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PARASITOLOGIA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIAS CAMPUS CERES
 BACHARELADO EM ENFERMAGEM
BRENDA TÍFANY NUNES DE SOUZA 
PARASITOSES EMERGENTES 
CERES-2018
BRENDA TÍFANY NUNES DE SOUZA
PARASITOSES EMERGENTES
Trabalho apresentado a disciplina de parasitologia como requisito parcial para aquisição do curso de Bacharel Em Enfermagem da Universidade Estadual de Goiás.
Orientador: Benigno Rocha
CERES-2018
ANGIOSTRONGILOSES
INTRODUÇÃO 
As espécies da família Angiostrongylidae são parasitos de marsupiais, insetívoros, roedores e carnívoros e tem moluscos gastrópodes como hospedeiro intermediário. Esta família caracteriza-se pela presença de Bursa típica na bolsa copuladora do macho e vulva posterior na fêmea. Entre as 19 espécies existentes, duas destacam-se por terem humanos como hospedeiro acidental: Angiostrongylus cantonensis e Angiostrongylus costaricensis.
MORFOLOGIA
Os vermes adultos de ambos os sexos possuem corpo filiforme cutícula transparente e lisa. Suas extremidades são cônicas espessas e ligeiramente estriadas com a caudal ventralmente curvada. A abertura oral é simples, circular e rodeada por seis papilas sensoriais, sem capsula bucal.
MACHO
Mede entre 12 a 23 mm de comprimento e 0,16 a 0,31 mm de diâmetro. As extremidades são delgadas e estriadas, com a anterior arredondada sem elevações proeminentes e a distal afilada. O esôfago claviforme. O testículo origina-se posteriormente a junção esôfago-intestino. As espiculas projetam-se pela abertura da cloaca. A bolsa copulatória é simétrica e bem desenvolvida. 
FÊMEA
A femea possui um comprimento variando de 22,5 a 34 mm, com diâmetro médio de 0,22 a 0,35 mm Os tubos uterinos originam-se posteriormente a junção do esôfago claviforme com o intestino, e continua até a região posterior espiralando-se ao redor do intestino até terminar em uma curta vagina, bem próxima a vulva. 
LARVAS 
Como todo nematoide Angiostrongylus sofre quatro mudas duas no hospedeiro invertebrado e duas no vertebrado. As larvas são cilíndricas apresentando as extremidade anterior arredondada e posterior gradualmente atenuada com extremidade distal pontiaguda.
BIOLOGIA
HABITAT
Os adultos de A. constaricensis tem como habitat final os ramos ileocecais das artérias mesentéricas superiores e as vezes, os ramos venosos intra-hepáticos. No homem, uma intensa reação inflamatória inviabiliza a eliminação de ovos e não costuma ocorrer larvogênese. A. cantonensis, em hospedeiro natural (roedores).
CICLO BIOLOGICO 
Costaricensis
Ao serem eliminadas nas fezes do roedor podem infectar moluscos pelas vias oral e/ ou cutânea. Quando a infecção é pela via cutânea, as larvas¹ penetram preferencialmente através de ductos excretores de células mucosas e migram para camada fibromuscular. No tecido fibromuscular do musculo as larvas sofrem mudas sendo a primeira no quarto dia e a segunda a partir do decimo primeiro até o decimo nono dia. Com as contrações musculares do hospedeiro os granulomas se rompem e as larvas aprisionadas próximas aos ductos excretores são eliminadas juntamente com a secreção mucosa contaminando alimentos e/ ou agua. Os roedores infectam-se, principalmente, através da ingestão dos moluscos infectados. No hospedeiro definitivo, o parasito utiliza os três sistemas vasculares: via linfático/arterial e venosa. 
Cantonensis
As larvas¹ do A. cantonensis, depois eliminadas nas fezes do roedor podem infectar moluscos pelas vias oral e/ou cutânea. No tecido fibromuscular do molusco as larvas sofrem duas mudas e as mesmas formas infectantes para o hospedeiro vertebrado, já podem ser observadas a partir do 17° dia. O hospedeiro definitivo adquire a parasitose ao ingerir moluscos infectados, alimentos e/ ou agua contaminados com larvas. As larvas de terceiro estágio atravessam a parede intestinal do hospedeiro definitivo, entram em vênulas ou linfáticos abdominais, são carreadas para o lado direito do coração e através do circuito pulmonar, atingem o lado esquerdo do coração, e daí para as vísceras através da circulação sistêmica.
PATOGENIA 
Costaricensis
O humano é um hospedeiro acidental. Uma intensa reação inflamatória retém os ovos do parasito na parede intestinal, principalmente nas camadas muscular e submucosa. Como a larvogênese não é um fenômeno comum, o ciclo do parasito é interrompido. Alguns ovos podem evoluir até a fase de mórula 
Cantonensis
Poucos pacientes com essa doença tem sido necropsiados. Macroscopicamente, as meningites da face basal e cerebelar se apresentavam enevoadas, com escassas hemorragias subdurais ou subaracnoides ou mesmo hematomas do córtex adjacentes.
