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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA Professor Me. Claudinei de Lima Nascimento GRADUAÇÃO Unicesumar C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; NASCIMENTO, Claudinei de Lima. Contabilidade Intermediária. Claudinei de Lima Nascimento. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. (Reimpressão) 199 p. “Graduação - EaD”. 1. Contabilidade. 2. Intermediária. 3. Ciências Contábeis. 4. EaD. I. Título. ISBN 9978-85-459-0699-5 CDD - 22 ed. 657 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Impresso por: Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - Núcleo de Educação a Distância Direção Executiva de Ensino Janes Fidélis Tomelin Direção Operacional de Ensino Kátia Coelho Direção de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Direção de Operações Chrystiano Minco� Direção de Polos Próprios James Prestes Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida Direção de Relacionamento Alessandra Baron Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila Toledo Supervisão Operacional de Ensino Luiz Arthur Sanglard Coordenador de Conteúdo José Manoel da Costa Qualidade Editorial e Textual Daniel F. Hey, Hellyery Agda Design Educacional Isabela Agulhon Ventura Amanda Peçanha dos Santos Iconografia Isabela Soares Silva Projeto Gráfico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Arte Capa Arthur Cantareli Silva Editoração Victor Augusto Thomazini Revisão Textual Érica Fernanda Ortega Ilustração Bruno Cesar Pardinho Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e so- lução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsabilida- de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos- sos farão grande diferença no futuro. Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar assume o compromisso de democratizar o conhe- cimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros. No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi- tário Cesumar busca a integração do ensino-pes- quisa-extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consci- ência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade. Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al- meja ser reconhecido como uma instituição uni- versitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con- solidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrati- va; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relaciona- mento permanente com os egressos, incentivan- do a educação continuada. Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu- nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con- tribuindo no processo educacional, complementando sua formação profissional, desenvolvendo competên- cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessá- rios para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de cresci- mento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis- so, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza- gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica. A U TO R Professor Me. Claudinei de Lima Nascimento Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2005). Bacharel em Ciências Contábeis pelo Cesumar - Centro Universitário de Maringá (2002). Atualmente é professor de Ciências Contábeis UEM - Universidade Estadual de Maringá e da UNICESUMAR - Centro Universitário de Maringá. Atua como contador de empresas e é sócio-administrador da empresa Linasc Serviços de Apoio à Gestão Empresarial. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Ciências Contábeis, atuando principalmente nos seguintes temas: contabilidade gerencial, contabilidade tributária, métodos de custeio, custos, qualidade, decisões e profissão contábil. SEJA BEM-VINDO(A)! Olá, prezado(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) ao livro de Contabilidade Intermediária. Este livro foi organizado especialmente para seus estudos intermediários na área contábil. Assim, escolhemos conteúdos que deverão, naturalmente, servir de base para todos os outros componentes curriculares do curso que virão a seguir em outros módulos e que têm como base estudos básicos já apreendidos em componentes curriculares anterio- res. Fiquei lisonjeado ao receber o convite de desenvolver este material, pois é uma valiosa oportunidade de contribuir com o conhecimento daqueles que iniciaram seus estudos na área. Além disso, pra mim é uma grande oportunidade de pesquisa, revisão e reflexão de conceitos que há tempos estudo e prático. A Unidade 1 apresenta as operações com mercadorias que ocorrem no ambiente orga- nizacional: as compras, as vendas, os adiantamentos, os critérios de avaliação do custo de aquisição das mercadorias, os sistemas de avaliação dos estoques, a avaliação do custo das mercadorias vendidas, entre outros assuntos. A importância desta unidade está no fato de que os estoques são itens recorrentes em praticamente todas as empresas, mesmo aquelas que se dedicam apenas à prestação de serviços, mas se utilizam de materiais estocados para isso. Na Unidade 2, estudamos o item Imobilizado. Importante ativo empresarial, visto que nele encontram-se os investimentos em bens operacionaisrealizados pela empresa. A necessidade de avaliação do custo de aquisição dos bens, os métodos de depreciação e de reconhecimento do desgaste dos bens são importantes para o contador fazer os registros e os reportes de informação corretos. Além disso, o tratamento do Imobilizado é fortemente impactado pelas legislações tributárias e societárias, sem falar nas normas contábeis brasileiras. É necessário saber como fazer, o que tenta explicar esta unidade, mas tão importante quanto isso, é saber por que fazer. Nesta unidade, tentei trazer isso para o debate. Na Unidade 3, elencamos temas diversos de contabilidade de nível intermediário. As aplicações financeiras e os empréstimos bancários foram tratados para discorrer as ope- rações bancárias que normalmente acontecem no ambiente empresarial. Os adiantamentos de despesas, vistos sobre os aspectos de adiantamentos feitos inter- namente e também para contratação de serviços de outras pessoas jurídicas, também foram tratados nesta unidade. Chamamos a atenção ao controle, a necessidade que o contador tem em realizar os registros contábeis de forma a controlar os direitos que a empresa tem pelos adiantamentos que efetuou. A Unidade 4, apresenta a forma como o patrimônio pode ou deve ser reportado ou de- monstrado para os usuários da contabilidade. O balanço patrimonial é a representação gráfica do patrimônio e tem sua importância no fato de que, organizadamente, informa a saúde financeira de um patrimônio, logo, da entidade que a possui. APRESENTAÇÃO CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA A capacidade de informação do balanço depende do entendimento que os usuários possuem a respeito de ativos e passivos e, consequentemente, de patrimônio líqui- do. Um contador deve saber como mensurar estes itens para que, ao apresentá-los na estrutura do balanço, possam verdadeiramente informar. A variação da riqueza do patrimônio é medida pelo comportamento do patrimônio líquido no passar do tempo. O lucro é almejado e é alcançado dada a capacidade do patrimônio em gerá-lo. Essa capacidade é medida pela demonstração de resultado do exercício que é discutida e estudada na Unidade 5. Estudamos sua composição estrutural, tão importante para tornar o entendimento da formação do resultado pelo usuário mais fácil pela compreensibilidade. Compre- endemos nesta unidade o valor de se conhecer o resultado operacional de forma separada do resultado não operacional da empresa e como identificarmos as dife- renças. Espero que os estudos deste material tragam a você conhecimento técnico, prático e teórico a respeito da contabilidade, e que possam contribuir com o avanço dos seus estudos no curso e no seu desenvolvimento pessoal e profissional. APRESENTAÇÃO SUMÁRIO 09 UNIDADE I OPERAÇÕES COM ESTOQUES 15 Introdução 16 Conceitos de Estoques 19 Custo de Aquisição 24 Critérios de Avaliação 26 Livro de Registro de Inventário 37 Contabilização das Operações com Estoque 47 Considerações Finais 52 Referências 53 Gabarito UNIDADE II IMOBILIZADO 57 Introdução 58 Conceitos de Ativo Imobilizado 60 Plano de Contas 62 Custo de Aquisição 69 Métodos de Depreciação 80 Alienação de Bens do Ativo Imobilizado 84 Considerações Finais 89 Referências 90 Gabarito SUMÁRIO 10 UNIDADE III OPERAÇÕES FINANCEIRAS, ANTECIPAÇÕES DE RESULTADO 95 Introdução 96 Aplicações Financeiras 98 Adiantamentos 104 Despesas Antecipadas 111 Empréstimos e Financiamentos 113 Considerações Finais 118 Referências 119 Gabarito UNIDADE IV BALANÇO PATRIMONIAL 125 Introdução 126 Aspectos Gerais do Balanço Patrimonial 128 Conceitos dos Elementos Patrimoniais 129 Outras Terminologias 132 Conceito de Curto e Longo Prazo em Contabilidade 134 Estrutura do Balanço Patrimonial 139 Composição dos Grupos de Contas do Balanço Patrimonial 150 Considerações Finais 156 Referências 157 Gabarito SUMÁRIO 11 UNIDADE V DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 163 Introdução 164 Formação do Lucro Contábil 165 Conceitos de Receitas e Despesas 165 Regimes Contábeis de Reconhecimento de Receitas e Despesas na Contabilidade 169 Estrutura da Demonstração de Resultado 187 Considerações Finais 194 Referências 195 Gabarito 199 CONCLUSÃO U N ID A D E I Professor Me. Claudinei de Lima Nascimento OPERAÇÕES COM ESTOQUES Objetivos de Aprendizagem ■ Conceituar estoques. ■ Compreender a formação do custo de aquisição dos estoques. ■ Estudar os critérios de avaliação de estoques e seus controles. ■ Definir os lançamentos contábeis necessários para os estoques. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Conceitos de estoques ■ Custo de aquisição ■ Critérios de avaliação ■ Livro de registo de inventário ■ Contabilização das operações com estoque INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a)! O estoque é um dos ativos mais importantes de uma empresa, afinal de contas, faz parte de seu negócio principal, estando diretamente envol- vido em sua atividade geradora de resultados, os quais necessitam ser positivos. Nos mostrando, assim, a importância do estoque. Iniciamos a unidade conceituando estoques em seus diversos tipos e utilida- des nas empresas industriais, comerciais e de serviços. A valorização dos estoques será estudada logo a seguir, quando vamos conhecer os conceitos e os cálculos dos custos de aquisição de estoques. Além da formação do custo, vamos estu- dar também a contabilização inicial da entrada de estoques dentro das empresas por meio das compras. Passaremos, a partir do entendimento dos custos de aquisição, à compre- ensão das técnicas de avaliação de estoques, aos tipos existentes permitidos na legislação tributária e nas normas contábeis e aos mecanismos de elaboração. Este estudo é importante dada a variedade de estoques existentes nas empresas no que se refere a modelos, tipos, tamanhos, entre outros. A seguir, vamos estudar sobre o Livro de Registro de Inventário aplicado às empresas com sistemas simples instalados e também às empresas com sistemas mais complexos, uma vez que se trata de um documento fiscal obrigatório para todas as empresas comerciais e industriais. Este assunto permite compreender melhor o processo de encerramento do balanço patrimonial e da demonstração de resultado do exercício. Encerramos a unidade estudando sobre a contabilização das operações de estoques, que vão desde as operações de compras, até as operações de vendas de estoques, passando pelas operações normais que ocorrem nas empresas referen- tes a devoluções de compras e de vendas, abatimentos, entre outros. Desta forma, poderemos compreender como a gestão dos estoques em uma empresa pode fazer parte das funções da contabilidade no ambiente organizacional. Ótimo estudo! Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 15 OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E16 CONCEITOS DE ESTOQUES A norma relativa aos estoques está na Resolução 1.170 de 2009 do Conselho Federal de Contabilidade. É a NBC TG 16 – Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas Gerais 16. Segundo o CFC (2009), estoques são ativos mantidos para venda, em processo de produção e na forma de materiais a serem transforma- dos na produção de bens e serviços. Em empresas comerciais, chamamos os estoques mantidos para vendas de estoques de mercadorias. Em empresas industriais, os estoques podem ser clas- sificados da seguinte forma:■ Estoque de matéria-prima: é o material que será transformado em pro- duto acabado com a aplicação de tecnologia e mão de obra. ■ Estoque de produtos em processo: é o material que já entrou no pro- cesso de transformação pela tecnologia e mão de obra, porém ainda não se transformou definitivamente em produto acabado. ■ Estoque de produtos acabados: é o produto pronto para ser vendido pela indústria. Em empresas de prestação de serviços, os estoques são de valores menos expres- sivos e representam materiais que são aplicados no processo de execução dos Conceitos de Estoques Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 17 serviços. Na medida em que vão sendo consumidos, são considerados como custos na determinação do resultado. Os serviços em andamento também são considerados como estoques. São considerados também como estoques os materiais de consumo utiliza- dos pela empresa em suas atividades operacionais internas. São exemplos desses materiais: materiais de escritório, materiais de limpeza, entre outros. É comum tais materiais levarem a denominação de materiais de expediente. A demonstração dos estoques no balanço patrimonial pode ser feita como no Quadro 1: Quadro 1 – Posicionamento dos Estoques no Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO ATIVO CIRCULANTE ESTOQUES Estoques de Mercadorias Estoques de Matéria-Prima Estoques de Produtos em Processo Estoques de Produtos Acabados Serviços em Andamento Estoque de Materiais Fonte: o autor. Embora o exemplo demonstre os estoques fazendo parte do ativo circulante, pode ocorrer de serem demonstrados no ativo não circulante também. Isso depende do tempo de realização dos estoques, que na verdade depende do ciclo operacional da empresa. Isso pode ocorrer, por exemplo, em empresas de construção civil, em função do tempo necessário que se leva em suas edi- ficações para venda. Na demonstração do resultado do exercício de uma empresa comercial, os estoques vendidos são demonstrados como CMV - Custos das Mercadorias Vendidas. Numa empresa industrial, são demonstrados como CPV – Custos dos Produtos Vendidos. Numa empresa de serviços, são demonstrados como CSP – Custo dos Serviços Prestados. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E18 Tal demonstração dos estoques na demonstração de resultado do exercício pode ser feita como no Quadro 2: Quadro 2 – Posicionamento dos Estoques Vendidos na DRE DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO Receita Bruta (-) Deduções da Receita Bruta Receita Líquida (-) Custo das Mercadorias Vendidas (-) Custo dos Produtos Vendidos (-) Custo dos Serviços Prestados (=) Lucro Bruto Fonte: o autor. Como regra geral, os estoques vendidos, independentemente do tipo de empresa, são apresentados na demonstração de resultado para formação do lucro bruto da empresa. Os estoques são itens importantes também para elaboração do fluxo de caixa e da demonstração do valor adicionado. No fluxo de caixa, eles influenciam a geração de fluxo de caixa das atividades operacionais da empresa. Na demons- tração do valor adicionado, compõem o custo dos insumos adquiridos para geração da riqueza a ser distribuída. O que se pode expressar num livro ou em qualquer material impresso são ideias, normas, regras, entre outros, porém a criatividade do contador é o que faz a diferença, sendo um diferencial individual, assim como a qualida- de que as empresas buscam em seus profissionais. Custo de Aquisição Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 19 CUSTO DE AQUISIÇÃO O princípio contábil do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem ser registrados, inicialmente, pelo custo histórico. Assim, os ativos devem ser registrados em função dos valores pagos para adquiri-los. No caso dos estoques, o custo de aquisição, segundo CFC (2009, p. 5): o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos, bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisi- ção de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na deter- minação do custo de aquisição. O preço de compra é o valor negociado com o fornecedor. Os impostos são aqueles embutidos no preço de venda ou decorrentes da operação de compra que não forem recuperáveis pela empresa adquirente. Os custos de transportes são os fretes de transportes das mercadorias e os seguros são os gastos necessá- rios para realização destes transportes. Em outras palavras, inclui-se todos os gastos que ocorrem e que são necessá- rios para colocar os estoques dentro da empresa em condições de serem vendidos ou transformados no processo de produção. Quando o fornecedor concede descontos ou abatimentos, estes devem ser deduzidos dos referidos custos por representarem um benefício para a empresa. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E20 Exemplo: Imagine uma empresa comercial que revende instrumentos musicais. Ela rea- lizou uma compra a prazo de 20 violões elétricos ao preço unitário de 400,00. O total da compra é de 8.000,00. Os impostos inclusos no preço somam um total de 800,00 e são recuperáveis. Para o transporte, a empresa pagou com cheque um valor de 400,00 de fretes e, também com cheque, um valor de 200,00 de seguros. O custo de aquisição é calculado para a operação como um todo, porém é necessário conhecer o custo de cada unidade adquirida. Isso atende às necessi- dades gerenciais, fiscais e societárias da empresa. Tabela 1 – Necessidades pelo Custo de Aquisição Gerenciais: pois facilita a formação do preço de venda e a mensuração da lucrati- vidade de cada produto. Fiscais: pois o regulamento do imposto de renda determina a mensuração do custo unitário para fins de elaboração do Livro de Registro de Inventário. Societárias: pois o controle do estoque pelos valores unitários de seus compo- nentes facilita a elaboração das demonstrações contábeis e, consequentemente, as decisões institucionais da empresa. Fonte: o autor. O custo total deve ser calculado da seguinte forma: O custo unitário de aquisição deve ser calculado dividindo-se o custo total de aquisição pela quantidade adquirida, da seguinte forma: Custo de Aquisição Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 21 Assim, de uma só vez, pode-se calcular o custo total e o custo unitário de aqui- sição dos instrumentos adquiridos, conforme exemplo: Tabela 2 – Cálculo do Custo de Aquisição Total e Unitário C 8.000,00 (-) Impostos Recuperáveis 800,00 (+) Fretes 400,00 (+) Seguros 200,00 (+) Outros Gastos 0,00 (=) Custo Total de Aquisição 7.800,00 (/) Quantidade Adquirida 20 (=) Custo Unitário de Aquisição 390,00 Fonte: o autor. Embora o preço de cada violão negociado com o fornecedor tenha sido de 400,00, o custo de aquisição de cada um deles é de 390,00. Isso porque a empresa adqui- riu crédito de impostos para recuperar em períodos subsequentes e, tais créditos, não devem fazer parte do custo de aquisição, por isso são deduzidos. Além disso, somam-se os gastos extras que são necessáriospara viabilizar a compra e colocar os estoques em condições de serem vendidos, que são, no exemplo dado, o frete e o seguro. O valor do custo de aquisição unitário servirá de base para decisões gerenciais, como mencionado anteriormente, por exem- plo para formação do preço de venda. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E22 Também servirá para constar no livro de registro de inventário e no balanço patrimonial da empresa até ser vendido, quando , então, alimentará a demons- tração de resultado do exercício. As contabilizações são demonstradas adiante. CONTABILIZAÇÃO DA COMPRA Considerando que a compra foi a prazo, a empresa precisa contabilizar a entrada dos estoques e reconhecer a dívida na contabilidade. O lançamento contábil desta operação é o que segue: ■ Débito: estoque de mercadorias. ■ Crédito: fornecedores de mercadorias. ■ Valor: 8.000,00. CONTABILIZAÇÃO DOS IMPOSTOS RECUPERÁVEIS Os impostos recuperáveis reduzem o custo de aquisição pelas razões já menciona- das, por isso devem reduzir o saldo de estoques de mercadorias que representam este custo. Ao mesmo tempo, este crédito tributário deve ser reconhecido na con- tabilidade e, como se trata de um direito, deve ser reconhecido numa conta de ativo. Usualmente a conta utilizada é de Impostos a Compensar. ■ Débito: impostos a compensar. ■ Crédito: estoque de mercadorias. ■ Valor: 800,00. Custo de Aquisição Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 23 CONTABILIZAÇÃO DO FRETE E DO SEGURO Considerando o pagamento do frete e do seguro feito com cheque, o custo destes itens devem ser reconhecidos em estoques por agregarem seu valor, bem como a redução de tais valores no banco também deve ser reconhecida na contabili- dade. Os lançamentos contábeis destas operações são as que seguem: Frete ■ Débito: estoque de mercadorias. ■ Crédito: bancos com movimento. ■ Valor: 400,00. Seguro ■ Débito: estoque de mercadorias. ■ Crédito: bancos com movimento. ■ Valor: 200,00. Após todos os lançamentos contábeis efetuados, a movimentação da conta Estoque de Mercadorias deve apresentar justamente o valor do custo total de aquisição da referida compra, conforme demonstrado no razão analítico a seguir. Tabela 3 – Razão da Conta de Estoque de Mercadorias DÉBITO CRÉDITO Saldo Inicial 0,00 Compra 8.000,00 Impostos Recuperáveis 800,00 Frete 400,00 Seguro 200,00 Saldo Final 7.800,00 Fonte: o autor. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E24 O saldo final do razão será levado ao balanço patrimonial da empresa. Porém, para saber a composição deste estoque, o livro de registro de inventário é a melhor fonte, pois lá terá a seguinte informação: Tabela 4 – Livro de Registro de Inventário DESCRIÇÃO QUANTIDADE CUSTO UNITÁRIO CUSTO TOTAL Violão Elétrico 20 390,00 7.800,00 Fonte: o autor. O cerne da discussão a respeito da mensuração do estoque está no fato de que o custo de aquisição quase nunca se repete de uma operação para outra, mesmo adquirindo estoques de um mesmo fornecedor num curto espaço de tempo. Os preços mudam assim como as condições de negociação. Supondo que numa nova compra, o custo de aquisição unitário do violão seja de 410,00. Qual será o custo a ser considerado pela empresa na elaboração das demonstrações contábeis? Na formação do preço de venda? A ser demons- trado para as autoridades fiscais? É necessário, portanto, adotar critérios para avaliar os estoques de forma contínua, permanente. Tais critérios serão estudados adiante. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO De acordo com o CFC (2009), os critérios de avaliação de estoques são: ■ PEPS – primeiro a entrar e primeiro a sair. ■ média ponderada. ■ custo específico ou identificado. Há ainda, segundo a literatura contábil, o: ■ UEPS – último a entrar primeiro a sair. Critérios de Avaliação Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 25 Os critérios são importantes para a contabilidade empresarial em função de que determinam quais custos irão compor o resultado da empresa na demonstração de resultado do exercício, ou seja, na composição do CMV, do CPV ou ainda do CSP. O PEPS consiste em utilizar o custo mais antigo do estoque. O UEPS consiste em utilizar o custo mais recente. A Média Ponderada utiliza um custo médio, considerando as entradas de diversos custos de aquisição diferentes. O Custo Específico utiliza o custo individual do bem, especificamente o valor do custo de aquisição da entrada do estoque na empresa. Para os estoques que tenham a mesma natureza ou formas de uso semelhantes, a empresa deve usar sempre o mesmo critério de avaliação. Contudo, não descarta o uso de critérios diferentes quando os estoques tenham naturezas diferentes. No entanto, o regulamento do imposto de renda permite a utilização ape- nas do PEPS, da Média Ponderada e do Custo Específico. O UEPS não é um critério aceito para fins de apuração do lucro tributável do imposto de renda e da contribuição social das pessoas jurídicas. O Artigo 295 do referido regula- mento está assim expresso: O valor dos bens existentes no encerramento do período poderá ser o cus- to médio ou o dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente, ad- mitida, ainda a avaliação com base no preço de venda, subtraída a margem de lucro (BRASIL, LEI Nº 1.598/77, S/P). O artigo se refere aos bens em estoques no encerramento do balanço patrimo- nial, quando se refere ao valor dos bens existentes no encerramento. A estes, a empresa deve usar uma média ou custo mais recente. O custo mais recente é o último que entrou. Assim, o último que entrou não pode ir para a demonstra- ção de resultado, apenas o primeiro (PEPS) ou a média. É esta interpretação que é feita para se afirmar, então, a não possibilidade de uso do UEPS como mencionado. Assim, tem-se o seguinte contexto: ■ A norma contábil sugere a utilização do PEPS, da Média Ponderada ou do Custo Específico. ■ A literatura contábil inclui, além dos critérios acima mencionados, o UEPS como critério válido. ■ A legislação tributária do imposto de renda das pessoas jurídicas admite todos os critérios acima com exceção do UEPS. