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Educação Profissional Curso Técnico em Automação e Controle de Processos Módulo I – Básico SMS - Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 1 SUMÁRIO 1 - SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 02 1.1 – INTRODUÇÃO 02 1.2 - SEGURANÇA DO TRABALHO 02 1.3 - ACIDENTE DE TRABALHO 03 2 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 23 2.1 – INTRODUÇÃO 23 3 - RISCOS AMBIENTAIS 28 3.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS 29 3.2 - RISCOS DE ACIDENTES 29 4 - NOÇÕES BÁSICAS DE COMBATE À INCÊNDIO 37 4.1 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DO FOGO 37 5 – USO SEGURO DE EQUIPAMENTOS 56 5.1 - ESMERILHADEIRA PORTÁTIL 56 5.2 - SEGURANÇA EM PROCESSOS OXI-COMBUSTÍVEIS 57 5.3 - SEGURANÇA NAS ATIVIDADES DE TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS 60 5.4 - ANÁLISE DE RISCO DE ACIDENTES EM PROCESSO INDUSTRIAIS 67 6 - MEIO AMBIENTE 71 6.1 – POLUIÇÃO 71 7 - RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS EM ACIDENTES DE TRABALHO 78 7. 1 - DEFINIÇÕES LEGAIS 79 8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 85 Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 2 1 - SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 1.1 - INTRODUÇÃO Nas sociedades mais antigas, o homem já sofria acidentes enquanto trabalhava para prover as necessidades de sua subsistência. Todavia, esses acidentes só chamaram a atenção dos governantes quando, em virtude do seu elevado numero, adquiriram as dimensões de um problema social. Isto ocorreu após a Revolução Industrial resultante das descobertas de novas fontes de força, como o vapor e a eletricidade, provocando o aparecimento de grandes concentrações de trabalhadores em torno das empresas que empregavam grandes quantidades de mão-de-obra. Era uma situação bem diferente daquela que caracterizava a Idade-Média: artesãos realizando trabalho manual dentro de pequenas oficinas. No século passado, o clamor contra as condições de vida do trabalhador cresceu a ponto de levar os homens públicos a pensarem no cerceamento da liberdade das partes na celebração do contrato de trabalho. Era o começo da intervenção do Estado no mundo do trabalho assalariado. Não era possível, no que tange ao acidente do trabalho, continuar adotando os princípios do direito clássico, para exigir do empregado acidentado a prova de que o patrão era o culpado. Na maioria dos casos essa prova não podia ser produzida ou o fato tivera como causa excludente a força maior ou caso fortuito. Pouco a pouco, a legislação foi se modificando até chegar à teoria do risco social: o acidente do trabalho é um risco inerente à própria atividade profissional exercida em beneficio de toda a comunidade, devendo esta, por conseguinte, amparar a vitima do acidente. Não se cogita da responsabilidade deste ou daquele pelo acontecimento. Através de um seguro social, o empregado é protegido quando incapacitado para o trabalho em virtude de um acidente. Em nosso pais, tudo se passou mais ou menos da mesma maneira. Em 1919 tivemos a primeira lei estabelecendo que o empregado acidentado não precisava obter qualquer prova da culpa do patrão para ter direito à indenização. Desde então não nos afastamos desse principio fundamental. 1.2 - SEGURANÇA DO TRABALHO Segurança do trabalho pode ser definida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Gerência de Riscos. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 3 Os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil. A Segurança do Trabalho é exigida por lei e faz com que a empresa se organize, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho. 1.3 - ACIDENTE DE TRABALHO A legislação brasileira define acidente do trabalho como todo aquele decorrente do exercício do trabalho e que provoca, direta ou indiretamente, lesão, perturbação funcional ou doença. Como se vê, pela lei brasileira, o acidente é confundido com o prejuízo físico sofrido pelo trabalhador (lesão, perturbação funcional ou doença). Do ponto de vista prevencionista, entretanto, essa definição não é satisfatória, pois o acidente é definido em função de suas conseqüências sobre o homem, ou seja, as lesões, perturbações ou doenças. Visando a sua prevenção, o acidente, que interfere na produção, deve ser definido como "qualquer ocorrência que interfere no andamento normal do trabalho", pois além do homem, podem ser envolvidos nos acidentes, outros fatores de produção, como máquinas, ferramentas, equipamentos e tempo. Assim, as três situações apresentadas são representativas de acidente: Na primeira, o operário estava transportando manualmente urna caixa contendo certo produto; em certo momento, deixa cair a caixa, o que já é um acidente (queda da caixa), embora não tenha ocorrido perda material (a caixa não se danificou) ou lesão no trabalhador; nesse caso, ocorreu tão somente, perda de tempo. Na segunda, a queda da caixa, embora não tenha ocasionado lesão, é também um exemplo de acidente, em que ocorreu, além da perda de tempo, perda de material, pois este se danificou. Na última, a queda da caixa é exemplificativa de acidente do qual resultaram, a lesão no homem, a perda do material e a conseqüente perda de tempo. E claro que a vida e a saúde humana tem mais valor do que as perda naturais, daí serem considerados como mais importantes os acidentes com lesão. Por exemplo, se a caixa ao cair atingir o pé da pessoa que a estava carregando, provocando sua queda e causar-lhe uma lesão, teremos um acidente mais grave porque, além da perda de tempo e/ou perda material, houve dano físico. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 4 1.3.1 - Diferença fundamental entre a definição legal e a técnica Na definição legal, ao legislador interessou, basicamente e com muita propriedade definir o acidente com a finalidade de proteger o trabalhador acidentado, através de uma compensação financeira, garantindo-lhe o pagamento de diárias, enquanto estiver impossibilitado de trabalhar em decorrência do acidente, ou de indenização, se tiver sofrido lesão incapacitante permanente. Nota-se por aí que o acidente só ocorre se dele resultar um ferimento, mas, devemos lembrar que o ferimento é apenas uma das conseqüências do acidente A definição técnica nos alerta que o acidente pode ocorrer sem provocar lesões pessoais. A experiência demonstra que para cada grupo de 330 acidentes de um mesmo tipo,300 vezes não ocorre lesão nos trabalhadores, enquanto que em apenas 30 casos resultam danos à integridade física do homem. Em todos os casos, porém, haverá prejuízo à produção e sob os aspectos de proteção ao homem, resulta serem igualmente importantes todos os acidentes com e sem lesão, em virtude de não se poder prever quando de um acidente vai resultar, ou não, lesão no trabalhador. Do exposto, concluímos que devemos procurar evitar todo e qualquer tipo de acidente. Deveremos evitar os acidentes sem lesão porque, se forem eliminados estes, automaticamente, estará afastado a quase totalidade dos outros. Por exemplo, se o trabalhador tivesse evitado que a caixa caísse no chão, ela não teria atingido o seu pé. Teria sido mais seguro e mais fácil evitar a queda da caixa, do que tirar o pé na hora em que caísse. Devemos lembrar ainda que estudos realizados no Brasil e no exterior, tem revelado que o custo de acidentes leves é igual ao dos acidentes sob o encargo do INSS, em virtude, de como já vimos, aqueles serem muito mais numerosos que estes. A política governamental dos últimos anos, no sentido de dinamizar esforços de empresários e empregados e de atualizar a legislação trabalhista, em muito tem colaborado para a diminuição dos percentuais de acidentes do trabalho em relação à população trabalhadora do País. Embora a prevenção de acidentes industriais vise basicamente a manutenção da integridade física do trabalhador, não se pode esquecer a influencia dos custos de qualquer programa na implantação ou , manutenção do mesmo. Em outras palavras, qualquer ocorrência não programada que interfira no processo produtivo, causando perda de tempo, constitui um acidente do trabalho. Deve-se destacar que a prevenção de acidentes torna-se economicamente viável, a partir de um bom programa de prevenção de acidentes. Um empregado acidentado, aposentado precocemente por incapacidade permanente, afeta indiretamente a toda a população pois é um a menos a colaborar no aumento da produção. Quanto mais especializada a sua função, mais caro se torna substituí-lo. Em síntese, ocorre uma redução na capacidade produtiva da nação e um aumento dos custos de treinamento da população economicamente ativa. Restringindo-se o campo de estudo a uma empresa, a diminuição no numero de acidentes pode e deve levar a um aumento na produção, bem como a um custo menor, o que, inclusive, pode baixar o preço do produto final a nível de consumidor ou elevar o lucro do empresário O empregado encontra na empresa inúmeros fatores de risco, que podem criar condições para a ocorrência de um acidente e conseqüente lesão. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 5 Equipamentos elétricos, operações de soldagens, manuseio de líquidos combustíveis ou inflamáveis, veículos de transporte são exemplos desses riscos. Sua utilização de forma inadequada pode incapacitar ou até matar o elemento acidentado. O primeiro passo na prevenção de acidentes e saber o que se entende por acidente do trabalho. Sua definição legal diz que: Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho, a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária'. Tal definição pode ser encontrada no artigo 131 do "Regulamento dos Benefícios da Previdência Social", instituído pelo Decreto n0 2172 de 05 de março de 1997. Também são igualados, para efeito de lei, os acidentes que ocorrem no local e no horário de trabalho; as doenças do trabalho, constantes ou não de relações oficiais; os acidentes que ocorrem fora dos limites da empresa e fora do horário normal de trabalho, estes sob certas condições. Para a legislação previdenciária, portanto, somente o acidente do trabalho que cause prejuízo físico ou orgânico é enquadrado como tal. Analisando o problema do ponto de vista prevencionista qualquer ocorrência anormal que prejudique a produtividade já pode ser considerado um acidente. Se uma pilha de sacas de café, mal estocada, desabar e atingir um empregado, causando-lhe alguma lesão, temos caracterizado o acidente do trabalho legal. Se não atingir nenhum empregado e apenas tivermos perda de tempo para recolocar o material em seu respectivo local, do ponto de vista prevencionista o acidente do trabalho também ocorreu. Em outras palavras, qualquer ocorrência não programada, que interfira no processo produtivo, causando perda de tempo, constitui um acidente do trabalho. 1.3.2 - Causas dos acidentes Em principio, temos três causas principais causadoras de acidentes: 1. Comportamentos inadequados, entendidos como atitudes inadequadas. 2. Condições inseguras, inerentes às instalações, como máquinas e equipamentos. 3. Fator pessoal de segurança, relativo ao comportamento humano, que leva a pratica do ato inseguro. Estudos técnicos, principalmente no campo da engenharia, são capazes de, com o tempo, eliminar as condições inseguras. Quando se fala, porém, do elemento homem, apenas técnicas não são suficientes para evitar uma falha nas suas atitudes. Sob o ponto de vista prevencionista, causa de acidente é qualquer fator que, se removido a tempo teria evitado o acidente. Os acidentes não são inevitáveis, não surgem por acaso, eles, na maioria das vezes, são causados, e, portanto possíveis de prevenção, através da eliminação a tempo de suas causas. Estas podem decorrer de fatores pessoais (dependentes, portanto, do homem) ou materiais (decorrentes das condições existentes nos locais de trabalho). Vários autores, na analise de um acidente, consideram como causa do acidente o ato ou a condição que originou a lesão, ou o dano. No nosso entendimento, devem ser analisadas todas as causas, desde Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 6 a mais remota, o que permitirá um adequado estudo e posterior neutralização ou eliminação dos riscos. Existe então a necessidade do envolvimento de profissionais de outras áreas, principalmente de Ciências Humanas para se obter uma evolução neste setor. Até o presente momento, nenhuma das máquinas construídas, nenhum dos produtos químicos obtidos por síntese e nenhuma das teorias sociais formuladas alterou fundamentalmente a natureza humana. As formas de comportamento, que devem ser levadas em consideração no esforço de prevenir atos inseguros, deverá ser analisadas de modo bastante abrangente. No treinamento de integração baseado na função a ser desenvolvida pelo novo empregado ou na reciclagem dos funcionários mais antigos, deverá ser reforçado o conhecimento das regras de segurança, instruções básicas sobre prevenção de incêndio e treinamento periódico de combate ao fogo, informações sobre ordem e limpeza, cor na segurança do trabalho, sinalização, cursos de primeiros socorros, levantamento, transporte e manuseio de materiais, integram uma política de segurança, visando a diminuição dos acidentes causados por atos inseguros. Sendo a segurança do trabalho basicamente de caráter prevencionista, recomenda-se, ainda, uma pesquisa bibliográfica, no sentido de identificar possíveis riscos no processo de produção, antes mesmo que ocorram acidentes, isto é, a simples analise de risco ou estatística , mesmo que não acuse nenhum acidente, deve ser encarada como mais um subsidio para a prevenção de acidentes e eliminação de causas.. A ocorrência de uma única morte, além da perda para a família do trabalhador, representa um prejuízo para a nação de 20 anos ou 6.000 dias, em média, de trabalho produtivo. 1.3.3 - Fatores de acidentes Para fins de prevenção de acidentes, há cinco tipos de informações de importânciafundamental em todos os casos de acidentes. São os chamados fatores de acidentes que se distinguem de todos os demais fatos que descrevem o evento Eles são: o agente da lesão; a condição insegura; o acidente tipo; o ato inseguro e o fator pessoal inseguro. Agente da Lesão Agente da lesão é aquilo que, em contato com a pessoa determina a lesão. Pode ser por exemplo um dos muitos materiais com características agressivas, uma ferramenta, a ponta de uma máquina. A lesão e o local da lesão no corpo, é o ponto inicial para identificarmos o agente da lesão. Convém observar qual a característica do agente que causou a lesão. Alguns agentes são essencialmente agressivos, como os ácidos e outros produtos químicos, a corrente elétrica, etc., basta um leve contato para ocorrer a lesão. Outros determinam ferimentos por atritos mais acentuados, por batidas contra a pessoa ou da pessoa contra eles, por prensamento, queda, etc. Por exemplo: a dureza de um material não é essencialmente agressiva, mas determina sempre alguma lesão quando entra em contato mais ou menos violento com a pessoa. O mesmo se pode dizer do peso de objetos; o peso, em si, não constitui agressividade, mas é um fator que aliado à dureza do objeto, determina ferimentos ao cair sobre as pessoas. Condição insegura Condição insegura em um local de trabalho são as falhas físicas que comprometem a segurança do trabalhador, em outras palavras, as falhas, defeitos, irregularidades técnicas, carência de Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 7 dispositivos de segurança e outros, que põem em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas, e a própria segurança das instalações e dos equipamentos. Nós não devemos confundir a condição insegura com os riscos inerentes a certas operações industriais. Por exemplo: a corrente elétrica é um risco inerente aos trabalhos que envolvem eletricidade, ou instalações elétricas; a eletricidade, no entanto, não pode ser considerada uma condição insegura, por ser perigo Sa. Insta1ações mal feitas ou improvisadas, fios expostos, etc., são condições inseguras; a energia elétrica em si, não. A corrente elétrica, quando devidamente solada do contato com as pessoas, passa a ser um risco controlado e não constitui uma condição insegura. Apesar da condição insegura ser possível de neutralização ou correção, ela tem sido considerada responsável por 16% dos acidentes. Exemplos de condições inseguras: Proteção mecânica inadequada; Condição defeituosa do equipamento (grosseiro, cortante, escorregadio, corroído, fraturado, qualidade inferior, etc.), escadas, pisos, tubulações (encanamentos); - Projeto ou construções inseguras; Processos, operações ou disposições (arranjos) perigosos (empilhamento perigoso, armazenagem, passagens obstruídas, sobrecarga sobre o piso, congestionamento de maquinaria e operadores, etc.); Iluminação inadequada ou incorreta; Ventilação inadequada ou incorreta. Comportamento inadequado Comportamento inadequado é a maneira pela qual o trabalhador se expõe, consciente ou inconscientemente a riscos de acidentes. Em outras palavras é um certo tipo de comportamento que leva ao acidente. Vemos que se trata de uma violação de um procedimento consagrado, vio1ação essa, responsável pelo acidente. Segundo estatísticas correntes, cerca de 84% do total dos acidentes do trabalho são oriundos do próprio trabalhador. Portanto, os atos inseguros no trabalho provocam a grande maioria dos acidentes; não raro o trabalhador se serve de ferramentas inadequadas por estarem mais próximas ou procura limpar máquinas em movimento por ter preguiça de desligá-las, ou