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Gabarito 1a Lista Microeconomia FEA-USP

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UNIVERSIDADE de SÃO PAULO 
FACULDADE de ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO e CONTABILIDADE 
 
DEPARTAMENTO de ECONOMIA 
 
EAE 110 – Fundamentos de Microeconomia- Atuaria 
1ª Lista de Exercícios - 1º. Semestre de 2015 
GABARITO 
 
Professor: ​José Paulo Zeetano Chahad 
Auxiliar (PAE): ​Leonardo Santana Nunes Rosa 
PARTE I – Questões discursivas 
______________________________________________________________ 
 
1. Fronteira das possibilidades de produção 
 
a) O que são fronteiras de possibilidade de produção? Ilustre sua resposta desenhando 
uma curva típica. 
 
A Fronteira das possibilidades de produção dá as possíveis alternativas de produção de uma 
economia levando em consideração a disponibilidade de recursos produtivos (​tradeoff ​entre 
bens que podem ser produzidos, dados os insumos disponíveis). 
Em um modelo simplificado, supõe-se a existência de apenas dois tipos de bens, A e B, cujas 
quantidades são medidas nos eixos. A quantidade máxima que pode ser produzida de A (com 
B = 0) determina o ponto extremo C da curva e analogamente, a produção máxima de B (com 
A = 0), marca o ponto D. Os pontos intermediários da curva (como o ponto E) mostram as 
possibilidades de produção simultânea de A e B indicando que, dada a produção A, qual o 
máximo de B que pode ser produzido, e vice-versa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Mostre, graficamente, a ocorrência das seguintes situações, dada uma fronteira de 
possibilidades de produção: 
b.1)​ Pleno emprego dos fatores de produção. 
Ponto E, C ou D do gráfico acima. 
 
b.2)​ Um nível de produção impraticável no curto prazo. 
Ponto F do gráfico acima. 
 
b.3)​ Um nível de produção em que há capacidade ociosa. 
Ponto G do gráfico acima. 
 
1 
 
c) Suponha agora que João ganhe R$300,00 por mês, e que seu consumo se restringe a 
livros e sanduíches. Os livros custam R$ 30,00 e os sanduíches, R$ 5,00. 
c.1) Represente, em um gráfico, a linha de possibilidades de consumo de João, 
indicando corretamente o que é medido em cada um dos eixos. 
Ver gráfico abaixo: 
 
 
Se João gastar todo seu salário mensal em 
livros, pode comprar 10 livros por mês, mas, 
se optar por gastar tudo em sanduíches, pode 
comprar 60 sanduíches. FPP é sempre 
retilínea pois os preços não variam. 
 
 
 
c.2)​ Qual o custo de oportunidade de 1 livro para João? 
A relação entre um livro e um sanduíche é sempre a mesma, o que implica que o 
custo de oportunidade do livro em termos de sanduíches, e vice-versa, é 
constante. Um livro tem custo de oportunidade igual a 6 sanduíches para João. 
 
 
2. Diagrama do fluxo circular da renda 
 
 
 
 
 
 
 
 
a)​ Descreva o diagrama de fluxo circular da renda baseando-se na figura acima. 
O fluxo circular da renda contempla dois tipos de tomadores de decisões, que interagem 
no mercado: empresas e famílias. As empresas produzem bens e serviços utilizando 
como insumos, capital, terra e trabalho (os fatores de produção). As famílias, por sua 
vez, são proprietárias dos fatores de produção e consomem os bens e serviços 
produzidos pelas empresas. Assim, existe um fluxo de produção e outro de renda, já que 
há o pagamento pelos fatores como contrapartida de seu uso. 
 
b) Identifique os elementos do modelo que correspondem ao fluxo de bens e serviços e 
fluxo de moeda em cada uma das seguintes atividades: 
b.1)​ Gustavo paga R$ 0,90 por um litro de leite na padaria. 
2 
 
Fluxo de moeda: despesas das famílias no mercado de bens e serviços. 
Fluxo de bens e serviços: Gustavo compra do mercado de bens e serviços. 
b.2)​ Daniel ganha R$ 15,00 por hora de trabalho em uma livraria. 
Fluxo de moeda: renda do mercado de fatores de produção para as famílias. 
Fluxo de bens e serviços: trabalho de Daniel para o mercado de fatores. 
b.3)​ Eduardo gasta R$ 8,00 para assistir a um filme. 
Fluxo de moeda: despesas das famílias no mercado de bens e serviços. 
Fluxo de bens e serviços: Eduardo compra do mercado de bens e serviços. 
 
c) ​Embora o diagrama de fluxo circular da renda seja uma boa maneira de pensar sobre 
a economia, ele ignora uma série de complicações do mundo real. Cite um exemplo. 
A presença do governo, cobrando impostos sobre mercadorias, por exemplo. Outro 
exemplo é a falta de incerteza por parte dos agentes, ou de riscos por parte das 
empresas. 
 
 
3. A curva de demanda 
 
a) Indique, na situação abaixo, quando ocorre variação na quantidade demandada e 
quando ocorre variação na demanda. 
a.1)​ Uma grande colheita de trigo reduz os preços do pão. 
Pode-se supor que uma grande colheita leve a uma queda no preço do trigo, fazendo 
baixar o custo de produção do pão, que tem o trigo como insumo. Conseqüentemente, a 
curva de oferta de pães tende a se deslocar para a direita, o que fará baixar o preço do 
pão, aumentando a quantidade demandada de pães: ​variação na quantidade demandada​. 
 
a.2) Um aumento no rendimento dos consumidores que aumenta o desejo de 
comprar televisores. 
O aumento na renda dos consumidores fará aumentar sua capacidade de comprar 
televisores a cada preço: ​deslocamento da demanda​. 
 
a.3) Um aumento do ICMS sobre a gasolina, (​imposto sobre a venda​) que faz 
aumentar o preço do combustível. 
Quando o governo estabelece um aumento do ICMS sobre a gasolina, a quantidade 
transacionada desse produto se reduz, bem como se eleva o seu preço. Quando o 
mercado se move para o novo equilíbrio, os compradores pagam mais pelo produto, 
embora os vendedores recebam menos por ele (há um compartilhamento do ônus 
tributário). Esse fenômeno é mais usualmente representado por um deslocamento para 
cima da curva de oferta: com isso, os consumidores desejarão comprar menos gasolina: 
variação na quantidade demandada. Mas o lançamento do imposto pode ser 
equivalentemente representado por um deslocamento para baixo da curva de demanda: 
deslocamento da curva de demanda​. 
 
a.4)​ Uma redução dos preços das roupas de inverno, com a chegada do verão. 
No verão, diminui o desejo dos consumidores de comprar roupas de inverno, a cada 
preço: ​deslocamento da curva de demanda​. Outra interpretação possível é a de que com 
a percepção da chegada do verão, os vendedores realizam uma liquidação de estoques, 
3 
 
abaixando os preços. Dessa forma, qualquer quantidade de roupas de inverno é ofertada 
a um preço menor que anteriormente, o que equivale a um aumento da oferta: ​variação 
na quantidade demandada​. 
 
b) Agora suponha que como resultado de uma revolucionária inovação tecnológica em 
fotocopiadoras, elas passam a ser vendidas a um preço médio de R$ 100,00. Mostre os 
prováveis efeitos dessa mudança no mercado de cópias e no mercado de livros 
didáticos. Explique em palavras e trace as curvas de oferta e demanda para cada um 
desses dois mercados indicando as alterações nas curvas, bem como nos preços e nas 
quantidades de equilíbrio resultantes da inovação. 
No mercado de cópias, a redução nos custos decorrente do barateamento das máquinas 
copiadoras pela inovação tecnológica fará com que as fotocopiadoras desejem contratar 
mais funcionários para produzir mias cópias, além de novos produtores entrarem no 
mercado (agora mais lucrativo).Por sua vez, isso fará deslocar-se para a direita a curva 
de oferta, o que provocará uma queda no preço do xerox. Com isso, muitas pessoas 
optarão por adquirir uma cópia da parte dos livros didáticos que lhes interessa ao invés 
de comprá-los, o que irá causar uma redução na procura por livros. Esse movimento, 
por sua vez, leva a uma queda do preço de livros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Elasticidade-renda da demanda 
 
