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Resina Composta 
• Resina Composta 
 Histórico 
 No início do século XX começou a 
procura por materiais restauradores mais 
estéticos que os presentes naquela época, com 
isso foram desenvolvendo materiais posteriores 
à resina composta com o intuito de sanar a 
procura inicial, ou seja, uma maior estética, 
sendo o “início” de tudo foi em 1904 com o 
Cimento de Silicato. 
 O Cimento de Silicato, constituído por pó 
e líquido, é da família do Cimento de Ionômero 
de Vidro (CIV). As partículas de pó do Cimento 
de Silicato eram constituídas por três minerais: 
Silicato, Alumínio e Cálcio. Esse pó era misturado 
com um líquido, constituído por ácido fosfórico e 
água, que atacava as partículas de pó, 
eliminado a camada mais externa dessas 
partículas e formando uma camada de óxido 
nas partículas de pó. Com isso, formava-se uma 
matriz decorrente da mistura do ácido com a 
camada de óxido que está envolta, chamada de 
matriz gel. O cimento de silicato tinha as 
seguintes características prós e contras: 
 Devido à perda de estética, 
manchamento, alteração de cor, 
microinfiltrações que levavam à recidivas de 
cárie pelo fato da pouca durabilidade, 
resolveram utilizar outro material que não 
levasse tanto problema ao paciente. A partir do 
ano de 1934, durante a Segunda Guerra 
Mundial foi criado um material, obtido como 
subproduto do petróleo, a Resina Acrílica. 
 A Resina Acrílica é composta por um pó 
chamado de polímero e um líquido chamado de 
monômero que quando misturados tornavam-se 
um gel plástico posteriormente inserido na 
cavidade dentário, endurecendo ao passar do 
tempo, conforme acontecia a reação química 
entre polímero e monômero. A resina acrílica 
apresentava os seguintes prós e contras 
 A resina acrílica foi caindo em desuso, 
seu alto grau de contração de polimerização 
causava os chamados GAPs (Fendas) entre dente 
e restauração acarretando em microinfiltrações e 
por consequência, recidivas de cárie; a reação 
de liberação de calor que ocorria durante a 
polimerização do material na cavidade causava 
em alguns casos inflamações pulpares; a 
estética era perdida com tempo devido a 
alteração de cor e tinha precária resistência 
levando a fraturas e como consequência, 
novamente microinfiltrações. 
 Em 1940, foi adicionada uma "pedra" da 
cor transparente, chamada de Pedra Parkinson à 
resina acrílica, esta pedra foi triturada e 
misturada junto a este material, desenvolvendo 
assim um novo tipo de material chamado de 
Resina Pseudo-Composta, formado por resina 
acrílica mais pedra de Parkinson (partículas 
vítreas). Essa resina, entretanto, não obteve bons 
resultados, pois a matriz que segurava as 
partículas era a mesma que na resina acrílica, 
sendo assim, não havia nenhum tipo de ligação 
entre a matriz e as partículas. 
 Em 1956, a fim de obter essa ligação, 
além de dar maior resistência para o material e 
sanar os problemas com a infiltração marginal, 
foi adicionado na porção de resina acrílica das 
resinas pseudo-compostas um elemento, a 
resina epóxica. A resina epóxica mudava 
quimicamente a resina acrílica, formando uma 
matriz gel que começou a ser chamada de BIS-
GMA (Bisfenol-Glicidil-Metacrilato). O BIS-GMA, 
entretanto não tinha afinidade química com as 
pedras de Parkinson (partículas vítreas), 
proporcionando ao material formado grande 
desgaste estrutural quando entrasse em atrito. 7 
anos depois, em 1963, desenvolveram um 
tratamento químico das partículas vítreas, a 
silanização fazendo que houvesse união entre o 
BIS-GMA e as partículas vítreas. A silanização 
consiste em, atacar as partículas vítreas através 
do ácido fluorídrico com uma concentração 
próxima de 10%, lavar, secar e aplicar sobre 
elas posteriormente um agente de união, que 
tem ligação química entre a matriz orgânica e a 
matriz inorgânica. Mais à frente detalharemos 
esse processo. 
 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística II 
 Com isso enfim a resina composta foi 
desenvolvida no início dos anos 70 através da 
incorporação de partículas minerais no BIS-GMA 
e o desenvolvimento da técnica de silanização. 
Ao BIS-GMA o denominamos de matriz orgânica 
(MO), as partículas minerais, também chamadas 
de partículas vítreas, chamamos de matriz 
inorgânica (MI). As resinas são compostas 
basicamente por: 
MO (BIS-GMA) + MI (Partículas Vítreas) + 
Agente de União (Silano) 
Junto a essa composição também é adicionado 
um sistema iniciador e acelerador de 
polimerização formado por peróxido de 
benzoíla na resina que são polimerizadas 
quimicamente e por diquetona ou 
canforoquinona em resinas fotopolimerizáveis. 
Outros componentes são: 
• Pigmentos p/ dar cor e opacidade à 
resina: Óxido Metálico; 
• Agente de Silanização: Ácido Fluorídrico; 
• Radiopacificadores: Bário e Estrôncio. 
Vamos agora abordar algumas características e 
propriedades dos três principais componentes 
da resina composta. 
Matriz Orgânica 
 A matriz orgânica é a parte da resina 
que sustenta e envolve as partículas vítreas 
(matriz inorgânica) das resinas compostas. Ela é 
formada pela molécula BIS-GMA, porém sendo 
também formada por TEGMA, EDGMA ou 
UDMA (outras matrizes orgânicas). 
 A quantidade de matriz orgânica está 
envolvida diretamente com resistência e com a 
contração de polimerização da resina composta. 
Há uma relação que diz o seguinte: “Quanto 
maior a quantidade de matriz orgânica na resina 
composta, menor será sua resistência e maior 
será sua contração de polimerização”. Porém, 
tem uma certa quantidade mínima de matriz 
orgânica que as resinas devem ter em sua 
composição que é de cerca de 20%, se colocar 
menos que isso não haverá envolvimento das 
partículas vítreas e a resina ficará mais porosa, 
por consequência absorvendo mais fluidos e se 
pigmentando com mais facilidade. A dilatação 
térmica também está relacionada com a 
quantidade de matriz orgânica, sendo que 
quanto mais matriz orgânica, maior grau de 
dilatação térmica. 
Matriz Inorgânica 
 A matriz inorgânica, também chamada 
de partículas vítreas, é a porção da resina 
formada por partículas vítreas de natureza 
mineral ou artificial. Assim como na matriz 
orgânica, temos aspectos que são interferidos 
devido a sua concentração (quantidade) na 
composição da resina composta e também ao 
tamanho dessas partículas vítreas. Sendo assim 
a relação enuncia o seguinte: “Quanto maior a 
quantidade com certo tamanho de partículas 
vítreas na resina, maior será a resistência e 
menor será a contração de polimerização, a 
dilatação térmica e a absorção de fluidos pela 
resina”. Veremos mais à frente que as 
propriedades da, principalmente físicas e 
mecânicas das resinas compostas variam de 
acordo com o tamanho das partículas vítreas. 
Agente de União 
 O agente de união é uma substância que 
faz com que haja união e coesão entre as 
matrizes orgânica e inorgânica (no caso, o 
Silano é a substância). Nas primeiras resinas 
fabricadas não havia coesão entre as matrizes o 
que acabava deixando a resina mais susceptível 
a fraturas e desgaste do material, quando 
submetido ao atrito. Com isso criou-se um 
processo de união entre matrizes chamado de 
silanização. A silanização consiste em: 
1º. Atacar as partículas vítreas com ácido 
fluorídrico a 10%; 
2º. Lavar e secar as partículas; 
3º. Aplicar o agente bifuncional (silano) que 
cria uma ligação química entre matriz 
orgânica e matriz inorgânica. 
 O silano chamamos de agente de união 
e o ácido fluorídrico de agente de silanização. 
 A partir de 1963 entãocomeçou a 
difusão do grande uso das resinas compostas. 
Inicialmente essas resinas tinha partículas vítreas 
grandes chamadas de macropartículas, sua 
polimerização (endurecimento), era através do 
meio químico em que era misturada uma pasta 
base e outra catalizadora e não havia o 
 