se distrai e desvia sua atenção do local de trabalho, ou opera sem os óculos e aparelhos adequados. Ao se estudar os atos inseguros praticados, não devem ser consideradas as razões para o comportamento da pessoa que os cometeu, o que se deve fazer tão somente é relacionar tais atos inseguros. Veremos os mais comuns: Levantamento impróprio de carga (com o esforço desenvolvido a custa da musculatura das costas); Permanecer embaixo de cargas; Permanecer em baixo de cargas suspensas; Manutenção, lubrificação ou limpeza de máquinas em movimento; Abusos, brincadeiras grosseiras, etc.; Realização de operações para as quais não esteja devidamente autorizado e treinado; Remoção de dispositivos de proteção ou alteração em seu funcionamento, de maneira a torna-los ineficientes; Operação de máquinas a velocidades inseguras; Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 8 Uso de equipamento inadequado, inseguro ou de forma incorreta (não segura); Uso incorreto do equipamento de proteção individual necessário para a execução de sua tarefa. Fator pessoal de insegurança É a característica mental ou física que ocasiona o ato inseguro e que em muitos casos, também criam condições inseguras ou permitem que elas continuem existindo. Na prática, a indicação do fator pessoal pode ser um tanto subjetiva, mas no cômputo geral das investigações processadas, e para fim de estudo, essas indicações serão sempre úteis. Os fatores pessoais mais predominantes são: atitude imprópria (desrespeito às instruções, má interpretação das normas, excesso de confiança, falta de conhecimento das práticas seguras incapacidade física para o trabalho. 1.3.4 - Determinação das causas Os cinco fatores relatados são de suma importância na determinação das causas do acidente. Ocorrem eles em determinada seqüência, para determinar o resultado final. O melhor método de por em prática a análise das causas de um acidente com a finalidade de prevenção, reside na utilização dos fatores como guia de análise das condições de trabalho, e determinação das fontes de acidentes, de modo a permitir a adoção de medidas preventivas. Isso pressupõe, a identificação de cada agente para o competente levantamento das causas de acidente. Resumindo podemos dizer que na determinação da causa devemos levar em conta: fatores pessoais, que são dependentes do homem, os quais originam o ato inseguro e fatores materiais que são dependentes das condições existentes nos locais de trabalho e que originam a condição insegura; os dois fatores se encadeiam o que nos leva a dizer que o acidente resulta do ato mais condição insegura. Impropriedade do termo "Descuido” O descuido foi e continua sendo apresentado como a maior causa de acidentes do trabalho. Em vários levantamentos de acidentes com perda de tempo, examinados, tivemos oportunidade de constatar que as causas mais freqüentes dos acidentes investigados eram o descuido, a falta de atenção, a distração e outras mais, nenhuma porém, relacionada a condições inseguras. Sem dúvida, o caminho mais fácil a seguir numa análise de acidentes seria atribuir ao descuido do operário a ocorrência do acidente. Devemos lembrar que como o "descuido" não e uma causa direta de acidentes devemos procurar as causas reais, ou mais diretas, que podem resultar em um ato inseguro. Em geral iniciamos nossa investigação, pelas conseqüências da lesão, tais como: cortes, queimaduras, escoriações, fraturas ósseas, choque, etc. Estes são os resultados de acidentes, não causas. A seguir, passamos para o tipo de acidente, tal como estudamos anteriormente. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 9 Então procuramos quaisquer condições inseguras que possam ter sido inteira ou parcialmente responsáveis pelo acidente. Estas poderiam ser: impropriedade dos anteparos das máquinas ou transmissões; equipamento defeituoso; arranjo físico perigoso; iluminação deficiente; etc. Também procuramos quaisquer atos inseguros que possam ter procedido ao acidente,tais como: Falta de uso de equipamento de segurança; Uso do equipamento de modo incorreto; Execução da tarefa sem autorização; Trabalho a uma velocidade insegura; Uso de equipamento defeituoso; Carregamentos de risco; Postura inadequada; Conserto ou lubrificação de maquinaria em movimento; Brincadeiras; Dispositivos de segurança tornados inoperantes. Concluímos dizendo que o termo descuido não deve ser empregado com referência à causa de um ato inseguro ou de um acidente. Devemos procurar a causa real entre as atitudes falhas. 1.3.5 - Teoria de Heinrich Entre os vários estudos desenvolvidos no campo da segurança do trabalho, nós encontramos a teoria de Heinrich. O que nos diz a teoria de Heinrich? Nos mostra que o acidente e consequentemente a lesão são causados por alguma coisa anterior, alguma coisa onde se encontra o homem, e todo acidente é causado, ele nunca acontece. E causado porque o homem não se encontra devidamente preparado e comete atos inseguros, ou então existem condições inseguras que comprometem a segurança do trabalhador, portanto, os atos inseguros e as condições inseguras constituem o fator principal na causa dos acidente. Heinrich imaginou, partindo da personalidade, demonstrar a ocorrência de acidentes e lesões com o auxilio de cinco pedras de dominós; a primeira representando a personalidade; a segunda as falhas humanas, no exercício do trabalho; a terceira as causas de acidentes (atos e condições inseguras); a quarta, o acidente e a quinta, as lesões Personalidade: ao iniciar o trabalho em uma empresa, o trabalhador traz consigo um conjunto de características positivas e negativas, de qualidades e defeitos, que constituem a sua personalidade. Esta se formou através dos anos, por influência de fatores hereditários e do meio social e familiar em que o indivíduo se desenvolveu. Algumas dessas características (irresponsabilidade, irrascibilidade, temeridade, teimosia, etc.) podem se constituir em razões próximas para a prática de atos inseguros ou para a criação de condições inseguras. Falhas humanas: devido aos traços negativos de sua personalidade, o homem seja qual for a sua posição hierárquica, pode cometer falhas no exercício do trabalho, do que resultarão as causas de acidentes. Causas de acidentes: estas englobam, como já vimos, as condições inseguras e os atos inseguros. Acidente: sempre que existirem condições inseguras ou forem praticados atos inseguros, pode-se esperar as suas conseqüências, ou seja, a ocorrência de um acidente. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 10 Lesões: toda vez que ocorre um acidente, corre-se o risco de que o trabalhador venha a sofrer lesões, embora nem sempre os acidentes provoquem lesões. Desde que não se consegue eliminar os traços negativos da personalidade, surgirão em conseqüência, falhas no comportamento do homem no trabalho, de que podem resultar atos inseguros e condições inseguras, as quais poderão levar ao acidente e as lesões, quando isso ocorrer, tombando a pedra "personalidade" ela ocasionará a queda, em sucessão de todas as demais.(Veja figura abaixo) Considerando-se que é impraticável modificar radicalmente a personalidade de todos que trabalham, de tal sorte a evitar as falhas humanas no trabalho deve-se procurar eliminar as causas de acidentes, sem que haja preocupação em modificar a personalidade de quem quer que seja, para tanto, deve-se buscar a eliminação tanto das condições inseguras, apesar da avareza, do desprezo pela vida humana ou quaisquer outros traços negativos da personalidade de administradores ou supervisores como também, deve-se procurar que os operários, apesar de teimosos, desobedientes, temerários, irascíveis, não pratiquem atos inseguros, o que se pode conseguir através da criação nos mesmos, da consciência de segurança, de tal sorte que a prática da segurança, em suas vidas, se transforme em um verdadeiro hábito. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 11 Eliminadas as causas de acidentes administradores, supervisores e trabalhadores continuarão, cada um com a sua personalidade, de que resultarão falhas no comportamento no trabalho, mas o acidente e as lesões não terão lugar. 