Buscar

3 Pratica simulada V Caso 03 Mandado de Segurança

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCLENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA FEDERAL SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO XXX
	MARIA SOUZA nacionalidade: brasileira, profissão: professora, estado civil: xxx, portadora da cédula de identidade RG nº: xxx., devidamente inscrito no CPF nº: xxx, Título de Eleitoral nº: xxx,, residente e domiciliado na Rua: xxx, Bairro: xxx, Cidade: xxx, Estado de: xxx. Por seu advogado que se subscreve (instrumento de mandato incluso) com endereço profissional na rua: xxx, CEP: xxx, bairro: xxx, cidade: xxx, Estado: xxx, e endeço de e-mail; xxx, local indicado para receber as devidas notificações nos termos do artigo106, inciso I do Código de Processo Civil, com base no artigo 5º, LXIX da Constituição Federal de 1988 e da Lei 12016/2009, vem perante Vossa Excelência propor:
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR
	Pelo rito especial, contra ato do SENHOR REITOR da Universidade Federal de XXX, nacionalidade: xxx, profissão: reitor, estado civil: xxx, Rg: xxxx, e incrito no CPF sob o nº: xxx, com endereço profissional situado a rua: xxx, CEP: xxx, bairro: xxx, na cidade de : xxx, no estado de; xxx, em conformidade com o Art. 6º da lei 12016/2009.
1 - DA TEMPESTIVIDADE
A presente medida encontra-se tempestiva, uma vez que a impetrante tomou ciência 
do ato em 11/01/2017, portanto, dentro do prazo de 120 (cento e vinte), dias conforme preceitua o artigo 23 da Lei 12.016/2009 
2 - DOS FATOS
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. 
Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. 
Na esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da Instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores.
 Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O Processo administrativo (PAD) foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal.
 Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções.
3 - DOS FUNDAMENTOS
	Diante dos fatos aduzidos, verifica-se o cabimento da presente medida, encontrando a impetrante amparo no artigo 5º, LXIX, da CRFB/88 e na Lei nº 12.016/09, que prevê a concessão de mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus, sendo claro o ato ilegal praticado pela autoridade coatora, excelentíssimo Reitor da Universidade Federal. O PAD que foi instaurado padece de graves vícios de ilegalidade, conforme será amplamente demonstrado.	
	Evidenciado está o cabimento do presente remédio constitucional, considerando o disposto no artigo 5º, LXIX da Constituição Federal de 1988. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Bem como também o artigo 1º da lei 12016/2009.
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
	3.1 - PRICÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO
	Ocorre que o processo administrativo ocorreu sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já havia tomado ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Em consequência disso, a impetrante se viu impedida de exercer o seu direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa.
	Na definição de Canuto Mendes de Almeida, os princípios supracitados são “a ciência bilateral dos atos e termos processuais e possibilidade de contrariá-los”, pelo que representa uma garantia conferida às partes de que elas efetivamente participarão da formação da convicção do juiz. De certa forma, pode ser dito, como bem lembra a melhor doutrina, que encontra-se inserido no conjunto das garantias que constituem o princípio do devido processo legal. (Bonfim, 2009. 4. ed.)
	3.2 – PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
	A não citação da servidora para exercer o seu direito constitucional do contraditório e da ampla defesa, também culminou por ferir o princípio constitucional do devido processo legal. Houve, portanto, violação não só ao § 2º, mas especialmente aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, ambos tutelados pela Carta da República, em seu artigo 5º, incisos LIV e LV, respectivamente. 
TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70053827796 RS (TJ-RS). Data de publicação: 24/05/2013. Ementa: ADMINISTRATIVO. TRANSPORTE COLETIVO. CASSAÇÃO DE CONCESSÃO. ART. 5º, LV, CF/88. ARTIGOS 35, §§ 1º A 4º, 38, §§ 1º A 6º, E 40, LEI Nº 8.987 /95. NECESSIDADE DE PRÉVIO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. AMPLA DEFESA. A cassação de concessão ou permissão, reclama prévio procedimento administrativo, em que assegurada ampla defesa, tal como dimana, com toda a clareza, dos artigos 5º, LV, CF/88, e 35, §§ 1º a 4º, 38, §§ 1º a 6º, e 40, Lei nº 8.987 /05, o que não é suprido por atividade investigatória do Ministério Público, que tem forma e finalidades distintas relativamente ao procedimento reclamado pela lei de regência das concessões. A definição da caducidade da concessão e o enquadramento da situação do concessionário como mero precarista, com o banimento da exploração do serviço concedido, sem qualquer figura procedimental que lhe dê mínimas condições de defesa, configura, prima facie, ilegalidade. (Agravo de Instrumento Nº 70053827796, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Armínio José Abreu Lima da Rosa, Julgado em 08/05/2013). 
