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Painéis Elétricos Completo

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E 
TECNOLOGIA DO SUDESTE DE MINAS GERAIS - SANTOS 
DUMONT 
 
 
 
ALISSON RANGEL DA SILVA FORTES 
CARLOS HENRIQUE MOREIRA DE ALMEIDA 
ELIAS LOPES OLIVEIRA 
HERICK APARECIDO DE OLIVEIRA PAIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAINÉIS ELÉTRICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos Dumont 
2018 
ALISSON RANGEL DA SILVA FORTES 
CARLOS HENRIQUE MOREIRA DE ALMEIDA 
ELIAS LOPES OLIVEIRA 
HERICK APARECIDO DE OLIVEIRA PAIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAINÉIS ELÉTRICOS 
 
 
 
 
Apresentado ao Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia do 
Sudeste de Minas Gerais - Santos 
Dumont. 
 
Professor: Leandro Luiz Rezende de 
Oliveira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos Dumont 
2018 
i 
 
Sumário 
1. Introdução ....................................................................................................................... 1 
2. Conceito ......................................................................................................................... 2 
3. Classificação .................................................................................................................. 2 
3.1. Quanto ao nível de tensão ....................................................................................... 2 
3.1.1. Painéis de baixa tensão .................................................................................... 2 
3.1.2. Painéis de média tensão .................................................................................. 3 
3.2. Quanto à função ...................................................................................................... 3 
3.2.1. Painel de comando ........................................................................................... 3 
3.2.2. Painel de controle ............................................................................................. 3 
3.2.3. Painel de medição ............................................................................................ 3 
3.2.4. Painel para banco de capacitores ..................................................................... 3 
3.3. Quanto à forma construtiva ...................................................................................... 4 
3.3.1. Painel do tipo armário ....................................................................................... 4 
3.3.2. Painel do tipo múltiplas colunas ........................................................................ 4 
3.3.3. Painel do tipo mesa de comando ...................................................................... 4 
3.3.4. Painel do tipo modular ...................................................................................... 4 
3.3.5. Painel do tipo multimodular ............................................................................... 4 
3.3.6. Painel do tipo fixo/extraível ............................................................................... 4 
4. Características para pleno funcionamento ...................................................................... 5 
4.1. Tensão Nominal ...................................................................................................... 5 
4.2. Corrente Nominal de Regime Contínuo ................................................................... 5 
4.3. Corrente Dinâmica Nominal de Curto-Circuito ......................................................... 5 
4.4. Corrente Térmica Nominal de Curto-Circuito ........................................................... 5 
4.5. Corrente Nominal Condicional de Curto-Circuito ..................................................... 5 
4.6. Tensão Nominal de Isolamento ............................................................................... 6 
4.7. Frequência Nominal ................................................................................................. 6 
4.8. Temperatura Ambiente ............................................................................................ 6 
4.8.1. Temperatura ambiente para instalações abrigadas: ......................................... 6 
4.8.2. Temperatura ambiente para instalações ao tempo: .......................................... 6 
4.9. Umidade do Ambiente: ............................................................................................ 6 
4.9.1. Umidade do ambiente para instalações abrigadas ........................................... 6 
4.9.2. Umidade do ambiente para instalações ao tempo ............................................ 7 
5. Projeto e Construção ...................................................................................................... 7 
5.1. Tipos de Painéis ...................................................................................................... 7 
5.1.1. Painel do tipo Block .......................................................................................... 7 
5.1.2. Painel do tipo Metal Enclosed ........................................................................... 7 
5.1.3. Painel do tipo Metal Clad .................................................................................. 8 
ii 
 