Responda os itens abaixo com base no texto a seguir: 
Criação de gado americana viu-se atingida por doença, o que comprometeu sua 
exportação de carne bovina 
Toda vez que a carne bovina é colocada em xeque, cresce o consumo de frango. Essa 
opção é duplamente favorável ao Brasil. Primeiro, porque o país deve aumentar a 
participação no mercado externo. Segundo, porque a evolução do consumo de frango 
nos EUA deve empurrar para cima os preços do milho e do farelo de soja, principais 
componentes da ração. [...] 
Cláudio Martins, diretor da Abef (Associação Brasileira dos Produtores e 
Exportadores de Frango), diz que o impacto negativo sobre a carne bovina transfere 
consumidores para o frango. [...] “O Brasil abocanhou grandes fatias do mercado 
externo desde 1999, quando vários países tiveram problemas com sanidade animal. O 
crescimento anual está próximo de 20% há cinco anos, enquanto o mundial é de 
4%.[...] Mas o produtor não deve ser tomado por grande euforia”, diz Martins. Um 
aumento exagerado da produção vai desequilibrar o mercado e reduzir preços [...]” 
4 
 
 
a) A carne bovina e a carne de frango são bens complementares ou substitutos? 
Justifique. 
A carne bovina e a de frango são bens substitutos, o que pode ser provado pelos 
seguintes trechos: “Toda vez que a carne bovina é colocada em xeque, cresce o 
consumo de frango” e “o impacto negativo sobre a carne bovina transfere consumidores 
para o frango”. 
 
b) Explique, graficamente e em palavras, por que o aumento do consumo de frango 
pode causar um aumento no preço do milho. 
Como o milho é um dos insumos para a ração de frangos, um aumento 
do consumo de frango levaria a um aumento na demanda por ração. 
Isso representaria um deslocamento para a direita da curva de demanda 
no mercado de milho e, conseqüentemente, uma elevação do seu preço 
de equilíbrio. 
 
 
c) Explique, graficamente e em palavras, o que ocorreu com os mercados de carne 
bovina e de frango. 
O efeito principal no mercado de carne bovina é a redução de demanda, ou seja, ocorre 
um deslocamento da respectiva curva para a esquerda (redução de oferta pelo abate de 
animais infectados é irrelevante). O preço da carne bovina americana cai, mas o impacto 
disso nas intenções de compra dos consumidores é menos importante que o temor da 
doença (o novo equilíbrio, em Q´, revela uma menor quantidade demandada que antes, 
em Q). Como a carne bovina e carne a de frango são bens substitutos, ocorre um 
aumento de demanda pela carne de frango (representado por um deslocamento para a 
direita da curva de demanda no mercado de frango), pressionando para cima os preços 
desse produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) Martins alerta para que o produtor não seja tomado por grande euforia. Explique a 
razão que fundamenta essa posição, fazendo uso de gráficos de oferta e demanda. 
Martins alerta para que o produtor de frango não seja 
tomado por grande euforia porque, se a produção se elevar 
demasiadamente, ocorrerá um deslocamento para a direita 
da curva de oferta maior do que aquele verificado pelo 
deslocamento da curva de demanda. Isso ocasionaria 
5 
 
queda nos preços do produto e comprometeria os lucros dos produtores de frango. 
 
 
e) Afirma-se que o crescimento do consumo mundial de frango foi de 4% nos últimos 5 
anos. Considerando que o crescimento da renda ​per capita ​mundial, para o mesmo 
período, tenha sido de aproximadamente 3%, o que se pode dizer sobre 
elasticidade-renda da demanda por frango? 
Definindo a elasticidade-renda da demanda como a razão entre a variação percentual da 
quantidade demandada e a variação percentual da renda, pode-se afirmar que a 
elasticidade-renda da demanda terá um valor positivo - a carne de frango pode ser 
considerada um bem normal - e superior a 1 ( 4%/3%, ou aproximadamente 1,34%): 
demanda é elástica em relação à renda (aumento na renda provocou aumento mais que 
proporcional na quantidade demandada). 
 
 
5. Elasticidade-preço da demanda 
 
a) Conceitue e defina elasticidade-preço da demanda. Represente graficamente e 
explique as diferentes situações da demanda, com respeito à elasticidade-preço, listadas 
abaixo: 
a.1)​ Demanda perfeitamente inelástica. 
|ε| = 0: a demanda é dada e não reage a preços. 
a.2)​ Demanda inelástica. 
|ε| < 1: uma variação nos preços provoca uma variação menos que proporcional na 
quantidade demandada do bem. 
a.3)​ Demanda de elasticidade unitária. 
|ε| = 1: uma variação nos preços provoca uma variação de mesma proporção na 
quantidade demandada do bem. 
a.4)​ Demanda elástica. 
|ε| > 1: uma variação nos preços provoca uma variação mais que proporcional na 
quantidade demandada do bem. 
a.5)​ Demanda perfeitamente elástica. 
|ε| = ∞: ao preço dado pelo cruzamento da curva com o eixo vertical, os consumidores 
demandam toda a quantidade ofertada do bem; a um preço ligeiramente superior, a 
demanda cai para zero. 
 
 
 
 
 
 
 
b) Agora suponha que dois produtos, A e B, tenham um aumento de preço de R$ 10,00. 
Em conseqüência, a quantidade demandada de A cai 10%, e a quantidade demandada de 
B cai apenas 5%. 
b.1) Pode-se afirmar que o produto B é mais inelástico que o produto A? 
Justifique. 
6 
 
Não é possível afirmar que B é mais inelástico que A já que o enunciado não diz 
qual o preço inicial dos bens. Suponha, por exemplo, que B custasse R$ 20,00. 
Então o aumento do preço seria de 50% e a elasticidade deste seria de 1/10. Se A 
custasse R$ 5,00 antes do aumento de preço, o aumento deste seria de 150% e a 
elasticidade-preço da demanda de A seria de 1/15. B, neste caso, seria mais 
preço elástico que A. 
b.2) Se o produto A custasse R$ 10,00 antes do aumento e o produto B custasse 
R$ 20,00, o que pode-se afirmar a respeito da elasticidade de ambos? Calcule-as 
e descubra qual é o produto mais elástico. 
A: 10/100= 1/10 
B: 5/50 = 1/10. 
Ambos os produtos tem a mesma elasticidade-preço de demanda. 
 
 
 
 
 
6. Elasticidade-preço da demanda e receita total 
 
Com o objetivo de atrair maior torcida para os jogos do time, o administrador do estádio 
do Grêmio pretende reduzir o preço dos ingressos de R$ 5,00 para R$ 4,50. Dado que, 
segundo seus cálculos, a elasticidade-preço da procura por ingressos é -1,2, e que o 
público médio tem sido de 2.000 torcedores por jogo, qual deverá ser o efeito da 
redução de preço sobre o número de ingressos vendidos? E sobre a renda média dos 
jogos? 
O número de ingressos vendidos deve aumentar, bem como a renda média 
auferida​ ​por partida. Veja que: 
(Aumento proporcionalna assistência) / (Redução proporcional no preço) = -1,2 
[(X - 2.000) / 2.000] / [(4,50 – 5,00) / 5,00 ] = -1,2 
[(X - 2.000) / 2.000] / -0,1 = -1,2 
(X - 2.000) / 2.000 = 0,12 
X - 2.000 = 240 ou X = 2240 
A torcida subiu de 2.000 para 2.240 espectadores por jogo, o levou a um 
aumento da renda média das partidas de R$ 10.000,00 para R$ 10.080,00. 
 
 
7. Elasticidade da demanda e impostos 
 
“Consigo trabalhar com preço baixo porque ganho na quantidade de clientes atendidos” – 
afirma cabeleireiro​. 
a) O que a afirmativa em destaque sugere quanto à elasticidade-preço da demanda por 
cortes de cabelo? 
Quando o cabeleireiro afirma que “ganha na quantidade”, está implícito que esse ganho 
mais do que compensa o preço mais baixo. Se isso é verdade, então a demanda por 
cortes de cabelo é elástica ao preço. 
 
b) Explique e represente graficamente a relação que existe entre a elasticidade-preço da 
demanda de um produto e a receita total auferida pelos produtores com esse bem. 
7 
 
Se a demanda é inelástica em relação ao preço (elasticidade-preço menor do que 1), um 
aumento percentual no preço causará uma redução percentual menos que proporcional 
da quantidade demandada. Analogamente, se a demanda é elástica em relação ao preço 
(elasticidade-preço maior do que 1), isso significa que, para um percentual de aumento 
no preço, haverá uma redução percentual mais que proporcional na quantidade 
demandada. Por fim, se a demanda possui elasticidade unitária em relação ao preço 
(elasticidade-preço igual a 1), isso significa que, para um percentual de aumento no 
preço, haverá uma redução percentual proporcionalmente igual na quantidade 
demandada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Com base no raciocínio associado ao item anterior, explique por que é mais eficiente 
lançar impostos sobre bens de demanda inelástica. 
Se o lançamento de um imposto sobre um produto de demanda elástica faz subir seu 
preço e provoca uma forte redução em seu consumo, isso gerará efeito negativo sobre a 
arrecadação do imposto. Assim, do ponto de vista da arrecadação, os produtos mais 
indicados para taxação são aqueles cuja quantidade demandada reduz-se relativamente 
pouco, em resposta a um aumento de preço. 
 
