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6669 – CIRCUITOS ELETRÔNICOS I Departamento de Engenharia Química Universidade Estadual de Maringá Rubens Zenko Sakiyama rubens@deq.uem.br Resposta em frequência das redes CTS (com constante de tempo simples) Curvas de Bode para rede passa-baixas Curvas de Bode para rede passa-altas Integradores e Diferenciadores • Aplicações com Amp Op -> resistores na malha de realimentação -> operação independente da frequência. • Exceção: utilização de capacitor para minimizar o efeito das imperfeições cc dos Amp Ops. • Utilização de capacitores juntamente com resistores nas malhas de realimentação e de entrada dos Amp Ops: integradores e diferenciadores A configuração inversora com impedâncias generalizadas • Trocando-se s por jw, obtém-se a função de transferência em regime permanente senoidal. )( )( )( )( 1 2 sZ sZ sV sV i O • Configuração inversora de malha fechada: trocar R1 e R2 por Z1(s) e Z2(s). Exemplo 2.6 – pág 67 (Sedra/Smith) Para o circuito abaixo, obtenha a expressão da função de transferência VO(s)/Vi(s). Mostre que a função de transferência obtida é semelhante àquela obtida para o circuito passa-baixas CTS. Expressando a função de transferência na forma padrão, obtenha a expressão do ganho cc e a frequência de corte (ou de 3 dB). Projete um circuito de forma a ter ganho cc de 40 dB, frequência de corte de 1 kHz e resistência de entrada de 1 kW. Em que frequência o ganho torna-se unitário? Qual a fase do sinal de saída nessa frequência? )( )( )( )( 1 2 sZ sZ sV sV i O 11 RZ 2 22 1 || sC RZ 12 2 1 1 )( )( RsC R RsV sV i O Exemplo 2.6 Função de transferência de 1ª ordem • Ganho cc finito (-R2/R1) para s = 0. • Ganho zero para frequências infinitas. • Corresponde à função de transferência de uma rede passa-baixas com constante de tempo simples (CTS) 22 1 2 1)( )( RsC R R sV sV i O 1 2 R R K 22 0 1 RC w Ganho: Frequência de corte: Constante de tempo da rede CTS: 22RC Para R1 = 1 kW, e ganho cc de 40dB (100V/V) -> R2 = 100 kW. Exemplo 2.6 Para fo = 1 kHz 3 2 3 10.100. 1 10.2 C C2 = 1,59 nF Como o ganho decresce a uma taxa de - 20dB/década, alcançará 0 dB após duas décadas, isto é, em f = 100.f0 = 100 kHz. Nessa frequência, que é muito maior que f0 a fase é aproximadamente -90o. A esse valor, devemos adicionar 180o em razão da natureza inversora do amplificador. Portanto, para 100 kHz, o desvio total da fase será -270o, ou seja, 90o. Exemplo 2.6 O circuito integrador inversor Realiza a operação matemática de integração. R tv ti I )( )(1 A corrente i1 flui através do capacitor C, resultando em carga que se acumula em C. Se o circuito começa a operar em um instante t = 0, então em um instante arbitrário, a corrente i(t) terá depositado em C uma carga igual a t dtti 0 1 )( O circuito integrador inversor t c dtti C tv 0 1 )( 1 )( A tensão no capacitor mudará de Se a tensão inicial no capacitor (em t = 0) for indicada por VC, então t Cc dtti C Vtv 0 1 )( 1 )( A tensão de saída vO(t) é igual a –vC(t), logo: C t IO Vdttv CR tv 0 )( 1 )( Portanto, esse circuito fornece uma tensão de saída que é proporcional à integral temporal da entrada, em que VC é a condição inicial de integração e CR é a constante de tempo de integração. O circuito integrador inversor Este circuito é conhecido como integrador Miller em homenagem a seu inventor. A operação do circuito integrador inversor pode ser descrita no domínio da frequência, substituindo Z1(s) = R e Z2(s) = 1/sC: sCRsV sV i O 1 )( )( O circuito integrador inversor Em regime permanente senoidal, s = jw: CRjjV