	Portanto, restou configurado o direito líquido e certo da impetrante de ver invalidado a sua demissão por ter sido declarada em descordo com o Direito vigente, assim como também asseveram a jurisprudência e a doutrina abaixo. 
	3.3 - JURISPRUDÊNCIA
Processo: MS 20955 DF 2014/0089074-0
Orgão Julgador: S1 - PRIMEIRA SEÇÃO
Publicação: DJe 29/04/2015
Julgamento: 22 de Abril de 2015
Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES
Ementa
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. POLICIAL FEDERAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO. ART. 43, XLVIII, DA LEI 4.878/1965 E ART. 132, IV, IX E XI, DA LEI 8.112/1990. ALEGADA INSUFICIÊNCIA DO CONJUNTO PROBATÓRIO DO PAD. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. NECESSÁRIA DILAÇÃO PROBATÓRIA. AUSÊNCIA DE PROVAS PRÉ-CONSTITUÍDAS E INEQUÍVOCAS A IMPUGNAR AS CONCLUSÕES DA COMISSÃO PROCESSANTE. PRECEDENTES. SEGURANÇADENEGADA.
	Restando, portanto configurado o direito liquido e certo da impetrante de ver realizado o objeto da sua lide.
	3.4 - DOUTRINA
	Segundo o entendimento da magnânima professora: Maria da Sylvia Zanella De Pietro assim conceitua: 
“mandado de segurança é a ação civil de rito sumaríssimo pela qual a pessoa pode provocar o controle jurisdicional quando sofrer lesão ou ameaça de lesão a direito líquido e certo, não amparado por Habeas Corpus nem Habeas Data, em decorrência de ato de autoridade, praticado com ilegalidade ou abuso de poder” ( Di Pietro, Maria Sylvia Zanella / Direito Administrativo. 1999, p. 612). 
4 - DA MEDIDA LIMINAR
	Encontram-se presentes os requisitos ensejadores da concessão de medida liminar na forma do artigo 7º, III, e parágrafos, da Lei nº 12.016/09, quais sejam, o fumus boni iuris (o magistrado não está julgando se a pessoa tem direito; isso somente será feito na sentença de mérito, quando decidir o pro cesso), mas se ela parece ter o direito que alega) e periculum in mora (significa que se o magistrado não conceder a liminar imediatamente, o direito poderá perecer ou sofrer dano, por vezes, irreparável). O primeiro requisito reside no fato de a impetrante não ter sequer sido notificada sobre eventual Processo Administrativo Disciplinar, não exercendo o legítimo direito de defesa. O segundo requisito, no fato de que a demissão, enquanto ato administrativo, é dotado de presunção de legitimidade e de autoexecutoriedade, o que permite ao Poder Concedente executá-lo imediatamente sem necessidade de prévia autorização judicial, e a execução imediata do ato implicará a desmobilização do aparato administrativo e operacional desta impetrante, gerando sérios danos materiais. Considerando os fatores acima alinhados, é necessária a concessão de medida liminar destinada a suspender os efeitos do ato administrativo ora impugnado até que a questão seja definitivamente decidida nestes autos, considerando, ainda, que a permanência da impetrante no exercício de suas funções até o julgamento final, como já vinha fazendo em outros tempos, não causa prejuízo à Administração Pública. 
5 - DOS PEDIDOS
	Diante do exposto, requer:
a) a concessão da MEDIDA LIMINAR para determinar a suspensão dos efeitos do ato demissional, até o julgamento definitivo da pretensão deduzida nessa ação, reintegrando a servidora aos quadros da Universidade Federal XXX;
b) a notificação da autoridade coautora, para que, querendo, no prazo legal, preste as informações que entender pertinentes, conforme artigo7º, I da lei nº12.016/09;
c) seja dada ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica de direito público a que se vincula, para que, querendo, ingresse no feito;
d) a intimação ao Ilustre Membro do Ministério Público, na forma do artigo 12 da Lei nº 12016/ 09;
e) a procedência do pedido, concedendo a segurança, ao final para determinar a anulação do ato demissional e a reintegração da servidora, ora impetrante, aos quadros da Autarquia Federal;
f) a condenação do impetrado em custas judiciais, com fulcro na Súmula 512 do STJ e 105 do STF.
6 - DAS PROVAS 
	Protesta por todos os meios de prova admitidos em direito, em especial a documental.
7 – DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) com fulcro no artigo 291 do CPC/2015. 
Termos em que
pede deferimento
local e data
_________________________
Advogado
OAB/UF nº

Continue navegando