 
8. A curva de oferta 
 
a) ​Um dos determinantes do formato da curva de oferta é o preço do bem. Tudo o mais 
constante (​ceteris paribus)​, a quantidade ofertada de um bem aumenta quando o preço 
aumenta (lei da oferta). Cite mais 2 determinantes da oferta e como cada um deles afeta 
a curva de oferta. 
Tecnologia​: uma melhora da tecnologia de fabricação de um bem desloca a curva de 
oferta para a direita já que torna-se menos custoso fabricar determinada quantidade de 
um bem a um dado preço. 
Existência de bens substitutos​: ​quanto maior o número de bens substitutos existentes no 
mercado, menor a inclinação da curva, mais elástica. 
 
b)​ Observe o gráfico abaixo: 
 
Em qual intervalo de pontos a curva de oferta é mais 
inelástica? Calcule as elasticidades-preço da oferta de 
cada intervalo utilizando o método do ponto médio. 
Em A, preço: de 4 para 6. Preço Médio = 5. 
8 
 
Em A, quantidade: de 100 para 225. Quantidade Média de 162,5. 
Elasticidade-preço da oferta em A = (125/2)*(5/162,5)= 1,92 
Em B, preço: de 13 para 15. Preço Médio de 14. 
Em B, quantidade: de 500 para 540. Quantidade Média = 520 
Elasticidade-preço da oferta em B = (40/2)*14/520 = 0,54 
A curva é mais inelástica no ponto B. 
 
c) ​Porque a elasticidade-preço da oferta pode ser diferente no curto e no longo prazo? 
No longo prazo, entram mais fabricantes para o bem. Com o aumento da competição do 
mercado, a oferta tende a se tornar mais preço-elástica. 
 
9. Elasticidade-preço da oferta 
 
a) Conceitue e defina elasticidade-preço da oferta. Represente graficamente e explique 
as diferentes situações da oferta, com respeito à elasticidade-preço, listadas abaixo 
a.1)​ Oferta perfeitamente inelástica. 
|η| = 0: a oferta do bem é fixa e não responde a mudanças nos preços. 
a.2)​ Oferta inelástica. 
|η| < 1: uma variação nos preços provoca uma variação menos que proporcional na 
quantidade ofertada do bem. 
a.3)​ Oferta de elasticidade unitária. 
|η| = 1: uma variação nos preços provoca uma variação de mesma proporção na 
quantidade ofertada do bem. 
a.4)​ Oferta elástica. 
|η| > 1: uma variação nos preços provoca uma variação mais que proporcional na 
quantidade demandada do bem. 
a.5)​ Oferta perfeitamente elástica. 
|η| = ∞ : a um dado nível de preços, os produtores irão atender a toda e qualquer 
demanda do mercado. 
 
b) Agora imagine que a obra de determinado pintor do século XIX voltou à moda, de tal 
forma que aumentou a demanda tanto por seus quadros originais quanto por 
reproduções deles. Supondo que as curvas de demanda por originais e por reproduções 
sofram um deslocamento de mesma magnitude para a direita, em que caso o aumento do 
preço será proporcionalmente maior? Por quê? Responda baseando-se naquilo que foi 
descrito no item “a”. 
O aumento do preço será proporcionalmente maior no caso dos originais. Isso ocorre 
porque os quadros originais não podem mais ser produzidos, ou seja, sua oferta tende a 
ser mais inelástica do que a oferta das reproduções, que podem ser fabricadas com mais 
facilidade. 
 
 
10. Políticas do governo: preços máximos 
 
9 
 
O setor elétrico do país ​X é regulamentado pelo Ministério de Minas e Energia. Este se 
utiliza de leilões onde o governo é o comprador. A empresa que fornecer energia ao 
menor preço ganha o contrato. Entretanto, o governo, procurando forçar uma baixa no 
preço da energia elétrica para os consumidores, tem oferecido um preço máximo para os 
contratos com os produtores de energia. 
a) Represente graficamente a situação sugerida pelas afirmativas acima, rotulando 
corretamente as curvas e indicando qual a quantidade transacionada de energia elétrica, 
tanto ao preço de equilíbrio quanto ao preço inferior oferecido pelo governo. Nesse 
último caso, haverá excesso de demanda ou excesso de oferta? 
A fixação de um preço inferior ao de equilíbrio faz que a 
quantidade demandada seja superior à quantidade ofertada ao 
preço estabelecido. As quantidades transacionadas serão Q​e 
(ao preço de equilíbrio) e Q​o (quantidade efetivamente 
ofertada no mercado pelos produtores ao preço oferecido 
pelo governo; uma quantidade inferior, portanto, à 
quantidade de equilíbrio que seria estabelecida no mercado, 
na ausência da intervenção governamental). 
Caso o mercado de energia elétrica operasse livremente, a 
existência de uma demanda insatisfeita (consumidores que não conseguiriam comprar o 
que queriam, e que estariam dispostos a pagar mais do que o preço praticado no 
mercado, inferior ao P​e​), induziria os produtores, ou alguns deles, a vender por um preço 
mais alto do que o estabelecido em um mercado informal. 
 
 
b) Em resposta às reclamações dos produtores, suponha que o governo concorde em 
incentivar a produção de energia elétrica por meio de subsídios e de isenções fiscais aos 
ofertantes, de modo a igualar oferta e demanda. Mostre graficamente os efeitos dessapolítica sobre a oferta de energia elétrica, indicando a nova quantidade transacionada. 
Motivando os investimentos no setor elétrico, a fim de 
eliminar o excesso de demanda, o governo provocará um 
deslocamento da curva de oferta para a direita, de tal forma 
que a nova curva cruze a curva de procura no ponto 
correspondente ao preço tabelado. Agora a quantidade 
transacionada de energia elétrica (Q1) será maior do que no 
caso anterior, sendo dada pelo cruzamento da nova curva de 
oferta com a curva de demanda. 
 
 
11. Políticas do governo: preços mínimos 
 
Suponha que prejuízos com a lavoura de algodão levem agricultores a queimar a 
produção para protestar contra os baixos preços. Eles reclamam do baixo preço do 
algodão no mercado e culpam o governo pela falta de uma política de preços para os 
produtos agrícolas, afirmando ser necessário a garantia de um preço mínimo para o 
plantio e colheita. 
10 
 
Imagine então que o governo estabeleça um preço mínimo a ser recebido pelos 
produtores, dispondo-se a comprar todo o algodão excedente oferecido a esse preço. 
Mostre tal situação 
em um gráfico explicitando: 
a) a quantidade de algodão que será comprada pelo governo. 
b) o gasto do governo com essa compra. 
c) a situação do mercado caso o governo não se dispusesse a adquirir o excesso de 
oferta de algodão. 
A fixação de um preço mínimo, superior ao de equilíbrio, 
fará que, a esse preço, a quantidade ofertada de algodão 
seja maior que a quantidade demandada no mercado, 
caracterizando uma situação de excesso de oferta. O 
volume de algodão comprado pelo governo será justamente 
esse excesso da oferta sobre a demanda. O gasto do 
governo com a compra será dado pela multiplicação da 
quantidade comprada pelo preço pago (o preço mínimo). 
Graficamente, esse gasto é representado pela área do 
retângulo determinado pelo segmento pontilhado horizontal 
que mede o preço mínimo e pelos segmentos pontilhados 
verticais que medem o excesso de oferta. 
Caso o governo não se dispusesse a adquirir o excesso de oferta de algodão, os 
produtores, ou alguns deles, ver-se-iam com estoques indesejados não vendidos e 
tenderiam a baixar o preço, para liquidar tais estoques. Supondo o mercado de algodão 
um mercado de concorrência perfeita, esse comportamento induziria uma baixa 
generalizada no preço, pois quem não baixasse seu preço não conseguiria vender seu 
produto. Tal pressão para queda no preço manter-se-ia enquanto existisse excesso de 
oferta, até que se atingisse o equilíbrio de mercado. 
 