 
 
Resina Composta 
condicionamento ácido do dente. Com o tempo 
desenvolveram resinas fotopolimerizáveis, 
desenvolveram o condicionamento ácido, 
mudaram o tamanho das partículas e etc. Antes 
de continuarmos o contexto histórico vamos 
abordar a resina composta propriamente dita e 
conforme houver necessidade incluiremos o 
contexto histórico. 
Resina Composta 
Bem, já sabemos os compostos básicos que 
compõem as resinas compostas, a matriz 
orgânica, a matriz inorgânica e o agente de 
união, e suas características. Conforme foram 
desenvolvendo outros métodos técnicos e 
modificando as características dos compostos 
básicos das resinas foram criando classificações 
para a resina. A resina é classificada de acordo 
com o tamanho das suas partículas vítreas, 
consistência, sistema de polimerização, 
indicação e volume das partículas. 
1. Tamanho das Partículas Vítreas 
 As partículas vítreas são a porção que 
interferem nas propriedades físicas e mecânicas 
das resinas compostas, desde a resistência até a 
lisura da superfície das resinas. Ao decorrer dos 
anos até os dias atuais as partículas vítreas só 
diminuíram, as primeiras partículas que 
compunham as resinas eram as macropartículas 
posteriormente vieram as micropartículas, 
partículas híbridas, partículas micro-hibridas e 
as nanopartículas. 
Macropartículas 
As macropartículas foram as primeiras partículas 
a compor as resinas, na década de 60. As 
macropartículas tinham tamanho de 1 a 5 µM 
(Micrômetros), podendo chegar até 50 µM. Por 
serem partículas grandes proporcionavam para 
as resinas que as continham boa resistência, 
porém baixa lisura superficial por ser uma 
partícula grosseira e não ser de fácil polimento, 
deixando a resina porosa e com grande 
acúmulo de microrganismos, que poderia 
acarretar em vários problemas futuros como 
recidivas de cárie. 
 
Micropartículas 
As micropartículas, que têm o tamanho de 0,04 
µM, surgiram no ano de 1976. Por serem 
pequenas as micropartículas davam para a 
resina coisas que as macropartículas não davam 
como, principalmente alta lisura superficial, não 
ocorrendo acúmulo de microrganismos, maior 
facilidade de polimento devido à presença de 
partículas menores, porém baixa resistência pois 
havia mais matriz orgânica que inorgânica. 
Outro fato que podemos aferir a partir da 
afirmação passada de que se tem mais matriz 
orgânica, por sua vez, a contração de 
polimerização será maior. 
Partículas Híbridas 
As partículas híbridas são partículas introduzidas 
no mercado no ano de 1984, formadas pela 
junção das micropartículas e das 
macropartículas. Essa mistura foi realizada a fim 
de compensar os pontos fracos de ambas e 
enaltecer os pontos favoráveis. Com isso as 
resinas com partículas híbridas apresentam boa 
lisura superficial, boa resistência, facilidade de 
polimento e principalmente menor contração de 
polimerização devido ao fato de as 
micropartículas tomarem o espaço da matriz 
orgânica entre as macropartículas, deixando-a 
em menor proporção. O tamanho das partículas 
é de 1 a 5 µM, podendo chegar a 50 µM para 
as macropartículas e de 0,04 µM, para as 
micropartículas. 
Partículas Micro-Híbridas 
Depois das partículas híbridas, as novas 
tecnologias de partículas vieram apenas para 
melhorar e não consertar nenhuma falha, assim, 
no ano de 1998 surgiram as resinas com 
partículas micro-hibridas. Nessas resinas 
aumentou-se a concentração de partículas e 
diminuíram um pouco as partículas que 
passaram a ter o tamanho de 0,4 a 0,04 µM, 
proporcionando assim às resinas com essas 
partículas altíssima resistência, boa textura 
superficial e boa resistência ao desgaste 
estrutural. 
 
 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística II 
Nanopartículas 
Com a mesma premissa das partículas micro-
híbridas (apenas melhorar os aspectos), as 
resinas com nanotecnologia em suas partículas 
surgiram no ano de 2006, proporcionando 
excelente polimento, boa lisura superficial, boa 
manutenção do brilho e excelente resistência. O 
tamanho de suas partículas é de 0,0004 µM. 
“Quando o assunto é propriedade física e 
mecânica das resinas sempre buscamos por uma 
resina que tenha a maior lisura superficial 
possível, estabilidade de cor, resistência, 
integridade marginal e a menor contração de 
polimerização possível. As resinas com 
características mais próximas às ideais são as 
hibridas, micro-hibridas e nanopartículas”. 
 
2. Consistência e Densidade 
 Em relação à consistência e densidade 
da resina, tudo dependerá da sua finalidade, as 
chamadas resinas flow tem que ter maior 
fluidez, ou seja, precisam ser menos densas já 
que são utilizadas para cimentação de peças e 
regularização da parede pulpar. Já as outras 
resinas de restauração direta precisam ser 
menos fluidas. A relação de densidade e fluidez 
é a seguinte: “quanto menos densa for a resina, 
maior será sua fluidez e em compensação maior 
será a contração de polimerização por haver 
maior quantidade de matriz orgânica para deixar 
menos densa a resina”. Encontramos essa 
situação em resinas flow, pois em resinas 
convencionais de restauração direta a situação é 
totalmente ao contrário da exposta acima. A 
resina conforme seu grau de densidade e 
consistência escoa mais ou menos. As que tem 
alto escoamento são as flow, as de médio 
escoamento as resinas convencionais e de baixo 
escoamento as resinas condesáveis. As resinas 
condensáveis foram um invento criado na 
durante a década de 90 com o um intuito 
específico. Um dos problemas atuais das resinas 
é a obtenção de um correto ponto de contato, 
devido a sua consistência (mais matriz orgânica 
que inorgânica) dificilmente o ponto de contato 
é formado corretamente, diferentemente do 
amálgama que podemos condensá-lo em 
direção à matriz e ao dente vizinho criando esse 
ponto de contato. Com isso as indústrias 
pensaram: “por que não criar uma resina 
condensável? ” E assim foi feito, uma resina que 
permitia melhor compactação que as anteriores 
já que agora ela continha maior quantidade de 
matriz inorgânica que de matriz orgânica. O 
problema dessas resinas era que ela ficava com 
um aspecto mais ressecado, já que continha 
mais matriz inorgânica, as empresas até 
recomendavam a utilização de uma resina fluida 
por cima, para dar melhor acabamento. Por fim, 
o mercado não absorveu bem a ideia e a resina 
condensável sumiu do mercado. 
 Ainda pensando no problema do ponto 
de contato proximal foi desenvolvida pela 
indústria um objeto chamado de Contact Pro. 
Esse instrumento é uma espécie de pé de cabra 
colocada na caixa proximal, até que alcance a 
parede gengival que cria um ótimo ponto de 
contato, após a realização de um leve 
movimento de alavanca. A contact pro promove 
um bom ponto de contato, reduz o volume de 
resina e faz com que haja fotopolimerização 
gradual da resina (fato explicado mais à frente). 
Esse instrumental é transluscente, ou seja, a luz 
passa por ele e fotopolimeirza a resina da 
região e o espaço criado é preenchido 
posteriormente com resina do tipo flow e resina 
microhíbrida, finalizando a caixa proximal. 
3. Sistemas de Polimerização 
 As resinas compostas têm uma 
consistência normal na forma de gel, macio e 
maleável,entretanto, ela não pode permanecer 
assim na cavidade, ela deve ter consistência 
sólida. Para isso a resina deve passar por um 
processo de endurecimento chamado de 
polimerização. A polimerização consiste na 
conversão de monômeros em polímeros. 
Quanto mais monômeros são convertidos em 
polímeros mais “dura” a resina ficará. A 
quantidade de monômeros que se convertem em 
polímeros chamamos de índice de conversão. 
“Quanto maior for o índice de conversão maior 
será as propriedades físicas da resina, mas em 
contrapartida maior será a contração de 
polimerização”. A quantidade de monômeros 
que são convertidos em polímeros, ou seja, o 
índice de conversão não é superior a 60% 
porque.........Existem três sistemas de 
 