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E26 LIVRO DE REGISTRO DE INVENTÁRIO O inventário dos estoques é uma necessidade gerencial. O conhecimento do volume de estoque atual permite o tomador de decisão escolher o que com- prar e quando comprar. Isso é tão importante num contexto de um mercado de consumo como o brasileiro que exige uma gestão de estoques em que se tenha praticamente todo tipo de estoque para atender o mercado. Além de uma necessidade de gestão, o inventário atende à necessidade socie- tária no momento em que permite o levantamento das demonstrações contábeis e fi scais, pois o regulamento do imposto de renda das pessoas jurídicas exige de todas as empresas a elaboração do Livro de Registro de Inventário. As empresas enquadradas no Simples Nacional e no Lucro Presumido devem elaborar o Livro de Registro de Inventário com a posição do estoque no último dia do ano, ou seja, em 31 de dezembro. Da mesma forma, são obrigadas as empresas enquadradas no Lucro Real Anual. As empresas enquadradas no Lucro RealTrimestral devem elaborar o Livro de Registro de Inventário com a posição do estoque no último dia de apuração do imposto de renda, ou seja, em 31 de março, em 30 de junho, em 30 de setem- bro e em 31 de dezembro. Não existe um modelo específi co determinado pela legislação tributária para o Livro de Registro de Inventário. O artigo 261 do Regulamento do Imposto de Renda expressa o seguinte sobre as características do referido livro: Livro de Registro de Inventário Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 27 No Livro de Inventário deverão ser arrolados, com especifi cações que facilitem sua identifi cação, as mercadorias, os produtos manufatura- dos, as matérias-primas, os produtos em fabricação e os bens em almo- xarifado existentes na data do balanço patrimonial levantado ao fi m da cada período de apuração (BRASIL, DECRETO Nº 3.000, 1999). Isso permite afi rmar que os principais itens que devem compor o inventário são: ■ Data do levantamento do livro. ■ Descrição dos Estoques separados por linhas, sublinhas, modelos, séries, entre outras subclassifi cações. ■ Quantidade existente no fi m do período de apuração. ■ Custo unitário e total de cada item do estoque calculado pelos critérios de avaliação aceitos, já mencionados anteriormente. O Parecer Normativo 5/86 da Coordenação do Sistema de Tributação orienta a elaboração do Livro de Registro de Inventário, e o Sinief – Sistema Nacional de Informações Econômicas e Fiscais – sugere o Modelo 7 de Livro de Registro de Inventário. O Livro de Registro de Inventário é na verdade um controle de estoques que ajuda a compreender a composição do patrimônio e do resultado do patrimô- nio de uma empresa. Existem dois sistemas de controle de estoques: controle periódico e controle permanente. Assim, podemos ter dois tipos de Livro de Registro de Inventário: ■ Livro de Registro de Inventário Periódico. ■ Livro de Registro de Inventário Permanente. LIVRO DE REGISTRO DE INVENTÁRIO PERIÓDICO O inventário periódico permite a empresa levantar sua composição de estoques no último dia do período de encerramento das demonstrações contábeis. Se uma empresa encerra o período em 31 de dezembro, então, nesta data os esto- ques precisam ser contados fi sicamente e avaliados. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E28 O valor de cada item dos estoques será, neste caso, como já mencionado anteriormente, o custo médio de aquisição ou o custo mais recente deste esto- que. Imagine que no último dia do período de apuração do inventário, a empresa tenha feito a seguinte contagem nos seus estoques: Tabela 5 – Inventário Físico DESCRIÇÃO DA MERCADORIA QUANTIDADE FÍSICA EXISTENTE EM 31 DE DEZEMBRO Mercadoria A 40 Mercadoria B 80 Mercadoria C 120 Fonte: o autor. Para atribuir valor ao estoque contado, a empresa pode determiná-lo com base nas notas fiscais de compra realizadas durante o ano, calculando o custo médio de aquisição destes estoques, ou atribuir o custo de aquisição da compra feita mais recentemente. Supondo que a empresa tenha feito a opção em atribuir o último custo de aquisição, ou seja, o custo de aquisição mais recente calculado com base na última compra efetuada, essa escolha pode derivar da maior facilidade operacional em encontrar este custo. Fazendo isto, o Livro de Registro de Inventário seria com- pletado de acordo com a Tabela 6 adiante: Tabela 6 – Inventário Físico e Monetário DESCRIÇÃO DA MERCADORIA QUANTIDADE FÍSICA EXISTENTE EM 31 DE DEZEMBRO CUSTO UNITÁRIO CUSTO TOTAL Mercadoria A 40 30,00 1.200,00 Mercadoria B 80 82,00 6.560,00 Mercadoria C 120 90,00 10.800,00 Total 240 18.560,00 Fonte: o autor. No Balanço Patrimonial, o valor dos estoques será de 18.560,00. Porém, o levantamento do CMV é mais complicado no inventário periódico, pois tem-se conhecimento da quantidade vendida durante o ano, mas não do valor do custo a ser levado à Demonstração de Resultado do Exercício. Livro de Registro de Inventário Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 29 Neste tipo de inventário, o CMV deve ser calculado desta forma: CMV = EI + C – EF Legenda CMV = Custo das Mercadorias Vendidas EI = Estoque Inicial C = Compras EF = Estoque Final No caso do exemplo em que se apresenta, o valor de 18.560,00 é o valor do esto- que final do exercício. Considerando que no início do período, ou seja, em 01 de janeiro, a empresa tinha um estoque total avaliado em 15.650,00 e, durante o ano, realizou compras com custo total de aquisição no valor de 120.000,00, pode-se encontrar o CMV da empresa da seguinte forma: ■ CMV = EI + C – EF. ■ CMV = 15.650,00 + 120.000,00 – 18.560,00. ■ CMV = 117.090,00. Desta forma, o valor que irá para a Demonstração de Resultado do Exercício como CMV será de 117.090,00. Para dar suporte contábil a estas operações, o plano de contas da empresa deve estar estruturado com as seguintes contas con- tábeis no seu grupo de estoques: Tabela 7 – Estrutura das Contas de Estoques no Plano de Contas GRUPO DE CONTAS DESCRIÇÃO DA CONTA Conta de Grupo (Sintética) Estoques Conta de Subgrupo (Sintética) Mercadorias para Revenda Conta Analítica Estoque Inicial Conta Analítica Compras Conta Analítica Estoque Final Fonte: o autor. A conta analítica de Compras pode englobar os valores pagos aos fornecedores deduzidos dos impostos recuperáveis, além de fretes, seguros e outros gastos. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E30 Porém, é possível também criar contas separadas para os fretes, para os seguros e para outros gastos. Neste caso, na fórmula, o item de compras será a soma de todas as contas subdivididas no plano de contas. É importante mencionar, também, que se houver alguma devolução de com- pra, esta deve ser deduzida do total de compras a ser considerado na fórmula do CMV. Seguindo o exemplo dado, os lançamentos contábeis no encerramento da apuração contábil do período poderiam ser feitos da seguinte forma: LANÇAMENTOS DO FINAL DO PERÍODO ■ Débito: CMV 117.090,00 ■ Débito: Estoque final 18.560,00 ■ Crédito: Estoque Inicial 15.650,00 ■ Crédito: Compras 120.000,00 O balancete de verificação apresentará os saldos das contas envolvidas nestas operações da seguinte forma: Livro de Registro de Inventário Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 31 Tabela 8 – Saldo das contas no balancete de verificação CONTA SALDO ANTERIOR EM 01 DE JAN. DÉBITO CRÉDITO SALDO ATUAL EM 31 DE DEZ. Estoque Inicial 15.650,00 0,00 15.650,00 0,00 Compras 0,00 120.000,00 120.000,00 0,00 CMV 0,00 117.090,00 0,00 117.090,00 Estoque Final 0,00 18.560,00 0,00 18.560,00 Fonte: o autor. O tratamento dado às matérias-primas e outros materiais em empresas indus- triais é o mesmo. Porém, ao invés de se chegar ao CMV, chega-se ao custo da matéria-prima consumida no processo de produção para compor o custo dos produtos acabados. Da mesma forma, a conta de estoque de produtos acabados pode seguir os mesmos procedimentos, considerando que, ao invés da conta de compras, existirá uma conta de produção, que receberá não só os lançamentos das maté- rias-primasconsumidas no processo de produção, como também da mão de obra e outros custos de produção. LIVRO DE REGISTRO DE INVENTÁRIO PERMANENTE O inventário permanente tem por base o registro das entradas e saídas de estoque cada vez que elas ocorrem dentro da empresa. Os dados monetários e físicos de cada entrada e cada saída são registrados de forma que, ao final do período de apuração, os saldos físicos, o custo unitário e o custo total dos estoques já são demonstrados. Assim, não é necessário fazer a contagem física para se conhecer a quanti- dade que se tem no estoque. O que se pode proceder é a conferência física uma vez que a quantidade já está demonstrada no livro. O custo unitário e total dos estoques, neste caso, depende do critério de avaliação escolhido pela empresa. Como já mencionado anteriormente, os critérios de avaliação de estoques aceitos pelas normas contábeis e legislação tributária são: PEPS, Média Ponderada, Custo Específico. Desta forma, no registro permanente, o custo unitário e total OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E32 de cada item dos estoques