5.1.4. Sistema Modular ............................................................................................... 8 
5.2. Requisitos Normativos ............................................................................................. 8 
5.2.1. Condições Gerais de Proteção contra Choques Elétricos ................................. 8 
5.2.2. Proteção contra Contatos Diretos ..................................................................... 9 
5.2.3. Proteção contra Contatos Indiretos ................................................................. 10 
5.2.4. Proteção Contra Efeitos Térmicos .................................................................. 10 
5.3. Grau de Proteção .................................................................................................. 10 
5.4. Aterramento ........................................................................................................... 11 
5.4.1. Aterramento do Invólucro Metálico ................................................................. 11 
5.4.2. Aterramento do Circuito Principal ................................................................... 11 
5.5. Ensaios .................................................................................................................. 11 
5.5.1. Conceitos de Ensaios TTA e PTTA ................................................................ 12 
5.5.2. Ensaios de Tipo .............................................................................................. 12 
5.5.3. Ensaios de Rotina .......................................................................................... 13 
6. Referência Bibliográfica ................................................................................................ 15 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
1. Introdução 
O presente trabalho tem como objetivo apresentar classificações, 
características técnicas, projeto e construção, bem como os mais variados ensaios e 
informações relacionados aos painéis elétricos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
2. Conceito 
De maneira geral, um painel elétrico compreende um conjunto de dispositivos 
de manobra associados a equipamentos de proteção, comando, medição e controle 
complementados por acessórios instalados internamente a um cubículo 
normalmente metálico dotado de estruturasde suporte. 
Os painéis elétricos são também denominados pela norma ABNT NBR IEC 
60050 (441) e ABNT NBR IEC 60050 (151) conjunto de manobra e controle. 
 
3. Classificação 
3.1. Quanto ao nível de tensão 
O nível de tensão de um painel elétrico está relacionado à classe de tensão 
dos equipamentos no interior dos quais estão instalados. Em geral, os painéis são 
classificados em dois níveis de tensão: 
3.1.1. Painéis de baixa tensão 
São aqueles no interior dos quais são instalados equipamentos de manobra, 
controle, medição, proteção e demais dispositivos necessários ao seu 
funcionamento, em que o nível de tensão é igual ou inferior a 1.000 V. Podem ser 
utilizados para diferentes fins: 
 
➢ Para alimentação de motores elétricos: são denominados Centro de Controle 
de Motores – CCM 
➢ Para alimentação de circuitos de distribuição de iluminação: são denominados 
Quadros de Distribuição de Luz – QDL. 
➢ Quando alimentados por um ou mais transformadores que fazem o 
suprimento a diversos painéis: são denominados Quadro Geral de Força – QGF. 
➢ Para alimentação de equipamentos específicos, como por exemplo, 
capacitores de baixa tensão. 
➢ Para alimentação de equipamentos específicos, como por exemplo, 
capacitores de baixa tensão. 
➢ Para alimentação de circuitos de instalações residenciais. 
 
 
 
