação de diversas substâncias 
variadas ao infinito; que o ar e a água são igualmente decomponíveis e produtos 
de certo número de equivalentes de gás; que o fogo, longe de ser também um 
elemento principal, é apenas um estado da matéria, resultante do movimento 
universal a que esta se acha submetida e de uma combustão sensível ou latente. 
Em compensação, a Química fez surgir considerável número de princípios, até 
então desconhecidos, que lhe pareceram formar, por determinadas combinações, 
as diversas substâncias, os diversos corpos que ela estudou e que atuam 
simultaneamente, segundo certas leis e em certas proporções, nos trabalhos que se 
realizam dentro do grande laboratório da natureza. Deu a esses princípios o nome 
de corpos simples, indicando de tal modo que os considera primitivos e 
indecomponíveis e que nenhuma operação, até hoje, pôde reduzi-los a frações 
relativamente mais simples do que eles próprios. 
Mas onde param as apreciações do homem, mesmo ajudadas pelos mais 
impressionantes sentidos artificiais, prossegue a obra da natureza; onde o vulgo 
toma a aparência como realidade, onde o prático levanta o véu e percebe o começo 
das coisas, o olhar daquele que pode apreender o modo de agir da natureza apenas 
vê, nos materiais constitutivos do mundo, a matéria cósmica primitiva, simples e 
una, diversificada em certas regiões na época do seu aparecimento, repartida em 
corpos solidários entre si durante a sua vida, e que um dia os materiais se 
desmembram, por efeitos da decomposição no receptáculo da imensidão. 
Há questões que nós mesmos, Espíritos amantes da Ciência, não podemos 
aprofundar e sobre as quais não poderemos emitir senão opiniões pessoais, mais 
ou menos hipotéticas. Sobre essas questões, calar-me-ei ou justificarei a minha 
maneira de ver. A com que nos ocupamos, porém, não pertence a esse número. 
Àqueles, portanto, que fossem tentados a enxergar nas minhas palavras unicamente 
uma teoria ousada, direi: abarcai, se for possível, com olhar investigador, a 
multiplicidade das operações da natureza e reconhecereis que, se se não admitir a 
unidade da matéria, impossível será explicar, já não direi somente os sóis e as 
esferas, mas, sem ir tão longe, a germinação de uma semente na terra, ou a 
produção dum inseto. 
Se se observa tão grande diversidade na matéria, é porque, sendo em número 
ilimitado as forças que hão presidido às suas transformações e as condições em 
que estas se produziram, também as várias combinações da matéria não podiam 
deixar de ser ilimitadas. 
Logo, quer a substância que se considere pertença aos fluidos propriamente ditos, 
isto é, aos corpos imponderáveis, quer revista os caracteres e as propriedades 
ordinárias da matéria, não há, em todo o universo, senão uma única substância 
primitiva; o cosmo ou matéria cósmica dos uranógrafos. 
 
1. Qual a interpretação de matéria segundo O Livro dos Espíritos? 
2. Qual a interpretação de matéria segundo a Revista Espírita? 
3. Qual a interpretação de matéria segundo A Gênese? 
 
 
IV. Em algum momento Kardec usa o termo matéria em seu sentido filosófico? 
 
28. Pois que o espírito é, em si, alguma coisa, não seria mais exato e menos sujeito 
a confusão dar aos dois elementos gerais as designações de — matéria inerte e 
matéria inteligente? 
“As palavras pouco nos importam. Compete-vos a vós formular a vossa linguagem 
de maneira a vos entenderdes. As vossas controvérsias provêm, quase sempre, de 
não vos entenderdes acerca dos termos que empregais, por ser incompleta a vossa 
linguagem para exprimir o que não vos fere os sentidos.” 
Um fato patente domina todas as hipóteses: vemos matéria destituída de 
inteligência e vemos um princípio inteligente que independe da matéria. A origem 
e a conexão destas duas coisas nos são desconhecidas. Se promanam ou não de 
uma só fonte; se há pontos de contacto entre ambas; se a inteligência tem existência 
própria, ou se é uma propriedade, um efeito; se é mesmo, conforme à opinião de 
alguns, uma emanação da Divindade, ignoramos. Elas se nos mostram como sendo 
distintas; daí o considerarmo-las formando os dois princípios constitutivos do 
Universo. Vemos acima de tudo isso uma inteligência que domina todas as outras, 
que as governa, que se distingue delas por atributos essenciais. A essa inteligência 
suprema é que chamamos Deus. 
 