 
12. Bens normais ​versus​ bens inferiores 
 
A curva de demanda do bem x é dada por: Dx = 30 – 0,7px + 0,9py + 0,5R, onde px e 
py são, respectivamente, os preços dos bens x e y, e R é a renda dos consumidores. 
a) Os bens x e y são complementares, substitutos ou nada pode ser inferido a respeito? 
Justifique e de um exemplo do que poderiam ser os bens x e y. 
Os bens são substitutos, já que, pela curva de demanda do bem x, percebe-se que o 
aumento do preço do bem y leva a um aumento desta. O bem x poderia ser representado 
por “refrigerante”, e y pode ser interpretado como “suco”, por exemplo. 
b) Suponha que a renda R de um consumidor representativo aumentasse de R$ 500,00 
para R$ 700,00. Tomando px = R$ 4,00 e py = R$ 3,00, em que montante e como a 
demanda pelo bem x iria se alterar? 
Caso 1: Dx = 30 – 0,7*4 + 0,9*3 + 0,5*500 = 279,9 
Caso 2: Dx = 30 – 0,7*4 + 0,9*3 + 0,5*700 = 379,9 
A demanda pelo bem x iria aumentar em até 100 unidades (isto dependeria de quanto 
seria o aumento do preço dado o deslocamento da demanda – quanto mais elástica 
menor seria a quantidade demandada dado a variação do preço). 
11 
 
c) Como você classificaria o bem x no que diz respeito a renda? O mesmo pode ser dito 
a respeito do bem y? Explique. 
O bem x é um bem normal já que o aumento da renda leva a um aumento da quantidade 
demandada. A respeito do bem y nada podemos afirmar uma vez que não temos 
conhecimento da curva de demanda deste (se o sinal que acompanhasse o coeficiente de 
R fosse negativo teríamos o caso de um bem inferior). 
 
 
13. Eficiência ​versus​ Equidade 
 
“As decisões de produção tomadas pelo mercado costumam ser bem-sucedidas quanto à 
eficiência, mas podem ser mal-sucedidas quanto à eqüidade”. 
a) Explique como você entende essa afirmativa, apresentando uma breve diferenciação 
desses dois conceitos. 
Entende-se por eficiência que a sociedade tem de obter o máximo benefício possível a 
partir de seus recursos escassos, enquanto eqüidade consiste em distribuir a 
prosperidade econômica entre os membros da sociedade. 
As preferências da coletividade podem ser reveladas no mercado pelas decisões de 
compra de cada um. Isto costuma ser mais eficiente do que atribuir à burocracia 
governamental a decisão sobre, por exemplo, quantas padarias devem existir em uma 
cidade, onde localizá-las e que tipos de pães devem ser produzidos. As decisões de 
mercado, contudo, podem ser falhas em termos de equidade já que são ponderadas pelo 
“poder de compra” de cada individuo. 
 
b) Classifique cada uma das seguintes atividades do governo de acordo com a sua 
motivação: uma preocupação com a eqüidade ou uma preocupação com a eficiência. 
Justifique sua classificação. 
b.1)​ Regulamentar os preços de serviços públicos como água e eletricidade. 
Eqüidade, uma vez que o preço de tais serviços, muitas vezes oferecidos por uma só 
empresa pode, se fixado pelo mercado, atingir níveis que penalizem o consumidor, 
especialmente os de menor renda. 
b.2) Oferecer a uma parcela da população pobre tíquetes que podem ser usados 
para comprar comida. 
Eqüidade, pois visa a uma melhor distribuição dos benefícios econômicos entre os 
membros da população, equiparando-os. 
b.3)​ Aumentar as alíquotas de imposto de renda das pessoas com alta renda. 
Eqüidade, pois tal política consiste, em essência, em uma redistribuição da renda 
nacional. 
 
 
14. Imposto 
 
As curvas de oferta e demanda de mercado de um bem são dadas por: 
S ​= -500+600​p 
D ​ = 4000-400 ​p 
Pede-se: 
a. ​p​0​ ​e ​q​0​ ​de equilíbrio 
12 
 
Igualando as duas equações, obtem-se p=4,50 e q= 2.200 
b. Dada a alíquota de um imposto T= 0,9 centavos por produto, cobrado sobre os 
produtores, quais os novos p​1​ e q​1​ de equilíbrio. 
Nova S ​= -500+600(​p – 0,9) 
D​ = 4000-400(​p+0,9) 
Novo preço dado por -500+600(​p – 0,9)=​ 4000-400​p 
p=5,04, q= 1984 
c. Qual o preço pago pelo consumidor? E o preço recebido pelo vendedor? 
O preço pago pelo pelos consumidores é de 5,04. (aumenta em 0,54 centavos em 
relação ao preço de equilíbrio) – consumidores arcam mais com imposto já que a curva 
de demanda é mais inelástica relativamente à oferta. 
O preço recebido pelo pelos produtores é de 4,14. (diminui em 0,36 centavos em relação 
ao preço de equilíbrio) 
d. Qual o valor da arrecadação do governo nesse mercado? Qual parcela do valor desta 
arrecadação é paga pelo consumidor em R$? 
O valor da arrecadação do governo é 0,9*1984= 1.785,60. 
A parcela paga pelos consumidores é dada por 0,54*1984=1071,36 (parcela igual a 
60%) 
e. Ilustre os equilíbriosgraficamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
f. O que determina a maneira como o 
ônus tributário se divide entre compradores e vendedores? Por quê? 
A elasticidade-preço da demanda e oferta determinam como o ônus tributário será 
dividido entre compradores e vendedores. Quanto mais inelástica a curva de demanda 
dos compradores, menor será a redução da quantidade demandada por estes dado o 
aumento de preço causado pelo imposto. O mesmo é valido para os ofertantes, que 
reduzirão em maior quantidade a oferta conforme mais elástica for a curva de oferta 
dado a reducao do preço recebido pela fixação do imposto. 
 
 
15. Salário mínimo e desemprego 
 
Considere os seguintes dados relativos ao mercado de trabalho no país X. 
a) Identifique o ponto de equilíbrio no mercado de 
trabalho. Associe cada uma das curvas às empresas ou 
aos ​trabalhadores 
O ponto correspondente ao salário A é aquele de 
equilíbrio. A curva de oferta pode ser associada aos 
trabalhadores, que se dispõem mais a trabalhar 
13 
 
conforme maior o salário. A curva de demanda pode ser associada às empresas, que 
contratam mais trabalhadores conforme menor o salário​. 
b)Identifique as conseqüências da imposição do salário mínimo. 
A imposição de um salário mínimo igual a B levaria a geração de desemprego 
involuntário já que, ao salário mínimo estabelecido, existiram mais trabalhadores 
dispostos a ofertar mão-de-obra do que a quantidade demandada pelas firmas​. 
 
Agora observe a tabela a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) ​Qual o salário de equilíbrio na ausência de interferência governamental? Quantas 
pessoas estarão contratadas? Haverá alguém procurando emprego e que não consiga 
encontrar um (desemprego)? 
O salário de equilíbrio, na ausência de interferência governamental, seria aquele que 
iguala a quantidade demandada de trabalho à oferta da mesma, ou seja, seria igual a 
1500. Neste ponto não haveria desemprego involuntário. 
d) Suponha que o governo estabeleça um salário mínimo de R$ 2.000,00. A este salário 
haverá desemprego? Se sim, quantas serão as pessoas sem emprego? Responda as 
mesmas perguntas para o caso de o salário mínimo fixado seja de R$ 5.000,00. 
Haverá desemprego igual a 60 trabalhadores caso o salário mínimo fosse fixado em 
R$1.500,00 e igual a 125 trabalhadores se o salário mínimo fosse fixado em 
R$5.000,00. 
e) Dada sua resposta da parte b) e a informação da tabela, qual a relação entre nível de 
desemprego e nível do salário mínimo? Quem se beneficia de uma política assim? 
Quem perde? 
O desemprego será maior quanto maior for a fixação do salário mínimo acima do salário 
de equilíbrio. Beneficiam-se os trabalhadores empregados e perdem aqueles que 
permanecem desempregados. 
 
 
PARTE II – Testes 
______________________________________________________________ 
 
 
1. Bens complementares e substitutos 
 
Suponha três bens normais: X, Y e Z. Os bens X e Y são substitutos, enquanto os bens 
Y e Z são complementares. Considerando tudo o mais constante, um aumento do preço 
de X provocará redução na quantidade transacionada de: 
a) X e também redução na de Y. 
14 
 
b) X e também redução na de Z. 
c) X e aumento na de Z. 
d) Y e aumento na de X. 
e) Y e aumento na de Z. 
 
 
2. Custo de oportunidade 
 
Dada a curva de possibilidades de produção, aponte a alternativa errada: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) a economia não pode atingir D, com recursos que dispõe. 
b) o custo de oportunidade de passar de C para A é de 5 unidades do bem X. 
c) o custo de oportunidade de aumentar a produção de X em 5 unidades, a partir do 
ponto E, é igual a 2 unidades de Y. 
d) Em C e D a economia apresenta recursos produtivos desempregados. 
e) A, B e C e E são pontos viáveis. 
 