3 
 
3.1.2. Painéis de média tensão 
São aqueles no interior dos quais são instalados equipamentos de manobra, 
controle, medição, proteção e demais dispositivos necessários ao seu 
funcionamento, em que o nível de tensão é superior a 1.000 V e, em geral, limitados 
a 50 kV. 
3.2. Quanto à função 
Os painéis podem ser projetados para desempenharem diferentes funções 
dentro de uma instalação elétrica. São eles: 
3.2.1. Painel de comando 
Quando nele são instalados equipamentos de comando e manobra de 
circuitos de baixa ou média tensão, tais como disjuntores, contatores, chaves 
seccionadoras, chaves inversoras, entre outros. 
3.2.2. Painel de controle 
Quando nele são instalados dispositivos e circuitos destinados a realizar o 
controle de equipamentos a partir de sinais enviados por relés ou por outros 
dispositivos. 
3.2.3. Painel de medição 
Quando nele são instalados equipamentos e dispositivos destinados à 
medição de parâmetros elétricos, tais como consumo, demanda, corrente, entre 
outros. 
3.2.4. Painel para banco de capacitores 
Quando nele são instaladas unidades capacitivas, chaves de comando e 
controlador de fator de potência (opcional) destinado ao controle do fator de potência 
para evitar o pagamento por excesso de energia reativa e demanda reativa da 
instalação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
3.3. Quanto à forma construtiva 
Os painéis podem ser construídos em diferentes formatos, tais como: 
3.3.1. Painel do tipo armário 
 É constituído de uma única coluna ou módulo fechado podendo ser dotado 
de várias seções ou compartimentos, sendo do tipo autoportante e fixado no piso. 
3.3.2. Painel do tipo múltiplas colunas 
Também denominado multicoluna, é constituído de vários módulos fixados 
lateralmente, formando um único conjunto. 
3.3.3. Painel do tipo mesa de comando 
 É constituído de um conjunto metálico na forma de mesa e geralmente 
inclinado com ângulo aproximado de 15° de forma a facilitar o acesso aos diversos 
dispositivos de comando. 
3.3.4. Painel do tipo modular 
 É formado por um conjunto metálico para instalação normalmente na posição 
vertical. 
3.3.5. Painel do tipo multimodular 
 É formado por dois ou mais conjuntos metálicos do tipo modular fixados 
lateralmente uns aos outros, com barramentos e cabos passando pelas respectivas 
aberturas laterais. 
3.3.6. Painel do tipo fixo/extraível 
 É formado por componentes ou equipamentos que podem ser extraídos sem 
auxílio de ferramentas, estando o painel energizado ou não, desde que o circuito do 
componente a ser extraído não esteja conduzindo durante a operação de extração. 
Os componentes podem ser compostos por gavetas extraíveis e os equipamentos 
podem ser chaves ou disjuntores. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
4. Características para pleno funcionamento 
Todos os painéis elétricos devem ser definidos por um conjunto de 
características técnicas que determinam o seu uso e os diferentes limites de 
operação. 
4.1. Tensão Nominal 
É o valor da tensão a que é submetido o painel em condições normais de 
operação e que, associada à corrente nominal do circuito principal (barramento), 
determina a sua utilização. Nos circuitos trifásicos, a tensão nominal é a tensão entre 
fases. 
4.2. Corrente Nominal de Regime Contínuo 
É a corrente que deve ser conduzida pelo painel e pelos seus diversos 
componentes sem que haja elevação de temperatura superior ao valor definido por 
norma para cada componente. A corrente nominal é definida pelo fabricante em 
função da capacidade individual de seus componentes nas condições de operação 
exigidas. 
4.3. Corrente Dinâmica Nominal de Curto-Circuito 
É a corrente de curto-circuito no seu valor de pico que o circuito principal 
possa conduzir sem que qualquer componente do painel possa ser danificado 
mecanicamente, sob condição de ensaio. 
4.4. Corrente Térmica Nominal de Curto-Circuito 
É a corrente de curto-circuito no seu valor de eficaz que o circuito principal 
possa conduzir durante 1 s ou outro tempo especificado pelo fabricante, sem que 
qualquer componente do painel possa ser danificado termicamente, sob condição de 
ensaio. 
4.5. Corrente Nominal Condicional de Curto-Circuito 
É o maior valor da corrente de curto-circuito trifásica ou fase e terra a que 
pode ficar submetido o circuito principal do painel, no horizonte do projeto, e que 
deve estar protegido por um dispositivo de proteção contra curto-circuito, 
especificado pelo fabricante. Todos os elementos do painel que são atravessados 
pela corrente nominal de curto-circuito devem suportar térmica e mecanicamente 
durante o tempo de operação do dispositivo de proteção nas condições de ensaio. 
 
 
 