1. De que maneira poderemos considerar que neste trecho Kardec utiliza o sentido 
filosófico de matéria? 
2. Quais as conclusões podemos tirar dos comentários de Kardec neste trecho? 
 
 
V. Qual a explicação de outros Espíritos acerca da matéria? 
 
No livro A Luz da Oração Eustáquio diz: 
A medida que se desenvolve nos domínios da inteligência, compreende o homem 
com mais força que toda a matéria é condensação de energia. 
 
No livro Dicionário da alma, Emmanuel assevera: 
Se o objetivo da matéria é dar corpo e expressão às vibrações do Espírito, a função 
da alma é apurá-la, santificá-la. Quando o homem compreender o alcance dessa 
realidade, as taras desaparecerão do planeta. 
 
Em Evolução em dois Mundo, André Luiz diz que: 
Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que ombreiam conosco utilizam o 
mesmo fluído cósmico, em permanente circulação no Universo, para a Co-criação 
em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual 
que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que se 
exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a humanidade 
Encarnada e a Humanidade Desencarnada. Dentro das mesmas bases, plasmam 
também os lugares entenebrecidos pela purgação infernal, gerados pelas mentes 
desequilibradas ou criminosas nos círculos inferiores e abismais, e que valem por 
aglutinações de duração breve, no microcosmo em que estagiam, sob o mesmo 
princípio de comando mental com que as Inteligências Maiores modelam as 
edificações macrocósmicas, que desafiam a passagem dos milênios. 
Cabe-nos assinalar, desse modo, que, na essência, toda a matéria é energia 
tornada visível e que toda a energia, originariamente, é força divina de que nos 
apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas 
leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a transformar 
o mal de nossa autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de Todos é o 
seuEterno Princípio. 
 
Em Mecanismos da Mediunidade, encontramos: 
O homem passou a compreender, enfim, que a matéria é simples vestimenta das 
forças que o servem nas múltiplas faixas da Natureza e que todos os domínios da 
substância palpável podem ser plenamente analisados e explicados em linguagem 
matemática, embora o plano das causas continue para ele indevassado, tanto 
quanto para nós, as criaturas terrestres temporariamente apartadas da vida física. 
 
1. Os Espíritos citados acima estão falando a mesma coisa que está na codificação? 
a. Se sim, aponte o que está igual 
b. Se não, aponte o motivo e quais as diferenças 
 
 
VI. Qual a origem da palavra espírito? 
 
A palavra espírito tem sua raiz etimológica do Latim "spiritus", significando 
"respiração" ou "sopro", mas também pode estar se referindo a "alma", "coragem", 
"vigor" e finalmente, fazer referência a sua raiz no idioma PIE *(s)peis- 
(“soprar”). Na Vulgata, a palavra em Latim é traduzida a partir do grego 
"pneuma" (πνευμα), (em Hebreu (חור) ruah), e está em oposição ao termo anima, 
traduzido por "psykhē". 
 
1. A origem da palavra Espírito nos diz alguma coisa sobre o significado desta 
palavra na Doutrina Espírita? Por que? 
 
VII. Qual o significado que a Espiritualidade superior dá para o Espírito? 
 
Por sua vez, na codificação temos que o significado de Espírito muito bem trabalhado. 
Embora que este significado dificilmente pode ser dito em linguagem humana. 
23. Que é o espírito? 
“O princípio inteligente do Universo.” 
a) — Qual a natureza íntima do espírito? 
“Não é fácil analisar o espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por 
não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa. Ficai sabendo: coisa 
nenhuma é o nada e o nada não existe.” 
 
24. É o espírito sinônimo de inteligência? 
“A inteligência é um atributo essencial do espírito. Uma e outro, porém, se 
confundem num princípio comum, de sorte que, para vós, são a mesma coisa.” 
 