 
 
Resina Composta 
polimerização, o sistema químico, o sistema 
físico e o sistema dual. 
Sistema Químico 
 Nesse sistema, também chamado de 
sistema de autoindução, os ativadores se 
autoreagem e vão convertendo os monômeros 
em polímeros. Acontece da seguinte forma: 
1º Misturamos as pastas base e catalisadora; 
2º A amina terciária ativa o peróxido de 
benzoíla que converte os monômeros em 
polímeros. Conforme a amina terciária vai 
ativndo o peróxido de benzoíla e este, 
convertendo os monômeros, a resina passa da 
fase Pré-Gel, para a fase Pós-Gel e por fim para 
a fase de Polimerização que é quando ela 
endurece. Esse processo leva cerca de 3 a 5 
minutos. 
 Resinas autoativadas, ou seja, que 
possuem o sistema químico como polimerização 
tem um grande problema estrutural 
relacionadas ao seu sistema de polimerização. 
Há um grande desgaste de sua estrutura e as 
partículas se desprendem facilmente devido a 
degradação do BIS-GMA isso porque o peróxido 
de benzoíla, após a sua reação, produz como 
subproduto final uma amina terciária 
extremamente degradável que se dissolve e 
desintegra aos fluidos orais, dessa forma, 
comprometendo o componente orgânico da 
resina composta, aumentando 
consideravelmente o desgaste e perda estrutural 
do material restaurador. 
Sistema Físico 
 Nesse sistema, também chamado de 
sistema fotoativado, os monômeros são 
convertidos em polímeros quando a um estimulo 
luminoso sobre a resina. Esse estímulo luminoso 
pode ser realizado por alguns tipos de luzes, 
criaremos um apêndice mais à frente para falar 
sobre. O processo de fotopolimerização ocorre 
da seguinte forma: 
1º A resina é posta em uma cavidade. As resinas 
fotoativadas tem como ativador a substância 
canforoquinona, como já comentado; 
2º Incidimos a luz sobre a resina, ativando a 
canforoquinona; 
3º A canforoquinona, em seu estado reativo, 
reage com a amina transferindo alguns elétrons 
e produzindo radicais livres; 
4º Os radicais livres quebram as ligações entre 
monômeros reorganizando-os em polímeros e 
endurecendo a resina. Conforme vai 
acontecendo isso, a resina passa pelas fases 
pré-gel, pula a fase pós-gel e passa pela fase de 
polimerização, que acarreta num dos grandes 
problemas da resina que é a contração de 
polimerização. 
3.1. Contração de Polimerização 
 As resinas antes de sua polimerização 
antes de sua polimerização, seja auto ou 
fotoativada, possuem uma consistência em gel 
em que chamamos essa fase na polimerização 
de fase pré-gel. Quando excitamos o ativador 
da reação de polimerização, a resina passa da 
fase pré-gel para a fase pós-gel e da pós-gel 
vai, por fim, para a fase de polimerização, 
acontecendo ao decorrer desse processo a 
conversão dos monômeros em polímeros de 
forma gradual. Com isso o material produz um 
menor índice de contração de polimerização e 
evita as possíveis infiltrações marginais devido a 
formação de GAPs (fendas entre dente e 
restauração). Nas resinas quimicamente ativadas 
a resina, durante sua polimerização, passa por 
todas as fases, porém isso não ocorre com as 
resinas foto ativadas que pulam a fase pós-gel 
fazendo a resina se polimerizar mais 
precocemente e tendo como consequência 
maiores índices de contração de polimerização. 
Com o intuito de diminuir isso, foram 
desenvolvidas técnicas de fotopolimerização, de 
incrementação da resina na cavidade e etc.. 
Vamos a elas: 
 