6 
 
4.6. Tensão Nominal de Isolamento 
É a tensão à qual estão referidas as tensões dos ensaios dielétricos e as 
distâncias de escoamento, e que a tensão nominal de isolamento deve ser sempre 
igual ou superior à tensão nominal de operação. 
4.7. Frequência Nominal 
É a frequência nominal em que todos os elementos do painel operam em 
condições nominais, admitindo-se uma variação de ± 2%, ou outro valor designado 
pelo fabricante. 
4.8. Temperatura Ambiente 
A temperatura ambiente pode ser classificada para duas condições de 
instalação: 
4.8.1. Temperatura ambiente para instalações abrigadas: 
É a temperatura ambiente máxima do local onde opera o painel que não 
exceda o valor normativo estabelecido de +40°C e que, na média de um período de 
24 horas, não exceda a +35°C, tendo como limite inferior a temperatura de −5°C. 
4.8.2. Temperatura ambiente para instalações ao tempo: 
É a temperatura ambiente máxima do local onde opera o painel que não 
exceda o valor normativo estabelecido de +40°C e que, na média de um período de 
24 horas, não exceda a +35°C, tendo como limite inferior a temperatura de −25°C 
para clima tropical. 
4.9. Umidade do Ambiente: 
A umidade do ambiente associada à temperatura interfere nas condições 
operacionais do painel, especialmente sob condição de condensação. Pode ser 
classificada para duas condições de instalação: 
4.9.1. Umidade do ambiente para instalações abrigadas 
 Para a temperatura máxima de+40°C a umidade relativa do ar não deve 
exceder o valor de 50%. Podem ser permitidas umidades relativas superiores desde 
que associadas a temperaturasinferiores a +40°C. 
 
 
 
 
7 
 
4.9.2. Umidade do ambiente para instalações ao tempo 
 Para a temperatura máxima de +25°C a umidade relativa do ar pode atingir 
temporariamente o valor de 100%. 
5. Projeto e Construção 
De acordo com a ABNT NBR IEC 62271-200: 2007 “os conjuntos de manobra 
e controle em invólucro metálico devem ser projetados de forma que as operações 
de serviço normal, inspeção e manutenção, determinação do estado energizado ou 
desenergizado do circuito principal, inclusive a verificação da sequência de fase, 
aterramento de cabos conectados, localização de defeitos em cabos, ensaios de 
tensão em cabos ou outros dispositivos conectados e eliminação de cargas 
eletrostáticas perigosas, possam ser realizadas com segurança”. 
5.1. Tipos de Painéis 
Os painéis elétricos são projetados e construídos seguindo três diferentes 
conceitos. 
5.1.1. Painel do tipo Block 
Os painéis do tipo Block são do tipo aberto, em que os equipamentos, 
barramento e terminais de cabos estão expostos no seu interior sem barreiras contra 
contatos diretos. Quando aplicadas, essas barreiras são constituídas normalmente 
em chapa de acrílico transparente instalada na parte frontal interna. 
Devem-se seguir algumas recomendações no projeto de painéis elétricos do 
tipo Block: 
➢ Sempre que possível evitar o uso de chaves seccionadoras com abertura sem 
carga a fim de reduzir o risco de manobras indevidas. 
➢ Prever intertravamento entre chaves seccionadoras e o respectivo disjuntor 
de média tensão para garantir a máxima segurança na realização de manobras. 
➢ Deve-se assegurar que o painel opere dentro dos limites de capacidade 
térmica e dinâmica. 
➢ Projetar o painel com previsão de intercambialidade entre disjuntores a fim de 
permitir manutenção preventiva periódica. 
5.1.2. Painel do tipo Metal Enclosed 
Os painéis do tipo Metal Enclosed, também conhecidos como painéis não 
blindados, são construídos com três divisórias internas. 
Devem-se seguir algumas recomendações no projeto de painéis elétricos do 
 
