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NBR 7190 Determinação das propriedades das madeiras para projeto de estruturas Amostragem Para a investigação direta de lotes de madeira serrada considerados homogêneos, cada lote não deve ter volume superior a 12 m³ Do lote a ser investigado deve-se extrair uma amostra, com corpos-de-prova distribuídos aleatoriamente ao longo do lote. Para isso não se devem retirar mais de um corpo-deprova de uma mesma peça. Relatório Os resultados dos ensaios devem ser apresentados em relatório técnico que deve conter: a) referência à NBR 7190; b) descrição da amostra, fazendo referência às condições de armazenagem do lote; c) forma e dimensões dos corpos-de-prova, com indicação da direção das fibras; d) valor médio da umidade do lote; e) valores determinados das propriedades da madeira Umidade Determinação do teor de umidade de lotes considerados homogêneos, de madeira serrada ou beneficiada, para ajuste das propriedades mecânicas de resistência e de rigidez. O teor de umidade da madeira corresponde à relação entre a massa da água nela contida e a massa da madeira seca Determinar a massa seca (ms) do corpo-de-prova, com exatidão de 0,01g. Com o corpo-de-prova saturado, determinar o volume saturado por meio das medidas dos lados da seção transversal e do comprimento, com precisão de 0,1 mm. Tomar mais de uma medida para levar em consideração as imperfeições devidas ao inchamento do corpo-de-prova. Na determinação da densidade aparente, a massa e o volume devem ser medidos em corpos-de-prova com teor de umidade de 12%. Conhecidos os valores de ms, m12, Vsat e V12 , determinamse as densidades básica e aparente pelas expressões definidas em B.6.2. Compressão paralela às fibras Determinação da resistência e a rigidez à tração paralela às fibras da madeira de um lote considerado homogêneo Para a determinação das propriedades de resistência e rigidez as medidas do comprimento e do diâmetro do trecho central dos corpos-de-prova devem ser feitas com exatidão de 0,1 mm Para determinação do módulo de elasticidade devem ser feitas medidas de deformações em pelo menos duas faces opostas do corpo-de-prova As medidas das deformações específicas devem ser feitas com extensômetros com exatidão mínima de 50 µm/m. Para o ajuste do corpo-de-prova na máquina de ensaios mecânicos, deve-se utilizar uma rótula entre o atuador e o corpo-de-prova. O carregamento deve ser monotônico crescente, correspondente a uma taxa de 10 MPa/min. Compressão normal às fibras Determinação da resistência e da rigidez à compressão normal às fibras da madeira de um lote considerado homogêneo. A rigidez da madeira na direção normal às fibras deve ser determinada por seu módulo de elasticidade, obtido do trecho linear do diagrama tensão x deformação específica As medidas das deformações específicas devem ser feitas com extensômetros com exatidão mínima de 50 µm/m. Para o ajuste do corpo-de-prova na máquina de ensaio, deve-se utilizar uma rótula entre o atuador e o corpo-deprova. O carregamento deve ser monotônico crescente correspondente a uma taxa de 10 MPa/min. O carregamento deve ser aplicado de preferência na direção tangencia Tração normal às fibras Determinar a resistência à tração normal às fibras da madeira de um lote considerado homogêneo. Para a determinação da resistência à tração normal às fibras, as medidas das faces dos corpos-de-prova devem ser feitas com precisão de 0,1 mm O carregamento deve ser monotônico crescente, correspondente a uma taxa de 2,5 MPa/min. O carregamento deve ser aplicado de preferência na dire- ção tangencial. Cisalhamento Determinação da resistência ao cisalhamento paralelo às fibras da madeira de um lote considerado homogêneo. A resistência ao cisalhamento paralelo às fibras da madeira (fwv,0 ou fv0) é dada pela máxima tensão de cisalhamento que pode atuar na seção crítica de um corpo-deprova prismático Fendilhamento Determinação da resistência ao fendilhamento paralelo às fibras da madeira de um lote considerado homogêneo. A resistência ao fendilhamento paralelo às fibras da madeira (fws,0 ou fs0) é dada pela máxima tensão que pode atuar no corpo-de-prova de madeira Flexão Determinação da resistência e da rigidez da madeira à flexão de um lote considerado homogêneo. A resistência da madeira à flexão (fwM ou fM) é um valor convencional, dado pela máxima tensão que pode atuarem um corpo-de-prova no ensaio de flexão simples, calculado com a hipótese de a madeira ser um material elástico No ensaio, o corpo-de-prova deve ser vinculado a dois apoios articulados móveis, com vão livre entre apoios de 21 h, sendo o equilíbrio do sistema garantido pelo atrito com o atuador. O carregamento consiste em uma carga concentrada, aplicada por meio de um cutelo acoplado ao atuador No ensaio para determinação da resistência à flexão, o carregamento deve ser monotônico crescente, com uma taxa de 10 MPa/min. Dureza Como determinar a dureza da madeira de um lote considerado homogêneo pelo método de Janka. A dureza da madeira proposta por Janka é determinada convencionalmente pela tensão gerada ao penetrar uma esfera de aço, com diâmetro perimetral de 1cm², em um elemento de madeira. Amostra (corpos de prova) Os corpos-de-prova devem ter seção quadrada de 5,0 cm e comprimento ao longo das fibras de 15,0 cm. Dimensões em centímetros Corpo-de-prova para ensaio de dureza Amostra (corpos de prova) O ensaio consiste em aplicar uma carga crescente, até que a esfera penetre a uma profundidade igual ao seu raio, em um período de 1 minuto. Resistência ao impacto à flexão É definida pela razão entre a energia necessária à fratura do corpo de prova (W) e a área da seção transversal deste Expressa em quilojoules por metro quadrado W é a energia necessária para fratura do corpo de prova em joules; b e h são as dimensões da seção transversal do corpo-de-prova Procedimento Ensaio de impacto à flexão deve-se utilizar um máquina de pêndulo com capacidade três a cinco vezes maior que a energia necessária à ruptura do corpo-deprova por flexão.
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