vai estar baseado num destes critérios. A utilização do registro permanente do inventário simplifica a contabili- zação, pois toda vez que há uma compra, o custo de aquisição é lançado em estoques e, toda vez que há uma venda, o custo do estoque é transferido para o CMV, de forma que, no final do período, o saldo do inventário é o valor do estoque no Balanço Patrimonial e o CMV já está lançado na Demonstração de Resultado do Exercício. É necessário compreender a dinâmica do funcionamento dos registros de entradas e saídas no inventário e na contabilidade em cada critério de avaliação de estoques, pois muda-se o critério e terá mudado o valor das demonstrações contábeis. SISTEMÁTICA DO PEPS Para se compreender melhor a sistemática dos critérios de avaliação, será dado um exemplo de movimentação de estoques e depois estes serão avaliados por cada um dos métodos. Imagine uma empresa comercial que venda um deter- minado produto e que durante um mês tenha tido a seguinte movimentação: Tabela 9 – Movimentação simulada de uma empresa DATA HISTÓRICO CUSTO TOTAL DE AQUISIÇÃO 01 de Janeiro Compra de 100 unidades 2.000,00 04 de Janeiro Venda de 70 unidades 08 de Janeiro Compra de 100 unidades 2.200,00 12 de Janeiro Venda de 80 unidades 18 de Janeiro Compra de 100 unidades 2.300,00 31 de Janeiro Venda de 140 unidades Fonte: o autor. Cada tipo de estoque deve ter um controle que demonstre as entradas e saídas que ocorreram dentro de um período. Tradicionalmente, este controle é conhe- cido como Ficha Kardex. Para cada tipo de estoque, uma ficha individual; e já faz algum tempo esta ficha foi sistematizada nos sistemas de informática das empresas. Livro de Registro de Inventário Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 33 No exemplo dado, o período começa em 31 de dezembro com saldo de estoque inicial zerado. Isso para facilitar o entendimento da sistemática de ela- boração da Ficha de Estoque. Os saldos do período, anteriores e atuais, e diários estão destacados. Os valores correspondem aos custos de aquisição, tanto das entradas quanto das saídas. Os valores pelos quais as mercadorias foram vendidas não devem apa- recer no controle de estoques. Tabela 10 – Ficha de Controle de Estoque pelo Critério PEPS DATA HISTÓRICO ENTRADAS SAÍDAS SALDO Quant C. Unit Total Quant C. Unit Total Quant C. Unit Total 31/12 E.I. 0 0,00 0,00 01/01 Compra 100 20,00 2.000,00 100 20,00 2.000,00 2.000,00 100 20,00 2.000,00 04/01 Venda 70 20,00 1.400,00 30 20,00 600,00 30 20,00 600,00 08/01 Compra 100 22,00 2.200,00 100 22,00 2.200,00 2.800,00 Venda 30 20,00 600,00 12/01 Venda 50 22,00 1.100,00 50 22,00 1.100,00 50 22,00 1.100,00 18/01 Compra 100 23,00 2.300,00 100 23,00 2.300,00 3.400,00 Venda 50 22,00 1.100,00 31/01 Venda 90 23,00 2.070,00 10 23,00 230,00 Soma 300 6.500,00 290 6.270,00 Fonte: o autor. Na compra do dia 01 de janeiro, o custo unitário, custo total e a quantidade comprada são demonstrados na linha correspondente ao dia 01/01. É feito o registro na coluna das entradas e, como neste dia não há nenhuma saída e o saldo anterior é zero, a coluna de saldo do dia 01/01 apresenta os mesmos valo- res e quantidades da compra. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E34 No dia 04/01, há a venda de 70 unidades. A questão é: com qual custo esta venda será registrada na ficha de estoque? Como no saldo de estoque anterior a venda há 100 unidades com custo unitário de 20,00, então é este o custo que deve ser registrado para a venda das 70 unidades. O valor de 1.400,00 será con- tabilizado em CMV com a contrapartida da conta de estoques. ■ Débito: CMV. ■ Crédito: estoques de mercadorias. ■ Valor: 1.400,00. No dia 08/01 há uma nova compra, desta vez com custo de aquisição unitário de 22,00. Com isso, o estoque da empresa neste dia é composto por 30 unidades com custo unitário de 20,00 relativos a compra do dia 01/01 e mais 100 unida- des com custo unitário de 22,00 relativos à compra do dia 08/01. No total, são 130 unidades com custo total de 2.800,00. Em 12/01, houve venda de 80 unidades. Agora, a questão é: com qual custo de aquisição cada unidade vendida será registrada na ficha de estoque? O PEPS determina que o primeiro que entrou deve ser o primeiro a sair. Das 80 unida- des vendidas, já havia 30 unidades antes da última compra, portanto estas 30 unidades serão registradas por seu custo unitário original de 20,00. As outras 50 unidades são registradas pelo custo da última entrada, ou seja, pelo valor de 22,00. Da mesma forma, no dia 31/01 há uma venda de 140 unidades. Como havia no estoque em 18/01 50 unidades mais antigas com custo de 22,00 elas foram registradas na saída com este valor. As outras 90 unidades foram registradas por 23,00 por ser este o custo mais antigo depois da saída das 50 unidades. O saldo final do dia 31/01 da ficha de estoque vai alimentar o Livro de Registro de Inventário. Nele constará 10 unidades ao custo unitário de 23,00 e com custo total de 230,00. Este valor será o total da conta de estoques no Balanço Patrimonial. A soma de todos os custos das saídas pelas vendas, que é de 6.270,00, será levada para a Demonstração de Resultado do Exercício da empresa na linha refe- rente ao CMV, por meio do lançamento contábil já demonstrado anteriormente. Livro de Registro de Inventário Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 35 SISTEMÁTICA DO CUSTO MÉDIO Pelo critério do Custo Médio, os custos das saídas são relativos ao custo atual do estoque. Este custo atual de cada unidade é encontrado dividindo-se o custo total pela quantidade. Considerando a mesma movimentação apresentada ante- riormente, a Ficha de Estoque ficaria como demonstrada adiante: Tabela 11 – Ficha de Controle de Estoque pelo Critério do Custo Médio DATA HISTÓRICO ENTRADAS SAÍDAS SALDO Quant C. Unit Total Quant C. Unit Total Quant C. Unit Total 31/12 E.I. 0 0,00 0,00 01/01 Compra 100 20,00 2.000,00 100 20,00 2.000,00 04/01 Venda 70 20,00 1.400,00 30 20,00 600,00 08/01 Compra 100 22,00 2.200,00 130 21,54 2.800,0012/01 Venda 80 21,54 1.723,20 50 21,54 1.076,80 18/01 Compra 100 23,00 2.300,00 150 22,51 3.376,80 31/01 Venda 140 22,51 3.151,40 10 22,54 225,40 Soma 300 6.500,00 290 6.274,60 Fonte: o autor. Percebe-se que cada unidade vendida recebe o custo unitário médio imediata- mente anterior à data da saída. As 70 unidades vendidas no dia 04/01 receberam o custo unitário de 20,00, pois este era o custo atual no momento da realização da venda. Da mesma forma, ocorreu com as 80 unidades vendidas em 12/01 e com as 140 unidades vendidas em 31/01. O custo médio unitário de cada unidade muda a cada entrada por compra existente na empresa. Como imaginamos que em tese o custo de aquisição de uma compra nunca será exatamente igual a de outra compra, pode-se afirmar que o custo unitário de aquisição sempre mudará com novas entradas por compras. Pelo critério PEPS, o saldo final dos estoques é de 230,00, que, como já men- cionado, será levado ao balanço patrimonial. Pelo Custo Médio, o saldo final dos estoques é de 225,40. Desta forma, repete-se a afirmação já feita anteriormente, muda-se o critério de avaliação de um elemento patrimonial e terá mudado seu montante. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E36 Da mesma forma, ocorre na Demonstração de Resultado do Exercício. Pelo PEPS, o CMV apurado é de 6.270,00. Pelo Custo Médio, o CMV apurado é de 6.274,60. O valor de 4,60 a mais no CMV pelo Custo Médio é o valor que ficará no estoque caso se use o PEPS. É possível utilizar o critério do Custo Médio lançando primeiro todas as compras na Ficha de Estoques para só depois lançar as vendas. A ficha ficaria da forma como demonstrada adiante: Tabela 12 – Ficha de Controle de Estoque pelo Critério do Custo Médio (segunda opção) DATA HISTÓRICO ENTRADAS SAÍDAS SALDO Quant C. Unit Total Quant C. Unit Total Quant C. Unit Total 31/12 E.I. 0 0,00 0,00 01/01 Compra 100 20,00 2.000,00 100 20,00 2.000,00 08/01 Compra 100 22,00 2.200,00 200 21,00 4.200,00 18/01 Compra 100 23,00 2.300,00 300 21,66 6.500,00 04/01 70 21,66 1.516,20 230 21,66 4.983,80 12/01 80 21,66 1.732,80 150 21,66 3.251,00 31/01 140 21,66 3.032,40 10 21,66 218,60 Soma 300 6.500,00 290 6.281,40 Fonte: o autor. Percebe-se que todas as vendas levam o mesmo custo unitário, pois primeiro forma-se o custo médio em função de todas as entradas do período e, só depois, se registra as vendas. Essa mudança provoca mudanças no saldo dos estoques a ser levado ao Balanço Patrimonial no valor de 218,60 e no CMV a ser levado à Demonstração de Resultado do Exercício no valor de 6.281,40. CUSTO MÉDIO ESPECÍFICO Por este critério cada item do estoque tem seu próprio custo individual e espe- cífico