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SEMANA 16

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CASO 16 
 
1 - Tício e Caio foram acusados de receberem vultosa quantia em dinheiro 
através de emissão de duplicatas sem causa debendi, causando prejuízo a 
terceiros, tendo o Ministério Público capitulado a infração no artigo 172 
do Código Penal (crime de duplicata simulada). Na sentença, o juiz 
concordou com a narrativa fática, condenando os acusados nas penas do 
artigo 171, caput do Código Penal (crime de estelionato). Com base nisto, 
responda: 
 
a) A hipótese retratada é de “Emendatio ou Mutatio Libelli”? 
 
“EMENDATIO LIBELLI” 
 
 
ART. 383 CPP. O juiz, sem modificar a descrição do fato 
contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição 
jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de 
aplicar pena mais grave. 
 
 
b) A situação apresentada no enunciado poderia ocorrer em grau de 2º 
instância? 
 
HC 87984 SC/2007 
 
A “emendatio libelli” (art. 383 do CPP), também pode ser aplicada em 
segundo grau desde que nos limites do art. 617 do CPP, que proíbe a 
reformatio in pejus. 
 
2 - No que consiste o Princípio da Congruência ou da Correlação? 
Fundamente a sua resposta: 
 
O juiz está adstrito à demanda, não podendo decidir ultra, citra ou extra 
petita, salvo exceções. 
 
3 - Em uma colisão de veículos, uma das vítimas sofre lesões corporais. Ela 
é levada a um hospital particular, onde fica internada por alguns dias. 
Quando sai do hospital, as lesões já estão imperceptíveis e a vítima não 
comparece ao Instituto Médico Legal para fazer o exame de corpo de 
delito. O Ministério Público oferece a denúncia instruída com os exames 
feitos no hospital em que a vítima foi atendida e arrola o médico 
responsável como testemunha. Assinale a resposta que descreve o 
procedimento correto: 
 
a) O juiz deve rejeitar a denúncia, pois o exame de corpo de delito feito 
por perito oficial é indispensável, não havendo no caso justa causa para a 
ação penal; ART 159 § 1º CPP 
 
b) O juiz deve receber a denúncia, pois a falta do exame de corpo de 
delito pode ser suprida por outras provas, notadamente a prova 
testemunhal, no caso de desaparecimento dos vestígios; ART 167 CPP 
 
c) O juiz deve receber a denúncia, pois a falta do exame de corpo de delito 
pode ser suprida pela confissão do acusado, desde que feita perante o juiz 
e na presença do defensor; ART 158 CPP 
 
d) O juiz deve rejeitar a denúncia, pois o desaparecimento das lesões 
exclui o crime de lesão corporal, inexistindo infração penal a ser apurada 
na hipótese; ART 167 CPP 
 
e) O juiz deve suspender o recebimento da denúncia e intimar as partes 
para que formulem quesitos ao médico responsável pelo exame, de modo 
a suprir a falta de exame de corpo de delito. 
 
4 - Ticio está residindo na França, mas em endereço desconhecido. Nesse 
caso, a sua citação far-se-á por: 
 
a) Edital; 
b) Carta Rogatória; (ART 368 CPP) 
c) Carta Precatória; 
d) Carta com aviso de recebimento; 
e) Hora certa no respectivo consulado. 
 
5 - Determinado delegado de polícia obtém autorização judicial para 
proceder a interceptação telefônica em inquérito instaurado para apurar 
tráfico de entorpecentes. No curso da interceptação, a polícia consegue 
provas de que Jilmar, parte integrante da quadrilha, matou um desafeto. 
O advogado de defesa de Jilmar alega judicialmente que a prova do 
homicídio seria uma prova ilícita, pois a realização da interceptação teria 
sido autorizada somente para apurar suposto crime de tráfico, 
delimitando assim o alcance da diligência. Com base nisto, responda: A 
alegação da defesa é procedente? Fundamente a sua resposta: 
 
Não deve prosperar a alegação da defesa, pois, Trata-se da aplicação da 
teoria da “serendipidade”, na qual é possível validar uma prova 
encontrada fortuitamente a partir do deferimento legal de diligencia 
para apurar outro fato.

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