DIAGNÓSTICO 
Angiostrongilose abdominal 
 Na A. abdominal em decorrência de intensa reação inflamatória nos tecidos, ovos imaturos ficam retidos, inviabilizando sua eliminação ou desenvolvimento, impossibilitando o diagnostico parasitológico pelo exame de fezes.
O diagnóstico só pode ser feito após intervenção cirúrgica, quando os vermes adultos associados a infiltrado eosinófilo, arterite eosinofilica, granuloma e presença de ovos forem identificados nas arteríolas do mesentério ou da parede intestinal.
Meningoencefalite eosinofilica 
História de exposição, em áreas endêmicas, a moluscos, associada a manifestação cíclica compatível com a meningite e a presença de eosinofilia no fluido cérebro-espinhal, indicam a probabilidade de diagnóstico de meningoencefalite eosinofilica. Larvas raramente são encontradas no FCE.
TRATAMENTO 
Não existe tratamento especifico e os anti-helmínticos como tiabendazol e levamisole são contra indicados, uma vez que podem induzir migração errática dos vermes e agravamento das lesões. Na Angiostrogilose abdominal nos casos mais graves é necessário recorrer a intervenção cirúrgica com ressecção das regiões afetadas. A evolução pós cirúrgicas costuma ser boa, levando o paciente a cura, pois é comum o encontro de casais vermes adultos agrupados, exclusivamente na área afetada.
EPIDEMIOLOGIA 
As angiostrogiloses foram diagnosticadas em pessoas de diferentes idades, gêneros, cor e grupos socioeconômicos de áreas urbanas e rurais. Entretanto as crianças apresentam-se mais infectadas, provavelmente devido ao habito de levar a boca objetos ou alimentos que podem estar contaminados.
PROFILAXIA 
O esclarecimento da população em relação ao cuidado na alimentação com verduras, frutase o risco de ingestão de moluscos crus são as melhores medidas profiláticas. 
SYNGAMUS LARYNGEUS
A família Syngamidae apresenta diversos gêneros e espécies de importância veterinária (Stephanurus, Boydinema, Cyathostoma, Syngamus e Rodentogamus), Sendo que um deles, o Syngamus, também tem sido encontrado em humanos. Esse gênero tem duas espécies bem conhecidas: SYNGAMUS TRACHEA parasito da traqueia de aves e LARINGEUS RAILLIET, parasito de laringe e brônquios de bovinos, búfalos, caprinos, roedores e humanos.
MORFOLOGIA
O S. laringeus é um helminto de sexos separados; o macho mede cerca de 3 mm e a femea 8 a 9 mm. Tem cor avermelhada e vivem permanentemente acasalados, pois o macho “segura” a femea com o auxílio de uma forte bolsa copuladora.
CICLO BIOLOGICO 
O ciclo biológico de S. laringeus ainda não está todo elucidado. Acredita-se que tal ocorre em S. trachea , as femeas fecundadas eliminam ovos com massa de células que são deglutidos e eliminados com as fezes; chegam ao exterior, onde embrionam-se poucos dias.
DIAGNOSTICO 
O diagnóstico humano foi feito pela eliminação do helminto durante um forte acesso de tosse ou a remoção do verme durante o exame rinolarin-gológico. 
EPIDEMIOLOGIA
Não se conhece bem, mas em todos os casos os pacientes relatam ter contato frequente com os hospedeiros usuais.
LAGOCHILASCARIS
INTRODUÇÃO 
No gênero lagochilascaris são conhecidos cinco espécies: L. minor Leiper, L. Major, L. turgida, travassos, l. buckleyi sprent, Boeman. As espécies L. major e L. buckleyiforam descritas em material obtido de felídeos silvestres; L. turgida e L. sprenti, em marsupiais. A lagochilascarioses, ou lagochilascaris humana, ainda não contitui problema de saúde pública em nenhum pais do mundo, entretanto o crescente aumento do número de casos da doença no Brasil a coloca em condição de doença emergente.
MORFOLOGIA
 Como os outros ascarídeos, os adultos de L. Minor apresentam na extremidade anterior, dois lábios subventrais e um lábio subdorsal. Em lagochilascaris estes lábios são separados do resto do corpo por uma estrutura semelhante a um colar denominado sulco pós labial; em seguida o sulco pós labial insinua-se entre os lábios originando os interlabios esse tem forma triangular. 
