Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Qualidade da Madeira para Energia Prof.a Rejane 2017 Algumas medidas cúbicas usuais Fonte: Dobelmann / www.sesolutions.de, 2004 = 1 M3 = 1 st = 1 MDC Rendimento Gravimétrico x Índice de Conversão volumétrico RG(%) = (Massa de Carvão/Massa de Madeira) x 100 Índice de Conversão = Volume de madeira/Volume de carvão Sendo: st/mdc 1 m³ madeira = 500 kg secos 1 st madeira = 350 kg secos ou 450 kg úmido (40% de umidade) 1 metro cúbico de cavacos (granel) = 160 a 175 kg secos Ex.: 1 m3 de madeira = 2,85 m3 de cavacos Cavacos de madeira DENSIDADE Madeira: Densidade básica: volume saturado Densidade aparente: Paquimetro; volume deslocado (Mercúrio) Densidade real: sem espaço vazios (1,43 a 1,56 g/cm3) Carvão vegetal: Densidade a granel: Volume conhecido Densidade aparente: Método do deslocamento Densidade verdadeira: Picnometro Chapas: Densidade aparente: Método do deslocamento Partículas: Densidade básica: Volume saturado Densidade a granel Cavacos: Densidade básica: volume saturado do cavaco Densidade a granel: Considera os espaços vazios Qualidade da madeira QUALIDADE É UMA COMBINAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, QUÍMICAS E ANATÔMICAS DE UMA ÁRVORE OU DE SUAS PARTES QUE PERMITEM UMA MELHOR UTILIZAÇÃO PARA DETERMINADO USO FINAL. QUALIDADE = ADEQUAÇÃO PARA USO FINAL F o to : w w w .s e m e n te s q u a lity .c o m .b r Silvicultura baseada em volume F o to : C a s ir a g h i, 2 0 0 7 Tabela 1. Incremento médio anual, massa seca, massa de lignina, energia disponível e massa de carvão vegetal referentes ao diferentes materiais genéticos. Material genético IMA (m3/ha) Massa seca (ton/ha.ano) Massa de lignina (t/ha.ano) Energia (kW.h)/ha.ano Massa de carvão vegetal (t/ha.ano) Massa de carbono (t/ha.ano) 1 49,1 a 26,9 a 8,1 a 143.678,9 a 8,1 a 13,1 a 2 43,9 bc 22,3 c 6,7 c 111.388,4 c 6,4 bc 10,7 c 3 47,0 b 23,4 b 7,5 b 121.310,8 b 6,7 b 11,1 b 4 40,0 c 21,9 c 7,0 c 112.726,4 c 6,2 c 10,3 d Fonte: Santos e Carneiro, 2010 Fonte: Castro e Carneiro, 2012 Potencial energético de eucalipto para geração de energia elétrica a) Poder Calorífico • É a quantidade de calor liberada na combustão completa de uma unidade de massa, expressa em kcal/kg para combustíveis sólidos. • Determinação: fórmulas empíricas baseadas na composição elementar, bomba calorimétrica (PCS) e Fórmula de Goutal baseada na Análise Química Imediata. PCI = PCS − [600(9H/100)] PCU = [PCI(1 − u)] − (600u) Poder calorífico X Densidade x Composição química Fórmula de Goutal: kgAV) kcal/ C(PCs 82 Onde: • PCs = Poder Calorífico (kcal/kg) • C = Teor de Carbono Fixo (%) • V = Teor de Matérias Voláteis (%) • A = Coeficiente dado pela Relação V/(V+C) A fórmula é válida para TMV inferiores a 40% (B.S.) V/(V+C) A 0,05 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 150 145 130 117 109 103 96 89 80 Valores de A em função da Relação V/(V+C) b) Densidade da Madeira Fatores que afetam a densidade: Espécie Idade Posição no tronco Sítio (clima, posição geográfica, solo, etc) Tratos silviculturais Taxa de crescimento Outros Efeito da espécie na densidade básica da madeira de eucalipto para energia 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 Citriodora (2004) Cloeziana (2004) Clone HC 344 (2004) Clone GG100 (2005) Clone SD 042 (2002) Clone SD 224 (2002) Clone SD 144 (2002) Clone I 953 (2002) (g /cm 3) Fonte: Carneiro, 2009 Fonte: Muller, et al, 2006 Tabela 2. Características de algumas espécies de eucalipto à idade de 10,5 anos, plantadas em espaçamento de 3x2m. Tabela 3. Características energéticas da madeira de da casca de diferentes espécies de Prosopis - Algarobeira. PROPRIEDADE 3 ANOS 5 ANOS 7 ANOS DENSIDADE MADEIRA (g/cm3) 0,43 b 0,46 a 0,47 a PCS MADEIRA (Kcal/ Kg) 4769,26 A 4694,84 AB 4628,75 B RENDIMENTO GRAVIMÉTRICO (%) RGC RGNC Carvão vegetal RGC GNC Carvão vegetal RGC RGNC Carvão vegetal 29,4 a 43,02 a 27,58 a 41,30 a 40,72 a 26,83 a 33,20 a 39,26 a 27,53 a ANÁLISE QUÍMICA IMEDIATA (%) Material Volátil Cinza Carbono fixo Material Volátil Cinza Carbono fixo Material Volátil Cinza Carbono fixo 15,06 a 0,63 a 84,31 a 15,08 a 0,71 a 84,21 a 13,76 a 0,93 a 85,31 a PCS - CARVÃO (kcal/kg) 8232,22 B 8490,91 A 8232,22 B DENSIDADE APARENTE - CARVÃO VEGETAL (g/cm3) 0,27 B 0,33 A 0,32 B Fonte: Carneiro e Pereira, 2009 Tabela 4. Propriedades da madeira e carvão de E. urophylla em função da idade de corte. Espaçamento: 3 x 2 m. Análise Química de Madeira de E. benthamii 66,50 67,12 67,55 30,04 29,20 28,31 4,03 3,68 3,45 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 3 anos 5 anos 7 anos Composição (%) Holocelulose Lignina Extrativos Poder Calorífico Superior de E. benthamii 4758,89 4831,54 4781,69 2000,00 2500,00 3000,00 3500,00 4000,00 4500,00 3 anos 5 anos 7 anos PCS (kcal/kg) Fonte: Carneiro e Pereira, 2008 Cavacos Fonte: Carneiro e Pereira, 2008 Fonte: Mello, 1976 * Tabela 5. Influência da idade na densidade básica da madeira para energia Fonte: Frederico, 2009 Efeito da região na densidade básica da madeira de eucalipto – 3 anos de idade Fonte: Frederico, 2009 Tabela 6 – Propriedades da madeira de Eucalyptus urophylla no sentido medula-casca. F o n te: C arn eiro e P in h eiro , 2 0 1 3 Propriedade Posição no sentido medula-casca Cerne Transição Cerne/Alburno Alburno Densidade básica (kg/m³) 471c 541b 642a Diâmetro tangencial dos vasos (µm) 88,82b 93,84b 108,80a Frequência dos vasos (vasos/mm²) 11,96a 11,25a 11,23a Comprimento das fibras (mm) 0,99b 1,05ab 1,12a Largura das fibras (µm) 19,99b 21,36ab 21,85a Diâmetro do lume das fibras (µm) 8,58a 8,32a 8,02a Espessura da parede das fibras (µm) 5,84b 6,66 a 6,64a Fração parede das fibras (%) 58,43a 60,78a 62,52a F o n te: O liv eira e S ilv a, 2 0 0 3 F o n te: G O N Ç A L V E S , F .G ..et al. Tabela 7. Teor de lignina, Densidade básica e Poder calorífico de diferentes espécies de Eucalyptus. Plantios adensados Dados: - Clone: (E. grandis x E. camaldulensis) - Local: Itamarandiba-MG. - Inicio: 2002 (2006 e 2008) Densidade 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 3,0 x 0,5 3,0 x 1,0 3,0 x 1,5 3,0 x 2,0 3,0 x 3,0 Espaçamento (m) (g /c m 3 ) 47 meses 61 meses Fonte: Carneiro & Nogueira, 2008 0 50 100 150 200 250 3,0 x 0,5 3,0 x 1,0 3,0 x 1,5 3,0 x 