27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito? 
“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e 
matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao 
elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de 
intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira 
para que o espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, 
seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por 
propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão 
não haveria para que também o espírito não o fosse. Está colocado entre o espírito 
e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis 
combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade 
das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou 
primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio 
sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as 
qualidades que a gravidade lhe dá.” 
 
A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório. 
Há no homem três coisas: 1º, o corpo ou ser material análogo aos animais e 
animado pelo mesmo princípio vital; 2º, a alma ou ser imaterial, Espírito 
encarnado no corpo; 3º, o laço que prende a alma ao corpo, princípio 
intermediário entre a matéria e o Espírito. 
 
Kardec vai comentar sobre as pessoas que acreditam que o Espírito (Alma) é material, ou 
seja, ele se confundiria com o próprio perispírito, este comentário esta em O Livro dos 
Médiuns: 
 
Sistema da alma material. — Consiste apenas numa opinião particular sobre a 
natureza íntima da alma. Segundo esta opinião, a alma e o perispírito não seriam 
distintos uma do outro, ou, melhor, o perispírito seria a própria alma, a se depurar 
gradualmente por meio de transmigrações diversas, como o álcool se depura por 
meio de diversas destilações, ao passo que a Doutrina Espírita considera o 
perispírito simplesmente como o envoltório fluídico da alma, ou do Espírito. Sendo 
matéria o perispírito, se bem que muito etérea, a alma seria de uma natureza 
material mais ou menos essencial, de acordo com o grau da sua purificação. Este 
sistema não infirma qualquer dos princípios fundamentais da Doutrina Espírita, 
pois que nada altera com relação ao destino da alma; as condições de sua 
felicidade futura são as mesmas; formando a alma e o perispírito um todo, sob a 
denominação de Espírito, como o gérmen e o perisperma o formam sob a de fruto, 
toda a questão se reduz a considerar homogêneo o todo, em vez de considerá-lo 
formado de duas partes distintas. 
Como se vê, isto não leva a conseqüência alguma e de tal opinião não houvéramos 
falado, se não soubéssemos de pessoas inclinadas a ver uma nova escola no que 
não é, em definitivo, mais do que simples interpretação de palavras. Semelhante 
opinião, restrita, aliás, mesmo que se achasse mais generalizada, não constituiria 
uma cisão entre os espíritas, do mesmo modo que as duas teorias da emissão e das 
ondulações da luz não significam uma cisão entre os físicos. Os que se decidissem 
a formar grupo à parte, por uma questão assim pueril, provariam, só com isso, que 
ligam mais importância ao acessório do que ao principal e que se acham 
compelidos à desunião por Espíritos que não podem ser bons, visto que os bons 
Espíritos jamais insuflam a acrimônia, nem a cizânia. Daí o concitarmos todos os 
verdadeiros espíritas a se manterem em guarda contra tais sugestões e a não darem 
a certos pormenores mais importância do que merecem. O essencial é o fundo. 
Julgamo-nos, entretanto, na obrigação de dizer algumas palavras acerca dos 
fundamentos em que repousa a opinião dos que consideram distintos a alma e o 
perispírito. Ela se baseia no ensino dos Espíritos, que nunca divergiam a esse 
respeito. Referimo-nos aos esclarecidos, porquanto, entre os Espíritos em geral, 
muitos há que não sabem mais, que sabem mesmo menos do que os homens, ao 
passo que a teoria contraria é de concepção humana. Não inventamos, nem 
imaginamos o perispírito, para explicar os fenômenos. Sua existência nos foi 
revelada pelos Espíritos e a experiência no-la confirmou (O Livro dos Espíritos, nº 
93). Apoia-se também no estudo das sensações dos Espíritos (O Livro dos Espíritos, 
nº 257) e, sobretudo, no fenômeno das aparições tangíveis, fenômeno que, de 
conformidade com a opinião que estamos apreciando, implicaria a solidificação e 
a desagregação das partes constitutivas da alma e, pois, a sua desorganização. 
Fora mister, além disso, admitir-se que esta matéria, que pode ser percebida pelos 
nossos sentidos, é, ela própria, o princípio inteligente, o que não nos parece mais 
racional do que confundir o corpo com a alma, ou a roupa com o corpo. Quanto à 
natureza intima da alma, essa desconhecemo-la. Quando se diz que a alma é 
imaterial, deve-se entendê-lo em sentido relativo, não em sentido absoluto, por isso 
que a imaterialidade absoluta seria o nada. Ora, a alma, ou o Espírito, são alguma 
coisa. Qualificando-a de imaterial, quer-se dizer que sua essência é de tal modo 
superior, que nenhuma analogia tem com o que chamamos matéria e que, assim, 
para nós, ela é imaterial. (O Livro dos Espíritos, nos 23 e 82). 
 
