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OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 1 Modelo de Peças – OAB 2011.1 – Direito Penal 2ª Fase Revisão Criminal 1. Estrutura da Revisão Criminal. Endereçamento: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE_________________ EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ____ REGIÃO (Crimes da Competência da Justiça Federal) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Identificação (Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número _______________, expedida pela ________________inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ____________________, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem oferecer REVISÃO CRIMINAL com fundamento no Art. 621 (indicar inciso correspondente), do Código de Processo Penal, não se conformando com a sentença________________(indicar o tipo da sentença), já transitada em julgado, conforme certidão em anexo, pelas razões de fato e direito a seguir expostas. 1. Dos Fatos. Falar os pontos principais dos fatos que ensejam a interposição da revisão criminal. No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o seguinte teor: “ A respeitável decisão proferida merece ser rescindida pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos. ” 2. Do Direito. Fale inicialmente qual foi o equívoco cometido pelo juiz para depois mencionar o direito aplicado ao caso concreto que será o fundamento da Revisão Criminal. OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 2 3. Do Pedido. Deve-se fazer o pedido pleiteando o deferimento do pedido revisional e a reforma da decisão (indicando qual é o tipo de reforma que se quer nos termos do Art. 626 do CPP – absolvição; desclassificação; diminuição da pena; anulação da sentença.) Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB 2. Caso Prático resolvido. Pedro foi condenado, sem sede de primeiro grau, pelo crime de estupro em concurso material com o crime de atentado violento ao pudor em 20/01/2009, antes do advento da Lei nº 12.015/ 2009, praticando o crime contra a mesma vítima e na mesma circunstancia fática, tendo a decisão penal transitado em julgado. Na qualidade de advogado contratado por Pedro apresente a medida processual cabível para impugnar a decisão. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE_________________ Pedro, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número _______________, expedida pela ________________inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ____________________, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem oferecer REVISÃO CRIMINAL com fundamento no Art. 621, III, do Código de Processo Penal, não se conformando com a sentença condenatória já transitada em julgado, conforme certidão em anexo, pelas razões de fato e direito a seguir expostas. 1. Dos Fatos. O recorrente foi condenado, em sede de primeiro grau, pelo crime de estupro em concurso material com o crime de atentado violento ao pudor em 20/01/2009, antes do advento da Lei nº 12.015/ 2009, praticando o crime contra a mesma vítima e na mesma circunstancia fática, tendo a decisão penal transitado em julgado. OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 3 A respeitável decisão proferida merece ser rescindida pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos. 2. Do Direito. Conforme se depreende da sentença condenatória o recorrente foi definitivamente condenado em sede de primeiro grau, pelo crime de estupro em concurso material com o crime de atentado violento ao pudor em 20/01/2009, ou seja, antes do advento da Lei nº 12.015/ 2009 que trouxe novas disposições sobre os crimes contra a dignidade sexual de ordem mais favorável ao recorrente. Ora, antes da Lei nº 12.015/ 2009 existiam dois crimes distintos, o crime de estupro e o crime de atentado violento ao pudor previstos, respectivamente, nos Art. 213 e 214 do Código Penal. Entretanto, atualmente, após o surgimento da referida lei, o cometimento do crime de estupro e do antigo atentado violento ao pudor, contra a mesma vítima e nas mesmas circunstancias fáticas passaram a ser um crime único. Ou seja, houve a fusão do crime de atentado violento ao pudor no crime de estupro, existindo tão somente a figura do estupro. Desta forma, aquele que constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, comete apenas o crime de estupro, não havendo que se falar em aplicação do concurso material de crimes. Assim sendo, como houve uma lei penal posterior mais benéfica ao acusado, nos termos do Art. 2º, parágrafo único do Código Penal, deverá haver a sua retroatividade para diminuir a pena do recorrente, tendo em vista que lei nova passou a ser mais benéfica e tem que retroagir para beneficiar o réu. 3. Do Pedido. Diante do exposto, requer-se o deferimento do pedido revisional e a reforma da decisão para diminuir a pena do recorrente, nos termos do Art. 626 do Código de Processo Penal. Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 4 Habeas Corpus 1. Estrutura do Habeas Corpus. Endereçamento: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _______________________ ( Coator = delegado de polícia estadual) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE_______________________ ( Coator = delegado de polícia estadual nos crimes de menor potencial ofensivo) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA CRIMINAL DA SECÇÃO JUDICIÁRIA DE _______________________ (Coator = delegado de polícia federal) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL FEDERAL DA SECÇÃO JUDICIÁRIA DE _______________________ (Coator = delegado de polícia federal nos crimes de menor potencial ofensivo) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE _______________________ (Crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados)EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA SECÇÃO JUDICIÁRIA DE _______________________( Crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados da Competência da Justiça Federal) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE_________________ (Coator = Juiz de Primeiro Grau Estadual ou Ministério Público Estadual) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE_________________( Coator = Juizado Especial Estadual Colégio Recursal Estadual.) OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 5 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DA TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CRIMINAL DA SECÇÃO JUDICIÁRIA DA COMARCA DE_________________( Coator = Juizado Especial Federal Turma Recursal Federal.) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL (Coator = Juiz de Primeiro Grau Federal ou Ministério Público Federal) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL. (Coator = Pessoa com prerrogativa de foro no STJ ou Tribunal sujeito a jurisdição do STJ, Art. 105, I, c), CF) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. (Coator = Tribunal Superior OU Paciente = pessoa com prerrogativa de foro no STF OU Coator ou Paciente = autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal OU Se trate de crime sujeito a jurisdição em uma única instância no STF Art. 102, d) e i), CF) Identificação (Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Nome do impetrante, advogado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem, com fundamento no Art. 5º, LXVII da Constituição Federal e artigo Art. 647 e 648( (indicar o inciso correspondente) do Código de Processo Penal impetrar a presente ordem de HABEAS CORPUS contra, nome da autoridade coatora, em favor de nome do paciente, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número _______________, expedida pela ________________inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ____________________, residência e domicílio, pelas razões de fato e direito a seguir expostas: 1. Dos Fatos. Falar os pontos principais dos fatos que ensejam a interposição do habeas corpus. 2. Do Direito. Fale inicialmente qual foi a coação ilegal cometida pela autoridade coatora para depois mencionar o direito aplicado ao caso concreto que será o fundamento ao habeas corpus. 3. Do Pedido. Deve-se fazer o pedido requerendo a concessão da ordem de habeas corpus com fundamento na coação ilegal sofrida (podendo ser por exemplo: anulação do processo, decretação de extinção de OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 6 punibilidade, relaxamento da prisão em flagrante, revogação da prisão preventiva, expedição de alvará de soltura, arbitramento de fiança e expedição do alvará de soltura). Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB 2. Caso prático resolvido. Robson, famoso empresário do ramo hoteleiro da cidade H foi denunciado pela prática do crime de omitir informação às autoridades fazendárias para suprimir tributo estadual devido (Art. 1º, inciso I, da lei 8.137/1990). Robson impugnou administrativamente o lançamento do tributo, tendo em vista que no seu entender este não ocorreu. O juiz criminal da 5ª Vara Criminal da Comarca X recebeu a denúncia e citou o réu para apresentar defesa, alegando a independência da via judicial frente a administrativa. Em face da situação hipotética, na qualidade de advogado contratado por Robson, apresente a medida processual mais rápida para impugnar a decisão do magistrado. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE_________________ Nome do impetrante, advogado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem, com fundamento no Art. 5º, LXVII da Constituição Federal e artigo Art. 647 e 648, I, do Código de Processo Penal impetrar a presente ordem de HABEAS CORPUS contra o Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 5ª Vara Criminal da Comarca X , em favor de Robson, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número _______________, expedida pela ________________inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ____________________, residência e domicílio, pelas razões de fato e direito a seguir expostas: 1. Dos Fatos. O paciente é um famoso empresário do ramo hoteleiro da cidade H e foi denunciado pela suposta prática do crime contra a Ordem Tributária de omitir informação às autoridades fazendárias para suprimir tributo estadual devido (Art. 1º, inciso I, da lei 8.137/1990). OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 7 O paciente impugnou administrativamente o lançamento do tributo, tendo em vista que no seu entender este não ocorreu. O juiz criminal da 5ª Vara Criminal da Comarca X, autoridade coatora, de forma equivocada, recebeu a denúncia e citou o réu para apresentar defesa, alegando a independência da via judicial frente a administrativa. 2. Do Direito. Conforme se depreende da narração dos fatos agiu de forma equivocada a autoridade coatora ao ter recebido a denúncia. Como é sabido, via de regra existe a independência das esfera judicial e da esfera administrativa, entretanto, existem ressalvas que ora são trazidas pela própria lei e ora pela jurisprudência pátria. No caso em concreto existe uma visível coação ilegal contra o paciente, uma vez que não se tipifica crime material contra a ordem tributária de omitir informação a autoridade fazendária estadual para suprimir tributo devido, previsto no Art. 1º, inciso I, da lei 8.137/1990, antes do lançamento definitivo do tributo, nos temor da Súmula Vinculante N. 24 do STF. Ora como ainda não houve, no presente caso, o lançamento definitivo do tributo, tendo em vista que ainda existe um processo administrativo pendente, não há como se tipificar o crime acima referido, havendo uma coação ilegal por falta de justa causa, pois o motivo que ensejou o recebimento da denúncia é ilegítimo, nos termos do Art. 647 e 648, I, do Código de Processo Penal. 