3.1.1. Sistemas de Polimerização 
 Foram desenvolvidas técnicas de 
fotopolimerização que tentassem fazer com que 
a resina não se polimerizasse rapidamente, 
evitando o pulo da fase pós-gel. Os sistemas de 
fotopolimerização desenvolvidos são: 
Sistema Convencional 
 Nesse sistema, incide uma luz sobre a 
resina de intensidade constante por um período 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística II 
de tempo específico. Mais utilizada na vida 
clínica; 
Sistema de Gradual 
 Nesse sistema, aumenta-se a intensidade 
da luz gradualmente durante a incidência, 
permitindo o composto fotopolimerizar 
lentamente; 
Sistema de Pulso (Pulse Delay) 
 Nesse sistema emitimos a partir de pulsos 
a luz do fotopolimerizador sob uma intensidade 
constante pré-determinada. 
 Vale salientar que quanto maior a 
intensidade da luz do fotopolimerizador, maior 
será o índice de conversão, daí a importância de 
sempre verificar a intensidade de luz do foto e 
realizar a manutenção sempre que necessário. 
 Por volta de 1985, alguns pesquisadores 
começaram a estudar mais profundamente o 
processo de fotopolimerização. Pesquisas e 
estudos equivocados levaram os pesquisadores 
acreditar que a resina composta contraia em 
direção a fonte de luz, o que era péssimo. Em 
1986 Lutz, muito inteligentemente, desenvolve 
uma técnica de fotopolimerização em que ele 
emitia a fonte de luz em sentido contrário ao 
sentido que ele queria que a resina se contraísse 
(Imagine uma restauração na lingual do dente 
21, ao colocar a resina na região Lutz emitia a 
luz do foto não pela lingual, pois aí a resina iria 
contrair para a lingual, mas sim pela vestibular 
pois aí a resina iria contrair em direção à parede 
aderida, acomodando mais sob a estrutura 
dental), ou seja, o vetor de polimerização 
deveria ser contrário ao vetor de contração. A 
partir daí Lutz começou a fazer uso de matrizes 
transparentes e cunhas transparentes reflexivas, 
para restaurações compostas e complexas que 
desviava a luz para a direção que ele queria 
criar maior adesão e adaptação na parede 
gengival da caixa proximal entre resina e dente. 
Vários e vários experimentos realizados por Lutz 
comprovavam que pela técnica dos vetores 
havia menor índice de contração de 
polimerização, além de casos com menor índice 
de infiltração marginal, fendas ou sensibilidade 
pós-operatória. Em 1998, após inúmeras 
pesquisas e trabalhos, Versuluiz pode comprovar 
que a resina não se contraia em direção à luz. 
Começou a pergunta de como Lutz conseguiu 
menores índices de contração de polimerização. 
Após alguns anos foi descoberto o simples fato 
de que ao realizar a técnica do vetor de 
polimerização, da matriz transparente ou da 
cunha reflexiva, Lutz, nada mais nada menos, 
estava realizando o sistema de polimerização 
gradual, porque a luz não estava passando de 
forma direta, mas passando por estruturas como 
esmalte, dentina ou perdendo intensidade ao 
desviar os feixes de luz com a cunha 
transparente reflexiva, chegando a luz com uma 
potência mais baixa na resina, resultando num 
menor índice de conversão e em consequência 
em baixa contração de polimerização. 
3.1.2. Técnica de Incrementação 
 Colocamos a resina aos poucos, da 
metade da parede pulpar até a metade da 
parede circundante, reconstruindo partes mais 
importantes como cúspides, uma de cada vez e 
fotopolimerizandoa cada etapa. 
3.1.3. Fator de Configuração Cavitária 
 É a relação entre as superfícies aderidas 
com as superfícies não aderidas de um material 
restaurador. O fator de configuração cavitária, 
também denominado de fator C, é importante 
no que diz respeito à adesão da restauração ao 
dente em que quanto menor o número de 
superfícies livres, menor será a capacidade da 
resina escoar e liberar estresse, tornando 
desfavorável a união da resina ao dente. Para 
que ocorra um bom escoamento e liberação 
devida de estresse o número de paredes 
aderidas deve ser igual ou menor com ao 
número de paredes não aderidas do material 
restaurador. Sendo assim para fazer valer o 
fator C, e haver o bom escoamento e liberação 
de estresse da resina, realizamos a técnica de 
incrementação das resinas. 
3.1.4. Escolha da Resina 
 Existem diversas resinas no mercado, 
com as mais diversas tecnologias e indicações, a 
escolha da resina também é bem importante na 
questão da contração de polimerização. 
Isoladamente a resina não ocasionará uma 
menor taxa de contração de polimerização, é 
necessário a realização dos outros quesitos para 
evitar de forma considerável esse problema. 
 
 
 
Resina Composta 
 As resinas de macropartículas, quando 
ainda usadas, eram indicadas para classe III e IV 
de Black; as resinas de micropartículas são 
indicadas para restaurações cervicais, por ser 
um material mais liso e promover menor 
agressão ao tecido gengival e menor acúmulo 
de bactérias e para cobertura de restaurações 
extensas devido sua alta característica estética; 
as resinas hibridas, assim como as micro-
hibridas, são indicadas para restaurações 
anteriores que estejam sujeitas a tensões 
concentradas, como por exemplo classe IV de 
Black e para restaurações anteriores e 
posteriores (Melo et al. 2011); por fim, as 
resinas nanopartículas são indicadas para todas 
as regiões de dentes anteriores e posteriores. Há 
também a Resina Flow, resina fluida de baixa 
densidade utilizada para cimentação de facetas, 
núcleos, pinos, aparelho ortodôntico, forrador e 
para regularização da parede pulpar, aumenta 
a elasticidade da camada híbrida, restaurações 
cervicais. 
3.1.5. Adesivo 
 A contração de polimerização pode 
resultar na formação de GAPs, fendas entre 
dente e restauração, passagem de fluidos, 
bactérias, restos de alimento, ocasionando, 
recidivas de cárie, sensibilidade e podendo 
culminar na perda do dente. Nem sempre 
apenas a contração foi o principal problema, 
antigamente, a retenção também era 
dificilmente obtida, sendo necessária a criação 
de características na cavidade que iria receber a 
restauração, muitas vezes, comprometendo 
tecido hígido saudável na preparação da 
cavidade e de suas conformidades. Com isso, 
em 1955 Michael Buonocore desenvolveu um 
produto chamado de adesivo, que criava adesão 
necessária entre dente e restauração após ele 
observar o processo de pintura de cascos de 
navio onde aplicavam um ácido nesse casco, 
criando irregularidades na superfície para 
melhor adesão da tinta. A partir daí muita, mas 
muita coisa mudou na odontologia estética, pois 
esse adesivo proporcionava diversos benefícios 
como conservação maior de tecido hígido; 
maior resistência da estrutura dental 
remanescente; melhor estética; diminuiu os 
GAPs que ficavam entre dente e restauração, 
por consequência diminuindo o índice de 
infiltração marginal e recidivas de cárie; menor 
potencial de sensibilidade pulpar e ampliação 
do número de técnicas restauradoras. 
 Muito bem, muito bom, quer dizer que 
agora temos um material perfeito? Hoje pode 
até chegar próximo do ideal, mas não começou 
assim... O primeiro adesivo desenvolvido era um 
adesivo a base de BIS-GMA, que aumentava a 
retenção e aderência da resina ao dente 
chamado de Adesivo de 1ª Geração. Os testes 
laboratoriais foram feitos em dentes humanos 
extraídos, onde utilizavam o ácido, que criava 
microrretenções, aplicaram o adesivo e 
restauraram. Nos testes o adesivo mostrou ser 
efetivo. Pois bem, achamos o nosso adesivo! 
Não, não mesmo... O que ocorreu foi o 
seguinte, os dentes extraídos eram secos, sem 
umidade dentinária, proporcionando boa 
adesão, já os dentes vitais eram dentes que 
apresentavam umidade dentinária que 
acabavam não proporcionando boa adesão, 
pois o adesivo era hidrofóbico e com isso, 
acabava perdendo a capacidade adesiva, 
resultando em queda da restauração, infiltração 
marginal e recidivas de cárie. Game over! 
Voltamos à estaca zero... Bom, aí lá foram os 
pesquisadores e empresas desenvolver um 
adesivo melhor chegando numa segunda 
geração de adesivo chamado de Adesivo de 2ª 
Geração ou Adesivo Fosfanado. Esse adesivo 
era a evolução, o top do momento, pois não 
necessitava de um ataque ácido na estrutura 
dentária! (Na verdade retiraram o ácido porque 
achavam que ele era o vilão da história). Mas 
alto lá! Vivemos falando desse tal ácido, desse 
tal ataque ácido e etc., mas que blá, blá, blá é 
esse? Vamos lá então... 
Condicionamento Ácido 
 Vamos ver mais adiante que os adesivos 
só funcionam após um correto 
condicionamento ácido da estrutura dentária 
e isso ocorre por dois motivos principais que 
devemos descrevê-los separadamente, pois 
um é referente ao esmalte e outro à dentina. 
 
Condicionamento Ácido do Esmalte 
 O esmalte não é muito frescurento, o 
ácido sob a superfície de esmalte vai 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística II 
proporcionar a desmineralização dos seus 
cristais de hidroxiapatita e de cálcio, criando 
microporos nessa superfície que darão 
condições do adesivo penetrar nesses poros e 
criar microrretenções. Além disso o ácido 
aumenta a área de superfície que é 
diretamente proporcional à desmineralização 
do esmalte. 
 
Condicionamento Ácido de Dentina 
 A dentina é mais chatinha, ao aplicar o 
ácido na superfície dentinária ocorrerá fatos 
diferente dos ocorridos no esmalte. Durante o 
preparo cavitário cortamos estrutura 
dentinária contaminada e não contaminada, 
sangue pode estar presente na cavidade, 
microrganismos, óleo da caneta, saliva e etc., 
formando uma pasta que cobrirá toda a 
dentina intertubular e parte da dentina 
peritubular. Essa camada é uma camada de 
sujeira e chamamos ela de smear layer, 
formada por smear on + smear in (smear on 
sobre dentina intertubular e smear in sobre 
dentina peritubular). Como podemos aferir, o 
ácido terá duas funções, ele vai remover toda 
essa camada de smear layer, expondo 
dentina intertubular e dentina peritubular. A 
segunda função do ácido será desmineralizar 
parte dessa dentina expondo as fibras 
colágenas, criando um emaranhado de fibras 
colágenas que servirão para proporcionar 
retenção para o adesivo. 
 Ufa! Agora que entendemos o que é e 
como age esse bendito ataque ácido, vamos 
continuar a história dos adesivos. Como eu 
vinha dizendo, aquele primeiro adesivo, o de 1ª 
Geração, não deu certo e precisaram 
desenvolver outro, o de 2ª Geração, que não 
necessitava de ataque ácido... já viu que não vai 
dar certo de novo né? Hehehe... pode até ter 
certa adesão para esmalte, mas para dentina 
não vai prestar, isso devido a uma lógica muito 
simples, seus adesivos de caderno colam na 
sujeira? Não! A mesma coisa vai acontecer com 
esse adesivo de 2ª Geração, sem ataque ácido 
em dentina, sem remoção de sujeira, sem 
adesão, mesmo ele falando que havia uma certa 
adesão à smear layer, mas era precária e 
fraquíssima. Voltamos à estaca zero. Lá vamos 
nós de novo! Desenvolveramum terceiro 
adesivo chamado de adesivo de 3ª Geração, 
esse adesivo necessitava da utilização do ataque 
ácido, além do mais já vimos que é necessário 
esse ataque, utilizando para isso um ácido 
chamado de ácido poliacrílico à 10%. Esse ácido 
fazia um dos papéis necessários, porém pela 
metade, retirava parcialmente a smear layer, 
apenas a camada mais grosseira, não retirando 
o necessário para a penetração do adesivo nas 
fibras colágenas que ficavam expostas e criando 
adesividade entre dente e restauração. Putz! Vai 
ter que criar outro adesivo? É isso mesmo! Mas 
calma, eu não contei tudo do adesivo de 3ª 
Geração ainda... nesse adesivo foi desenvolvido 
um material novo, o Primer, que passava depois 
do ataque ácido e antes do adesivo. O primer 
tinha e tem a função de remover o excesso de 
umidade da cavidade que é evaporada junto ao 
solvente e de fixar e estabilizar as fibras 
colágenas. Então o senhor primer continua 
conosco até o fim! Boom! Surgiu o novo adesivo 
o quarto, e adivinha o nome, Adesivo de 4ª 
Geração. Como sabemos, no adesivo de 3ª 
Geração realizávamos um condicionamento 
ácido com ácido poliacrílico a 10% que não 
removia toda a smear layer, então esse era o 
problema a ser resolvido, colocar um ácido que 
removesse toda a smear layer, além de 
desenvolver um adesivo que tivesse afinidade 
com a água (hidrofílico) e assim foi feito. O 
ácido escolhido foi o ácido fosfórico a 37% que 
removia toda a smear layer e expunha as fibras 
colágenas da dentina intertubular. Pronto! 
Tínhamos um adesivo perfeito, acabaram nossos 
problemas. Sim realmente acabou! O adesivo 
era hidrofílico e obtemos um condicionamento 
ácido eficiente. Mas o capitalismo é selvagem 
amiguinho e não se importaram se o negócio 
estava bem, resolveram inovar outra vez. 
Desenvolveram um adesivo que não necessitava 
de ataque ácido, sim isso mesmo, sem ataque 
ácido! E a adesão ainda ocorria. Isso se devido 
o adesivo, mais especificamente o primer desse 
adesivo, já ser acidificado. A desmineralização e 
exposição das fibras ocorre de forma menos 
intensa, no qual é criada uma camada híbrida 
(explicaremos o que é e como se forma mais à 
frente) menos espessa que a formada no 
adesivo de 4ª geração, mas com efetividade 
semelhante, inteirando a smear layer, dentina 
desmineralizada e fibras colágenas, além de sua 
aplicação ser menos agressiva ao complexo 
 
 
 
Resina Composta 
Dentino-pulpar gerando menos sensibilidade 
operatória já que o primer acidificado não 
remove a smear layer, mas sim a modifica, 
agrega e envolve não havendo penetração do 
material em profundidade e resultando em 
menor troca de líquidos e menor movimento dos 
prolongamentos odontoblásticos. Observe a 
seguir o quadro comparativo entre os adesivos 
de 4ª e 5ª geração: 
 
 Os adesivos de 4ª e 5ª geração ainda 
são classificados de acordo com o número de 
passo clínicos, sendo o de 2 passos melhor: 
 
• Fontes de Luz do Fotoativador ou 
Fotopolimerizador 
 O fotopolimerizador é um aparelho 
emissor de luz no espectro visível voltada para a 
coloração branca, mas preferencialmente 
azulada, tendo comprimento de onda de 
aproximadamente 400nm a 520nm 
(nanômetros), que ativa o BIS-GMA das resinas 
compostas e outros produtos odontológicos. 
Atualmente temos dois tipos de lâmpadas 
utilizadas nos fotopolimerizadores, os de luzes 
halógenas e os de luz LED. 
Luz Halógena 
 A Luz Halógena é presente em modelos 
mais antigos de fotopolimerizadores. Ela possui 
uma luz branca que após passar pelo filtro 
óptico dispersa apenas a luz azul e retém as 
outras cores (A luz branca é formada por um 
conjunto de cores de diversas tonalidades, 
vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, 
violeta...). Esse processo de reter diversos 
comprimentos de ondas faz com que o aparelho 
aqueça, fazendo com que esse aparelho 
necessite de “ventoinhas” para refrigeração. 
Luz LED 
 A luz LED, presente nos modelos mais 
atuais de fotopolimerizadores, já liberam a luz 
azul sem necessidade de filtro, diminuindo o 
aquecimento e na maioria dos casos, sem 
necessidade de refrigeração interna. 
 As vantagens da lâmpada LED, sobre a 
lâmpada halógena são: 
✓ Praticiticidade no uso; 
✓ Recarregáveis; 
✓ Leves; 
✓ Alta potência; 
✓ Baixa emissão de calor; 
✓ Alta durabilidade da lâmpada; 
 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística II 
4. Quanto ao Volume de Partículas 
Vítreas 
 Como já sabemos, as resinas compostas 
possuem em sua composição uma diversidade 
de compostos, mas os dois principais são as 
duas matrizes, a orgânica e a inorgânica. A 
inorgânica, são as partículas vítreas, que dão 
resistência ao material, além de outras 
características já estudadas e a matriz orgânica 
que é o BIS-GMA que tem por função principal 
envolver as partículas vítreas. Contudo, 
enquanto quanto mais matriz inorgânica tiver 
numa resina melhor já que assim a resina terá 
maior resistência, menor índice de contração de 
polimerização, quanto mais matriz orgânica tiver 
pior, pois o material ficará menos resistente, 
com um maior índice de contração de 
polimerização, porém com menor 
condutibilidade térmica. Vendo por esse lado, 
então seria bom ter a menor quantidade possível 
de matriz orgânica, não é? Bem... sim, mas toda 
resina deve ter uma quantidade mínima de 20% 
para que ocorra o envolvimento das partículas 
de matriz inorgânica, proporcionando assim, 
resistência, menor índice de contração de 
polimerização, menor condutibilidade térmica, 
viscosidade ideal, não sendo muito fluida, 
menor expansão térmica, menor absorção de 
corantes e água, mantendo a cor e as devidas 
propriedades ópticas. 
 