2,0 3,0 x 3,0 Espaçamento (m) Vc c (m 3 /h a) 47 meses 61 meses Massa seca (t/ha) 0 20 40 60 80 100 120 140 3,0 x 0,5 3,0 x 1,0 3,0 x 1,5 3,0 x 2,0 3,0 x 3,0 Espaçamento (m) (t/ ha) 47 meses 61 meses Energia/ha 0 100 200 300 400 500 600 3,0 x 0,5 3,0 x 1,0 3,0 x 1,5 3,0 x 2,0 3,0 x 3,0 Espaçamento (m) kc al .1 03 /h a 47 meses 61 meses IMPORTÂNCIA DA DENSIDADE DO CARVÃO VEGETAL Dados Carvão vegetal 1 Carvão vegetal 2 Carbono fixo (%) 75 75 Densidade a granel (kg/m3) 210 230 Preço R$/MDC 100 100 Consumo de Carbono fixo por tonelada de gusa - 430 kg Estudo de caso: DADOS Carvão vegetal 1 Carvão vegetal 2 Consumo de CV por tonelada de gusa 2,73 MDC/t gusa 2,49 MDC/ t gusa Custo com CV por tonelada de gusa (R$) 273 249 Ex.: Empresa com produção mensal de 10.000 t gusa usando o CARVÃO VEGETAL 2 QUALIDADE + R$ 24 /t gusa LUCRO MENSAL = R$ 240.000,00 Maior energia armazenada por unidade de volume Reduz os custos de colheita e transporte, em função do menor volume Aumento na capacidade de produção dos fornos Redução de mão-de-obra Fonte: Alencar, et al, 2002 Fonte: Carneiro & Pereira, 2008 Densidade Madeira x Densidade Carvão 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 3 5 7 Idade g/ cm ³ A densidade da madeira afeta a capacidade de produção das praças de carbonização Carvão mais denso Maior massa de Carbono fixo e energia por volume Carvão menos friável e quebradiço mais resistente Reduz custos de transporte mais massa por unidade volume Maior rendimento gravimétrico redução de finos Maior produtividade dos fornos Maior aproveitamento do volume dos fornos Aumenta o tempo de carbonização Características do carvão produzido com madeira densa c) Composição Química Estrutural MADEIRA: Diversos componentes químicos Polímeros difíceis de serem isolados sem alterações significativas Constituídos de polímeros de alto peso molecular Diferentes temperaturas de degradação COMPONENTE CONÍFERA (%) FOLHOSA (%) CELULOSE 40-45 40-45 HEMICELULOSE Glucomananas 20 5 xilanas 10 25-30 LIGNINAS 25-30 20-32 EXTRATIVOS 3-10 1-10 CINZAS < 1 < 1 Fonte: Cortez. et al, 2006 Tabela 8. Composição elementar de diferentes biomassas Fonte: Cortez. et al, 2006 Inorgânicos Alguns inorgânicos - Potássio, cálcio, Magnésio, manganês, sódio, fósforo, cloro, etc... 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 200 300 400 500 600 Temperatura ( o C) Fr aç ão M ás si ca (k g/ kg ) Lignina Celulose Hemicelulose Eucalipto Fonte: Raad, 2004 Lignina Rendimento em carvão e carbono fixo Comparação entre TG dinâmica da carbonização dos componentes do eucalipto Representação das curvas termogravimétricas (TGA) e termogravimetria derivada (DTG) da madeira Fonte: Melo, 2013 Quando incia a queima dos gases da carbonização? Fonte: Melo, 2013 - Quando a massa de água for menor que a massa dos gases combustíveis: ocorre após a etapa de secagem da madeira e após a degradação das hemiceluloses! Temperatura de copa: 260oC Temperatura saída dos gases: 110oC Fonte: Garcia, 2010 Eucalipto Pinus http://www.cebio.net/web/ http://www.enplus-pellets.eu/pellcert/ -20 -10 0 10 20 30 40 50 26 61 117 170 222 275 327 382 429 