e, quando da saída por venda, o custo a ser registrado nas saídas na ficha de estoques é exatamente o custo da entrada daquele item. Contabilização das Operações com Estoque Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 37 Imagine uma concessionária de veículos novos. A empresa pode ter diversas unidades de um determinado modelo de carro inclusive com custos de aquisição diferentes. Porém, quando há a venda de um veículo, o custo a ser registrado é justamente daquele chassi que foi vendido. Em nada mais muda este critério dos outros que foram estudados no que se refere aos lançamentos contábeis, à alimentação dos saldos no Balanço Patrimonial e no Livro de Registro de Inventário e na alimentação do CMV na Demonstração de Resultado do Exercício. CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES COM ESTOQUE As principais operações com estoque envolvem compras e vendas. Nestas opera- ções, podem ocorrer situações de negócios que exigem tratamentos específicos da contabilidade, por exemplo, como quando um cliente resolve pagar adian- tado por uma venda que ainda não ocorreu. Adiante serão tratadas tais operações, seus detalhes, contabilização e impacto nas demonstrações contábeis. As operações de compras são as primeiras a serem discutidas. OPERAÇÕES DE COMPRAS É normal que as compras de mercadorias ou de matérias-primas sejam feitas a prazo. O aumento nos estoques em função das compras tem como contrapar- tida o reconhecimento da obrigação a pagar com fornecedores. O lançamento das compras pode ser feito da seguinte forma: ■ débito: estoques/compras. ■ crédito: fornecedores. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E38 No caso do inventário per- manente, se a empresa é comercial, a descrição correta da conta pode ser Estoques de Mercadorias, porém se a empresa é industrial, a des- crição pode ser Estoques de Matéria-Prima. Se a empresa é de serviços, é mais comum a conta ser descrita como Estoque de Materiais. No caso do inventário periódico, a conta a débito é descrita como Compras. Os impostos recuperáveis são direitos da empresa. Tais direitos, uma vez adquiridos em função das compras, devem ser reconhecidos como ativos. Como já mencionado anteriormente, a conta que representa pode ser descrita como Impostos a Compensar. O lançamento contábil dos impostos recuperáveis é o que segue: ■ débito: impostos a compensar. ■ crédito: estoques/compras. O termo “impostos” deve representar o tributo que será compensado no futuro. É saudável para a contabilidade que tenha contas individuais para cada tipo de tributo a que tenha referido direito. Assim, a conta de Impostos a Compensar pode ser subdivida, dentre outras, da seguinte forma: ■ ICMS a Compensar. ■ PIS a Compensar. ■ COFINS a Compensar. ■ IPI a Compensar. ■ ISS a Compensar. Contabilização das Operações com Estoque Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 39 DEVOLUÇÕES DE COMPRAS Pode ocorrer de a empresa realizar uma compra de mercadorias ou matéria- -prima e, por algum motivo, devolver os estoques comprados ao fornecedor. A devolução pode ser total ou parcial e implica na saída de estoques e na diminui- ção da obrigação com os fornecedores, por meio de desconto em duplicata, caso a compra tenha sido feita a prazo. ■ Débito: fornecedores. ■ Crédito: estoques/compras. Quando a compra tiver sido realizada a vista e paga com dinheiro, com cheque ou até com uma transferência bancária, o fornecedor deverá devolver o dinheiro para a empresa. Assim, a conta a débito deverá ser a de Caixa ou a de Bancos com Movimento. É comum também que mesmo a empresa tendo devolvido o estoque comprado ela tenha que pagar o valor da compra por inteiro. Há situações em que o fornecedor aplica um crédito para a empresa a ser utilizado nas próximas compras que ela realizar. Neste caso, a empresa tem um direito a realizar contra o seu fornecedor. Este direito fica representado no ativo da empresa. Esta conta do ativo pode estar den- tro do grupo de contas de Outros Créditos e seu nome pode ser o nome do próprio fornecedor. ■ Débito: outros créditos (nome do fornecedor). ■ Crédito: estoque/compras. ADIANTAMENTO A FORNECEDORES As empresas podem fazer adiantamentos de pagamentos a seus fornecedores de estoques antes que estes sejam recebidos. Isso pode ocorrer quando um forne- cedor exige alguma entrada para liberar a entrega do estoque ou numa situação promocional ou, ainda, em situações em que o contrato de fornecimento de esto- ques exige tal adiantamento. OPERAÇÕES COM ESTOQUESReprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E40 Significa, portanto, que o pagamento ocorreu antes do estoque chegar na empresa. Não é possível contabilizar em estoque porque ele ainda não existe, nem tampouco liquidar uma obrigação, pois, como o estoque não chegou ainda, ela nem foi constituída no sistema de contas a pagar da empresa. Dessa maneira, é possível criar uma conta na contabilidade que represente este adiantamento que, na verdade, é um crédito que a empresa tem com seu fornecedor. Como se trata de um adiantamento para compra de estoques, então é possível criar esta conta dentro do grupo dos estoques. O lançamento contá- bil ficaria da seguinte forma: ■ débito: adiantamento a Fornecedores. ■ crédito: caixa ou Bancos com Movimento. OPERAÇÕES DE VENDAS Muitas podem ser as modalidades de vendas que uma empresa pode adotar. O mercado exige que a empresa esteja preparada para suas exigências também em relação a propiciar as melhores condições para seus clientes. Assim, a contabi- lidade cria meios de dar suporte às diversas transações de vendas que podem ocorrer, inclusive com a finalidade de bem informar seus usuários. Algumas des- tas transações são apresentadas adiante. Vendas à Vista em Dinheiro A venda à vista em dinheiro implica no aumento do saldo de caixa da empresa e, no consequente aumento de suas receitas com vendas. O lançamento contá- bil da venda à vista é: ■ débito: caixa. ■ crédito: receita com vendas. Os lançamentos dos tributos sobre as vendas e dos custos sobre as vendas serão tratados mais adiante. Contabilização das Operações com Estoque Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 41 Vendas à Vista com Depósito Bancário Pode ocorrer que o cliente ao invés de pagar em dinheiro faça um depósito ban- cário na conta da empresa. Neste caso, o aumento não é no saldo de caixa e sim no saldo bancário. O lançamento ficaria assim: ■ débito: bancos com movimento. ■ crédito: receita com vendas. Vendas com Cheque Em nosso país, é comum a venda com cheque. Mais comum ainda é quando o cliente solicita um prazo para a empresa descontar o cheque. É a venda com cheque pré-datado. Assim, a empresa pode vender com cheque e este ser des- contado imediatamente ou ser descontado após um prazo. Independentemente se o cheque é para compensação imediata ou pos- terior, a contabilidade da empresa pode criar um ativo que represente os cheques recebidos em função das vendas realizadas. Esta conta contábil pode ser descrita como Cheques a Receber. O lançamento contábil ficaria da seguinte forma: ■ débito: cheques a receber. ■ crédito: receita com vendas. Vendas com Cartão de Crédito As vendas com cartão de crédito também são comuns, principalmente em empresas de varejo. Neste caso, uma vez que a operação de venda foi autori- zada pela administradora de cartões, o direito da empresa que está efetuando a venda é com a referida administradora e não mais com o cliente. Não se trata de uma duplicata a receber e sim de um crédito representada por uma operação autorizada. A contabilidade deve criar uma conta específica para registrar este crédito. Esta conta pode ser descrita como Operações com OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E42 Cartão de Crédito e Débito a Receber e deve estar dentro do grupo Créditos no ativo circulante se for o caso. Porém, se a empresa opera com diversas administradoras diferentes de cartão, pode criar uma conta para cada administradora dentro da conta de Operações com Cartão de Crédito e Débito a Receber. Isso facilita o controle dos valores a receber destas referidas administradoras. Outro detalhe é que, como a administradora garante o pagamento em nome do cliente assumindo o risco pela inadimplência, ela cobra da empresa que vende produtos e serviços com cartão uma taxa. Este valor já vem descontado quando a empresa recebe o crédito da administradora. Esta taxa representa na verdade uma despesa para a empresa que vende em função da segurança que tem nessa modalidade de venda. Em obediência ao regime de competência, esta despesa deve ser reconhecida na contabilidade no mesmo momento da venda. Assim, o lançamento contábil seria: ■ débito: administradora de Cartão X. ■ débito: despesas com vendas – Taxa de Cartão de Crédito. ■ crédito: receita com vendas. Percebe-se que a receita é reconhecida pelo valor total da venda. No mesmo momento, é reconhecida a despesa com a referida taxa. O valor a receber da administradora é o valor que efetivamente será recebido descontando o valor da taxa. Quando a empresa receber o valor do crédito, a contabilização do rece- bimento será: ■ débito: bancos com movimento. ■ crédito: administradora de Cartão X. Vendas a Prazo A venda a prazo é a mais comum modalidade de venda das empresas. É a venda que gera a duplicata a receber. O lançamento contábil da venda a prazo é feito da seguinte maneira: Contabilização das Operações com Estoque Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 43 ■ débito: duplicatas a receber. ■ crédito: receita com vendas. Sistemas de contas a receber informatizados são comuns no mercado de sof- tware. Tais sistemas controlam as duplicatas a receber por cliente, contribuindo com a gestão financeira da empresa. Neste caso, a conta contábil de Duplicatas a Receber pode englobar todos os clientes da empresa. Porém, caso a empresa não tenha um sistema que ajude nesse controle, a última alternativa é criar uma conta contábil de Duplicatas a Receber para cada cliente. Isso pode ser uma alternativa mais econômica de controle. A conta de Receita com Vendas pode ser subdividida em Receita com Vendas à Vista e Receita com Vendas a Prazo. Isso pode melhorar o nível de informação contábil aos seus usuários, em suas demonstrações. Tributos sobre as Vendas Independentemente do tipo de venda que a empresa realiza, ela passa a ser deve- dora dos tributos, que por força da legislação tributária, incidem sobre as vendas. O reconhecimento de tais tributos na contabilidade deve acontecer no mesmo período da venda. A conta que representa estes tributos é a de Tributos sobre as Vendas. Esta conta deve estar no grupo das contas de Deduções de Vendas – contas de resul- tado -, que na verdade é formada por três grupos de contas: Tributos sobre as vendas; Descontos e Abatimentos Concedidos; e Devoluções de Vendas. O lançamento contábil para os tributos sobre as vendas pode ser feito da seguinte forma: ■ débito: tributos sobre vendas. ■ crédito: tributos a recolher. O aumento das deduções de vendas pelos tributos é reconhecido na contabi- lidade, fazendo-se o débito nessa conta. O aumento da obrigação tributária da empresa é reconhecido na contabilidade, fazendo-se o crédito na conta de Tributos a Recolher. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E44 A conta de Tributos sobre as Vendas pode ser ainda subdividida, dentre outras, por tipo de tributo da seguinte forma: ■ IPI sobre Vendas. ■ ICMS sobre Vendas. ■ COFINS sobre Vendas. ■ PIS sobre Vendas. ■ ISS sobre Vendas. A conta de Tributos a Recolher pode também ser subdividida, dentre outras, por tipo de tributo da seguinte forma: ■ IPI a Recolher. ■ ICMS a Recolher. ■ COFINS a Recolher. ■ PIS aRecolher. ■ ISS a Recolher. ■ Custo das Vendas. Também independentemente das condições em que as vendas são efetuadas, a contabilidade deve registrar o custo das vendas. O custo de aquisição do esto- que vendido deve ser transferido da conta de estoque para a conta de despesas com CMV ou CPV ou ainda CSP, conforme o caso: ■ débito: CMV ou CPV ou CSP. ■ crédito: estoques. O crédito na conta de estoques é feito para reduzir seu saldo, uma vez que o esto- que, por ter sido vendido, não faz mais parte do ativo da empresa. Se a empresa for comercial, será Estoques de Mercadorias. Se for industrial, será Estoques de Produtos Acabados. Se for de Serviços, será Estoque de Materiais. Da mesma forma, a variação da conta a débito de CMV é para empresas comerciais, CPV para empresas industriais e CSP para empresas de serviços. Contabilização das Operações com Estoque Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 45 DEVOLUÇÃO DE VENDAS Da mesma forma que uma empresa pode devolver para seus fornecedores as compras que faz, seus clientes também podem em relação às vendas que efetua. As devoluções de vendas, como mencionado anteriormente, representam uma dedução das vendas efetuadas e devem ser registradas com conta contábil espe- cífica na contabilidade dentro das contas de resultado. Independentemente se a venda foi à vista ou a prazo, a contabilização de devoluções de vendas pode ser feita assim: ■ débito: devoluções de vendas. ■ crédito: devoluções de vendas a pagar. A conta de Devoluções de Vendas a Pagar é uma conta do passivo e representa uma obrigação da empresa com o cliente. Se o cliente ainda não realizou o paga- mento, havendo saldo na conta de duplicatas a receber, o lançamento deverá ser: ■ débito: devoluções de vendas a pagar. ■ crédito: duplicatas a receber. Neste caso, a obrigação com o cliente em função da devolução estaria sendo liqui- dada com a quitação da duplicata a receber. Porém, se o cliente já tiver pago pela venda, a dívida continuará em Devoluções de Vendas a Pagar. Quando a empresa realizar o pagamento ao cliente, o lançamento contábil deverá ser: ■ débito: devoluções de vendas a pagar. ■ crédito: caixa ou bancos com movimento. Pode ocorrer também deste valor a pagar ao cliente ser utilizado para futuras vendas a ele. Neste caso, o cliente teria um crédito com a empresa. No momento oportuno de uma nova venda, este crédito poderia ser utilizado para quitar uma nova duplicata a receber que viesse a ser constituída em função de uma nova venda. OPERAÇÕES COM ESTOQUES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E46 ADIANTAMENTO DE CLIENTES Da mesma forma que uma empresa pode adiantar um pagamento a seus fornece- dores por conta de promoções ou outras razões, como mencionado anteriormente, ela pode receber de seus clientes adiantamentos para realização de vendas futuras. Quando uma empresa recebe adiantamento de um cliente, a empresa na verdade passa a ter uma obrigação com ele. Esta obrigação consiste em realizar efetivamente a venda, transferindo o produto, a mercadoria ou o serviço para seu cliente. Caso essa venda não se realize, por qualquer motivo, a empresa tem a obrigação de devolver o dinheiro ao cliente. Portanto, o registro contábil de adiantamento de clientes deve ser feito numa conta do passivo em contrapartida a uma conta de caixa ou de bancos com movi- mento, dependendo como se deu a entrada do recurso. O lançamento contábil ficaria assim: ■ débito: caixa ou bancos com movimento. ■ crédito: adiantamento de clientes. A importância dos estoques para as empresas é tamanha que os japoneses criaram o conceito de Just in time para os estoques, que é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora certa. Just in time é um termo in- glês, que significa literalmente “na hora certa” ou “momento certo”. Assim, as fábricas podem gerir seus estoques com mais eficiência e eficácia evitando custos altos e falta de itens. Fonte: o autor. Considerações Finais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 47 CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado(a) aluno(a)! Nesta unidade, eu tratei sobre diversas operações que envol- vem o item estoques dentro do Balanço Patrimonial e os itens que compõem o resultado bruto na Demonstração de Resultado tais como: receitas com vendas, deduções de vendas e custo das vendas de produtos e mercadorias. Tais operações são, na realidade, as principais operações da grande maioria das empresas que se dedicam a comprar, produzir e vender produtos, mercado- rias e serviços. Estas atividades ocorrem nas empresas industriais, comerciais e de serviços. Assim, justifica-se uma unidade inteira dedicada a tais operações, uma vez que elas determinam de forma relevante, como consequência, a situa- ção patrimonial e de rentabilidade de uma empresa. Vimos também, nesta unidade, muito sobre o importante Livro de Registro de Inventário de estoques, que tem como função cumprir com a legislação tribu- tária, mas que, como visto ao longo da unidade, cumpre uma importante função gerencial de controle e informação dos estoques, sem o qual uma empresa pode ter relevantes perdas em suas atividades operacionais. A composição correta do custo de aquisição é um desafio para os profis- sionais contábeis e exige de todos, independentemente do foco de sua atuação, conhecimentos técnicos importantes sobre tributação na compra e venda, for- mação de custos e critérios de avaliação de estoques. Além disso, para fins gerenciais, é necessário também o conhecimento a respeito de novas formas de avaliação que serão estudadas em outras disciplinas e que partem da base estu- dada nesta unidade. Sendo assim, conseguimos visualizar a tamanha importância que o estoque, seja ele de matérias-primas, produtos acabados, mercadorias ou outros, possui para a empresa. Espero que tenha gostado e aproveitado o máximo possível o conteúdo, e vamos assim seguir para a nossa próxima unidade. 