Buscar

Etiopatognesegeraldasleses_aula1_20140825164412

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
CIÊNCIAS 
MORFOFUNCIONAIS IV
PROFA. DSC. MYRIAM RIBEIRO
Etiopatogênese geral das lesões
*
*
Introdução
Causas das lesões e doenças  agressões ou agentes lesivos  muito numerosas
Qualquer estímulo pode produzir lesão
Causas das lesões e doenças:
Exógenas  do meio ambiente
Endógenas  do próprio organismo
Lesões: resultam da interação do agente lesivo com os mecanismos de defesa (respostas do organismo) 
Associações de causas exógenas e endógenas
*
*
Introdução
Lesões com causas desconhecidas  criptogenética, idiopática ou essencial
Causas exógenas  agentes físicos, químicos, biológicos, desvios da nutrição
Causas endógenas  patrimônio genético, resposta imunitária, fatores emocionais
Agentes lesivos podem produzir lesões por ação direta ou indireta
Ação direta agente lesivo age por inibição de enzimas, quebra macromoléculas
Ação indireta  perturbam o fornecimento de energia
*
*
Hipóxia e Anóxia
Redução do fornecimento de oxigênio às células = HIPÓXIA
Parada total do fornecimento de oxigênio às células = ANÓXIA
Causas muito frequentes e importantes de lesões e doenças 
Diversas causas produzem obstrução vascular que leva à
Oligoemia (com hipóxia)  redução do fluxo sanguíneo
Isquemia (com anóxia)  parada do fluxo sanguíneo
*
*
Hipóxia e Anóxia
Podem levar a lesões reversíveis ou irreversíveis
Reversíveis  alterações nas atividades metabólicas das células (pela diminuição do O2)
Irreversíveis  pertubações eletrolíticas e na síntese de proteínas e lipídeos, agressão às membranas celulares – agravamento das condições da célula: morte celular
Neurônios  muito sensíveis à anóxia  máximo de 3 minutos sem O2
Células do miocárdio  até 30 minutos
*
*
Hipóxia e Anóxia
Efeitos da reperfusão
Tecidos mantidos em hipóxia ou anóxia prolongada  agravamento da lesão quando reoxigenados  formação de radicais livres de oxigênio  reagem com membranas celulares  lesões irreversíveis
Isquemia transitória  aumenta a resistência dos tecidos a outras agressões – mecanismos adaptativos que as células desenvolvem quando submetidas a baixas taxas de O2 (pré-condicionamento)
Testes para avaliar o efeito da isquemia transitória em órgãos a serem transplantados
*
*
Radicais Livres
Moléculas que apresentam um elétron não-emparelhado no orbital externo, o que as torna muito reativas qualquer outro tipo de molécula
Moléculas sensíveis aos radicais livres: lipídeos, ácidos nucleicos e proteínas
Capacidade de produzir lesões celulares
O2  principal fonte de radicais livres nas células
Produzidos no metabolismo normal das células 
*
*
Radicais Livres
*
*
Radicais Livres
Células possuem sistemas antioxidantes
Impedem o efeito deletério dos radicais
Ssuperóxido dismutase (SOD), catalase, glutation-peroxidase, redutores de fosfolipídios, vitaminas C e E
Lesões produzidas por radicais livres
Causam lesão por reagir com lipídeos, proteínas e ácidos nucleicos
Interagem com o DNA
Antioxidantes  reduz a presença de radicais livres
*
*
Resposta imunitária na origem e amplificação de lesões
Agente agressor é um antígeno  sistema imune o reconhece  “montagem” da resposta que pode resultar em lesão
Dependendo do antígeno e da forma de sua apresentação  organismo reage mediante a produção de anticorpos e/ou formação de linfócitos 
Anticorpos  podem lesar ou interferir com o funcionamento celular (bloqueio ou estimulação de uma função celular, formação de complexo Ag-Ac que leva agressão de células-alvo)
*
*
Respostas localizadas após agressões
Tecidos agredidos  respostas que visam tentar conter ou eliminar o agressor , ou se adaptar
Respostas dos tecidos são inespecíficas  aparecem idependentemente do tipo de agressor
Reação inflamatória
*
*
Respostas sistêmicas a agressões localizadas
Agressões localizadas podem provocar respostas sistêmicas