8 
 
tipo Metal Enclosed: 
➢ Deve-se prever dispositivo de cobertura automático dos terminais vivos 
(guilhotina) quando da retirada do disjuntor da sua posição de funcionamento 
normal. 
➢ Deve-se isolar a parte de baixa tensão por meio de divisões a fim de evitar 
eventos de curto-circuito. 
➢ Separar os cubículos com chapas de aço a fim de evitar que o arco resultante 
de defeitos internos migre para o cubículo adjacente. 
5.1.3. Painel do tipo Metal Clad 
Os painéis do tipo Metal Clad, também conhecidos como painéis blindados, 
são constituídos por divisões metálicas internas isolantes tendo como objetivo 
aumentar o nível de segurança nos trabalhos de manutenção com o painel 
energizado. São divididos em: 
➢ Compartimento de manobra (disjuntor ou chave). 
➢ Compartimento de barras. 
➢ Compartimento dos transformadores de corrente e tensão e também terminais 
dos cabos. 
➢ Compartimento de baixa tensão. 
5.1.4. Sistema Modular 
São painéis metálicos normalmente fabricados para sistemas de média 
tensão e caracterizados por construção de colunas com dimensões padronizadas e 
que em cada coluna são instalados equipamentos que exercem uma única função. 
5.2. Requisitos Normativos 
A norma NR10 – Norma Regulamentadora Nº 10 do Ministério do Trabalho e 
da Previdência Social, que estabelece os limites de segurança em instalações e 
serviços de eletricidade, é um importante instrumento que deve ser seguido nos 
projetos e construção de painéis elétricos. 
Para atender os requisitos da norma NR 10 os painéis elétricos devem ser 
projetados e construídos de acordo com as seguintes condições: 
5.2.1. Condições Gerais de Proteção contra Choques Elétricos 
➢ As partes vivas energizadas não devem ser acessíveis a pessoas 
posicionadas interna ou externamente ao painel elétrico. 
 
9 
 
➢ As massas ou partes condutivas acessíveis a pessoas não devem oferecer 
perigo a mesma nas diversas condições de operação do painel e principalmente 
para o caso de ocorrência de alguma falha que possa energizar acidentalmente 
esses elementos. Para isso, todas as massas e partes condutivas devem ser 
aterradas por meio de um sistema de equipotencialização. 
➢ Deve ser prevista uma proteção básica com a isolação dos condutores e 
equipamentos utilizados, mantendo determinada separação com as partes vivas e 
acondicionando os mesmos de forma adequada. 
➢ Deve ser prevista uma proteção suplementar por meio de um sistema de 
equipotencialização e seccionamento automático da alimentação. 
➢ Deve ser instalada trava mecânica para impedir a extração de disjuntores 
energizados. 
➢ Deve ser instalada trava mecânica para impedir a abertura da porta do painel 
com o disjuntor energizado. 
5.2.2. Proteção contra Contatos Diretos 
A construção dos painéis elétricos deve ser tomada de cuidados para evitar 
que pessoas possam entrar em contato direto com partes vivas condutoras. A forma 
mais usual utilizada é o emprego dos condutores de proteção PE e PEN. 
 
5.2.2.1 Proteção com o uso de isolação das partes energizadas 
Todas as partes vivas dos circuitos condutores devem ser revestidas por 
material isolante adequado ao nível de tensão do painel e que somente pode ser 
removido por meio de sua destruição. 
5.2.2.2 Proteção por meio de barreiras: 
➢ As barreiras podem ser caracterizadas por meio de portas, tampas e sub 
tampas. Elas devem apresentar um grau de proteção contra contatos diretos não 
inferiores a IP2X ou IP XXB (proteção contra a penetração do dedo que corresponde 
a uma abertura igual ou inferior a 12 mm). 
➢ As barreiras somente podem ser deliberadamente removidas utilizando-se 
ferramenta adequada. É permitido, no entanto, a remoção dessas barreiras sem o 
uso de ferramentas desde que as partes vivas energizadas que possam ser tocadas 
estejam desconectadas da fonte de energia antes de sua retirada. 
➢ As barreiras também não devem impedir que uma pessoa possa, 
intencionalmente, acessar as partes vivas condutoras. Esse é o caso típico da 
substituição de fusíveis dos tipos NH e Diazed. 
 