jV i O ww w 1 )( )( Módulo: Fase: CRV V i O w 1 O 90 O circuito integrador inversor Se w dobra, o módulo da função de transferência cai a metade (6 dB). CRV V i O w 1 A linha dB x w intercepta a linha de 0 dB em: conhecida como frequência do integrador. CR 1 int w O circuito integrador inversor • O integrador comporta-se como uma rede passa- baixas com frequência de corte nula. • Em w = 0, o ganho da função de transferência é infinito (em cc o Amp Op está operando em malha aberta). • Qualquer componente cc muito pequeno no sinal de entrada produzirá teoricamente uma saída infinita . • Na prática, ocorrerá a saturação na saída do Amp Op. • Portanto, o circuito integrador sofrerá efeitos danosos em virtude da presença de corrente ou tensão de offset cc na entrada do Amp Op. Efeito da tensão de offset cc na entrada VOS • Se no instante t = 0 a tensão no capacitor seja zero, a tensão de saída em função do tempo será dada por: • vo aumenta linearmente com o tempo até o Amp Op saturar. t CR V Vv OSOSO Efeito da corrente de offset cc na entrada VOS • Uma resistência R foi adicionada no terminal de entrada positivo do Amp Op. • A corrente de offset IOS fluirá através de C e provocará uma variação linear com o tempo em v0 até que o Amp Op sature. O circuito integrador inversor • O problema cc do circuito integrador pode ser atenuado conectando-se um resistor RF em paralelo com o capacitor C do integrador. Este resistor proporciona um caminho cc pelo qual as correntes cc (VOS/R) e IOS possam circular, resultando em um vO com uma componente cc de: em vez de crescer linearmente. FOS F OS RI R R V 1 O circuito integrador inversor • Para manter uma tensão de offset cc pequena na saída, RF deveria ser um valor baixo. • Mas quanto menor o valor de RF, menos ideal se torna o circuito integrador. F F I O sCR RR sV sV 1 / )( )( • Portanto, na hora de selecionar RF, o projetista terá o compromisso entre o desempenho cc e o desempenho de sinal. Exemplo 2.7 – pág 70 (Sedra/Smith) Ache o sinal de saía produzido por um integrador Miller em resposta a um pulso de entrada com amplitude de 1 V e largura de 1 ms. Seja R = 10 kW e C = 10 nF. Se o capacitor C estiver em paralelo com um resistor de 1 MW, como se modificará a resposta de saída? O Amp Op satura em ±13V. Em resposta ao pulso com 1 V de amplitude e 1 ms de largura e considerando a tensão inicial do capacitor igual a zero:: Exemplo 2.7 t O dt CR tv 0 .1 1 )( mst 10 Para C = 10 nF e R = 10 kW, CR = 0,1 ms, e: ttvO 10)( mst 10 O pulso de 1 V resulta em uma corrente constante (1 V/ 10 kW = 0,1 mA) através do capacitor. Essa corrente constante carrega o capacitor provocando um aumento linear na tensão em seus terminais até o tempo de 1 ms, duração do pulso do sinal de entrada. Caso o pulso tivesse uma duração maior, a tensão no capacitor continuaria a aumentar linearmente até atingir a tensão de saturação do Amp Op (-13V). Exemplo 2.7 RF = 1MW em paralelo com o capacitor Exemplo 2.7 O pulso de 1 V resulta em uma corrente constante (1 V/ 10 kW = 0,1 mA) através da rede composta pelo capacitor em paralelo com o resistor RF. Exemplo 2.7 FCR t OOOO evvvtv .)0()()()( VIRv FO 10010.110.1,0)( 63 Onde: VvO 0)0( O sinal de saída será uma exponencial tendendo a -100 V com uma constantede tempo de CRF = 10 ms. 101100)( t O etv mst 10 Exemplo 2.7 A exponencial será interrompida no tempo t = 1 ms e a tensão de saída neste momento será: VemsvO 5,91100)1( 10 1 Os integradores podem ser empregados para geração de ondas triangulares a partir de onda quadrada aplicada à sua