Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Eletrônica Industrial III Eletrônica de Potência Prof. Rubem de Azevedo Campos Introdução A eletrônica de potência combina: potência, eletrônica e controle. Potência: Trata dos Equipamentos de potência rotativos e estáticos para a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Eletrônica: Trata dos dispositivos e circuitos de estado sólido para o processamento de sinais que permitam alcançar os objetivos de controle desejados. Controle: Trata das características dinâmicas e de regime permanente dos sistemas de malha fecha. Definição A eletrônica de Potência pode ser definida como a aplicação da eletrônica de estado sólido para o controle e conversão da energia elétrica. A relação da eletrônica de potência com a energia, a eletrônica e o controle é mostrado na figura a seguir. Controle Analógico/Digital Dispositivos e/ou Circuitos Eletrônicos Equipamentos de Potência Estáticos/Rotativos Eletrônica de Potência Relação da Eletrônica de Potência com a Energia, a Eletrônica e o Controle No curso, a eletrônica de potência, emprega uma abordagem das partes para o todo, cobre primeiramente características dos dispositivos e técnicas de conversão; depois aplicações. A s técnicas de conversão requerem a condução e o bloqueio (chaveamento) dos dispositivos semicondutores de potência. Circuitos eletrônicos simples, que normalmente consistem de circuitos integrados e componentes discretos, geram os sinais de comando necessários ao comando dos dispositivos de potência. Atualmente os circuitos integrados e os componentes discretos estão sendo substituídos por microprocessadores. Relação da Eletrônica de Potência com a Energia, a Eletrônica e o Controle A eletrônica de potência é primariamente baseado no chaveamento dos dispositivos semicondutores de potência. O desenvolvimento da tecnologia de microprocessadores e microcomputadores teve grande impacto no controle e na sintetização da estratégia de controle para os dispositivos semicondutores de potência. A eletrônica de potência já encontrou um lugar importante na tecnologia moderna, sendo usada em uma grande variedade de produtos de alta potência, incluindo controle de aquecimento, controle de iluminação, controle de máquinas elétricas, fontes de alimentação, sistema de propulsão de veículos e sistemas de corrente contínua em alta tensão (HVDC). Definições A história da eletrônica de potência iniciou-se com a introdução do retificador a arco de mercúrio, em 1900. O retificador em tubo a vácuo de grade controlada, o ignitron e o tiratron, dispositivos introduzidos gradualmente, foram aplicados para controle de potência até a década de 1950. A primeira revolução da eletrônica começou em 1948 com a invenção do transistor de silício. Histórico A próxima grande descoberta foi em 1956, o transistor disparável PNPN, definido como tiristor ou retificador controlado de silício (do inglês silicon-controlled rectifier – SCR). A segunda revolução da eletrônica iniciou-se em 1958 com o desenvolvimento do tiristor comercial. Devido ao casamento da eletrônica de potência, o músculo, com a microeletrônica, o cérebro, muitas aplicações da eletrônica de potência estão surgindo, e esta tendência continuará. Histórico Até 1970 os tiristores convencionais eram usados exclusivamente para controle de potência em aplicações industriais; Desde 1970, vários tipos de dispositivos semicondutores de potência foram desenvolvidos e tornaram-se comercialmente disponíveis; Diodos de Potência Genéricos; Alta Velocidade (ou recuperação rápida); Schottky. Tiristores; Tiristor de comutação forçada; Tiristor de comutação pela rede; Tiristor de desligamento pelo gatilho (GTO); Tiristor de condução reversa (RCT); Tiristor de indução estática (SITH); Tiristor de desligamento auxiliado pelo gatilho (GATT); Retificador controlado de silício ativado por luz (LASCR); Tiristores controlados por MOS (MCTs). Transistores de junção bipolares (BJT); MOSFET’s de potência; Transistores bipolares de porta isolada (IGBTs); Transistores de indução estática (SITs) Histórico Aplicações dos dispositivos de potência Consumo Geração 230kV 230kV 138kV ou Abaixo 500kV 500kV Subtransmissão e Distribuição 600kV Transmissão Supervisão e Controle Composição do Sistema de Interligado 230 kv 230 kv 230 kv 69 kv 69 kv 69 kv 13.8 kv 13.8 kv 380 V 380 V 13.8 kv 69 kv 230 kv Geração e Transmissão de Energia Elétrica UHE - SAMUEL / PVH Usina Samuel SE - Samuel SE - PVH - I SE - AREAL SE - ALPHAVILLE CERON CERON Sistema Elétrico de Potência CENTROS DE OPERAÇÕES Dispositivos Semicondutores de Potência Diodos de Potência Genéricos: Com capacidades até 3000 V e 3500 A. Diodos de Alta Velocidade (recuperação rápida): Com capacidade até 3000 V e 1000 A, tempo de recuperação reversa entre 0,1 e 5 µs. Diodos Schottky: Possui baixa queda de tensão no sentido direto e tempo de recuperação muito pequeno (ns), faixa de tensão de operação em 100 V e 300 A. Configurações de Diodos Genéricos Tiristores Componente de três terminais: Anodo, Catodo e Gatilho; Em condução, a queda de tensão direta é da ordem de 0,5 a 2 V; Os tiristores de comutação natural ou pela rede são fornecidos com valores nominais de até 6000 V e 3500 A; O tempo de desligamento (10 a 20 µs) é definido como o intervalo de tempo entre o instante em que a corrente principal é diminuida a zero após o chaveamento externo do circuito de tensão principal e o instante em que o tiristor é capaz de suportar uma tensão principal específica sem ligar novamente; Os GTO’s e os SITHs são tiristores autodesligáveis, isto é, são ligados pela aplicação de um curto pulso positivo ao gatilho e desligados pela aplicação de um curto pulso negativo no gatilho. Dispositivos Semicondutores de Potência Tiristores Tiristores de Desligamento pelo Gatilho – GTO’s Valores nominais dos dispositivos Semicondutores de Potência Aplicações e faixa de freqüência dos dispositivos de potência Curva Características e símbolos de alguns dispositivos de potência Características e símbolos de alguns dispositivos de potência Características de Controle dos dispositivos de potência Os dispositivos de chaveamento de potência podem ser classificados com base em: Disparo e desligamento não-contolados (diodos); Disparo controlado e desligamento não- contolados (SCR); Disparo e desligamento controlados (GTO); Necessidade de sinal contínuo na porta (IGBT); Necessidade de pulso de gatilho (SCR, GTO); Capacidade de suportar tensão bipolar (SCR, GTO); Capacidade de suportar tensão unipolar (BJT, GTO, IGBT); Capacidade de corrente bidirecional (TRIAC, RCT); Capacidade de corrente unidirecional (SCR, GTO, BJT, IGBT). TIPOS DE CIRCUITOS EM ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Para o controle ou o condicionamento de energia elétrica, a conversão de potência elétrica de uma forma para outra é necessária e as características de chaveamento dos dispositivos de potência permitem essas conversões. Os conversores estáticos de energia realizam essas funções de conversão de potência. Um conversor pode ser considerado uma matriz de chaveamento. Classificação dos Circuitos da Eletrônica de Potência Os circuitos de eletrônica de potência podem ser classificados em seis tipos: 1. Retificadores com diodos; 2. Conversores CA-CC (retificadores controlados); 3. ConversoresCA-CA (controladores de tensão CA); 4. Conversores CC-CC (choppers); 5. Conversores CC-CA (inversores); 6. Chaves estáticas. Retificadores Um circuito retificador com diodos converte tensão CA em uma tensão CC fixa e é mostrado na Figura. A tensão de entrada para o retificador poderia ser tanto monofásica quanto trifásica. Ilustração dos princípios básicos dos circuitos Conversores Conversores CA-CC Um conversor monofásico com dois tiristores em comutação natural é mostrado na Figura. O valor médio da tensão de saída pode ser controlado variando-se o tempo de condução dos tiristores ou o atraso do ângulo de disparo, α. A entrada poderia ser uma fonte monofásica ou trifásica. Esses conversores são também conhecidos como retificadores controlados. Conversores CA-CA Esses conversores são usados para se obter uma tensão CA variável de saída a partir de uma fonte CA fixa; um conversor monofásico com um TRIAC é mostrado na Figura. A tensão de saída é controlada pela variação do tempo de condução do TRIAC ou do atraso do ângulo de disparo, α. Esses tipos de conversores são também conhecidos como Controladores de tensão CA. Conversores CC-CC Um conversor CC-CC é também conhecido como um Chopper ou regulador chaveado; Um chopper com transistor é mostrado na Figura. A tensão média de saída é controlada pela variação do tempo de condução t, do transistor Q1. Se T é o período de operação do chopper, então t1 = δT. δ é chamado ciclo de trabalho do chopper. Conversores CC-CA Um conversor CC-CA é também conhecido como um Inversor. Um inversor monofásico com transistor é mostrado na Figura. Se os transistores M1 e M2 conduzirem por meio período e M3 e M4 conduzirem na outra metade, a tensão de saída terá a forma alternada. A tensão de saída pode ser controlada pela variação do tempo de condução dos transistores. Chaves Estáticas Como os dispositivos de potência podem ser operados como chaves estáticas ou contatores, a alimentação para essas chaves pode ser tanto CA quanto CC e as chaves são chamadas Chaves estáticas CA ou Chaves CC. Efeitos Periféricos A qualidade de um conversor de potência é julgada pela qualidade de suas formas de onda de tensão e corrente. As grandezas de entrada e saída dos conversores podem ser tanto CA quanto CC. Fatores como distorção harmônica total (THD), fator de deslocamento (HF) e o fator de potência na entrada (IPF), são medidas da qualidade de uma forma de onda. Fim ELETRICIDADE BÁSICA ELETRICIDADE BÁSICA
Compartilhar