MACHO 
Medem entre 6,4 e 20 mm de comprimento, cauda curta, quando mortos apresentam a extremidade posterior recurvada ventralmente; testículos enovelados situados na porção media do corpo; os testículos diferenciam-se em uma vesícula seminal e essas em um ductos ejaculador, fortemente desenvolvido na região posterior do corpo. 
FEMEAS 
Medem entre 5,5 e 25 mm de comprimento; extremidade posterior reta, vulva localizada logo após a metade do corpo, vagina relativamente longa, comunicando-se com o útero que por sua vez, se divide em dois ramos, estreitando-se posteriormente para originar os ovidutos e ovários.
 
OVOS 
Obtidos de abcessos humanos medem aproximadamente 44 x 40 a 54 x 42 mm. São arredondados de casca expessa e muito semelhante aos de Ascaris lumbricoides, diferem desses por apresentar 15 a 25 reentrâncias na linha equatorial ou circunferência externa.
HABITAT
Todos os estados do ciclo biológico de L. minor podem ser encontrados em abscessos subcutâneos da região cervical, mastoide, ouvido médio orofaringe (tonsila, alvéolo, dentário) pulmões, globo ocular e sistema nervoso central do homem. 
CICLO BIOLOGICO
 Formularam a hipótese de que o homem se infectaria por L. minor ao ingerir carne crua ou mal cozida de mamíferos contendo larvas encapsuladas do parasito; utilizando um modelo experimental constituído por camundongo e gato doméstico. Em camundongos inoculados com ovos infectados, por via oral, observaram a eclosão de larvas no intestino, migração para o fígado, pulmões e encistamento nas musculatura esquelética e tecido subcutâneo.
DIAGNOSTICO 
Há evidencias de que lesões de pulmões e do sistema nervoso central sejam resultantes de lesões primarias na orofaringe; há lesões de orofaringe na ausência de abscessos de pele ou mastoide. Além do diagnostico clinico, tem sido utilizadas a tomografia computadorizada e ressonância magnética especialmente em casos sugestivos de lagochilascariose pulmonar e cerebral. O exame parasitológico é de fundamental importância. 
TRATAMENTO 
 Não há até o momento um medicamento totalmente eficaz no tratamento da lagochilascariose. Tem sido usado “ dietilcarbamazina, ivermectina e os derivados benzimidazolicos. Há relatos de cura após o uso de levamisol. 
BABESIA
O gênero babesia inclui protozoários intra eritrocitocitos que infectam animais domésticos silvestres e ocasionalmente os seres humanos. Em condições naturais este parasito é transmitido por carrapatos da família ixodidae. O parasito que mede de 2 a 4µm, ao serem observado em microscópio optico, apresentam-se na forma de trofozoitos ou merozoito. O ciclo desse parasito tem início quando o carrapato suga um hospedeiro infectado. Onde formas infectantes são inseminadas pelo organismo do carrapato e atingem todos os seus órgão incluindo os ovário e as glândulas salivares. 
Os humanos se infectam ao serem picados por carrapatos infectados ou através de transfusão sanguíneas. A babeiose humana é uma doença febril aguda caracterizada por mialgia, fadiga, anemia hemolítica, icterícia, hemoglobinúria. O diagnóstico da babeiose, durante a fase aguda que coincide com o pico da parasitemia, é feito pelo encontro de parasitose em esfregaços de sangue corados pelo método Giemsa ou de Wrigh. O tratamento em casos agudos da babeiose humana é feita empregando-se na combinação quinina/clindamicina e atovaquone/ azithromycin nos casos moderados. O uso de dialise e de transfusão sanguínea é recomendado para casos mais graves.
CLYCLOSPORA CAYETANENSIS
 O clyclospora cayetanensis é um protozoário do grupo dos coccidia, descrito recentemente como parasito humano. Nos indivíduos infectados pode provocar náuseas, anorexia e cólicas abdominais discretas ou severas, além de diarreia aquosa. Este protozoário parasito pertence ao super grupo dos chromalveolata, grupo, alveolata, sub grupo apicomplexa, das divisões conoidasida e conoidasina, ordem eucoccida, subdordem eimeriina, família eimeriidae e gênero clyclospora. 
CICLO DE VIDA 
O ser humano parece ser o único hospedeiro e o ciclo parece ser monóxeno.o ciclo se inicia com a ingestão dos oocistos, maduros encontrados principalmente em alimentos frescos , sendo semelhante ao de outros coccidias protozoários. Os oocistos existam no intestino delgado e os esporozoitos em forma de crescente são liberados e invadem células epiteliais intestinais.
TRANSMISSÃO 
 A transmissão de C. cayetanensis pode ocorrer via fecal-oral indireta por alimentos frecos, agua ou solo contaminadis por oocistos maduros. Indivíduos infectados podem eliminar oocistos imaturos por uma a varias semanas. Diversas formas de transmissão pode ocorrer: hídrica, solo e ar.