 
3. Fronteiras das possibilidades de produção 
 
3.1 -​ Os pontos de uma curva de possibilidades de produção expressam: 
a) As combinações de máxima produção obtenível de dois bens correspondentes ao 
mínimo custo de produção, dada a tecnologia. 
b) As combinações de mínima produção obtenível de dois bens, quando a dotação 
disponível dos fatores é plenamente utilizada, dada a tecnologia. 
c) As combinações de máxima produção obtenível de dois bens quando a dotação 
disponível dos fatores é plenamente utilizada, dada a tecnologia. 
d) As combinações de níveis de produção obteníveis de dois bens correspondentes ao 
máximo lucro, dada a tecnologia. 
e) as combinações de níveis de produção obteníveis de dois bens correspondentes à 
máxima utilidade alcançada pelos consumidores, dados a tecnologia e os preços das 
mercadorias. 
 
3.2 - No gráfico a seguir, a curva de possibilidades de produção de uma economia é 
representada pela linha cheia ligando os pontos A e B. O deslocamento da curva para a 
posição ocupada pela linha interrompida que liga os pontos A e C é compatível com a 
causa seguinte: 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
a) Progresso tecnológico aplicável à produção dos dois bens, mantidas constantes as 
dotações dos demais recursos produtivos. 
b) Redução da dotação de um dos recursos aplicáveis à produção do bem Y, mantidas 
constantes as dotações dos demais recursos aplicáveis à produção dos bens X e Y. 
c) Progresso tecnológico aplicável exclusivamente à produção do bem Y, mantidas 
constantes as dotações dos demais recursos aplicáveis à produção dos bens X e Y. 
d) Redução da dotação de um dos recursos aplicáveis à produção do bem X, mantidas 
constantes as dotações dos demais recursos aplicáveis à produção dos bens X e Y. 
e) Progresso tecnológico aplicável exclusivamente à produção do bem X, mantidas 
constantes as dotações dos demais recursos aplicáveis à produção dos bens X e Y. 
 
 
4. Demanda, oferta e equilíbrio de mercado 
 
4.1 - Suponha uma situação inicial de equilíbrio no mercado de tratores e a ocorrência 
de duas alterações simultâneas: um aumento no preço do aço – principal matéria-prima 
da indústria de tratores – e a oferta de crédito facilitado – juros baixos e prazos longos – 
para a compra de implementos agrícolas. O efeito combinado disso sobre o mercado de 
tratores deverá ser: 
a) O preço de equilíbrio diminui, enquanto a quantidade transacionada pode tanto 
aumentar, diminuir ou permanecer constante. 
b) O preço de equilíbrio pode tanto aumentar, diminuir ou permanecer constante, mas a 
quantidade transacionada aumenta. 
c) O preço de equilíbrio pode tanto aumentar, diminuir ou permanecer constante, mas a 
quantidade transacionada diminui. 
d) O preço de equilíbrio aumenta, enquanto a quantidade transacionada pode 
tanto aumentar, diminuir ou permanecer constante. 
 
4.2 -​ Qual das seguintes frases é verdadeira em relação a uma curva de oferta vertical? 
a) Vendedores não responderão a uma mudança no preço 
b) Uma quantidade infinita será ofertada a dado preço 
c) Vendedores recusarão vender o produto ao preço corrente do mercado 
d) Se o preço do produto aumenta, a quantidade ofertada aumentará substancialmente. 
 
 
5. Imposto 
 
5.1 - Suponha uma situação inicial de equilíbrio no mercado do produto B, um bem 
normal (não inferior). Ocorre então uma queda na renda média dos consumidores desse 
bem e, simultaneamente, o lançamento de um imposto sobre suas vendas. Nesse caso, 
16os seguintes efeitos são esperados sobre o preço de mercado de equilíbrio (pe) e a 
quantidade transacionada de equilíbrio (qe) de B: 
a) pe diminui e qe pode tanto aumentar, diminuir ou permanecer constante. 
b) pe tanto pode aumentar, diminuir ou permanecer constante, mas qe aumenta. 
c) pe tanto pode aumentar, diminuir ou permanecer constante, mas qe diminui. 
d) pe aumenta e qe pode tanto aumentar, diminuir ou permanecer constante. 
 
5.2 -​ Observe o gráfico a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.2.1 - De acordo com o gráfico, o preço que os compradores vão pagar após o imposto 
é: 
a. R$18.00 
b. R$14.00 
c. R$12.00 
d. R$8.00 
 
5.2.2 - ​De acordo com o gráfico, o preço que os vendedores vão receber após o 
imposto é: 
a. R$18.00 
b. R$14.00 
c. R$12.00 
d. R$8.00 
 
5.2.3 - ​De acordo com o gráfico, o montante de imposto que compradores e vendedores 
pagariam seria 
a. R$8.00, R$2.00 
b. R$6.00, R$4.00 
c. R$4.00, R$6.00 
d. R$2.00, R$8.00 
 
 
6. Imposto e elasticidade 
 
6.1 - Os efeitos da imposição de um imposto sobre determinado bem podem ser 
avaliados por meio da interação das curvas de oferta e demanda. O ônus do imposto é 
dividido entre compradores e produtores do bem taxado. O ônus do imposto sobre 
compradores é menor quando: 
a. maior for a elasticidade da demanda e menor for a elasticidade da oferta a 
preço, ambas em módulo. 
17 
 
b. menores forem as elasticidades da demanda e da oferta a preço, ambas em módulo. 
c. menor for a elasticidade da demanda e maior for a elasticidade da oferta a preço, 
ambas em modulo. 
d. o ônus do imposto é praticamente nulo a medida que a elasticidade preço da demanda 
se aproxima do infinito já que o equilíbrio do mercado não se altera. 
e. n.d.a 
 
6.2 – Num mercado competitivo, o governo estabeleceu um imposto especifico sobre 
determinado produto. A incidência do imposto se dará, simultaneamente, sobre 
produtores e consumidores se: 
a. as curvas de oferta e demanda forem absolutamente inelásticas. 
b. a curva de demanda for absolutamente inelástica e a de oferta elástica. 
c. a curva de demanda for infinitamente elástica e a de oferta absolutamente inelástica. 
d. as curvas de oferta e demanda forem elásticas 
e. as curvas de oferta e demanda forem infinitamente elásticas. 
 
 
7. Elasticidade-preço da demanda 
 
7.1 -​ Compradores vão pagar a maior parte de um imposto sobre produto quando: 
a. A oferta é mais elástica que a demanda. 
b. A demanda é mais elástica que a oferta. 
c. O imposto é colocado sobre o vendedor do produto. 
d. O imposto é colocado sobre o comprador do produto. 
 
7.2 - ​Uma série de eventos no fim de 1973 revolucionou a indústria do petróleo 
mundial. Em alguns meses, os treze membros da Organização dos Países Exportadores 
de Petróleo mais que quadruplicaram o preço, em dólares, do barril do petróleo bruto (o 
preço foi de US$ 2,59 para US$ 11,65). Os países exportadores de petróleo ficaram 
ricos quase que da noite para o dia. 
Com base no texto acima, é correto supor que, no curto prazo, a elasticidade-preço da 
demanda por petróleo é: 
a. maior do que 1 (demanda elástica). 
b. menor do que 1 (demanda inelástica). 
c. 1 (unitária). 
d. positiva. 
e. infinita. 
 
7.3​ – Qual dessas afirmações é a verdadeira? 
a. Quanto menor for o número de substitutos de um produto, maior será a 
elasticidade-preço da demanda. 
b. Se aumentos sucessivos da oferta de um bem resultam em reduções sucessivas da 
receita dos ofertantes, pode-se dizer que a demanda por esse produto é inelástica ao 
preço. 
c. A demanda de um produto é geralmente mais elástica ao preço no longo do que 
no curto prazo. 
d. Bens normais tem elasticidade-preço da demanda superior a bens inferiores. 
18 
 
 
 
8. Elasticidade-renda da demanda 
 
Por meio de uma política cultural, o governo pretende incentivar o retorno das pessoas 
aos cinemas. Após alguns estudos, chegou-se à conclusão de que a elasticidade-renda da 
demanda ​per capita por cinema é constante e igual a ¼, enquanto a elasticidade-preço 
da demanda é também constante e igual a -1. Os consumidores gastam, em média, R$ 
200,00 por ano com sessões cinema e têm renda média anual de R$ 12.000,00; cada 
bilhete custa, atualmente, R$ 2,00. 
Com base no texto acima, qual das afirmações abaixo pode ser considerada falsa? 
a. Um desconto de R$ 0,20 no preço do bilhete teria o mesmo efeito, dado o objetivo da 
política cultural do governo, de uma elevação de R$ 4.800,00 na renda média. 
b. A elasticidade-renda da demanda igual a ¼ implica que, se a renda média 
aumentasse R$ 1.000,00, o número médio de sessões de cinema por consumidor 
aumentaria em 250 por ano. 
c. O bilhete de cinema é bem normal uma vez que o aumento da renda leva a um 
aumento da quantidade demandada por este. 
d. A curva de demanda de bilhetes de cinema é não linear. 
 
 
9. Bens normais versus bens inferiores 
 
Se o produto A é um bem normal e o produto B é um bem inferior, um aumento na 
renda do consumidor provavelmente: 
a. Aumentará a quantidade demanda de A, enquanto a de B permanecerá constante. 
b. Aumentará simultaneamente os preços de A e B. 
c. O consumo de B diminuirá e o de A crescerá. 
d. O consumo dos dois bens aumentarão. 
e. Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
 
10. Políticas de fixação de preços 
 
Sobre políticas de fixação de preços e salários pelo governo em um mercado 
competitivo, leia os itens abaixo e escolha uma das alternativas. 
I. Em um mercado de bens, uma política de preço máximo só terá efeito 
caso o preço fixado pelo governo esteja acima do equilíbrio de mercado​. 
F 
II. Caso o preço máximo fixado pelo governo esteja abaixo do equilíbrio, 
haverá excesso de oferta​. ​F 
III. Considerando que a oferta de apartamentos no curto-prazo é inelástica, 
se o governo fixar um preço máximo abaixo do equilíbrio, haverá 
escassez de moradias. ​V 
IV. Se o governo fixar um salário mínimo superior ao de equilíbrio no 
mercado de trabalho, haverá desemprego.​V 
 
19 
 
a. todas corretas 
b. todas erradas 
c. I, III e IV corretas 
d. III e IV corretas 
e. II e IV corretas 
 
 
11. Mercado 
 
11.1 – Em uma economia de mercado, os problemas de “o que”, “quanto”, “como” e 
“para quem” produzir são resolvidos, na maior parte das vezes: 
a. pelos representantes do povo. 
b. pelos preços do serviços econômicos. 
c. pelo mecanismo de preço. 
d. pelos preços dos recursos econômicos. 
e. pela quantidade dos fatores produtivos. 
 
11.2 – Numa economia do tipo centralizado, os problemas econômicos fundamentais 
são resolvidos: 
a. pela produção em grande escala de bens de consumo. 
b. pelo sistema de preços 
c. pelo controle da curva de possibilidades de produção 
d. pelo planejamento da atividade econômica 
e. n.r.a 
 
11.3​ – Aponte a alternativa falsa: 
a. A fronteira de possibilidades de produção existe tanto numa economia de mercado 
como numa economia centralizada 
b. Numa economia, é o sistema de preços que resolve o problema de escolher o ponto da 
fronteira de possibilidades de produção para a qual a economia será levada. 
c. Quanto menores forem as disponibilidades de recursos da economia, mais 
afastada da origem estará a fronteira de possibilidades de produção. 
d. Se os custos de oportunidade forem constantes, a fronteira depossibilidades de 
produção será uma reta. 
 
 
 
PARTE III – Exercícios Complementares 
______________________________________________________________ 
 
1. Suponha que uma economia só produza máquinas (bens de capital) e alimentos (bens 
de consumo) e que as alternativas de produção de ambos sejam as seguintes: 
 
Alternativas de Produção Máquinas (milhares) Alimentos (toneladas) 
A 25 0 
B 20 30 
C 15 47,5 
20 
 
D 10 60 
E 0 70 
 
a) Desenhe a fronteira de possibilidades de produção. 
 
 
b) Explique, com detalhes, o significado de pontos sobre, abaixo e acima da curva 
desenhada no item a). 
 
A curva ABCDE indica todas as possibilidades de produção de máquinas e de 
alimentos nesse economia hipotética. Qualquer ponto sobre a curva significa que a 
economia irá operar no pleno emprego, ou seja, à plena capacidade, utilizando 
todos os fatores de produção. 
No ponto Y (ou demais pontos abaixo da curva), quando a economia está 
produzindo 12 mil máquinas e 31 toneladas de alimentos, dizemos que se está 
operando com capacidade ociosa ou com desemprego. Ou seja, os fatores de 
produção está sendo subutilizados. 
O ponto Z representa uma combinação impossível de produção (17 mil máquinas e 
68 toneladas de alimentos), uma vez que os fatores de produção e a tecnologia de 
que a economia dispõe seriam insuficientes para obter essas quantidades de bens. 
Esse ponto ultrapassa a capacidade de produção potencial ou de pleno emprego 
dessa economia. 
 
c) Calcule o custo de oportunidade de aumentar a produção de alimentos de 30 
toneladas para 47,5 ton. 
O custo de oportunidade representa o custo da produção alternativa sacrificada. 
Para aumentar a produção de alimentos de 30 para 47,5 toneladas (B para C), o 
custo de oportunidade em termos de máquinas é igual a 5 mil, que é a quantidade 
sacrificada desse bem para se produzirem mais 17,5 toneladas de alimentos. 
21 
 
 
d) Os custos de oportunidades são crescentes, decrescentes ou constantes? Justifique. 
É de se esperar que os custos de oportunidades sejam crescentes, uma vez que, 
quando aumentamos a produção de determinado bem, os fatores de produção 
transferidos dos outros produtos se tornam cada vez menos aptos para a nova 
finalidade, ou seja, a transferência vai ficando cada vez mais difícil e onerosa, e o 
grau de sacrifício vai aumentando. Ou seja, os fatores de produção são 
especializados em determinadas linhas de produção, e não são completamente 
adaptáveis a outros usos. 
 
 
2. ​A demanda por alimentos de Maria pode ser descrita por ​Q​D = 10 – 2P​. Se a sua 
elasticidade-preço da demanda por alimentos ao preço ​P​*​ é -2/3, quanto é ​P​*​? 
A função de demanda de Maria é ​Q ​D = 10 – 2P​. Sua elasticidade preço da demanda 
em ​P​*​ é Elasticidade = (​dQ​D​/dP​*​) × (​P​*​/​Q​D​) = -2 × (​P​*​/​Q ​D​) = -2 × (​P​*​/​10 – 2P​*​) 
⇒ 
P​*​ = 2 
 
3. No país A, é proibido o consumo de cigarros, logo os indivíduos comercializam 
cigarros no mercado negro. A demanda por cigarros é ​Q​D ​= 12 − ​P​, e a oferta de cigarros 
é ​Q​s ​= 2​P ​. 
(a) Encontre o preço e quantidade de equilíbrio no mercado negro. 
Igualando oferta e demanda, temos: ​P = 4, Q = 8​. 
(b) O governo toma ciência do Mercado negro e reforça o policiamento de tal maneira 
que metade da oferta de cigarros é encontrada e destruída. Sob este contexto, quais são 
as funções de demanda e oferta? Qual é o novo preço e quantidade de equilíbrio? 
Mostre a mudança no mercado usando o diagrama de oferta e demanda. 
Q​D ​= 12 − P, Q​S ​= P. Portanto, igualando oferta e demanda, temos: P = 6, Q = 6. 
Falta desenhar diagrama: Mostra curva de oferta mais para a direita (rotação 
sentido horário) 
 
(c) Suponha que o governo mude a política e legalize a comercialização do cigarro. 
Agora cigarros são comercializados no mercado aberto. Entretanto, para cada unidade 
de cigarro comprada, o consumidor deve pagar o imposto ​T ​para o governo. Encontre as 
novas funções de oferta e demanda neste caso. Qual é o preço (antes do imposto) e a 
quantidade de equilíbrio? Qual é o preço final (com impostos) pago pelos 
consumidores? 
Q​D = 12 − (P + T ) = 12 − 2P, Q​S = 2P. Assim, P = 3 e Q = 6. O preço final com 
impostos é 6. 
 
(d) Compare os resultados de b) e c). Qual é a política que o governo prefere? 
Justifique. 
As quantidades e os preços com impostos pagos pelos consumidores são os mesmos 
em ambos os casos. Portanto os consumidores são indiferentes. Para o governo, a 
22 
 
política em b require um gasto extra com monitoramento, e em c o governo tem 
receita tributária. Logo, o governo prefere a política em c. 
 
4. Considere um mercado competitivo no qual as quantidades anuais demandadas e 
ofertadas a diversos preços sejam as seguintes: 
 
Preço (R$) Demanda (milhões) Oferta (milhões) 
60 22 14 
80 20 16 
100 18 18 
120 16 20 
 
a) Calcule a elasticidade preço da demanda quando o preço for R$ 80 e também 
quando for R$ 100. 
 
E= (variação percentual na quantidade demandada) / (variação percentual no 
preço) 
 
A variação percentual será calculada pelo método do ponto médio. 
 
(i) Quando o preço inicial é R$ 80, temos 
 
%Δp = Δp/p​m​ = (100-80)/90= 0,22 = 22% 
 
e 
 
%Δq = Δq/q​m​ = (18-20)/19 = -0,10 = - 10% 
 
Daí, E= (-10%)/(22%) = - 0,45 
Ou seja, nesse ponto a demanda é inelástica. (o resultado pode ser representado 
em módulo) 
 
(ii) Quando o preço inicial é R$ 100, temos 
 
%Δp = Δp/p​m​ = (120-100)/110= 0,18 = 18% 
 
e 
 
%Δq = Δq/q​m​ = (16-18)/17 = -0,12 = -12% 
 
Daí, E= (-12%)/(18%) = - 0,66 
Ou seja, nesse ponto, a demanda é inelástica. 
 
 
 
b) Calcule a elasticidade preço da oferta quando o preço for R$ 80 e também 
quando for R$ 100. 
23 
 
 
 
E= (variação percentual na quantidade ofertada) / (variação percentual no preço) 
 
Novamente, a variação percentual será calculada pelo método do ponto médio. 
 
(i) Quando o preço inicial é R$ 80, temos 
 
%Δp = Δp/p​m​ = (100-80)/90= 0,22 = 22% 
 
e 
 
%Δq = Δq/q​m​ = (18-16)/17 = -0,12 = 12% 
 
Daí, E= (12%)/(22%) = 0,55 
Ou seja, nesse ponto, a oferta é inelástica. 
 
(ii) Quando o preço inicial é R$ 100, temos 
 
%Δp = Δp/p​m​ = (120-100)/110= 0,18 = 18% 
 
e 
 
%Δq = Δq/q​m​ = (20-18)/19 = 0,10 = 10% 
 
Daí, E= (10%)/(18%) = 0,55. (a oferta é inelástica nesse ponto) 
 
c) Quais são o preço e quantidade de equilíbrio? 
O preço de equilíbrio é aquele que iguala as quantidades demandada e ofertada. 
Isso ocorre em p= R$100 e q= 18 milhões 
 
d) Suponha que o governo estabeleça um preço máximo de R$ 80. Haverá excesso 
ou escassez? Em caso afirmativo, qual é a magnitude? 
 
Como o preço de equilíbrio é de R$100, ao preço de mercado de R$80, haverá 
excesso de demanda ou, de forma equivalente, escassez do bem. Ao preço de R$80 
são ofertadas 16 milhões de unidades e demandadas 20 milhões de unidades. Dessa 
forma, nesse nível de preço, há uma escassez de 4 milhões de unidades. 
 
 
 
 
5​. Dadas as funções: 
Demanda: q​d​ = 19.000 – 20​p 
Oferta: q​s​ = 10.000 + 10​p 
24 
 
 
de um produto agrícola, e supondo que o governo fixou um preço mínimo de $ 400,00 , 
qual a política que o governodeve adotar, de forma a minimizar seus gastos? 
O preço de equilíbrio, aquele alcançado pela livre movimentação das forças de oferta e 
demanda, sem a fixação de preço pelo governo, é determinado por: 
19.000 - 20p = 10.000 + 10p 
Daí, p = 300. 
Ao preço de R$ 300,00 são demandadas e negociadas 13.000 unidades do bem. 
Com a fixação do preço mínimo em R$ 400,00, haverá excesso de oferta de 3.000 
unidades, uma vez que nesse nível de preço, q​S​ = 14.000 e q​d​ = 11.000. 
Para acabar com o excesso de oferta do bem, o governo poderia adotar duas medidas 
distintas: comprar a quantidade ofertada, ao preço mínimo estabelecido, ou dar um 
subsídio aos consumidores. 
(i) O governo pode comprar o excesso de oferta ao preço mínimo, que seria dado por. 
(q​S​ – ​q​d​).p​min​ = 3.000(400) = 1,2 milhões. 
(ii) O valor do subsídio, T, deve ser exatamente aquele que desloca a curva de demanda 
para o equilíbrio em p=400 e q=14.000. Daí, podemos reescrever as curvas de oferta e 
demanda, da seguinte forma: 
Demanda: q​d​ = 19.000 – 20(​p-T) 
Oferta: q​s​ = 10.000 + 10​p 
Igualando as duas funções ao nível de preço p = 400, temos que T=150. 
Ou seja, o governo gastaria: Tq= 150(14000)=2,1 milhões com a política de subsídio ao 
consumo. 
Ou seja, a política que minimizaria os gastos do governo seria comprar o excesso de 
oferta ao preço mínimo. 
 
6​. A figura mostra a demanda e a oferta de aluguéis de imóveis na cidade de 
Townsville. 
 
 
 
 
25 
 
 
 
(a) Qual é o aluguel de equilíbrio e qual a quantidade de equilíbrio para aluguéis de 
imóveis?​ O aluguel de equilíbrio será de $450 e a quantidade é de 20 mil. 
Se é definido um aluguel máximo de $300 por mês, qual é: 
(b) A quantidade alugada de habitação?​ 10 mil 
(c) A escassez de habitação? ​20 mil imóveis 
(d) O preço máximo que alguém está disposto a pagar pela última unidade disponível? 
$600 por mês 
Se é definido um aluguel máximo de $600 por mês, qual é: 
(e) A quantidade alugada de habitação? ​20 mil 
(f) A escassez de habitação? ​Não há 
(g) O preço máximo que alguém está disposto a pagar pela última unidade disponível? 
$450 
7​. A tabela apresenta a demanda e a oferta de mão-de-obra com idade entre 16 e 18 
anos: 
 
Salário 
(dólares por hora) 
Quantidade demandada 
(horas por mês) 
Quantidade Ofertada 
(horas por mês) 
4 
5 
6 
7 
8 
3.000 
2.500 
2.000 
1.500 
1.000 
 
1.000 
1.500 
2.000 
2.500 
3.000 
 
 
 
 
 
(a) Qual é o salário de equilíbrio e o nível de emprego? ​$6; 2.000 
(b) Qual é a quantidade de desemprego?​nulo 
(c) Se for estabelecido um salário mínimo de $5 por hora para aqueles com idade entre 
16 e 18 anos, quantas horas eles trabalharão?​2000 (nada muda pois o salário mínimo 
está abaixo do salário de equilíbrio) 
26 
 
(d) Se for estabelecido um salário mínimo de $5 por hora para aqueles com idade entre 
16 e 18 anos, quantas horas eles deixarão de trabalhar por ficar desempregados? 
nenhuma 
(e) Se for estabelecido um salário mínimo de $7 por hora para aqueles com idade entre 
16 e 18 anos, quais serão as quantidades de emprego e desemprego? ​Emprego: 1500 
desemprego: 1000 
(f) Se for estabelecido um salário mínimo de $7 por hora e a demanda aumentar 500 
horas por mês, qual será o salário pago àqueles com idade entre 16 e 18 anos e quantas 
horas eles deixarão de trabalhar por ficar desempregados? ​500 
 ​8 ​. A tabela apresenta a demanda e a oferta de bolinhos. 
 
 
 
Preço 
(centavos de dólar por 
bolinho) 
Quantidade demandada 
(milhões por dia) 
Quantidade Ofertada 
(milhões por dia) 
50 
60 
70 
80 
90 
5 
4 
3 
2 
1 
 
3 
4 
5 
6 
7 
 
 
(a) Se os bolinhos não estão sujeitos à incidência de impostos, qual é o preço de um 
bolinho e quantos são comprados? ​$0,60; 4 
(b) Se os vendedores devem pagar um imposto de $0,20 por bolinho, qual é o preço e a 
quantidade comprada? Quem paga o imposto? ​$70; 3; consumidores e produtores 
pagam $0,10 cada. 
(c) Se os compradores devem pagar um imposto de $0,20 por bolinho, qual é o preço e a 
quantidade comprada? Quem paga o imposto? ​$50; 3; consumidores e produtores 
pagam $0,10 cada. 
 