entrada. Exercício 2.27 – pág 72 (Sedra/Smith) Considere uma onda quadrada simétrica de 20V pico a pico, com valor médio nulo e 2 ms de período aplicada em um integrador Miller. Calcule o valor da constante de tempo CR, tal que a onda triangular na saída tenha uma tensão de 20 V pico a pico. Resposta: 0,5 ms Exercício 2.28 – pág 72 (Sedra/Smith) Utilizando um Amp Op ideal, projete um integrador inversor com uma resistência de entrada de 10 kW e uma constante de tempo de integração de 10-3 s. Qual é o valor do módulo do ganho e o ângulo de fase desse circuito em 10 rad/s? E em 1 rad/s? Qual é a frequência na qual o valor do ganho é unitário? Resposta: R = 10kW, C = 0,1 mF; em w = 10 rad/s: |VO/Vi| = 100 V/V e = +90 o; em w = 1 rad/s: |VO/Vi| = 1.000 V/V e = +90 o; 1.000 rad/s Exercício 2.29 – pág 72 (Sedra/Smith) Considere um integrador Miller com constante de tempo de 1 ms e uma resistência de entrada de 10 kW. Suponha que o Amp Op tenha VOS = 2 mV e a tensão de saturação de saída seja ±12 V. (a) Supondo que, ao ser ligada a fonte de alimentação, a tensão no capacitor seja zero, quanto tempo leva para o amplificador saturar? (b) Determine o maior valor possível para o resistor de realimentação RF de modo que o sinal de saída possa variar dentro de pelo menos ±10 V. Qual a frequência de corte da rede CTS resultante? Resposta: (a) 6 s; (b) 10 MW, 0,16 Hz O circuito diferenciador com Amp Op Intercambiando a posição do capacitor com a do resistor no circuito integrador: que realiza a função matemática de diferenciação. O circuito diferenciador com Amp Op • Seja uma entrada vI(t) • Esta tensão aparecerá sobre o capacitor C. • A corrente através de C será: dt dv CI IC dt tdv CRtv IO )( )( • que também fluirá sobre o resistor de realimentação. • Portanto, a tensão na saída será: O circuito diferenciador com Amp Op • A função de transferência no domínio da frequência será: • Em regime permanente senoidal: sCR sV sV I O )( )( CRj sV sV I O w )( )( Módulo: Fase: CR V V I O w O 90 O circuito diferenciador com Amp Op • Diagrama de Bode para o circuito diferenciador: Para um aumento de uma oitava em w, o módulo do ganho dobra de valor (aumenta 6 dB). • Quando w = 1/CR, o ganho é unitário (0dB) e o produto CR é constante de tempo do circuito diferenciador. O circuito diferenciador com Amp Op • A resposta em frequência de um circuito diferenciador pode ser entendida como um filtro passa-altas CTS e frequência de corte infinita. • As características deste circuito se apresenta como um “ampliador de ruídos”, pois mudanças bruscas na entrada provocam grandes variações na saída. • Por esta razão e devido a problemas de estabilidade estes circuitos são geralmente evitados na prática. • Para minimizar estes efeitos, pode-ser utilizar resistores de pequeno valor em série com o capacitor, descaracterizando o circuito de um diferenciador ideal. Exercício 2.30 – pág 72 (Sedra/Smith) Projete um diferenciador que tenha uma constante de tempo de 10-2 s e uma capacitância de entrada de 0,01 mF. Qual é o módulo e qual é a fase do ganho desse circuito em 10 rad/s e em 103 rad/s? A fim de limitar o ganho de alta frequência do circuito diferenciador em 100, um resistor é associado em série com o capacitor. Obtenha o valor do resistor necessário. Resposta: C = 0,01 mF; R = 1 MW; em w = 10 rad/s: |VO/Vi| = 0,1 V/V e = -90 o; em w = 1.000 rad/s: |VO/Vi| = 10 V/V e = -90 o; 10 kW. Lista de Exercícios 2.1 2.5 2.6 2.8 2.14 2.15 2.18 2.19 2.21 2.26 2.29 2.34 2.37 2.38 2.44 2.46 2.48
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