Prévia do material em texto
Introdução ao Sistema Nervoso Central e ao Sistema Nervoso Periférico Propriedades da membrana do neurônioneurônio Potencial de repouso Silvana Allodi Programa de Neurobiologia Instituto deBiofísica Carlos Chagas Filho UFRJ Sistema Nervoso Central e Periférico Silvana Allodi Programa de Neurobiologia Instituto deBiofísica Carlos Chagas Filho Figura 1.10. Monsieur Laborgne foi um paciente que possibilitou uma grande descoberta da Neurologia. Depois de um acidente vascular encefálico, Laborgne não conseguiu mais falar. Após sua morte, seu cérebro (à esquerda) foi estudado pelo neurologista francês Pierre-Paul Broca (1824-1888; foto à direita), que lançou a hipótese, hoje muitas vezes confirmada, de que a linguagem e muitas outras funções neurais, são precisamente localizadas em regiões específicas do encéfalo. Figura 1.11. A localização funcional pode hoje ser demonstrada em pessoas normais em vida, através da ressonância magnética funcional. Essa técnica de imagem mostra as regiões mais ativas do cérebro, quando o indivíduo é estimulado ou executa uma tarefa específica. Neste caso, o indivíduo foi solicitado a refletir sobre uma frase com implicações morais: a atividade neural correspondente ficou bem localizada no lobo frontal em ambos os lados (áreas em vermelho e amarelo). Foto cedida por Jorge Moll Neto, do Grupo Labs - Rede D’Or. Formação do Tubo neural Formação do SNC Telecéfalo: Córtex, Núcleos da base, Hipocampo, Amígdala, Bulbo olfatório. Diencéfalo: Tálamo, hipotálamo, subtálamo, epitálamo, retina, nervos e tratos ópticos. Mesencéfalo: Mesencéfalo Metencéfalo: Ponte e cerebelo. Mielencéfalo: Bulbo. Figura 1.1. O sistema nervoso central do homem nervoso central do homem aloja a imensa maioria dos neurônios, e está contido no interior da caixa craniana (o encéfalo) e da coluna v e r t e b r a l ( a medu l a espinhal). Já o sistema ne r vos o pe r i f é r i co é constituído de uma menor proporção de neurônios, mas apresenta uma extensa rede de fibras nervosas espalhadas por quase todos os órgãos e tecidos do organismo. No desenho, apenas a metade esquerda foi representada. F i g u r a 1 . 4 . O s d o i s hemisférios cerebrais podem ser vistos de cima ( ) ou de trás ( ). O cerebelo e o tronco A Btrás ( ). O cerebelo e o tronco encefálico são visualizados por trás ( ) ou de lado ( ). E quando o encéfalo é dividido ao meio no plano sagital ( ), v êem- s e a l g umas da s estruturas internas como os ventrículos e , e es t ru tu ras parcia lmen te encobertas pelos hemisférios e o ce rebe lo , como o mesencéfalo, a ponte e o bulbo. B B C D a face medial dos hemisférios cerebrais Tabela 1.1 Classificação Hierárquica das Grandes Estruturas Neuroanatômicas SNC Encéfalo Medula Espinhal Cérebro Cerebelo Tronco Encefálico Telencéfalo Diencéfalo Córtex Cerebelar Núcleos Profundos Mesencéfalo Ponte Bulbo Córtex Cerebral Núcleos da Base © CEM BILH ES DE NEUR NIOS Õ Ô by Roberto Lent Células da crista neural B Melanócitos da pele Gânglios autonômicos Gânglio espinhal A Placa neural Sulco neural Notocórdio Figura 2.5. A B. . As cristas neurais aparecem em cada lado a partir das células que ficam nas bordas de fusão da placa neural, quando esta se dobra para formar o tubo neural. Imediatamente as células da crista neural migram por longas distâncias para formar diversos gânglios e outros órgãos e tecidos. (em vermelho) Divisão gastroentérica do sistema nervoso autônomo Glândula suprarrenal (medula) Células da crista neural Tubo neural © CEM BILH ES DE NEUR NIOS Õ Ô by Roberto Lent Células Progenitoras da Crista Neural Citologia e Biologia Celular das Células Nervosas Neurônios •Diversidade •Estrutura do neurônio •Especializações subcelulares e funções básicas Neurônio X Glia Figura 1.7 A B . apresenta um neurônio do córtex cerebral de um roedor, marcado com um corante fluorescente. Vê-se o axônio dirigindo-se primeiro para baixo e depois para a direita, com um ramo menor dirigindo-se para a esquerda. Muitos neurônios do córtex humano são parecidos com esse. apresenta gliócitos de roedor mantidos artificialmente em um meio de cultura, e corados com um marcador específico para proteínas gliais. Foto cedida por Cecilia Hedin-Pereira, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ. Foto