5. Quanto à Indicação 
 Quanto à indicação já comentamos no 
tópico 3.1.4. Escolha da Resina. 
 
Resinas Bulk Fill 
 Recentemente a dentística estética tem 
sido apresentada a um novo grupo de materiais 
denominados de “bulk fill”, que nada mais são 
do que resinas compostas que se propõem a 
serem utilizadas em uma só camada de até 
4mm de espessura. As resinas, para que sejam 
fotopolimerizadas em sua totalidade e 
profundidade devem ter espessura de no 
máximo 2mm, mais que isso compromete a 
polimerização da porção mais profunda dessa 
resina na cavidade. 
 As mais recentes evoluções, diretamente 
ligadas às resinas compostas bulk fill, buscam 
minimizar os danos causados pela contração que 
a resina apresenta quando ativada (contração de 
polimerização). Adicionalmente, possibilitaram 
maior eficiência desta ativação, permitindo 
grandes profundidades de polimerização. 
Quando estas melhorias se associam, trazem a 
possibilidade de o profissional utilizar 
incrementos maiores com maior confiança e 
resultados satisfatórios. Ok…, mas ainda não 
conversamos sobre o que estas resinas têm de 
diferente em relação às outras resinas compostas 
que já estudamos. Para que fique mais claro, 
vamos discutir 5 pontos que fazem com que uma 
resina composta possa ser considerada uma bulk 
fill: 
 
✓ Contração de polimerização e tensão 
gerada de modo controlado para 
minimizar os danos à camada de união 
com a estrutura dental (camada híbrida); 
✓ Possibilidade de ser polimerizada em 
incrementos maiores que os tradicionais 
2mm; 
✓ Escoamento considerável, que permite o 
preenchimento de áreas e ângulos 
difíceis de serem preenchidos (ex.: 
ângulos de caixas proximais em cavidade 
classe II) 
✓ Propriedades mecânicas que a tornem 
passível de receber cargas mastigatória 
de modo direto ou indireto 
✓ Estéticaque seja, no mínimo, boa, para 
que possa ser usada em áreas que 
podem influenciar na estética, 
especialmente nos pré-molares. 
 
 Para isso, as empresas fizeram algumas 
modificações: 
 
• Moduladores de Polimerização 
 São substâncias químicas adicionadas 
nas resinas compostas que conseguem diminuir 
ou fazer com que as tensões geradas pela 
polimerização ocorram de modo mais 
controlado, evitando que o stress gerado seja 
liberado de uma só vez, minimizando os danos 
 
 
 
 
Resina Composta 
 
• Fotoativadores Específicos 
 Alguns fabricantes informam o uso de fotoativador com maior e melhor sensibilidade à ação 
da luz do aparelho fotoativador. Por exemplo, nas resinas bulk fill da ivoclar, há a citação de uso de 
um fotoiniciador patenteado chamado ivocerin. 
 
• Aumento de Translucidez 
 Com isso, a luz passa mais facilmente pela resina e consegue atingir áreas mais profundas. 
Contudo, para que isso seja conseguido, alguns fabricantes diminuem a quantidade de carga na 
resina, podendo comprometer a resistência mecânica e obrigando que a bulk fill seja coberta por 
outra resina com maior resistência. 
 
• Partículas de Carga Alteradas 
 Alguns tipos de partículas de carga modificadas estão sendo usadas tanto para facilitar a 
passagem da luz quanto minimizar a tensão gerada pela contração de polimerização. Alguns 
fabricantes citam o uso de partículas de carga que funcionariam como “molas microscópicas” que 
minimiza os efeitos negativos da contração. 
Mas... vamos discutir dois pontos importantes: 
 
Ponto 1 
 O primeiro que eu gostaria de salientar, é com relação à translucidez. Algumas marcas 
apresentam alta translucidez, para facilitar a passagem da luz. Até aí tudo bem e é o que se deseja 
para facilitar a fotoativação. Mas o problema é que esta alta translucidez faz com que algumas 
resinas tenham uma aparência acinzentada, tornando-se um problema em dentes que tendem a 
aparecer mais, como os pré-molares. Alguns fabricantes tem tentado minimizar este problema 
alterando a resina para que seja muito translúcida antes da fotoativação e menos translúcida após 
esta etapa. 
 
Ponto 2 
 O segundo ponto que eu gostaria de salientar é com relação ao aparelho de 
fotopolimerização que deverá usar. Para que realmente se consiga a fotoativação na espessura 
indicada pelo fabricante, deve-se usar aparelhos de excelente qualidade, com potência mínima de 
800mw/cm2, sendo o ideal aparelhos de 1000mw/cm2, pois parte da luz se “perde” até que chegue 
às camadas mais profundas. Este ponto pode ser a diferença entre obter bons ou maus resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística II 
Casos Clínicos 
 Agora iremos apresentar alguns casos clínicos de restaurações diretas de resina composta 
anteriores e posteriores e explicar alguns conceitos que possuem melhor entendimento durante a 
ação clínica. A seguir apresentaremos então esses casos, organizados em passo a passo, seguido de 
comentários e conceitos teórico, quando necessários. 
 
Caso 1 – Técnica da Matriz de Poliéster (Técnica a Mão Livre) 
 Paciente leucoderma, 21 anos, apresentou-se à clínica integrada com uma fratura do ângulo 
mésio incisal do dente 11 decorrente de um combate físico na rua. O dente se encontrava em estado 
de vitalidade pulpar, com respostas normais aos testes e sem invasão do tecido periodontal. O 
fragmento dentário foi perdido descartando a possibilidade de colagem do mesmo, sendo assim, a 
técnica escolhida foi a da matriz de poliéster (técnica a mão livre). 
• Sequência clínica: 
 
1. Com o dente ainda hidratado e antes de qualquer coisa escolhemos a cor da resina tomando 
como referência o canino, pois é o dente mais corado, devido à grande formação de dentina 
reacional (dentina terciária); 
Seleção da cor 
 Devemos escolher o tipo de resina para a tal situação e consequentemente sua cor. As resinas 
apresentam dois tipos de indicação, a que substitui dentina, responsável pela opacidade e resistência da 
restauração e a que substitui esmalte, responsável pela translucidez e pelo polimento da resina. A resina 
artificial de dentina e a resina artificial de esmalte apresentam dois sistemas de cores: 
 
Matiz: A matiz é a cor base do dente, referente ao esmalte, que é classificada em 4 letras: 
A – Marrom 
B – Amarelo 
C – Cinza 
D – Vermelho Amarronzado 
 
Croma: O croma indica intensidade da cor da matiz, é referente à dentina e é indicado por números 
onde, quanto maior a numeração, mais escura a pigmentação. A pigmentação varia de 1 a 5 em matiz A 
e de 1 a 4 nas demais. 
 