479 Temperatura (°C) DT A (u V) -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 TG (% ) TG DTA Termograma e DTA da madeira para o material genético 2. Material genético Perda de massa (%) Massa residual 25o-100oC 100o-200oC 200o-300 oC 300o-400 oC 400o-500 oC 1 6 0 16 53 14 11 2 8 0 16 53 14 9 3 7 0 19 54 16 4 4 8 1 17 52 16 6 Tabela 9. Perda de massa (%) dos diferentes materiais genéticos em função das faixas de temperaturas. Fonte: Santos e Carneiro, 2010 y = 0.508x + 23.093 R2 = 0.9279 34.50 35.00 35.50 36.00 36.50 37.00 37.50 38.00 38.50 22 23 24 25 26 27 28 29 30 LIG (%) RG C (% ) Efeito da lignina no rendimento gravimétrico em carvão vegetal e carbono fixo y = 0.3698x + 18.048 R2 = 0.9164 26.00 26.50 27.00 27.50 28.00 28.50 29.00 29.50 22 23 24 25 26 27 28 29 30 LIG (%) RC F ( %) Fonte: Trugilho, 2008 Lignina RGCV e RGCF Fonte: Brito e Barrichelo, 1988 0 1 2 3 4 7 8 9 10 Material genético Relação Siringil/guaiacil b c a ab Relação siringil/guaiacil da madeira de diferentes clones de eucalipto Fonte: Santos e Carneiro, 2010 Fonte: Gomide, et al, 2005 Relação S/G Rendimento Material genético Composição elementar da madeira (%) C N H S O 1 48,8 a 0,20 a 6,68 a 0,12 a 44,21 b 2 48,04 ab 0,17 ab 6,44 a 0,09 a 45,27 ab 3 47,53 b 0,15 b 6,32 a 0,08 a 45,93 a 4 47,23 b 0,16 ab 6,51 a 0,08 a 46,02 a Rendimento gravimétrico em carbono fixo 0 5 10 15 20 25 30 35 1 2 3 4 Material genético (% ) a b b b Fonte: Santos e Carneiro, 2010 TABELA 11. Composição elementar da madeira dos diferentes clones de eucalipto d) Composição Química Elementar 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Temperatura x Composição Elementar C H O Rendimento peso carvão/peso madeira (%) Temperatura % Tabela 12 - Influencia da umidade no poder calorífico da madeira Umidade da madeira < 30% Tempo de secagem: > 90 dias Dimensão, espécie, época do ano e outros Umidade (%) Energia disponível (Kcal/Kg) Energia para secar (Kcal) Saldo energético (kcal/Kg) 0 4904,3 - 4904,3 20 3827,7 117,2 3710,5 50 2392,3 291,8 2100,5 80 956,93 466,50 490,43 f) Teor de umidade carvão friável e quebradiço elevação do teor de fino durante o manuseio e transporte fendilhamento no carvão, devido aumento da pressão de vapor por ocasião da transformação da madeira em carvão vegetal menor rendimento gravimétrico; reduz tempo de carbonização e número de fornos Ajustes no processo = variação da umidade Cerne quebradiço Características do carvão produzido com madeira úmida Torrefação da biomassa para fins energéticos Fonte: Rodrigues & Rousset, 2009 Tabela 13. Propriedades de madeira da madeira de eucalipto após torrefação Biomassa torrificada. Fonte: Santos, 2012 Fonte: Rodrigues, 2009 Ganhos (%) de PCS e CF após torrefação Redução na áreas plantadas Redução no consumo de madeira Eficiência de conversão energética Redução de emissões nos processos de conversão Redução nos custos Ganhos com a melhoria da qualidade da madeira http://www.drax.com/ http://www.biomassenergycentre.org.uk/portal/pa ge?_pageid=76,15068&_dad=portal&_schema=P ORTAL http://www.proforest.net/en/training- events?event_language=English
Compartilhar