EPIDEMIOLOGIA
Atualmente, sabe-se que a ciclosporose é encontrada em todas as partes do mundo, seja em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, bem como em áreas urbanas ou rurais.
DIAGNOSTICO 
O diagnostico pode ser feito de duas maneiras:
Pesquisa de oocistos não esporulados (imaturos) nas fezes
Pesquisa de oocistos em amostras fixadas e coradas.
TRATAMENTO 
Para tratamento de uso corrente tem sido usados, com eficiência, a combinação de trimetopim e sulfametoxazole, tanto para pacientes imunocompetentes como para imunodeficientes. 
MICROSPORÍDIOS 
INTRODUÇÃO
Microsporidios são parasitos com desenvolvimento intracelular obrigatório, pertencentes ao filo Microspora. Microsporidiose é considerada doença emergente por causar infecções em pacientes com AIDS, transplantados, crianças, viajantes, portadores de lentes de contato e idosos.
PATOGENIA E SINTOMAS
Diversas síndromes tem sido associadas com a microsporidiose humana, observadas especialmente em indivíduos com infecção pelo HIV, e incluem enteropatia, conjuntivite, sinusite, traqueobronquite, encefalite, nefrite instesticial, hepatitete, osteomielite e miosite. 
DIAGNÓSTICO 
O diagnostico de rotina de infecções por microsporídios são realizados pela demonstração dos organismos em exames de microscopia óptica utilizando o corante Chromotropode.
TRATAMENTO
As opções terapêuticas são limitadas e duas drogas são geralmente ultilizadas no tratamento de microsporídios em animais e humanos: albendazole e fumagilin. O tratamento da infecção pelo E. bieneusi com metronidazol resultou na diminuição da sintomatologia, apesar da persistência do parasitismo tecidual. 
PARAGONIMIDAE
No Brasil, são escassos os estudos relacionados aos trematódeos do gênero paragonimus, embora interessantemente, a primeira espécie descrita, paragonimus rudis, tenha sido coletada em 1828 em uma ariranha, pteronura brasiliensis, no estado do Mato Grosso. Diante deste achado, décadas mais tarde Voelker e colaboradores realizaram a pesquisa do parasito em crustáceos coletados em diferentes localidades da região, não sendo verificada a presença de metacercarias de paragonimus em nenhum dos mais de 300 invertebrados analisados. 
Recentemente, entretanto, um caso humano autóctone de paragonimose foi diagnosticado no estado da Bahia, sendo possível que a ocorrência deste parasitos em nosso meio esteja sendo subestimada.
OPISTHORCHIIDAE
Entre os representantes da família Opisthorchiidae Clonorchis sinensis são parasitos hepatobiliares de mamíferos, ocasionando em seres humanos a clonorquiose, doençaendêmica em países asiáticos com estimativas que revelam o acometimento de mais de 35 milhoes de pessoas e a existência de 600 milhões de pessoas vivendo em área de risco. Este parasitos são transmitidos através da ingestão de peixes crus ou mal cozidos, habito oriental que vem sendo introduzido no ocidente através da culinária envolvendo pratos típicos como sushi e sashimi. Além disso a presença de moluscos potencialmente transmissores, associados a presença de imigrantes de origem oriental infectados e a importação de peixes potencialmente infectados, devem servir de alerta sobre a possibilidade de introdução a manutenção do ciclo biológico de C. sinensis . 
HETEROPHYDAE
 
São pequenos trematódeos intestinais parasitos de aves e mamíferos com ampla distribuição mundial. No Brasil, a partir do início da década de 90 do século XX, foram relatados uma serie de 20 casos autóctones de heterofiose nas cidades de Cananéia e registro, estado de São Paulo. Embora casos da infeção de humanos não tenham sido ainda registrados no continente a introdução de humanos não tenha sido ainda registrados no continente a introdução dessa espécie serve de alerta sobre a possibilidade de introdução de outros organismos patogênicos. 
PHILOPHTHALMIDAE
No Brasil, embora ainda não sejam conhecidos casos humanos, duas espécies Philophthalmus, Philophthalmus lachrymosus. Outra espécie philophthalmus gralli é de origem asiática, sendo que no Brasil foi registradas em aves aquáticas da cidade de Maricá, Rio de Janeiro e recentemente em avestruzes do estado de Minas Gerais. Tratamento remoção cirúrgica após anestesia local. Prevenção evitar contato com coleções aquáticas contaminadas.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana . 13. ed. [S.l.: s.n.], 2005. 230 p.
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana . 11. ed. [S.l.: s.n.], 2003. 200 p. Disponível em: <http://szb.org.br/blog/conteudos/bibliografias/06-veterinaria/parasitologia-humana.pdf>. Acesso em: 30 maio 2018.

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