 A escolha será feita com o auxílio de uma escala de cores (escala Vita) da seguinte maneira: Se 
eu defini que a cor do canino é A4, a cor da dentina será a mesma, A4, e a cor do esmalte sempre um 
croma a menos que a cor que defini a partir do canino, nesse caso, A3 dando um efeito óptico à 
incidência da luz. 
 
2. Realizaremos o isolamento relativo da região com o auxílio de roletes de algodão em todo o 
vestíbulo bucal. Após isso, para facilitar a visualização da área a ser restaurada, lançamos 
mão do uso de um abridor bucal; 
 
3. Realizamos o biselamento vestibular no ângulo cavo-superficial do remanescente dentário 
com uma ponta diamantada de número 2200 criando um ângulo de aproximadamente 45° a 
60° em relação ao longo eixo do dente e com uma extensão de aproximadamente de 2 a 
3mm. A funcionalidade desse bisel vestibular é aumentar a retenção da restauração; diminuir 
a microinfiltração e principalmente melhorar a estética diminuindo a percepção entre a área 
de transição entre dente e restauração; 
 
 
 
 
Resina Composta 
4. Realizamos o chanferete na face lingual do remanescente dentário com uma fresa de número 
2135, com metade da espessura da ponta ativa e extensão aproximada de 1 a 1,5mm. A 
funcionalidade desse chanferete é aumentar a retenção da restauração; diminuir a 
microinfiltração e principalmente aumentar a resistência com um volume suficiente de material 
para evitar a fratura a contatos oclusais; 
 
5. Realizamos a profilaxia do dente e de seus vizinhos, protegemos os dentes vizinhos e 
aplicamos ácido fosfórico à 37% no esmalte durante 30 segundos e 15 segundos em dentina 
(se houver exposição). Lavamos o dente durante 60 segundos, retiramos o excesso de 
umidade com um papel absorvente ou bolinha de algodão; 
OBS.: O tempo de lavagem deve ser o dobro do tempo de aplicação do ácido, pois assim retiramos o 
ácido e a sílica que por ventura pode ficar nas microrretenções do esmalte ou nas microporosidades de 
dentina. 
 
6. Aplicamos o adesivo de com o auxílio de um microblush na área de fratura do remanescente, 
bisel vestibular e chanferete lingual de forma ativa, esfregando o microblush embebido em 
líquido adesivo durante 10 segundos, secando com jato de ar durante 5 seg. Repetir etapa 
mais 2 vezes, secando antes, as cerdas do microblush e fotopolimerizar ao final da terceira 
vez por 20 segundos; 
OBS.: Devemos realizar a aplicação de forma ativa três vezes para que o adesivo incorpore nas 
estruturas dentárias; A função do jato de ar a cada aplicação de adesivo é eliminar o solvente e a água. 
A eliminação de água é importante porque evita que essa água permaneça em abundância lá e degrade 
a camada híbrida que será formada. 
 
7. Fazemos uma concha com a matriz usando como suporte a face lingual do dente. Colocamos 
a resina translucente ou incisal em posição, dando o formato do dente e fotopolimerizamos 
por 20 segundos. Estará formada uma película por lingual de resina, já no formato do dente 
que nos auxiliará e guiará durante o restante da restauração;8. Após a confecção da camada lingual de resina do referido dente, incrementamos uma 
camada de resina artificial de dentina, de modo que ela se estenda da metade do bisel 
vestibular, envolvendo os terços cervical e médio e vá até o início do terço incisal. 
Acomodamos com o auxílio das espátulas e um pincel. Faremos na região do início do terço 
incisal a confecção de três mamelos, fotopolimerizando posteriormente durante 40 segundos; 
OBS.: A incrementação da resina de dentina é uma etapa importante das restaurações anteriores, do 
ponto de vista estético. A falta de espessura nessa camada proporcionará menos opacidade ao dente, ou 
seja, não terá um aspecto de dente natural, “incorpado”, já que uma menor camada de resina artificial 
de dentina, proporciona menor opacidade e como consequência maior passagem de luz, deixando o 
dente mais transluzente. Da mesma forma, uma espessura excessiva de resina de dentina deixa o dente 
muito opaco e com aspecto “mais escuro”. 
 
9. Sobre a resina de dentina, aplicaremos do ângulo cavo-superficial do bisel (da borda de 
transição entre bisel e dente) até a borda incisal a resina artificial de esmalte, cobrindo toda 
resina de dentina em todos os sentidos (mésio-distal e cérvico-incisal). Colocamos com auxílio 
das espátulas de inserção e manipulação de resina e principalmente com o auxílio do pincel, 
acomodando a resina e dando textura a sua superfície. Após o término deste procedimento 
fotopolimerizamos a resina durante 40 segundos; 
 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística II 
10. Prosseguiremos aos passos finais dando acabamento e polimento. Inicialmente retiramos os 
excessos grosseiros das proximais com uma lâmina de bisturi n. 12; ajuste anatômico e 
acabamento final das proximais com tiras de lixa de poliéster; 
 
11. Remoção de excessos finos e alisamento inicial da resina com discos de lixa flexíveis de 
granulação média e grossa; remoção de pequenos riscos e imperfeições remanescentes com 
pontas de borracha abrasiva; remoção de pequenos riscos e imperfeições remanescentes e 
alisamento final da resina com discos de lixa flexíveis de granulação fina e ultrafina; 
 
12. Polimento com discos de pelo de cabra, discos de feltro associados a pasta abrasiva para 
brilho final; 
 
13. Retiramos o isolamento relativo e o abridor bucal. 
 
 
Caso 2 – Técnica da Matriz de Silicona 
 Paciente de 23 anos de idade, do gênero masculino, melanoderma possui duas restaurações 
insatisfatórias do ponto de vista de adaptação e estética no dente 11 e 21. Resolveu-se, trocar as 
restaurações. Em função da extensão das restaurações, optou-se pela técnica da com matriz de 
silicona. 
• Sequência clínica: 
 
1. Com o dente ainda hidratado e antes de qualquer coisa escolhemos a cor da resina tomando 
como referência o canino, pois é o dente mais corado, devido à grande formação de dentina 
reacional (dentina terciária); 
 
2. Para realizar a confecção da matriz de silicona, manipulamos uma porção de silicona densa, 
fazemos um rolete e o colocamos na superfície incisiva, acomodando vagarosamente com a 
ponta dos dedos sobre as superfícies vestibular e palatina. Após a presa, retiramos e cortamos 
um desses moldes transversalmente (ao meio) separando parte vestibular do molde de parte 
lingual; 
OBS.: Utilizaremos a parte lingual que servirá como matriz para a confecção da parede palatina com 
resina transluscente ou incisal. 
 