São respostas inespecíficas destinadas à adaptação do organismos frente a agressão
Facilita mecanismos de fuga física
Elimina o agressor
Minimiza os efeitos lesivos
*
*
Respostas sistêmicas a agressões localizadas
Conjunto de respostas sistêmicas  reação de fase aguda 
Modificação na síntese de proteínas, 
Alterações metabólicas (aumento da glicemia), 
Alterações no apetite e no sono (efeito de citocinas no SNC)
Febre (desregulação dos centros termorreguladores)
Resistência à dor (produção de endorfinas)
Modulação da resposta imune (tendência à imunossupressão)
*
*
Respostas sistêmicas a agressões localizadas
Febre
Reação de fase aguda
Desregulação dos centros termoreguladores
Substâncias pirógenos  alterações na síndrome febril
Endógenas  produzidas pelo poróprio corpo
Exógenas  produtos de microrganismos patogênicos
Substâncias antitérmicas: criógenos ou antipiréticos endógenos
Efeito protetor  alta temperatura: impedem crescimento de muitos microrganismos
*
*
Agentes físicos como causa de lesão
Dependendo da intensidade e duração de sua ação: qualquer agente físico pode produzir lesão
Força mecânica
Variações de pressão atmosférica
Variações de temperatura
Eletricidade
Radiações
Ondas sonoras (ruídos)
*
*
Força mecânica
Lesões traumáticas;
Abrasão, laceração ou rasgos de tecidos, contusão, incisão, perfuração, fratura
Alterações locais nas feridas: reações inflamatórias – estimulação nervosa  vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular /atração de neutrófilos e macrófagos / Hemorragia e espasmo vascular
Estado de choque  mecanismos neurogênicos e/ou hipovolemia
Embolia gordurosa  fragmentação do tecido adiposo (medula óssea)  êmbolos gordurosos 
*
*
Variações da pressão atmosférica
Organismo: capaz de se adaptar a pequenas variações de pressão atmosférica
Indivíduo suporta melhor o aumento da pressão (até 3x a normal) do que sua diminuição
*
*
Variações da pressão atmosférica
Síndrome da Descompressão / Mal dos caixões
Descompressão rápida  gases dissolvidos formam bolhas no sangue (originam êmbolos gasosos – obstrução de vasos), nos tecidos e dentro das células
Síndrome ds descompressão  condição patológica frequente em mergulhadores e pessoas que trabalham na construção de pontes 
Atualmente: tomada devidas precauções para evitar redução brusca da pressão
*
*
Variações da pressão atmosférica
Efeitos das grandes altitudes
Condições de baixa pressão (hipobárica): reduzem a tensão do O2 nos alvéolos  hipóxia 
Resposta do organismo: vasoconstrição periférica – desvia o sangue para região esplâncnica e aumenta a circulação nos pulmões
Hipóxia  lesa o endotélio vascular – edema
Maior chance de desidratação (umidade do ar menor, temperaturas mais baixas)
Até 2.500m sem manifestações /acima de 4.000m transtornos graves
*
*
Variações da pressão atmosférica
Efeitos das grandes altitudes
Adaptações às grandes altitudes:
Aumento dos hematócritos
Aumenta liberação de O2 para os tecidos (aumento do ácido 2,3-difosfoglicérico)
Aumento do número de capilares nos músculos, cérebro, miocárdio
Aumento da quantidade de mioglobina
Aumento do número de mitocôndrias
*
*
Variações de temperatura
Organismo suporta melhor o abaixamento do que a elevação da temperatura
Mecanismos reguladores da temperatura: ganho ou perda de calor
Ação local de baixas temperaturas:
Ação do frio  lesões dependentes do tempo de exposição (suficiente ou não para congelar a água dos tecidos)
Exposição prolongada:
Vasoconstrição, hipóxia, lesões degenerativas (falta de O2), lesão endotelial, anóxia, congelamento da água tecidual – morte celular
*
*
Variações de temperatura
Organismo tenta se adaptar à baixa temperatura  produção de mais calor – adaptação temporária
Sem proteção adequada  temperatura torna a abaixar = hipotermia (< 350C)  vasoconstrição periférica, palidez acentuada, redução da atividade metabólica(encéfalo e medula) – falência cardio-respiratória