10 
 
5.2.3. Proteção contra Contatos Indiretos 
Geralmente a proteção contra contatos indiretos pode ser realizada por duas 
diferentes formas: (a) as que utilizam o condutor de proteção e (b) as medidas de 
proteção por meio do seccionamento automático do circuito de alimentação. No 
primeiro caso a proteção é garantida pelas seguintes ações: 
➢ Separação elétrica; 
➢ Aplicação de isolação equivalente à classe II; 
➢ Ligações equipotenciais de locais não aterrados. 
5.2.4. Proteção Contra Efeitos Térmicos 
Os componentes vivos das instalações fixas energizados devem ser 
dimensionados e instalados de forma que as superfícies externas em condições 
máximas de corrente não alcancem temperaturas capazes de provocar incêndio nos 
materiais adjacentes; devem ser projetados e instalados separados das estruturas 
condutivas dos painéis utilizando-se materiais especificados para operarem nas 
temperaturas máximas de operação previstas e que se caracterizem por uma baixa 
resistividade térmica e devem também estar afastados dos materiais que possam 
ser danificados pelo excesso de temperatura de operação desses componentes, 
garantindo-se que a quantidade de calor gerada seja dissipada de forma segura 
para o meio exterior. 
5.3. Grau de Proteção 
Determina a proteção de invólucros metálicos quanto à entrada de corpos 
estranhos e penetração de água pelos orifícios destinados à ventilação ou instalação 
de instrumentos, pelas junções de chapas, portas, entre outros. 
As normas especificam os graus de proteção por um códigocomposto pelas 
letras IP, seguidas de dois números, que significam: 
 
a) PRIMEIRO ALGARISMO: Indica o grau de proteção quanto à penetração de 
corpos sólidos e contatos acidentais. 
 
b) SEGUNDO ALGARISMO: Indica o grau de proteção quanto à penetração de 
água internamente ao invólucro. 
 
Por meio das várias combinações entre os algarismos, pode-se determinar o 
grau de proteção desejado para determinado tipo de invólucro metálico, em função 
de sua aplicação numa atividade específica. Porém, por economia de escala, os 
fabricantes de invólucros metálicos padronizam seus modelos para alguns tipos de 
grau de proteção, sendo os mais comuns os de grau de proteção IP54, destinados a 
 
11 
 
ambientes externos, e os de grau de proteção IP53, utilizados em ambientes 
abrigados. Quando uma das proteções não for importante para o uso do painel o 
número correspondente pode ser omitido. 
 
5.4. Aterramento 
Os painéis elétricos devem ser aterrados para prevenir acidentes durante o 
seu funcionamento. Para isso, deve obedecer aos seguintes critérios: 
5.4.1. Aterramento do Invólucro Metálico 
O painel deve possuir uma barra de cobre nua na qual serão aterradas todas 
as partes metálicas não condutoras tais como portas, divisões, suportes e a própria 
estrutura. A barra de aterramento, normalmente de cobre, deve possuir uma seção 
nominal cuja densidade de corrente de defeito não exceda a 200 A/mm2 para curtos-
circuitos com duração não superior a 1 s e de 125 A/mm2 para corrente de defeito 
com duração não superior a 3 s, não sendo aceitável seção inferior a 30 mm2. A 
forma construtiva dos painéis deve assegurar uma continuidade elétrica entre as 
estruturas, portas, divisões e suporte. 
A barra de aterramento deve ser conectada à malha de aterramento por um 
condutor capaz de conduzir a corrente de curto-circuito fase- terra máxima prevista 
em projeto. 
5.4.2. Aterramento do Circuito Principal 
A segurança durante os trabalhos de manutenção deve ser assegurada pelo 
aterramento do circuito principal, normalmente o barramento principal do painel. 
Esse requisito não se aplica às partes removíveis que se separam do painel durante 
os trabalhos de manutenção e que se tornem acessíveis. Esse procedimento 
assegura que, se durante os trabalhos de manutenção ocorrer a energização 
acidental do circuito principal (barramento), o mesmo esteja aterrado evitando, 
assim, o estabelecimento da tensão nominal perigosa para a pessoa. 
 
5.5. Ensaios 
Os ensaios têm como objetivo assegurar se o projeto e a fabricação do painel, 
incluindo os seus componentes, estão de acordo com as normas vigentes e se 
atendem às condições de segurança operacional. Os ensaios devem ser realizados 
reproduzindo-se as condições mais severas a que pode ficar submetido o painel. 
 