1.3.6 - Eliminação das causas de acidentes Tendo em vista que as causas de acidentes se devem a falhas humanas e falhas materiais a prevenção de acidentes deve visar: A eliminação da prática de atos inseguros A eliminação das condições inseguras. Os primeiros, poderão ser eliminados inicialmente através de seleção profissional e exames médicos adequados e posteriormente através da educação e treinamento e as segundas, através de medidas de engenharia que garantam a remoção das condições de insegurança no trabalho. Nesse particular, convém lembrarmos da "Regra EDE", relativa aos problemas de segurança do trabalho: E" (engenharia, medidas de ordem técnicas); "D" (disciplina, medidas que visam que os métodos de trabalho seguro sejam devidamente observados); "E" (educação, o ensino da segurança a todo o pessoal), deve convencer a administração a corrigir as condições inseguras reveladas pela "engenharia", instalar e subvencionar um programa de segurança, treinar os trabalhadores, obter seu apoio para o programa e conquistar a cooperação de todos os supervisores. "A segurança do trabalho não é somente um problema de pessoal, mas envolve uma engenharia, um conhecimento de legislação específica, cujo sucesso é função direta da habilidade de vender o programa à gerência e aos trabalhadores". 1.3.7 - Comunicação do acidente Como ponto de partida para qual quer estudo de Prevenção de Acidentes, necessário se faz definir o que seria o acidente do trabalho. Legalmente, a definição é dada pelo Decreto n0. 2.172, de 05 de março de 1997, no "Regulamento dos Benefícios de Previdência Social. “Art. 131 - Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte a perda ou redução da capacidade permanente ou temporária”. Pode-se notar, portanto, que a legislação especifica "exercício do trabalho a serviço da empresa", e, mais ainda, que esse acidente cause incapacidade para o trabalho ou a morte do empregado. Há casos, porém, de acidentes que, embora não se enquadrem na definição de acidentes do trabalho, podem ser encarados como tal: "I - a doença profissional ou do trabalho, assim entendida a inerente ou peculiar a determinado ramo de atividade e constante do anexo v; II - o acidente que, ligado ao trabalho, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte ou a perda, ou a redução da capacidade para o trabalho; III - a doença proveniente de contaminação acidental de pessoal da área medica, no exercício de sua atividade; Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 12 IV - o acidente sofrido pelo empregado no local e horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro motivo de disputa relacionada com o trabalho; c) ato de imprudência, de negligencia ou de imperícia de terceiro, inclusive companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação ou incêndio; f) outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior. V - o acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontâneade qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado, inclusive veiculo de propriedade do empregado d) no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela. e) no percurso para o local de refeição ou de volta dele, em intervalo do trabalho. Para a Segurança do Trabalho, o acidente do ponto de vista prevencionista ocorre sempre que um fato não programado modifica ou põe fim a realização de um trabalho, o que ocasiona sempre perda de tempo. Outras conseqüências podem advir, tais como danos materiais (aos equipamentos, produtos fabricados, etc.) e lesões (ao operador e/ou colegas próximos ao local). A esquematização do sistema de comunicação de acidentes será elaborada a partir das conseqüências do acidente, que podem ser classificadas em: sem lesão; lesão leve (acidente sem afastamento) ; lesão incapacitante (acidente com afastamento). Essa classificação é feita no sentido de facilitar o entendimento. A Associação Brasileira de Normas Técnicas editou uma norma de cadastro de acidentes (NB-18) em 1958, a qual já passou por duas reformulações, em 1967 e 1975, as quais não têm caráter legal apenas normativo. Os conceitos aqui apresentados envolvem não só uma compilação dessa Norma mas também aspectos legais. Qualquer acidente, mesmo aquele sem lesão já ocasiona perda de tempo para normalização das atividades podendo ocasionar ainda, danos materiais. Não existe a necessidade legal de comunicação aos órgãos da Previdência Social quando não ha lesão que ocasione o afastamento do trabalhador, se este retornar ao trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte, no horário normal. O acidente sem afastamento seria aquele que o acidentado, embora tenha sofrido uma lesão, pode retornar ao trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte, em seu horário regulamentar de entrada. Ocorrido o acidente e não acontecendo o retorno do acidentado ao trabalho no mesmo dia ou dia seguinte de trabalho, no horário normal, passamos a considerar esse acidente como acidente com afastamento, cuja conseqüência é uma incapacidade temporária total, ou uma incapacidade permanente parcial ou total, ou mesmo a morte do acidentado. Esquematizando, os acidentes com lesão ou perturbação funcional compreendem: Acidente : Sem afastamento Com afastamento Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 13 É o acidente que provoca a: incapacidade temporária incapacidade parcial incapacidade total. Incapacidade temporária É a perda total da capacidade de trabalho por um período limitado de tempo, nunca superior a um ano. É aquela em que o acidentado, depois de algum tempo afastado do serviço, devido ao acidente, volta ao mesmo serviço executando suas funções normalmente, como fazia antes do acidente Incapacidade parcial É a redução parcial da capacidade de trabalho do acidentado, em caráter permanente: Exemplos: Perda de um dos olhos. Perda de um dedo. Incapacidade total É a perda da capacidade total para o trabalho em caráter permanente. Exemplo: Perda de uma das mãos e dos dois pés, mesmo que a prótese seja possível. A comunicação de acidentes será tanto mais complexa quanto mais grave for a sua conseqüência. Os acidentes que não ocasionam lesão (como a simples queda de um fardo de algodão da respectiva pilha) tornam-se importantes pela possibilidade de que, no caso do exemplo citado, havendo repetição do fato, o fardo pode atingir algum operário. Deverão, portanto , ser estudadas as causas dessa queda para evitar fatos semelhantes, acionando-se o encarregado do setor, o chefe do departamento e o Serviço Especializado de Segurança do Trabalho, quando houver, ou então a CIPA. No caso de um acidente sem afastamento, com uma lesão leve, portanto, alem dos elementos citados anteriormente também o enfermeiro ou médico será envolvido. Quando em virtude do acidente ocorre lesão ou perturbação; funcional que cause incapacidade temporária total, incapacidade permanente parcial ou total, ou a morte do acidentado, as providencias a serem tomadas quanto à sua comunicação no âmbito da empresa são: a) da própria vitima ou de colegas ao encarregado do setor (normalmente oral); b) do encarregado do setor ao chefe do departamento (normalmente oral ) c) do chefe de departamento à direção da empresa e ao departamento de segurança (por escrito). A empresa deverá comunicar ao INSS, em, no máximo, vinte e quatro horas, da ocorrência do acidente, através do preenchimento da ficha de Comunicação de Acidente do Trabalho. (ver anexo 1) Essa ficha (conhecida como CAT) solicita uma serie de informações, tais como: - Nome, profissão, sexo, idade, residência, salário de contribuição. - Natureza do acidente sofrido. - Condições. - Local, dia e hora do evento, nome e endereço de testemunhas. - Tempo decorrido entre o início do trabalho e a hora do acidente. - Indicação do hospital a que eventualmente foi recolhido o acidentado. Se doença profissional, quais os empregadores acometidos anteriormente nos últimos dois anos. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 14 Observações: O INSS exige duas testemunhas (CAT) oculares ou circunstanciais, e quando ocorrer a morte do acidentado deverá ser informada a autoridade policial. O sistema de comunicação de acidentes, portanto, difere de acordo com as conseqüências. 1.3.8 - Investigação de acidentes As peculiaridades inerentes a cada industria, tais como espaço físico, produto fabricado, processo, tipo de máquinas e equipamentos, características socioeconômicas da região onde se localiza essa industria, etc., podem criar riscos de acidentes de difícil detecção. Em casos de acidentes do trabalho, somente uma investigação cuidadosa, isto é, uma verificação dos dados relativos ao acidentado (comportamento, atividade exercida, tipo de ocupação data e hora do acidente), possibilita a descoberta de determinados riscos. Temos, então, determinada outra atividade de prevenção de acidentes, baseada não só em conhecimentos teóricos, mas também na descoberta de novos riscos e soluções, com base na capacidade de dedução e/ou indução. A partir da descrição do acidente, de informações recolhidas junto ao chefe de seção ou encarregado, de um estudo do local do acidente, da vida pregressa do acidentado, poderá o responsável pela investigação determinar causas do acidente que originem uma nova atividade para o Serviço de Segurança; podemos investigar. por exemplo, a possibilidade de problemas psicológicos levaram o trabalhador a se acidentar. Surge, então, a figura do assistente social, do psicólogo, entre outros, para, em conjunto com o Serviço de Segurança, desenvolver um novo programa de prevenção de acidentes. A seguir, damos exemplo de uma ficha de investigação de acidentes. FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES SETOR:____________________________________________________ NOME DO ACIDENTADO: __________________________________________________________ IDADE:__________ TEMPO DE EMPRESA: _______________________ OCUPAÇÃO: ______________ TEMPO NA FUNÇÃO: ________________ SERVIÇO EXECUTADO POR OCASIÃO DO ACIDENTE______________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ O EMPREGADO FOI ORIENTADO ATRAVÉS DA ANÁLISE DE RISCO DO TRABALHO - SIM ( ) NÃO ( ) O EMPREGADO JÁ ACIDENTOU-SE ANTERIORMENTE: __________________________________________________________ DADOS DO ACIDENTE LOCAL DA OCORRÊNCIA: __________________________________________________________ TESTEMUNHAS: NOME __________________________________________________________ NOME __________________________________________________________DESCRIÇÃO DO ACIDENTE: __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 15 __________________________________________________________ __________________________________________________________ INFORMAÇÕES DO RESPONSÁVEL PELO ACIDENTADO: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _______________________________ ____________________________ DATA ____/____/____ ASSINATURA DO RESPONSÁVEL MEDIDAS RECOMENDADAS:____________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ __________________________________________________ DATA: ____/____/____ ASSINATURA DO RESP. PELA SEGURANÇA 1.3.9 - Estatísticas de acidentes As estatísticas de acidentes não são compiladas unicamente com fins de investigação e estudo da prevenção dos acidentes. Embora seja esta a razão principal, também é importante que todos os interessados conheçam devidamente qual a situação existente no tocante aos acidentes, para alertá- los e estimular seu interesse, ajudando-os a adquirir a consciência da segurança. Para esses elementos pode ser conveniente apresentar os dados estatísticos não somente em cifras, mas também em forma gráfica, que indiscutivelmente chama-se melhora atenção que os números. Num país como o nosso, em que grande parte da população é desprovida de preparo adequado, a publicação de figuras que exponham informações sobre os acidentes e seus efeitos resulta em arma de grande eficácia para convencer os trabalhadores sobre a importância de sua segurança. As figuras que se seguem contém exemplos de representação gráfica de estatística de acidentes. A CIPA, de acordo com a NR-5 da Portaria no 3214/78, e obrigada a preencher uma ficha com dados sobre o acidente (ver anexo II). Essa ficha deverá ser aberta quando da ocorrência de acidente com afastamento e será discutida em todas as reuniões até que as medidas propostas para evitar repetição do acidente tenham sido adotadas. Ao tomar conhecimento da ocorreria o Departamento de Segurança deverá providenciar a investigação do acidente. Um elemento do Departamento dirigir-se-á ao local onde fará uma inspeção detalhada e colherá depoimentos dos operários da seção e, posteriormente, do encarregado. Quando houver vítima, esta deverá também descrever o ocorrido. A descrição do acidente e a identificação de suas causas serão apresentadas pelo encarregado da investigação ao Departamento de Segurança, que verificará a conveniência de alguma medida já adotada em caráter provisório e procurara encontrar as soluções mais cabíveis. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 16 Qualquer programa de Segurança deve incluir métodos de controle e avaliação dos resultados. A reunião das informações e dados relativos as ocorrências, a partir dos diversos formulários, tais como a Ficha de Comunicação de Acidentes (CAT) Ficha de Investigação de Acidentes e Ficha de Inspeção de Segurança, possibilita a fixação das metas e objetivos. Para um resumo dos acidentes em tabelas e gráficos que possibilitem controle e avaliação mais rápidos e precisos, podem ser estimados resumos periódicos, por exemplo, mensais e anuais. Em termos gerais, considera-se o ano estatístico de 1o de janeiro a 31 de dezembro e o mês estatístico do 1o ultimo dia desse mês. Vários coeficientes e taxas podem ser utilizados. Os índices citados a seguir são os mais comuns, e embora alguns autores critiquem uns em defesa de outros, acreditam que todos são válidos em termos estatísticos. Aspectos Legais A Portaria n.º 32, do Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho, de 29 de novembro de 1968, no seu artigo 8, letra 1 diz que a C.I.P.A. deve analisar as estatísticas que deverão constar de atas das reuniões. O artigo 16 da referida Portaria diz que das estatísticas deverão constar os seguintes dados: 1. Número de empregados. 2. Número de acidentes, com perda de tempo ocorrido no mês. 3. Número de dias perdidos com os acidentes. 4. Número de homens-horas trabalhado. 5. Coeficiente de Freqüência 6. Coeficiente de Gravidade. Parágrafo único: Os dias debitados serão calculados de acordo com a tabela anexa à Portaria. O art.17 menciona que as estatísticas que acompanharem a documentação a ser enviada mensalmente às Delegacias Regionais do Trabalho obedecerão ao Modelo B. Visto isso, devemos enumerar com exatidão, as lesões que se incluirão na determinação do grau de segurança de qualquer indústria. Incluiremos o acidente sem afastamento ou aquele com afastamento? A prática corrente é a de incluir, apenas os acidentes com lesões e entre estes, somente os chamados acidentes com afastamento. Vários coeficientes e taxas podem ser utilizados. Os índices citados a seguir são os mais comuns, e embora alguns autores critiquem uns em defesa de outros, acreditam que todos são válidos em termos estatísticos. Basicamente, são utilizados dois coeficientes: de freqüência, que nos dá idéia do número de acidentes, e o de gravidade, que nos dá idéia da extensão das lesões sofridas pelos trabalhadores. Para possibilitar comparações entre diversos períodos de tempo ou entre diversas empresas, os dados obtidos sobre os acidentes do trabalho são considerados em relação como tempo de exposição ao risco dos empregados da empresa ou a soma das horas efetivamente trabalhadas. Assim, temos: Coeficiente de Freqüência (C. F.) Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 17 Suponhamos duas fábricas; uma que chamaremos de A e outra de B. No ano passado, 10 trabalhadores se acidentaram na fábrica A e 20 na B. Qual das duas fábricas teve uma proporção mais alta de acidentados? A fábrica B? Mas suponhamos, que na fábrica A trabalhem 100 pessoas e na B um número duas vezes maior. Cada fábrica, portanto, teve o mesmo número de acidentados para cada 100 trabalhadores. Mas, suponhamos agora que a fábrica A trabalhe 40 horas por semana e a fábrica B 44 horas. Isso, nos faz concluir, que em termos de prevenção de acidentes, a B é melhor do que a A, já que cada operário trabalhando mais horas, a exposição ao risco é maior. Assim, com o objetivo de podermos fazer urna verdadeira comparação das lesões ocorridas na fábrica A e na fábrica B durante um mesmo período (ano passado) devemos levar em consideração o total de homens-horas trabalhadas (H.H.T.) em cada fábrica, no mesmo período. Isto se logra por meio do chamado coeficiente de freqüência. O coeficiente de freqüência (C. F.) expressa o número de acidentes com perda de tempo (a.c.p.t.) ocorridos em um milhão de horas-homem trabalhadas. Este é o número padrão adotado para possibilitar a comparação entre coeficientes de empresas que possuem diferentes números de empregados. A expressão do coeficientede freqüência é: C. F. = _x_ x 106 Y onde x: número de a.c.p.t. y: número de H.H.T. Se na fábrica A, citada no caso acima, ocorreram 10 acidentes com perda de tempo, no ano passado e, se foram trabalhadas 200.000 horas-homem durante o ano, obtemos, aplicando a f6rmula: C.F. = _ 10__ x 106 = 50,00 2 x105 Isto significa, que durante o ano os trabalhadores da fábrica A sofreram lesões que provocaram uma perda de tempo à razão de 50, por cada milhão de horas que trabalharam. O coeficiente de freqüência indica apenas a quantidade de acidentes, mas não indica a gravidade das lesões. Assim por exemplo, numa empresa pode ter havido 50 acidentes com lesões de pequena importância, enquanto que numa outra empresa poderia ter havido apenas 5 acidentes com perda de falanges e perda de visão de um olho. Portanto, como o número de acidentes não expressa realmente a gravidade dos acidentes, torna-se necessário levantar o coeficiente de gravidade. Coeficiente de Gravidade (C.G.) O coeficiente de gravidade representa a perda de tempo resultante dos acidentes em número de dias, ocorridos em um milhão de horas-homens trabalhadas. A gravidade das lesões é, dessa forma, medida pelos dias de trabalho perdidos pelos trabalhadores, em decorrência de acidentes. Aos dias efetivamente perdidos pelo acidentado que sofreu lesão, incapacitado permanentemente, somam-se os dias debitados correspondentes à lesão. A expressão do coeficiente de gravidade é: C.G. = (a + b) x106 y onde: a = número de dias perdidos b = número de dias debitados y = número de H.H.T. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 18 Se no caso da fábrica A, as 10 lesões provocaram um total de 200 dias perdidos, obteremos empregando a expressão de coeficiente de gravidade: C.G. = 200 x 106 = 1.000 2 x105 Isto é, o tempo perdido devido aos acidentes ocorridos na fábrica A, no ano passado, foi de 1.000 dias para cada 1.000.000 horas trabalhadas. Supondo-se que cada trabalhador, trabalhou 2.000 horas por ano, a média de tempo perdido foi de 2 dias por homem, por ano. Não devemos nos esquecer, que nesse exemplo, não levamos em consideração as incapacidade permanentes. É óbvio, que quando figura uma incapacidade permanente, como por exemplo perda de um dedo, perda de um olho, a perda real de tempo enquanto a lesão cicatriza, não constitui urna medida exata da gravidade. Para sanar esse problema, adota-se a chamada "tabela de dias debitados" que é um dos anexos da Portaria DNSHT - 32, de 29 de novembro de 1968. Tabelas de Dias Debitados A tabela de dias debitados permite a comparação de redução de capacidade devido ao acidente. Representa uma perda econômica, tendo a vida média do trabalhador, sido estimada em 20 anos ou 6.000 dias. E usada internacionalmente e foi organizada pela "Internacional Association of Industrial Accident Bord and Comissions". Se no nosso exemplo incluirmos uma lesão da qual resultou a perda de 2 dedos da mão, a carga correspondente é de 750 dias, os quais acrescidos à perda de tempo proveniente das 9 lesões restantes, que eqüivalem a 180 dias, nos dá um total de 930 dias, e o coeficiente de gravidade será: C.G. = (180 + 750) x 106 = 4.650 2 x 105 Coeficiente de gravidade Expressa a perda de tempo (dias perdidos + dias debitados) por um milhão de homens-horas trabalhadas. FORMULA C = (dias perdidos + dias debitados) x 1.000.000 número de homens-horas trabalhadas Tabela de Dias Debitados A tabela de dias debitados é uma tabela utilizada com o fim exclusivo de permitir a comparação da redução da capacidade resultante dos acidentes entre Departamento de uma mesma Empresa, entre diversas Empresas e entre Empresas de países que adotem a mesma tabela. A perda de tempo constante da tabela representa uma perda econômica tendo por base a vida média ativa do trabalhador, estimada em 20 anos ou 6.000 dias. A tabela, que constitui o Anexo 1 da Portaria 32/68, é usada internacionalmente e foi organizada pela "International Association of Industrial Accident Bord and Commission". TABELA DE DIAS DEBITADOS NATUREZA AVALIAÇÃO PERCENTUAL DIAS DEBITADOS Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 19 Morte 100 6.000 Incapacidade total e permanente 100 6.000 Perda da visão de ambos os olhos 100 6.000 Perda da visão de um olho 30 1.800 Perda do braço acima do cotovelo 75 4.500 Perda do braço abaixo do cotovelo 60 3.600 Perda da mão 50 3.000 Perda do 1º quirodátilo (Polegar) 10 600 Perda de qualquer outro quirodátilo (dedo) 5 300 Perda de dois outros quirodátilos (dedos) 12 1/2 750 Perda de tres outros quirodátilos (dedos) 20 1.200 Perda de quatro outros quirodátilos (dedos) 30 1.800 Perda do 1º quirodátilo (polegar) e qualquer outro quirodátilo (dedo) 20 1.200 Perda do 1º quirodátilo (polegar) e dois outros quirodátilos (dedos) 25 1.500 Perda do 1º quirodátilo (polegar) e três outros quirodátilos (dedos) 33 1/2 2.000 Perda do 1º quirodátilo (polegar) e quatro outros quirodátilos (dedos) 40 2.400 Perda da perna acima do joelho 75 4.500 Perda da perna, no joelho ou abaixo dele 50 3.000 Perda do pé 40 2.400 Perda do 1º pododátilo (dedo grande do pé) ou de dois ou mais podátilos (dedos do pé) 6 300 Perda do 1º pododátilo (dedo grande) de ambos os pés. 10 600 Perda de qualquer outro podátilo (dedo do pé) 0 0 Perda da audição de um ouvido 10 600 Perda da audição de ambos os ouvidos 50 3.000 Variáveis dos coeficientes segundo a A.B.N.T. No Brasil, a norma NB-18, R, de 1951, da A.B.N.T. Associação Brasileira de Normas Técnicas, define as variáveis dos coeficientes que intervém nos cálculos. Assim temos: Acidente sem perda de tempo (a. s. p. t.) É o acidente em que o acidentado, segundo opinião do médico, pode exercer sua função normal no mesmo dia do acidente, ou no dia imediato ao dia do acidente, no horário regulamentar. Nota: O a.s.p.t. não entra nos cálculos do C.F. e dos C.G. Incapacidade Temporária Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 20 É a perda total da capacidade para o trabalho para um período limitado de tempo, nunca superior à um ano. Portanto, é aquela em que o acidentado depois de algum tempo afastado do serviço devido ao acidente, volta ao mesmo executando suas funções normalmente como as fazia antes do acidente. Incapacidade Permanente É a incapacidade temporária que ultrapassa um ano. Pode ser parcial ou total. Assim: Incapacidade Parcial Permanente. Perda de qualquer membro ou parte dele, perturbação permanente de qualquer membro ou parte do mesmo. Exemplo: perda de um dos olhos. Perda de um dedo. Incapacidade Total e Permanente Perda anatômica ou impossibilidade funcional, em suas partes essenciais, de mais de um membro, conceituando-se como partes essenciais a mão e o pé. Perda da visão de um olho e redução simultânea de mais da metade da visão do outro. Lesões orgânicas ou perturbações funcionais graves e permanentes de qualquer órgão vital, ou quaisquer estados patológicos reputados incuráveis, que determinem idêntica incapacidade para o trabalho. Nota: As incapacidades definidas e classificadas no item 6.3 referem-se à incapacidade profissional para o trabalho em que estava classificado. Empregado É toda pessoa física que presta serviço de natureza não eventual ao empregador sob a dependência deste e mediante remuneração. Número Médio de Empregados Número médio de empregados num intervalo de tempo é a relação entre a soma das durações dotrabalho dos diversos empregados nestes intervalos, e a duração normal do trabalho no intervalo. Assim: Número médio de empregados dias, por ano, é a relação entre a soma dos dias de trabalho no ano e duração normal do trabalho num ano, que é de 300 dias. Dias Computados Dias computados para cada acidentado: é o número de dias atribuídos a cada acidentado, num só acidente, conforme: Acidente com incapacidade permanente parcial: os dias computados correspondem á soma dos dias debitados por Redução de Capacidade, até o máximo de 4.500 dias. Acidente com incapacidade permanente total: os dias computados correspondem a 6.000 dias (dias debitados). Acidente com morte: os dias computados correspondem a 6.000 dias (dias debitados). Dias computados por acidentes: é o número que exprime a soma dos dias computados de cada acidentado no mesmo acidente. Dias computados no mês: é o total de dias perdidos, dias debitados e dias transportados durante o mês considerado. Dias computados acumulados: é a soma dos dias computados a contar. desde 1º de janeiro. Assim, os dias computados acumulados em fevereiro correspondem à soma dos dias computados em janeiro com Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 21 os de. fevereiro; quando em marco, correspondem á soma dos dias computados em janeiro, fevereiro e marco. Estatística Mensal Corno o nome indica, é a estatística elaborada durante um mês, com a finalidade de obter dados comparativos que permitem confronto com as estatísticas de outros locais de atividades semelhantes. Data de Encerramento da Estatística O mês estatístico se encerra no último dia de cada mês. O ano estatístico se encerra no dia 31 de dezembro. Número médio de empregados dias por mês é a relação entre a soma dos dias de trabalho num mês e a duração normal do trabalho num dia que é de 8 horas. Esse número médio referir-se-á totalidade dos empregados de uma empresa devendo-se, em caso contrário, mencionar a seção da empresa. Homens-horas Trabalhadas É o número que exprime a soma de todas as horas efetivamente trabalhadas por todos os empregados do estabelecimento inclusive do escritório, de administração, de vendas ou de outras funções; são horas em que os empregados estão sujeitos a se acidentarem em trabalho. Notas: No número de horas/homens trabalhadas devem ser incluídas as horas extras e excluídas as horas remuneradas não trabalhadas tais como as decorrentes de faltas abonadas, licenças, férias, enfermidades e descanso remunerado. Número de horas/homens trabalhadas referir-se-á totalidade dos empregados da empresa, devendo- se em caso diferente, mencionar a seção ou o departamento a que se referir. Para o empregado cujas horas efetivamente trabalhadas sejam de difícil determinação, serão consideradas 8 horas por dia de trabalho. Dias Perdidos: É o total de dias em que o acidentado fica incapacitado para o trabalho em conseqüência de acidente com incapacidade temporária. - os dias perdidos são dias corridos contados do dia imediato ao dia do acidente até o dia da alta médica, inclusive. - portanto, na contagem dos dias perdidos se incluem os domingos, os feriados ou qualquer outro dia em que não haja trabalho na empresa. - conta-se também qualquer outro dia completo de incapacidade, ocorrido depois do retorno ao trabalho e que seja em conseqüência do mesmo acidente. - contar-se-ão os dias de afastamento do acidentado, cujo acidente fora inicialmente considerado sem afastamento e que, por justa razão, passar a ser incluído entre os acidentes com afastamento. - no caso do item anterior, a contagem dos dias perdidos será iniciada no dia da comunicação do agravamento da lesão. Dias Perdidos Transportados São os dias perdidos durante o mês por acidentado do mês anterior (ou de meses anteriores). Dias Debitados por Redução de Capacidade ou Morte: Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 22 É o número de dias que convencionalmente se atribui aos casos de acidentes de que resulte morte, incapacidade permanente total ou incapacidade permanente parcial, representando a perda total ou a redução da capacidade para o trabalho, conforme a tabela anexa á Portaria 32. Tabela Cumulativa MES HORAS HOMEM TRABALHAD AS ACIDENTE COM PERDA DE TEMPO DIAS PERDIDOS DO MES ATUAL DIAS PERDIDOS DO MES ANTERIOR DIAS DEBITAD OS COEFICIENT E DE FREQUÊNCI A COEFICIÊN TE DE GRAVIDADE JAN. 890.000 20 310 -- -- 22,47 348 FEV 850.000 25 350 80 900 29,41 1.470 AC. 1.740.000 45 740 -- 900 25,88 942 MAR 910.000 18 240 50 -- 19,78 318 AC. 2.650.000 63 1.030 -- 900 23,77 728 ABR. 965.000 15 405 20 3.000 15,54 3.549 AC. 3.615.000 78 1.455 -- 3.900 21,57 1.481 1.3.10 - Normas Regulamentadoras - Portaria 3.214/78 do MTE As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. A observância das Normas Regulamentadoras - NR não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho. A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho em todo o território nacional. A Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. NR 1 – Disposições Gerais NR 2 – Inspeção Prévia NR 3 – Embargo ou Interdição NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 23 Trabalho NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional NR 8 – Edificações NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR 12 – Máquinas e Equipamentos NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão NR 14 – Fornos NR 15 – Atividades e Operações Insalubres NR 16 – Atividades e Operações Perigosas NR 17 – Ergonomia NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção NR 19 – Explosivos NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis NR 21 – Trabalho a Céu Aberto NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração NR 23 – Proteção Contra Incêndios NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR 25 – Resíduos Industriais NR 26 – Sinalização de Segurança NR 27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTE NR 28 – Fiscalização e Penalidades NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NR 30 – Segurança e Saúde no TrabalhoAquaviário NR 31 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura 2 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 2.1 - INTRODUÇÃO Podem existir nos locais de trabalho, condições que poderão ocasionar danos à saúde ou à integridade física do empregado. Estes riscos devem ser neutralizados ou eliminados por meio da utilização dos equipamentos de proteção, que oferecem: Proteção Coletiva: beneficiam a todos os empregados indistintamente. Proteção Individual: protegem apenas a pessoa que utiliza o equipamento. Nota: A empresa é obrigada fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 24 a) Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho; b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c) Para atender situação de emergência. Equipamento de Proteção Coletiva - EPC São os que, quando adotados, neutralizam o risco na própria fonte. As proteções em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de isolamento de operações ruidosas; os exaustores de gases e vapores; as barreiras de proteção; aterramentos elétricos; os dispositivos de proteção em escadas, corredores, guindastes e esteiras transportadoras são exemplos de proteção coletivas. Equipamento de Proteção Individual - EPI O equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Seleção do EPI A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não só dos equipamentos como, também, das condições em que o trabalho é executado. É preciso conhecer as características, qualidade técnicas e, principalmente, o grau de proteção que o equipamento deverá proporcionar. Características e Classificação dos EPI Pode-se classificar os EPI, agrupando-os segundo a parte do corpo que devem proteger: Proteção da Cabeça Capacete: Protege de impacto de objeto que cai ou é projetado e de impacto contra objeto imóvel e somente estará completo e em condições adequadas de uso se composto de: *Casco: é o capacete propriamente dito; *Carneira: armação plástica, semi-elástica, que separa o casco do couro cabeludo e tem a finalidade de absorver a energia do impacto; *Jugular: presta-se à fixação do capacete à cabeça. O capacete de celeron se presta, também, à proteção contra radiação térmica. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 25 Proteção dos Olhos Óculos de segurança: Protegem os olhos de impacto de materiais projetados e de impacto contra objetos imóveis. Os óculos de segurança são, comprovadamente, muito eficazes quanto à proteção contra impactos. Para a proteção contra aerodispersóides (poeira), existem os óculos ampla visão, que envolvem totalmente a região ocular. Onde se somam os riscos de impacto e intensa presença de aerodispersóides (poeira), a afetiva proteção dos olhos se obtém com o uso dos dois EPI - óculos de segurança (óculos basculavel) óculos ampla visão, ao mesmo tempo. Proteção Facial Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais projetados e de calor radiante, podendo ser acoplado ao capacete. É articulado e tem perfil côncavo e tamanho e altura que permitem cobrir todo o rosto, sem tocá-lo, sendo construído em acrílico, alumínio ou tela de aço inox. Proteção das Laterais e Parte Posterior da Cabeça Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabeça (nuca) de projeção de fagulhas, poeiras e similares. Para uso em ambientes de alta temperatura, o capuz é equipado com filtros de luz, permitindo proteção também contra queimaduras. Proteção Respiratória Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos, asfixiantes e contra aerodispersóides (poeira). Elas protegem não somente de envenenamento e asfixias, mas, também, da inalação de substâncias que provocam doenças ocupacionais (silicose, siderose, etc.). Há vários tipos de máscaras para aplicações específicas, com ou sem alimentação de ar respirável. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 26 Proteção de Membros Superiores Protetores de punho, mangas e mangotes: Protegem o braço, inclusive o punho, contra impactos cortantes e perfurantes, queimaduras, choque elétrico, abrasão e radiações ionizantes e não ionizantes. Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos cortantes e perfurantes, de calor, choques elétricos, abrasão e radiações ionizantes. Proteção Auditiva Protetor auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora exercida pelo ruído contra o aparelho auditivo. Existem em dois tipos básicos: *Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de poliuretano ou PVC), que é introduzido no canal auditivo. *Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e protege também o sistema auxiliar de audição (ósseo). O protetor auricular não anula o som, mas reduz o ruído (que é o som indesejável) a níveis compatíveis com a saúde auditiva. Isso significa que, mesmo usando o protetor auricular, ouve-se o som mais o ruído, sem que este afete o usuário. Proteção do Tronco Paletó: Protege troncos e braços de queimaduras, perfurações, projeções de materiais particulados e de abrasão, calor radiante e de frio. Avental: Protege o tronco frontalmente e parte dos membros inferiores - alguns modelos (tipo barbeiro) protegem também os membros superiores - contra queimaduras, calor, radiante, perfurações, projeção de materiais particulados, ambos permitindo uma boa mobilidade ao usuário. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 27 Proteção da Pele Luva química: Creme que protege a pele, membros superiores, contra a ação dos solventes, lubrificantes e outros produtos agressivos. Proteção dos Membros Inferiores Calçado de segurança: Protege os pés contra impactos de objetos que caem ou são projetados, impactos contra objetos imóveis e contra perfurações. Por norma, somente é de segurança o calçado que possui biqueira de aço para proteção dos dedos. Perneiras: Protegem a perna contra projeções de aparas, fagulhas, limalhas, etc., principalmente de materiais quentes. Proteção Global Contra Quedas Cinto de segurança: Cinturões antiquedas que protegem o homem nas atividades exercidas em locais com altura igual ou superior a 2 (dois) metros, composto de cinturão, propriamente dito, e de talabarte, extensão de corda (polietileno, nylon, aço, etc.) com que se fixa o cinturão à estrutura firme. Guarda e Conservação do EPI Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 28 Quando na troca de usuário De um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados, cada vez em que há troca de usuário. Guarda do EPI O empregado deve conservar o seu equipamento de proteção individual e estar conscientizado de que, com a conservação, ele estará se protegendo quando voltar a utilizar o equipamento. Conservação do EPI O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso. Sempre que possível à verificação e a limpeza destes equipamentos devem ser confiados a uma pessoa habilitada para esse fim. Neste caso, o próprio empregado pode se ocupar desta tarefa, desde que receba orientação para isso. Muitos acidentes e doenças do trabalho ocorrem devido à não observância do uso de EPI. A eficácia de um EPI dependedo uso correto e constante no trabalho onde exista o risco. Exigência Legal para Empresa e Empregado O uso de equipamento de proteção individual, além da indicação técnica para operações locais e empregados determinados, é exigência constante de textos legais. A Seção IV, do Capítulo V da CLT cuida do Equipamento de Proteção Individual em dois artigos, a saber: “Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos”. empregados." “Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho - CA. Por outro lado, a regulamentação de segurança e medicina do trabalho em sua Norma Regulamentadora 1 - item 1.8, cuida minuciosamente do Equipamento de Proteção Individual, mencionando, entre outras coisas, as obrigações do empregado, que incluem o dever de utilizar a proteção fornecida pela empresa”. 3 - RISCOS AMBIENTAIS Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da atividade que neles é desenvolvida, um ou mais fatores ou agentes que, dentro de certas condições, irão causar danos à saúde do pessoal. Chamam-se, esses fatores, riscos ambientais. Os riscos ambientais exigem a observação de certos cuidados e a tomada de medidas corretivas nos ambientes, se pretende evitar o aparecimento das chamadas doenças do trabalho. A Portaria 3214 de Segurança e Medicina do trabalho do Ministério do Trabalho na sua Norma Regulamentadora de nº 09, contempla o Programa de Proteção aos Riscos Ambientais - PPRA - que tem como objetivo de antecipação, identificação, avaliação e controle de todos os fatores do ambiente de trabalho que podem causar doenças ou danos à saúde dos empregados. Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 29 Segue-se uma série de informações básicas relativas aos Riscos Ambientais, com enumeração dos principais fatores, das condições possíveis de risco para a saúde e das medidas gerais para o controle desses fatores nos ambientes de trabalho. 3.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS Os riscos ambientais estão divididos em três grupos: riscos químicos, riscos físicos e riscos biológicos. 3.1.1 - Riscos Químicos São representados por um grande número de substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho. 3.1.2 - Riscos Físicos São representados por fatores do ambiente de trabalho que podem causar danos à saúde, sendo os principais: o calor, o ruído ou barulho, as radiações, o trabalho com pressões anormais, a vibração e a má iluminação. 3.1.3 - Riscos Biológicos São representados por uma variedade de microrganismos com os quais o empregado pode entrar em contato, segundo o seu tipo de atividade, e que podem causar doenças. 3.1.4 - Riscos Ergonômicos Esforço físico, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetividade. 3.2 - RISCOS DE ACIDENTES Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos e outras situações de riscos. Fatores que colaboram para que os Produtos ou Agentes causem danos à Saúde. Nem todo produto ou agente, presente no ambiente, irá causar obrigatoriamente um dano à saúde. Para que isso ocorra, é preciso que haja uma inter-relação entre os fatores que serão expostos a seguir: O tempo de exposição Quanto maior o tempo de exposição, de contato, maior são as possibilidades de se desenvolver um dano à saúde e vice-versa. A concentração do contaminante no ambiente Quanto maiores as concentrações, maiores as chances de aparecerem problemas. O quanto a substância é tóxica Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 30 Algumas substâncias são mais tóxicas que outras se comparadas em relação a uma mesma concentração. A forma em que o contaminante se encontra Isto é, se em forma de gás, líquido ou neblina, ou poeira. Isto tem relação com a forma de entrada do tóxico no organismo, como será visto adiante. A possibilidade de as pessoas absorverem as substâncias Algumas substâncias só são capazes de entrar no organismo por inalação ou, então, pela pele. Deve-se acentuar que é importante conhecer cada caso em separado. Havendo dúvida quanto à existência ou não de perigo, o interessado deve procurar um membro da CIPA ou do Serviço Especializado ou, ainda, o seu gerente. Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo Três são as formas pelas quais os materiais tóxicos podem penetrar no organismo humano: Por inalação Quando se está num ambiente contaminado, pode-se absorver uma substância nociva por inalação, isto é, pela respiração. Por contato com a pele, ou via cutânea A pele pode absorver certas substâncias se houver contato, mesmo que por poucos instantes. Dessa forma, o tóxico pode atingir o sangue e causar dano à saúde. Por ingestão Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 31 Ou seja, ao se engolir, acidentalmente, o tóxico Isso acontece muito quando são comidos ou bebidos alimentos que estão contaminados com quantidades não visíveis de substâncias nocivas. É por essa razão que nunca se deve fazer as refeições no próprio posto de trabalho. E, também, não se deve ir para o refeitório ou para casa sem antes efetuar um perfeito asseio pessoal: lavar as mãos e rosto com sabão e bastante água. Riscos Químicos As substâncias químicas podem estar na forma de gases, vapores, líquidos, fumos, poeiras e névoas ou neblinas. Por exemplo: Vapores Emanados de solventes como o benzol, o toluol, "thinners" em geral, desengraxantes como o tetracloreto de carbono, o tricloroetileno. Gases Monóxido de carbono, gases dos processos industriais como o gás sulfídrico. Líquidos Que podem ser corrosivos, como os ácidos e a soda cáustica, ou irritantes, causando doenças da pele. Muitos líquidos também podem ser absorvidos pela pele, causando prejuízo à saúde. Névoas ou neblinas Nos banhos de galvanoplastia, fosfatização e outros processos, onde se formam névoas ou neblinas de ácidos. Fumos Nos banhos de metais fundidos como o chumbo. Os fumos são pequenas partículas de metal ou de seus compostos, provenientes do banho que ficam suspensos no ar. Poeiras ou pós Pó de serragem, poeira de rebarbação de peças fundidas no jateamento de areia ou granalha de aço. Principais Efeitos no Organismo Dentre os efeitos dos riscos químicos no organismo, destacam-se, como principais, os seguintes: Irritação Irritação dos olhos, nariz, garganta, pulmões, da pele. Geralmente, as substâncias que causam irritação se encontram na forma de gás ou vapor, mas podem, também, estar no estado líquido ou sólido. Exemplos: vapores de ácidos, a amônia (amoníaco), certas poeiras. A irritação da pele é causada pelo Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com) Educação Profissional 32 contato direto com líquidos ou poeiras, sendo exemplos os solventes "thinners", e a poeira de caviúna. Asfixia Seja, a falta de oxigênio no organismo. Exemplos: monóxido de carbono (CO), gás carbônico (CO2), acetileno. Anestesia Isto é, uma ação sobre o sistema nervoso central, causando estado
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