Eis aqui a resposta que, sobre este assunto, deu um Espírito: 
“O que uns chamam perispírito não é senão o que outros chamam envoltório 
material fluídico. Direi, de modo mais lógico, para me fazer compreendido, que 
esse fluido é a perfectibilidade dos sentidos, a extensão da vista e das idéias. Falo 
aquidos Espíritos elevados. Quanto aos Espí- ritos inferiores, os fluidos terrestres 
ainda lhes são de todo inerentes; logo, são, como vedes, matéria. Daí os 
sofrimentos da fome, do frio, etc., sofrimentos que os Espíritos superiores não 
podem experimentar, visto que os fluidos terrestres se acham depurados em torno 
do pensamento, isto é, da alma. Esta, para progredir, necessita sempre de um 
agente; sem agente, ela nada é, para vós, ou, melhor, não a podeis conceber. O 
perispírito, para nós outros Espíritos errantes, é o agente por meio do qual nos 
comunicamos convosco, quer indiretamente, pelo vosso corpo ou pelo vosso 
perispírito, quer diretamente, pela vossa alma; donde, infinitas modalidades de 
médiuns e de comunicações. 
“Agora o ponto de vista científico, ou seja: a essência mesma do perispírito. Isso é 
outra questão. Compreendei primeiro moralmente. Resta apenas uma discussão 
sobre a natureza dos fluidos, coisa por ora inexplicável. A ciência ainda não sabe 
bastante, porém lá chegará, se quiser caminhar com o Espiritismo. O perispírito 
pode variar e mudar ao infinito. A alma é o pensamento: não muda de natureza. 
Não vades mais longe, por este lado; trata-se de um ponto que não pode ser 
explicado. Supondes que, como vós, também eu não perquiro? Vós pesquisais o 
perispírito; nós outros, agora, pesquisamos a alma. Esperai, pois.” — Lamennais. 
Assim, Espíritos, que podemos considerar adiantados, ainda não conseguiram 
sondar a natureza da alma. Como poderíamos nós fazê-lo? É, portanto, perder 
tempo querer perscrutar o princípio das coisas que, como foi dito em O Livro dos 
Espíritos (nos 17 e 49), está nos segredos de Deus. Pretender esquadrinhar, com o 
auxílio do Espiritismo, o que escapa à alçada da humanidade, é desviá-lo do seu 
verdadeiro objetivo, é fazer como a criança que quisesse saber tanto quanto o 
velho. Aplique o homem o Espiritismo em aperfeiçoar-se moralmente, eis o 
essencial. O mais não passa de curiosidade estéril e muitas vezes orgulhosa, cuja 
satisfação não o faria adiantar um passo. O único meio de nos adiantarmos 
consiste em nos tornarmos melhores. Os Espíritos que ditaram o livro que lhes traz 
o nome demonstraram a sua sabedoria, mantendo-se, pelo que concerne ao 
princípio das coisas, dentro dos limites que Deus não permite sejam ultrapassados 
e deixando aos Espíritos sistemáticos e presunçosos a responsabilidade das teorias 
prematuras e errôneas, mais sedutoras do que sólidas, e que um dia virão a cair, 
ante a razão, como tantas outras surgidas dos cérebros humanos. Eles, ao justo, só 
disseram o que era preciso para que o homem compreendesse o futuro que o 
aguarda e para, por essa maneira, animá-lo à prática do bem. (Vede, aqui, adiante, 
na 2ª parte, o cap. 1º: Da ação dos Espíritos sobre a matéria.)

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