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6669 – CIRCUITOS ELETRÔNICOS I Departamento de Engenharia Química Universidade Estadual de Maringá Rubens Zenko Sakiyama rubens@deq.uem.br DIODOS • O diodo é um dispositivo de dois terminais. • Idealmente, um diodo conduz somente em uma única direção. Características do Diodo Região de Condução • A tensão ao longo do diodo é de 0 V • A corrente é infinita • A corrente direta é definida pela fórmula RF = VF / IF • O diodo se comporta como um curto Características do Diodo Região de não condução • Toda a tensão fica ao longo do diodo • A corrente é de 0 A • A resistência reversa é definida pela fórmula RR = VR / IR • O diodo se comporta como um circuito aberto Materiais Semicondutores • Materiais geralmente utilizados no desenvolvimento de dispositivos semicondutores: Silício (Si) Germânio (Ge) Arseneto de gálio (GaAs) Dopagem • As características elétricas do silício e do germânio são melhoradas pela adição de materiais em um processo denominado dopagem. Tipo n Dopa com Sb, As, P. Materiais do tipo n contém excesso de elétrons. Tipo p Dopa com B, Ga, In. Materiais do tipo p contém excesso de lacunas. Junção PN • Uma extremidade de um cristal de silício ou germânio pode ser dopada como um material do tipo p e a outra extremidade como um material do tipo n. Junção PN • Na junção p-n, o excesso de elétrons do material tipo n é atraído para as lacunas do material do tipo p. • Os elétrons no material do tipo n migram ao longo da junção para o material do tipo p (fluxo de elétrons). • A migração de elétrons resulta em uma carga negativa no lado do tipo p da junção e em uma carga positiva no lado do tipo n da junção. Junção PN • O resultado é a formação de uma região de depleção em torno da junção. Condições de operação de um diodo Ausência de polarização. Polarização direta. Polarização reversa. Ausência de polarização Nenhuma tensão externa é aplicada: VD = 0 V. Não há corrente no diodo: ID = 0 A. Só uma modesta depleção. Polarização Reversa • Uma tensão externa é aplicada ao longo da junção p-n na polaridade oposta dos materias do tipo p e n. Polarização Reversa • Os elétrons no material do tipo n são atraídos para perto do terminal positivo da fonte de tensão. • As lacunas no material do tipo p são atraídos para perto do terminal negativo da fonte de voltagem. Polarização Reversa • A tensão reversa faz com que a área da região de depleção aumente. Polarização Direta • Uma tensão externa é aplicada ao longo da junção p-n na mesma polaridade dos materiais do tipo p e n. Polarização Direta • Os elétrons e lacunas são empurrados em direção à junção p-n, fazendo com que a área da região de depleção diminua. Polarização Direta • Aumentando-se a tensão VD, os elétrons e lacunas têm energia suficiente para cruzar a junção p-n. Curva característica do diodo 1T D nV V SD eII onde: IS é a corrente de saturação reversa VD é a tensão de polarização direta aplicada ao diodo n é um fator de idealidade que é função das condições de operação e construção física; tem intervalo entre 1 e 2, dependendo de uma grande variedade de fatores (será adotado n = 1) VT é chamada de tensão térmica Equação de Shockley Equação da Tensão Térmica q kT V K T onde: k é a constante de Boltzmann = 1,38 x 10-23 J/K TK é a temperatura absoluta em Kelvin = 273 + temperatura em oC q é a magnitude da carga eletrônica = 1,6 x 10-19 C Exemplo • A tempratura de 27 oC (temperatura comum para componentes em um sistema operacional encapsulado), determine a tensão térmica VT. 19 23 10.6,1 300.10.38,1 q kT V K T KCT o 30027273273 mVmVV T 26875,25 Portadores majoritários e minoritários • Existem duas correntes que circulam através de um diodo, provocadas pelos tipos de portadores presentes nos materiais: • Portadores majoritários – No material do tipo n: elétrons – No material do tipo p: lacunas • Portadores minoritários – No material do tipo n: lacunas – No material do tipo p: elétrons Região de ruptura por avalanche • A região de ruptura por avalanche fica na região de polarização reversa do diodo. • Em um certo momento, a voltagem da polarização reversa é tão alta (tensão de ruptura – VBV) que a corrente reversa aumenta drasticamente (corrente