 
12 
 
5.5.1. Conceitos de Ensaios TTA e PTTA 
É o conjunto de ensaios definidos pela NBR IEC 60439-1 destinado a garantir 
o desempenho e a segurança de operação dos painéis elétricos de baixa tensão. 
Em ambos os ensaios, são realizados tais testes: 
 
➢ Verificação dos limites de elevação de temperatura. 
➢ Verificação das propriedades dielétricas. 
➢ Verificação da corrente suportável de curto-circuito. 
➢ Verificação da eficácia do circuito de proteção. 
➢ Verificação das distâncias de escoamento e de isolação. 
➢ Verificação do funcionamento mecânico dos componentes. 
➢ Verificação do grau de proteção. 
 
Os painéis elétricos são classificados como TTA quando obtiveram sucesso 
em todos os ensaios realizados de acordo com a norma em questão. 
Os painéis elétricos são classificados como PTTA quando obtiveram sucesso 
nas partes submetidas aos ensaios realizados de acordo com a norma em questão, 
também conhecido como painel parcialmente testado. 
5.5.2. Ensaios de Tipo 
Também conhecidos como ensaios de protótipo, se destinam a verificar a 
condição de determinado tipo ou modelo de painéis elétricos é capaz de funcionar 
em condições especificadas. Os ensaios de tipo normalmente são realizados em 
uma amostra dos painéis fabricados ou em partes definidas do painel tomando como 
base no projeto dos mesmos ou painel de características técnicas semelhantes. 
5.5.2.1 Ensaios de Tipo – BT 
São feitas as seguintes verificações: 
✓ Limites de elevação da temperatura; 
✓ Propriedades dielétricas; 
✓ Corrente suportável de curto-circuito; 
✓ Eficácia do circuito de proteção; 
✓ Distâncias de escoamento e de isolação; 
✓ Funcionamento mecânico; 
✓ Grau de proteção. 
 
13 
 
5.5.2.2 Ensaios de Tipo – MT 
São feitas as seguintes verificações: 
 
✓ Ensaio de elevação de temperatura; 
✓ Corrente suportável de curta duração e valor de crista da corrente 
suportável; 
✓ Compatibilidade eletromagnética; 
✓ Verificação de proteção; 
✓ Impacto mecânico; 
✓ Estanqueidade; 
✓ Capacidade de estabelecimento e interrupção; 
✓ Operação mecânica; 
✓ Suportabilidade à pressão para compartimentos preenchidos a gás; 
✓ Divisão e obturadores não metálicos; 
✓ Proteção contra intempéries; 
✓ Arco Interno. 
5.5.3. Ensaios de Rotina 
Destinam-se a verificar a qualidade e uniformidade da mão de obra e dos 
materiais empregados na fabricação de painéis elétricos. Normalmente são 
realizados pelos fabricantes ou solicitado pelo comprador. 
5.5.3.1 Ensaios de Rotina – BT 
São feitas as seguintes verificações: 
✓ Inspeção do painel; 
✓ Ensaio dielétrico; 
✓ Verificação da continuidade elétrica dos circuitos auxiliares e de 
proteção. 
 
5.5.3.2 Ensaios de Rotina – MT 
São feitas as seguintes verificações: 
✓ Ensaio dielétrico do circuito principal; 
✓ Ensaio dos circuitos auxiliares e de controle; 
 
14 
 
✓ Ensaio de estanqueidade; 
✓ Ensaio de verificação de projeto e aspectos visuais; 
✓ Medição de descargas parciais; 
✓ Ensaio de Operação mecânica; 
✓ Ensaio de pressão de compartimentos preenchidos a gás; 
✓ Ensaios de dispositivos auxiliares elétricos, pneumáticos e hidráulicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Referência Bibliográfica 
Mamede Filho, João. “Manual de equipamentos elétricos / João Mamede Filho”. 
4ª Edição – Rio de Janeiro: LTC, 2013.

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