cedida por José Garcia-Abreu, do Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas, UFRJ. A B Neurônios Neuróglia Figura 3.1. O histologista espanhol Santiago Ramón y Cajal foi um dos primeiros a i d e n t i f i c a r os diferentes tipos de neurônios, que ele mesmo desenhou ao microscópio. Este desenho representa as células nervosas do córtex cerebral de um gato. As células A, B, C, F e G são p i r a m i d a i s d e Neurônios e sua diversidade (1) p i r a m i d a i s d e d i fe ren tes tamanhos, enquanto E, L e M são estreladas. Os axônios estão assinalados por d i m i n u t a s letras a, e algumas das camadas corticais estão indicadas por números à e s q u e r d a . Reproduzido de S. Ramón y Cajal (1955). Histologie du Système Nerveux de l´Homme et d e s V e r t e b r é s . Inst i tuto Ramón y Cajal , Espanha. Neurônios: Capacidade de responder a estímulos, ou seja, são células excitáveis; Podem responder de forma localizada ou propagar para outras células: Impulso nervoso; Através dos seus prolongamentos formam Através dos seus prolongamentos formam circuitos; Detectam, transmitem e analisam os estímulos; Organizam e coordenam as funções do organismo. Tipos neuronais e sua estrutura básica Figura 1.8. Os neurônios só p o d em s e r v i s t o s a o microscópio, geralmente depois que se retira um pequeno pedaço do encéfalo (acima, à esquerda), levando- o ao micrótomo para obter cortes muito finos. Estes podem ser corados com substâncias fluorescentes ou substâncias fluorescentes ou corantes visíveis a iluminação comum, para mostrar os neurônios com suas formas variadas na disposição dos dendritos e do axônio (acima, à d i r e i t a ) . Os d es e nho s representam neurônios de d i v e r s o s t i p o s morfológicos:pseudounipolar ( ), ( ), de Purkinje ( ), unipolar ( ) e ( ). A B C D E Foto de fluorescência cedida por Cecilia Hedin-Pereira, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ. estrelado piramidal Tipos neuronais e sua estrutura básica (2) Função neuronal: comunicação Espículas Citoplasma comunicação Microtúbulos, neurofilamentos e microfilamentos Transporte axonal (1) Transporte axonal (2) Figura 3.9. Os microtúbulos são componentes do citoesqueleto do neurônio que desempenham papel importante no transporte de organelas e substâncias ao longo do axônio, nos dois sentidos: do soma ao terminal (transporte anterógrado), e vice-versa (transporte retrógrado). O detalhe à esquerda mostra vesículas sendo transportadas ao longo dos microtúbulos pela ação de uma proteína motora associada a eles, a cinesina. Figura 3.8 . As esp inhas dendrí t icas são d iminutas protrusões que emergem de um tronco dendrítico principal ( ). As fotos , e são sucessivas ampliações (retângulos brancos) de uma célula preenchida com um corante fluorescente, vista ao microscópio óptico. Os círculos brancos em assinalam espinhas dendríticas. A foto mostra uma delas em grande ampliação. A A A B C B C A foto mostra um c o r t e u l t r a f i no v i s t o ao m i c r o s c ó p i o e l e t r ô n i c o , ilustrandouma sinapse (seta) de um terminal axônico (à direita) com uma espinha (à esquerda). D Dendritos e as espículas ou espinhas dendríticas A foto representa o molde metálico de um dendrito visto ao microscópio eletrônico de varredura, apresentando uma espinha dendrítica íntegra e inúmeros “talos quebrados” de espinhas (setas vermelhas). E D E A B C modificado de A. Peters et al. (1976) . W.B. Saunders Co., EUA. modificado de K.M. Harris et al. (1992) 12: 2685-2705. Fotos , e cedidas por Monica Rocha, do Depa r t amento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ. The Fine Structure of the Nervous System Journal of Neuroscience com uma espinha (à esquerda). Núcleo, RER e Aparelho de Golgi: síntese de proteínas •Canais iônicos •Receptores de membrana •Transportadores •Enzimas de síntese e de degradação de neurotransmissores •Peptídeos neuroativos•Peptídeos neuroativos Foto cedida por Marilia Z.P. Guimarâes e Jan Nora Hokoç Canais iônicos (1) Canais iônicos (2) Familial hemiplegic migraine Episodic ataxia type 2 X-linked congenital stationary night blindness Alterações em canais iônicos Generalized epilepsy with febrile seizures Receptores de membrana