de avalanche). Região Zener • Alguns tipos de diodos são construídos para operar na região de polarização reversa denominada região Zener. • A tensão que faz com que um diodo entre na região Zener de operação é denominada tensão Zener (VZ). • Os diodos que possuem estas características são denominados diodos zener. Tensão de polarização direta • O ponto no qual o diodo muda da condição de ausente de polarização para a condição de com polarização direta ocorre quando os elétrons e as lacunas recebem energia suficiente para cruzar a junção p-n. Essa energia vem da tensão externa aplicada ao longo do diodo. • A tensão de polarização direta necessária para um: Diodo de arseneto de gálio 1,2 V Diodo de silício 0,7 V Diodo de germânio 0,3 V Comparação de diodos comerciais de Ge, Si e GaAs Efeitos da Temperatura • À medida que a temperatura aumenta, é adicionada energia ao diodo. • Ela reduz a tensão de polarização direta necessária para condução de polarização direta. • Ela aumenta a quantidade de corrente reversa na condição de polarização reversa. • Ela aumenta a tensão máxima de avalanche da polarização reversa. • Os diodos de germânios são mais sensíveis a variações de temperatura que os de silício ou de arseneto de gálio. Variação nas características de um diodo de Si em função da variação de temperatura Na região de polarização direta, a curva desvia-se para a esquerda a uma taxa de 2,5 mV/oC. Na região de polarização reversa, a corrente reversa dobra a cada elevação de 10oC na temperatura. Diodo ideal x Diodo real Níveis de Resistência • Semicondutores reagem de modo diferente a correntes CC e CA. • Há três tipos de resistência: Resistência CC (estática). Resistência CA (dinâmica). Resistência CA média. Resistência CC (estática) • Para um tensão CC específica aplicada (VD), o diodo tem uma corrente específica (ID) e uma resistência específica (RD). D D D I V R Exemplo: Determine os níveis de resistência CC do diodo da figura a) ID = 2 mA (nível baixo) b) ID = 20 mA (nível alto) c) VD = -10V (polarização reversa) Resultados: a) 250 W b) 40 W c) 10 MW Resistência CA (dinâmica) d d d I V r Resistência CA (dinâmica) • De modo geral: ID >> IS SD T nVV S D D D II nV eI dV d I dV d TD 1 1 / T D D D nV I dV dI D T d D D I nV r dI dV • Para n = 1 e VT = 26 mV: D d I mV r 26 Esta equação é precisa apenas para valores de ID na seção de elevação vertical da curva Resistência CA (dinâmica) • Na região de polarização direta: • A resistência depende da quantidade de corrente (ID) no diodo. • A tensão ao longo do diodo é razoavelmente constante (26 mV para 25C). • rB varia de típico 0,1 W para dispositivosde alta potência a 2 W para baixa potência, diodos de uso geral. B D d r I mV26 r Resistência CA (dinâmica) • Em região de polarização reversa: • A resistência é efetivamente infinita. • O diodo se comporta como um aberto. rd Para a curva característica da figura: a) Determine a resistência CA em ID = 2 mA. b) Determine a resistência CA em ID = 25 mA. c) Compare os resultados das partes (a) e (b) para as resistências CC em cada nível de corrente. a) Foi traçada uma linha tangente em ID = 2 mA, com amplitude de 2 mA acima e 2 mA abaixo. Em ID = 4 mA -> VD = 0,76 V Em ID = 0 mA -> VD = 0,65 V mAI d 404 VV d 11,065,076,0 W 5,27 004,0 11,0 d d d I V r b) Foi traçada uma linha tangente em ID = 25 mA, com amplitude de 5 mA acima e 5 mA abaixo. Em ID = 30 mA -> VD = 0,8 V Em ID = 20 mA -> VD = 0,78 V mAI d 102030 VV d 02,078,08,0 W 2 01,0 02,0 d d d I V r c) Para ID = 2 mA, VD = 0,7V W350 002,0 7,0 D D D I V R Que é muito maior que o valor calculado em (a), rd = 27,5 W. c) Cont.: Para ID = 25 mA, VD = 0,79V W62,31 025,0 79,0 D D D I V R Que é muito maior que o valor calculado em (b), rd = 2 W. Resistência CA média A resistência CA pode ser calculada utilizando-se a corrente e a tensão marcada nos dois pontos na curva característica do diodo. pt. to pt. ΔI ΔV r d d av Para a curva característica da figura determinar a resistência CA média. mAI d 15217 VV V d d 075,0 65,0725,0 W 5 015,0 075,0 d d av I V r Circuito equivalente do diodo • Circuito equivalente linear por partes • Circuito equivalente simplificado
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