 
9​. A demanda e a oferta de rosas são dadas pela seguinte tabela: 
Preço 
(dólares por buquê) 
Quantidade demandada 
(buques por semana) 
Quantidade Ofertada 
(buques por semana) 
27 
 
10 
12 
14 
16 
18 
100 
90 
80 
70 
60 
 
40 
60 
80 
100 
120 
 
 
(a) Se as rosas não estão sujeitas à incidência de imposto, qual é o preço dos buquês e 
quantos são comprados? ​$14; 80 buquês 
(b) Se é comprado um imposto de $6 por buquê de rosas, qual é o preço e a quantidade 
comprada? Quem paga o imposto? ​$16; 60 buquês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 ​. A demanda e a oferta de arroz são dadas pela seguinte tabela: 
Preço 
(dólares por pacote) 
Quantidade demandada 
(pacotes por semana) 
Quantidade Ofertada 
(pacotes por semana) 
1,00 
1,10 
1,20 
1,30 
1,40 
1,50 
1,60 
3.500 
3.250 
3.000 
2.750 
2.500 
2.250 
2.000 
500 
1.000 
1.500 
2.000 
2.500 
3.000 
3.500 
 
 
Qual é o preço, o custo marginal da produção de arroz e a quantidade produzida se o 
governo: 
(a) Cria um subsídio de $0,30 por pacote de arroz? ​O preço é $1.20 , o custo marginal é 
$1.50 e a quantidade produzida é 3.000 
28 
 
(b) Cria uma cota de 2 mil pacotes por semana ao invès de um subsídio? ​O preço é de 
$1.60, o custo marginal é $1.30 e a quantidade é de 2.000 
 
11 ​. A figura ilustra o mercado de uma substância ilegal. Qual é o preço de equilíbrio e a 
quantidade se há uma multa de $20 por unidade para: 
 
 
 
 
 
 
(a) Os vendedores apenas? 
De acordo com o gráfico, as equações de oferta e demanda são: 
Demanda: Q​d​ = -p + 170 
Oferta: Q​S​ = p + 50 
Quando a multa incide sobre os vendedores, temos: 
Q​S​ = (p-20) + 50 = -p + 170. 
Daí, o novo preço de equilíbrio será p = 70 e nova quantidade será q =100 
 (b) Os compradores apenas? 
Q​d​ = -(p+20) + 170 = p + 50. 
Daí, o novo preço de equilíbrio será p = 50 e nova quantidade será q =100 
(c) Para compradores e vendedores? 
Demanda: Q​d​ = -(p+20) + 170 
Oferta: Q​S​ = (p-20) + 50 
Daí, -(p+20) + 170 = (p-20) + 50 
Daí, o novo preço de equilíbrio será p = 60 e nova quantidade será q =90 
 
PARTE IV – Interpretação de textos de jornais e revistas 
29 
 
 
1) Com baixa oferta e demanda em alta, preço do feijão volta a subir 
Após um período de calmaria na primeira quinzena do mês, o preço do feijão volta a 
subir. A oferta continua reduzida e a demanda cresce. A avaliação é de Vlamir 
Brandalizze, da Brandalizze Consulting, de Curitiba. Umas das apostas de Brandalizze 
para a sustentação dos preços é o crescimento do consumo de alimentos básicos. Esse 
crescimento ocorre em razão do aumento do endividamento da população, o que obriga 
o consumidor a reduzir o consumo de produtos de maior valor agregado, elevando o de 
itens de menor valor. Com isso, a opção passa a ser mais feijão e arroz. Brandalizze diz 
que há um aperto na oferta de feijão porque a safra chegou mais tarde devido à 
ocorrência de geada na região Sul. Além disso, a oferta foi menor também em Minas 
Gerais, onde os estoques já são escassos. A oferta de feijão é menor também no 
Nordeste, onde a produção foi uma das menores nos últimos anos, segundo Brandalizze. 
(Fonte: Folha de São Paulo, 9/10/2012) 
(a) Identifique os fatores quedeslocam as curvas de oferta e demanda por feijão. 
Oferta de feijão: a curva de oferta de feijão se deslocou para a esquerda, devido às 
safras ruins nas regiões Sul (ocorrência de geadas), Nordeste e em Minas Gerais. 
Demanda por feijão: a curva de demanda por feijão se deslocou para a direita, devido ao 
aumento do consumo dos alimentos básicos, estimulado pelo aumento do 
endividamento da população. 
 
2) Falta de reajustes da gasolina deixou rede de problemas 
A política de contenção de reajustes da gasolina para segurar a taxa de inflação, adotada 
pelo governo nos últimos anos, não prejudicou apenas o caixa da Petrobras, mas deixou 
uma rede de problemas para muitos setores. O álcool perdeu competitividade interna, 
levando as usinas a investir menos na renovação dos canaviais e, consequentemente, a 
uma produção e moagem menores... Em 2009, o consumo nacional de gasolina foi de 
25,4 bilhões de litros, subindo para 39,5 bilhões no ano passado. O crescimento foi de 
55%. No mesmo período, a utilização de álcool hidratado pelos consumidores recuou 
para 10 bilhões de litros, 39% menos do que em 2009. Essa queda na venda de etanol 
hidratado ocorreu devido, boa parte, à perda de competitividade em relação à gasolina. 
(Fonte: Folha de São Paulo, 01/02/2013) 
 
(a) O artigo comenta sobre a política de preços adotada para a gasolina no Brasil. 
Represente as curvas de oferta e demanda por gasolina, antes e depois do 
estabelecimento de um preço máximo para o combustível e explique os seus efeitos. 
 
Mercado de gasolina 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Suponha que o preço da gasolina fique congelado no nível inicial de equilíbrio, devido à 
política de preços da Petrobrás. O deslocamento da curva de demanda, de D1 para D2, 
(devido ao crescimento da economia), fez com que, ao preço em questão, houvesse 
excesso de demanda por gasolina. A escassez do bem foi coberta pela importação de 
gasolina, com o preço subsidiado pela empresa, resultando no deslocamento da curva de 
oferta, de S1 para S2. 
 
 
Mercado de álcool 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O gráfico da esquerda mostra o preço e quantidade de equilíbrio de álcool no Brasil. 
Devido à política de preços da Petrobrás para a gasolina, houve uma diminuição na 
quantidade demandada de álcool, que foi de D1 para D2, uma vez que álcool e gasolina 
são bens substitutos. Para evitar a queda no preço do álcool, as usinas diminuíram a 
oferta do produto, que foi de S1 para S2. O resultado foi uma diminuição no mercado do 
álcool. 
(b) Explique como a política de preços para a gasolina afetou a demanda por álcool no 
Brasil. 
Álcool e gasolina são bens substitutos. Isso significa que muitos consumidores decidem 
qual dos combustíveis comprar de acordo com o preço relativo dos bens. A política de 
preços da Petrobrás faz com que aumente a demanda pelo bem, levando assim à queda 
da demanda por álcool. 
 
(c) Sabendo que uma usina pode produzir tanto etanol (combustível) como açúcar, 
explique economicamente qual foi estratégia das usinas para não deixar o preço do 
álcool cair. Represente graficamente esse processo. 
 
31 
 
Com a queda da demanda por álcool, a estratégia adotada pelas usinas para evitar perdas 
foi diminuir a oferta de álcool e aumentar a de açúcar, cujo preço era mais favorável às 
usinas. Isso foi possível por que as usinas utilizam a mesma matéria prima para produzir 
álcool e açúcar. A representação gráfica desse processo é mostrada no item (a), no 
deslocamento da curva de oferta de álcool para a esquerda, de S1 para S2. 
 
 
3) BC faz a maior intervenção no câmbio desde 2008 
O Banco Central realizou em dezembro a maior venda de dólares das reservas 
internacionais desde a crise de 2008, com objetivo de derrubar a cotação da moeda 
estrangeira e compensar a forte saída de recursos do país. De acordo com o BC, até o 
dia 28, foram injetados 5,5 bilhões de dólares no mercado de câmbio, maior intervenção 
desde a crise de 2008, quando foram vendidos mais de 8 bilhões de dólares. O BC 
vendeu dólares das reservas com o compromisso de recompra em datas futuras. Isso não 
era feito desde fevereiro de 2009. Além dessa espécie de "empréstimo" de moeda, o BC 
realizou ainda leilões de contratos de câmbio no valor de quase 4 bilhões de dólares em 
dezembro. (VEJA, 04/01/2013) 
Considerando que a taxa de câmbio é determinada pela oferta e demanda de divisas (no 
caso, dólar), represente graficamente: 
(a) O efeito sobre a taxa de câmbio depois da forte saída de dólares do país. 
 
 
 
 
 
Com a forte saída de dólares do país, diminui a oferta da moeda no Brasil. Assim, a 
curva de oferta de dólares se desloca para a esquerda, de S1 para S2, e o preço do dólar 
aumenta, ou seja, houve uma desvalorização cambial. 
(b) O efeito sobre a taxa de câmbio após a intervenção do Banco Central. 
Com o objetivo de compensar a forte saída de dólares, o Banco Central realizou uma 
venda expressiva da moeda no sentido de derrubar a sua cotação. Assim, a curva de 
oferta se desloca para a direita, de S2 para S3, e há uma valorização do câmbio. 
 
 
 
32