3. Realizaremos o isolamento relativo da região com o auxílio de roletes de algodão em todo o 
vestíbulo bucal. Após isso, para facilitar a visualização da área a ser restaurada, lançamos 
mão do uso de um abridor bucal; 
 
4. Realizamos o biselamento vestibular no ângulo cavo-superficial do remanescente dentário 
com uma ponta diamantada de número 2200 criando um ângulo de aproximadamente 45° a 
60° em relação ao longo eixo do dente e com uma extensão de aproximadamente de 2 a 
3mm. A funcionalidade desse bisel vestibular é aumentar a retenção da restauração; diminuir 
a microinfiltração e principalmente melhorar a estética diminuindo a percepção entre a área 
de transição entre dente e restauração; 
 
5. Realizamos o chanferete na face lingual do remanescente dentário com uma fresa de número 
2135, com metade da espessura da ponta ativa e extensão aproximada de 1 a 1,5mm. A 
funcionalidade desse chanferete é aumentar a retenção da restauração; diminuir a 
 
 
 
Resina Composta 
microinfiltração e principalmente aumentar a resistência com um volume suficiente de material 
para evitar a fratura a contatos oclusais; 
 
6. Realizamos a profilaxia do dente e de seus vizinhos, protegemos os dentes vizinhos e 
aplicamos ácido fosfórico à 37% no esmalte durante 30 segundos e 15 segundos em dentina 
(se houver exposição). Lavamos o dente durante 60 segundos, retiramos o excesso de 
umidade com um papel absorvente ou bolinha de algodão; 
 
7. Aplicamos o adesivo de com o auxílio de um microblush de forma ativa, esfregando o 
microblush embebido em líquido adesivo durante 10 segundos, secando com jato de ar 
durante 5 seg. Repetir etapa mais 2 vezes, secando antes, as cerdas do microblush e 
fotopolimerizar ao final da terceira vez por 20 segundos; 
 
8. Pegamos a porção palatina do guia de silicona, levamos à boca do paciente e fazemos uma 
marcação para saber o limite entre dente e a futura restauração. Retiramos novamente o 
molde da boca do paciente e vamos acomodando a resina transluscente ou incisal na região 
referente a restauração, estendendo um pouco acima do limite em direção ao dente. Essa 
resina deve estar bem acomodada, com uma boa espessura, lisa e não ultrapassar os limites 
incisal, mesial e distal; 
 
9. Levamos novamente o guia matriz de silicona, agora com a resina acomodada, em posição 
na boca do paciente e em seguida fotopolimerizamos por 40 segundos; 
 
10. Após a confecção da camada lingual de resina do referido dente, incrementamos uma 
camada de resina artificial de dentina, de modo que ela se estenda da metade do bisel 
vestibular, envolvendo os terços cervical e médio e vá até o início do terço incisal. 
Acomodamos com o auxílio das espátulas e um pincel. Faremos na região do início do terço 
incisal a confecção de três mamelos, fotopolimerizando posteriormente durante 40 segundos; 
 
11. Sobre a resina de dentina, aplicaremos do ângulo cavo-superficial do bisel (da borda de 
transição entre bisel e dente) até a borda incisal a resina artificial de esmalte, cobrindo toda 
resina de dentina em todos os sentidos (mésio-distal e cérvico-incisal). Colocamos com auxílio 
das espátulas de inserção e manipulação de resina e principalmente com o auxílio do pincel, 
acomodando a resina e dando textura a sua superfície. Após o término deste procedimento 
fotopolimerizamos a resina durante 40 segundos; 
 
12. Prosseguiremos aos passos finais dando acabamento e polimento. Inicialmente retiramos os 
excessos grosseiros das proximais com uma lâmina de bisturi n. 12; ajuste anatômico e 
acabamento final das proximais com tiras de lixa de poliéster; 
 
13. Remoção de excessos finos e alisamento inicial da resina com discos de lixa flexíveis de 
granulação média e grossa; remoção de pequenos riscos e imperfeições remanescentes com 
pontas de borracha abrasiva; remoção de pequenos riscos e imperfeições remanescentes e 
alisamento final da resina com discos de lixa flexíveis de granulação fina e ultrafina; 
 
14. Polimento com discos de pelo de cabra, discos de feltro associados a pasta abrasiva para 
brilho final; 
 
15. Retiramos o isolamento relativo e o abridor bucal. 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística II 
Caso 3 – Restauração Classe V 
 Paciente leucoderma, 54 anos,sexo masculino, apresentou-se à clínica integrada queixando-
se de sensibilidade severa na região dos pré-molares direito. Ao exame clínico constatou-se a 
presença de lesões cervicais nos dentes 24 e 25. Na anamnese constatou-se que o paciente exercia 
força excessiva durante a escovação. Utilizando ambos, constatou-se tratar de uma lesão cervical de 
abrasão. 
• Sequência clínica: 
 
1. Realizamos a tomada de cor; 
 
2. Realizamos a profilaxia dos referidos dentes e seus adjacentes; 
 
3. Realizamos a técnica anestésica terminal infiltrativa dos dentes 24 e 25; 
 
4. Realizamos isolamento relativo com roletes de algodão, afastador bucal e fio retrator; 
OBS.: O fio retrator além de afastar a margem da gengiva, ajuda na absorção do fluido presente no 
sulco gengival, sendo considerado um objeto de controle de umidade e isolamento também. Para colocar 
o fio retrato dentro do sulco gengival, contamos com o auxílio de uma espátula de inserção número 1, 
começando de uma das faces proximais. 
 
5. Realizamos um leve preparo mecânico das paredes pulpar e axial dos dentes com o auxílio 
da ponta diamantada 1014; 
 
6. Aplicamos ácido fosfórico à 37% no esmalte durante 30 segundos e 15 segundos em dentina. 
Lavamos o dente durante 60 segundos, retiramos o excesso de umidade com um papel 
absorvente ou bolinha de algodão; 
 
7. Aplicamos o adesivo de com o auxílio de um microblush em esmalte e dentina de forma 
ativa, esfregando o microblush embebido em líquido adesivo durante 10 segundos, secando 
com jato de ar durante 5 seg. Repetir etapa mais 2 vezes, secando antes, as cerdas do 
microblush e fotopolimerizar ao final da terceira vez por 20 segundos; 
 
8. Estratificamos a resina forrando a cavidade com resina flow, fotopolimerizando por 20 
segundos, aplicando resina artificial de dentina, fotopolimerizando por 40 segundos e 
aplicando resina artificial de esmalte e fotopolimerizando por 40 segundos; 
 
9. Remoção de excessos finos e alisamento inicial da resina com discos de lixa flexíveis de 
granulação média e grossa; remoção de pequenos riscos e imperfeições remanescentes com 
pontas de borracha abrasiva; remoção de pequenos riscos e imperfeições remanescentes e 
alisamento final da resina com discos de lixa flexíveis de granulação fina e ultrafina; 
 
10. Polimento com discos de pelo de cabra, discos de feltro associados a pasta abrasiva para 
brilho final; 
 
11. Retiramos o fio de afastamento gengival, os roletes de algodão e o abridor bucal, nessa 
sequência. 
 
 
 
 
 
Resina Composta

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