48 1. Quais denominações se dão aos estoques nos diversos tipos de empresas no mo- mento da elaboração da Demonstração de Resultado do Exercício? 2. Assinale a alternativa que represente um bem em estoque. a. Mercadorias vendidas a clientes. b. Materiais a serem consumidos no processo de produção. c. Produtos Acabados Vendidos a clientes. d. Materiais consumidos na prestação de serviços. 3. O que é demonstrado no Livro de Registro de Inventário? 4. Quais empresas são obrigadas a elaborar o Livro de Registro de Inventário? 5. Quais os dois tipos de inventário existentes? Quais as principais diferenças entre eles? 6. Uma empresa comercial realizou uma compra a prazo de 120 unidades da merca- doria que revende ao preço unitário de 35,00. O total da compra é de 4.200,00. Os impostos inclusos no preço somam um total de 756,00 e são recuperáveis. Para o transporte, a empresa pagou com cheque um valor de 180,00 de fretes e, tam- bém com cheque, um valor de 100,00 de seguros. Qual é o custo de aquisição unitário e total dessa compra? 7. Quais são os critérios de avaliação existentes? 8. Uma empresa comprou a prazo uma mercadoria. Os dados da compra estão abai- xo. Faça os lançamentos contábeis destas operações. • Valor da Compra: 40.000,00 • ICMS a Compensar: 5.000,00 9. Uma empresa iniciou o mês de janeiro com 30 unidades em estoque no valor total de 60,00 cada uma. Em janeiro, ocorreramas seguintes operações: Tabela 1 – Fatos Contábeis de Compras 05/01 compra de 40 unidades 62,00 cada uma 10/01 Venda de 50 unidades 90,00 cada uma 12/01 Venda de 10 unidades 95,00 cada uma 20/01 Compra de 40 unidades 65,00 cada uma 31/01 Venda de 30 unidades 92,00 cada uma Fonte: o autor. Elabore a Ficha de Estoques pelo Critério PEPS para a movimentação do pe- ríodo de janeiro. 49 10. Uma empresa iniciou o mês de janeiro com estoque zero. Em janeiro, ocorreram as seguintes operações: Tabela 2 – Fatos Contábeis das Compras 10/01 compra de 200 unidades 20,00 cada uma 14/01 Venda de 180 unidades 60,00 cada uma 20/01 Compra de 200 unidades 22,00 cada uma 31/01 Venda de 160 unidades 65,00 cada uma Fonte: o autor. Elabore a Ficha de Estoques pelo Critério do Custo Médio para a movimen- tação do período de janeiro. 50 A norma contábil utiliza termos importantes que devem ser utilizados e compre- endidos pelos profissionais de contabilidade. A norma contábil emanada pelo Conselho Federal de Contabilidade que trata dos estoques possuem as seguintes definições. 6. Os seguintes termos são usados nesta Norma, com os significados especificados: Estoques são ativos: (a) mantidos para venda no curso normal dos negócios; (b) em processo de produção para venda; ou (c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços. Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios dedu- zido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. Valor justo é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 7. O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. O valor justo reflete o preço pelo qual uma transação ordenada para a venda do mesmo estoque no mercado princi- pal (ou mais vantajoso) para esse estoque ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração. O primeiro é um valor específico para a entidade, ao passo que o segundo já não é. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques pode não ser equiva- lente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a respectiva venda. 8. Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, incluindo, por exemplo, mercadorias compradas por um varejista para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. Os estoques também compreendem produtos acabados e pro- dutos em processo de produção pela entidade e incluem matérias-primas e materiais aguardando utilização no processo de produção, tais como: componentes, embalagens e material de consumo. No caso de prestador de serviços, os estoques devem incluir os custos do serviço, tal como descrito no item 19, para o qual a entidade ainda não tenha reconhecido a respectiva receita (ver a NBC TG 30 – Receitas). Fonte: NBC TG 16 (2009, on-line). Material Complementar MATERIAL COMPLEMENTAR Contabilidade Introdutória Equipe de Professores da USP Editora: Atlas Sinopse: Os livros que integram o conjunto Contabilidade Introdutória (Livro-texto, Livro de Exercícios e Manual do Professor) inovam o ensino da Contabilidade no Brasil. Permanentemente revistos e atualizados, têm em vista não só sua adaptação aos modernos padrões de ensino da Contabilidade, como ainda as frequentes modifi cações introduzidas na legislação fi scal e societária do País. O conjunto originou-se de cursos desenvolvidos no Departamento de Contabilidade da FEA/USP, sob a preocupação básica de clareza e de didática na exposição da matéria. Quanto ao conteúdo e ao enfoque operacional, a diretriz central tem sido a de apresentar a Contabilidade como poderoso instrumento de administração. REFERÊNCIAS BRASIL. DECRETO-LEI Nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977. Altera a legislação do imposto sobre a renda. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del1598.htm>. Acesso em: 10 nov. 2016. BRASIL. DECRETO Nº 3.000, de 26 de março de 1999. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3000.htm>. Regulamenta a tributação, fis- calização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Acesso em: 10 nov. 2016. Conselho Federal de Contabilidade. Estoques. Resolução 1.170/09. Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTG16(R1).pdf>. Acesso em: 10 nov. 2016. CFC. Estoques. Resolução CFC 1.170. Conselho Federal de Contabilidade, 2009. NBC TG 16 - Estoques - D.O.U de 12/06/2009. Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 1.170 de 2009. Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/ SRE/docs/NBCTG16(R1).pdf>. Acesso em: 10 nov. 2016. REFERÊNCIAS ON-LINE ¹ Em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1598.htm>. Acesso em: 10 nov. 2016. ² Em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3000.htm>. Acesso em: 10 nov. 2016. GABARITO 53 1. Na demonstração do resultado do exercício de uma empresa comercial, os esto- ques vendidos são demonstrados como CMV - Custos das Mercadorias Vendidas. Numa empresa industrial, são demonstrados como CPV – Custos dos Produtos Vendidos. Numa empresa de serviços, são demonstrados como CSP – Custo dos Serviços Prestados. 2. B. 3. No Livro de Inventário, deverão ser arrolados, com especificações que facilitem sua identificação, as mercadorias, os produtos manufaturados, as matérias-pri- mas, os produtos em fabricação e os bens em almoxarifado existentes na data do balanço patrimonial levantado ao fim da cada período de apuração. 4. O regulamento do imposto de renda das pessoas jurídicas exige de todas as em- presas a elaboração do Livro de Registro de Inventário. 5. Inventário Permanente e Inventário Periódico. No inventário Permanente, tem-se a posição dos estoques em termos de valores e quantidades a cada operação de entrada ou saída. No inventário Periódico, esta posição existe apenas no encerra- mento do exercício. 6. Valor total 4.200,00 (-) Impostos Recuperáveis 756,00 (+) Fretes 180,00 (+) Seguros 100,00 (=) Custo de Aquisição 3.724,00 7. PEPS – primeiro a entrar e primeiro a sair Media Ponderada Custo específico ou identificado UEPS – último a entrar primeiro a sair. 8. Débito: estoques de mercadorias Crédito: fornecedores Valor: 40.000,00 Débito: ICMS a compensar Crédito: estoques de mercadorias Valor: 5.000,00 GABARITO 9. DATA HISTÓRICO ENTRADAS SAÍDAS SALDO Quant C. Unit Total Quant C. Unit Total Quant C. Unit Total 31/12 E.I. 30 60,00 1.800,00 05/01 Compra 40 62,00 2.480,00 40 62,00 2.480,00 4.280,00 30 60,00 1.800,00 10/01 Venda 20 62,00 1.240,00 20 62,00 1.240,00 12/01 Venda 10 62,00 620,00 10 62,00 620,00 10 62,00 620,00 20/01 Compra 40 65,00 2.600,00 40 65,00 2.600,00 3.220,00 Venda 10 62,00 620,00 31/01 Venda 20 65,00 1.300,00 20 65,00 1.300,00 Soma 80 5.080,00 90 5.580,00 10. DATA HISTÓRICO ENTRADAS SAÍDAS SALDO Quant C. Unit Total Quant C. Unit Total Quant C. Unit Total 31/12 E.I. 0 0,00 0,00 10/01 Compra 200 20,00 4.000,00 200 20,00 4.000,00 14/01 Venda 180 20,00 3.600,00 20 20,00 400,00 20/01 Compra 200 22,00 4.400,00 220 21,82 4.800,00 31/01 Venda 160 21,82 3.491,20 60 21,82 1.308,80 Soma 400 8.400,00 340 7.091,20 U N ID A D E II Professor Me. Claudinei
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