por inibição do bulbo
*
*
Variações de temperatura
Ação local de altas temperaturas = Queimaduras
Gravidade: extensão e profundidade da lesão
Calor causa lesão por vários mecanismos:
Liberação de histamina pelos mastócitos  vasodilatação e aumento da oermabilidade vascular (edema)
Liberação de bradicinina  aumenta vasodilatação e o edema
Lesão direta da parede vascular  hemorragia, trombose, necrose
Ação direta sobre as células 
*
*
Variações de temperatura
Temperatura >55oC  desnaturação das proteínas  morte celular
Classificação das queimaduras:
10 Grau  hiperemia, dor e edema moderado, sem necrose
20 Grau  necrose da epiderme e bolhas dermoepidérmicas
3o Grau  necrose epiderme, derme e tecidos mais profundos
*
*
Variações de temperatura
Efeitos sistêmicos de altas temperaturas
Temperaturas elevadas  elevação progressiva da temperatura corporal = hipertermia (>40oC)
Vasodilatação periférica, abertura dos capilares, insuficiência circulatória, lesão no sistema nervoso
*
*
Corrente elétrica como causa de lesão
Efeitos lesivos da corrente elétrica nos tecidos:
Disfunção elétrica dos tecidos (miocárdio, músculo esquelético e tecido nervoso)
Produção de calor  tipo de corrente, quantidade, trajeto, duração, contato
Queimaduras
Morte por parada cardio-respiratória
*
*
Radiação como causa de lesão
Poder de oenetração das radiações é inversamente proporcional ao comprimento de onda  mais penetrantes: raios X, raios gama / Raios UV: baixo poder de penetração
Lesões produzidas por radiações decorrem de:
Inalação ou ingestão de poeira ou alimento que contenha partículas radioativas (trabalhadores de mina-minerais radioaativos-rádio)
Exposição a radiação por fins terapêuticos ou diagnósticos
Contato acidental com radiação emanada de artefatos nucleares (aparelhos de raios X)
Bombas nucleares
*
*
Radiação como causa de lesão
Radiações lesam os tecidos por dois mecanismos:
Ação direta sobre as macromoléculas  proteínas, lipídeos, carboidratos, ácidos nucleicos  quebras, novas ligações – altera função
Ação indireta produzindo radicais livres a partir da ionização da água
*
*
Radiação como causa de lesão
Fatores que interferem nas lesões: 
Dose e tempo de exposição, oxigenação dos tecidos, efeito radioprotetor (cisteína), fase do ciclo celular (G2, M)
Efeitos locais das radiações: 
Lesões agudas (imediatas)  lesões degenerativas, alterações vasculares, migração dos fagócitos
Irradiação total do corpo  envelhecimento acelerado (mutações gênicas ou alterações vasculares?)
*
*
Radiação como causa de lesão
Irradiação e câncer
Irradiação no período pré-natal e de crescimento pós-natal
Blástula antes da nidação  eliminação do embrião
Período embrionário  malformações, aborto
Período fetal  manifestações observadas ápós o nascimento (redução de células nervosas –retardo, depleção de células gonadais, alterações em áreas de crescimento ósseo, câncer na infância e adolescência (leucemias)
*
*
Efeitos da luz solar
Crônicos: UVA e UVB: câncer, lesão no DNA
Fotossensibilização  reações induzidas por substâncias que se depositam na pele, absorvem raios UV e originam radicais livres – efeitos tóxicos sobre as células epidérmicas
	- Fototoxicidade  edema, bolhas
	- Fotoalérgica  reações alérgicas – dermatite (ex. folhas de figo, sumo de limão)
*
*
Ação lesiva do som
Lesões nas células do órgão de Corti
*
*
Agentes biológicos como causa de lesão
Vírus, riquétsias, clamídias, bactérias, fungos, protozoários e helmintos  doenças infecciosas
Agente biológico pode produzir lesão por meio dos seguintes mecanismos:
Ação direta  pela invasão das células – morte celular = efeito citopático
Substâncias tóxicas (exotoxinas de bactérias, protozoários)
Substâncias liberadas do microrganismo após sua morte (endotoxinas)
Reação inflamatória no local da invasão
Resposta imunitária aos antígenos do agente infeccioso
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando