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TEORIA DAS NORMAS JURIDICAS As normas surgiram com a necessidade de se regulamentar a vida do homem em comunidade, para reduzir conflitos e alcançar a paz social. A norma é um elemento fundamental para o sentido jurídico, pois ela identifica os vários sentidos do direito. A partir dela temos o sentido objetivo e o sentido subjetivo dos atos e dos fatos humanos. O direito subjetivo é o poder judiciário, eventualmente concedido pelo direito objetivo, mediante uma ação, para que o Estado aplique a sanção, àquele que não cumpriu determinado dever imposto pela norma. Kelsen busca romper com a teoria Jusnaturalista, isto é, acabar com a ideia de leis naturais regidas pelo direito natural e utilizar como base concreta o empirismo. “O dever do estudante de direito quando estuda a teoria das normas jurídicas é ler a realidade social e reconhecer atos sociais e seus sentidos para o direito” Norma jurídica é uma proposição, cujo significado é fixado sob a interpretação de textos normativos que se encontram nas fontes do direito. A partir do conhecimento das fontes do direito ocorre o conhecimento da norma, através da interpretação dos textos normativos. A normal jurídica regula o comportamento social de Modo Imperativo, ou seja, ela é prescritiva e não descritiva, pois ela prescreve comportamentos estabelecendo proibições, permissões e obrigações. NORMA NÃO É UM TEXTO, MAS UMA PROPOSIÇÃO DE UM RESULTADO QUE NÓS FAZEMOS DE UM TEXTO. Uma norma, por si só, não tem aplicabilidade, ela precisar ser postulada, aglutinada a outra para que produza os efeitos esperados no meio social. Uma norma só produz efeito quando positivada, seguindo o caminho para sua efetividade e qualificação. Norma Jurídica é aquela norma cuja execução garantida por uma sanção externa institucionalizada, na qual produz efeito após a sua positivação, sua transformação em lei. A norma é o resultado da interpretação. Contra facticidade do direito: O direito é contra fático, isto é, contra os fatos A norma jurídica continua válida mesmo quando está sendo violada. As normas jurídicas possuem validade mesmo contrariando a realidade e suas tendências. A norma jurídica possui validade mesmo contrariando a realidade e o senso comum. O direito contraria os fatos sociais porque ele deseja que os fatos sociais sejam alterados O direito objetivo impede mudanças sociais, reprimindo as tentativas de organização social. NORMAS RELIGIOSAS: Advém do direito natural que é um objeto do direito divino. NORMAS MORAIS: relaciona-se àquelas normas cuja sanção é puramente interior NORMAS JURIDICAS: São atos ou características das normas jurídicas que estas ordenem, permitam, proíbam e punam, conduzindo o “dever ser” do indivíduo (KELSEN, 2015). CARACTERISTICAS DA NORMAS JURIDICAS: As características das normas jurídicas são bilateralidade, generalidade, abstratividade, imperatividade e coercibilidade. BILATERALIDADE: a norma jurídica é bilateral, quer dizer, ao mesmo tempo atribui um direito a uma pessoa e impõe uma obrigação (positiva ou negativa) a outra, donde resulta que a interpretação a favor de um sujeito é ao mesmo tempo odiosa para o sujeito em relação jurídica com o primeiro e vice versa GENERALIDADE: A generalidade normativa é a característica relacionada ao fato de a norma valer para qualquer um, sem distinção de qualquer natureza, para os indivíduos, também iguais entre si, que se encontram na mesma situação. ABSTRATIVIDADE: A norma não foi criada para regular uma situação concreta ocorrida, mas para regular, de forma abstrata, abrangendo o maior número possível de casos semelhantes, que, normalmente, ocorrem de uma forma idêntica. IMPERATIVIDADE: a norma, para ser cumprida, é observada por todos. Deverá ser imperativa, porque estabelece um comando, ou seja, impõe aos destinatários a obrigação de obedecer, o “dever ser” do indivíduo. Não depende da vontade subjetiva deste. Assim, a imperatividade da norma impõe uma conduta, quando proíbe uma determinada ação. É também imperativa quando impõe uma determinada organização social, uma situação jurídica, e quando confere imperium, poderes, prerrogativas e competências (GUSMÃO,1960). A norma jurídica não só é imperativa quando comanda uma forma de agir, mas também quando emite comando que impõe uma organização política e jurídica entre os poderes e suas competências (GUSMÃO, 1960). COERCITIBILIDADE: Segundo Gusmão (1960, p.74), a coercibilidade da norma jurídica se dá na possibilidade de seu destinatário não observá-la. Como o destinatário pode não observar a norma, e esta deve ser observada, tendo o Estado o direito de garantir sua eficácia por intermédio do uso da força. A coercibilidade pode ser explicada como a possibilidade do uso da força para combater aqueles que não observam as normas. Essa força manifestar-se mediante coação, que atua na esfera psicológica, desestimulando o indivíduo a descumprir a norma, ou por sanção, que é o resultado do efetivo descumprimento. A sanção só pode ser aplicada pelo Estado
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