3. Do Pedido. Desta forma, requer-se a concessão da presente ordem de habeas corpus para que seja anulado o recebimento da denúncia e decretar a extinção do processo em face da visível coação ilegal sofrida pelo paciente. Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal GeovaneMoraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 8 Recurso Ordinário Constitucional (ROC) 1. Estrutura do ROC para o STF ou STJ. 1.1 Petição de interposição. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (ou TSE, TST E STM - Regra Geral – ROC para o STF) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE_________________(ou TJDFT - Regra Geral – ROC para o STJ) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL (Crimes da Competência da Justiça Federal – ROC para o STJ) HABEAS CORPUS No__________________________(ROC para o STF ou STJ) ou PROCESSO No_______________________________(Crime Político – ROC para o STF) OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 9 (Nome do Recorrente), já qualificado nos autos do processo que lhe move o Ministério Público (ou já qualificado nos autos do Habeas Corpus n.), às fls.___________, por seu advogado formalmente constituído que esta subscreve, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável sentença de _________________, (ou inconformado com a respeitável decisão denegatória de Habeas Corpus) conforme fls._________________, interpor tempestivamente o presente RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL com fundamento no Art. 102, II, (indicar a alínea a) ou b)) ou Art. 105, II, a) da Constituição Federal. Requer que, após o recebimento destas, com as razões inclusas (na prova elas serão feitas juntas), ouvida a parte contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Superior Tribunal Federal (ou Superior Tribunal de Justiça), onde serão processados e provido o presente recurso. Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB 1.2 Razões ou Contrarrazões. Endereçamento: Razões (ou Contrarrazões) do Recurso Ordinário Constitucional Paciente: ____________________ (Habeas Corpus) Impetrante:__________________ (Habeas Corpus) Habeas Corpus n._______________ Ou Razões (ou Contrarrazões) do Recurso Ordinário Constitucional Recorrente:_____________________( Hipótese de Crime Político) Recorrido: ____________________ (MP - ação penal pública – Hipótese de Crime Político) Processo n._______________ Egrégio Superior Tribunal Federal ( ou Superior Tribunal de Justiça) OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 10 Colendo Tribunal Ínclitos Ministros 1. Dos Fatos. Falar os pontos principais dos fatos que ensejam a interposição do ROC. No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o seguinte teor: “ A respeitável decisão proferida merece ser reformada pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos. ” 2. Do Direito. Fale inicialmente qual foi o equívoco cometido pelo juiz para depois mencionar o direito aplicado ao caso concreto que será o fundamento do ROC. 3. Do Pedido. Deve-se fazer o pedido pleiteando o provimento do recurso para tornar sem efeito a decisão que denegou o Habeas Corpus (ou pedir a reforma da decisão no caso de crime político) e conceder a ordem. Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB 2. Caso Prático resolvido. Romero, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado na Rua W, no Rio de Janeiro, foi preso em flagrante delito pela prática de roubo, tendo em vista que por volta das 20.00h subtraiu, mediante o emprego de violência, um celular no valor de R$ 1.000 (mil) reais da vítima Rafaela. O réu foi preso em flagrante e, posteriormente, foi decretada a sua prisão preventiva pelo juiz da 10ª Vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, com base na gravidade em abstrato do crime de roubo. Inconformado com a decretação da prisão preventiva, o réu impetrou, através de advogado constituído, Habeas Corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, alegando que o fundamento da preventiva não era válido e que era réu primário e tinha bons antecedentes, devendo OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 11 responder o processo em liberdade. O Tribunal denegou a ordem com base nos mesmos fundamentos do juízo a quo. Considerando a situação hipotética acima, na qualidade de advogado contratado por Romero, redija a peça cabível, para impugnar a decisão do Tribunal. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. HABEAS CORPUS No__________________________ Romero, já qualificado nos autos do Habeas Corpus n.______, às fls.___________, por seu advogado formalmente constituído que esta subscreve, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável decisão denegatória de Habeas Corpus conforme fls._________________, interpor tempestivamente o presente RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL com fundamento no Art. 105, II, a) da Constituição Federal. Requer que, após o recebimento destas, com as razões inclusas, ouvida a parte contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça, onde serão processados e provido o presente recurso. Termos em que, Pede deferimento. Rio de Janeiro, data Advogado, OAB Razões do Recurso Ordinário Constitucional Paciente: Romero Impetrante: Advogado Habeas Corpus n._______________ OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 12 Egrégio Superior Tribunal de Justiça Colendo Tribunal Ínclitos Ministros 1. Dos Fatos. O paciente foi preso em flagrante delito pela prática de roubo, tendo em vista que por volta das 20.00h teria subtraído, mediante o emprego de violência, um celular no valor de R$ 1.000 (mil) reais da vítima Rafaela, sendo preso em flagrante e tendo sido decretada a sua prisão preventiva pelo juiz da 10ª Vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, com base na gravidade em abstrato do crime de roubo. Inconformado com a decretação da prisão preventiva, houve a impetração de Habeas Corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, alegando que o fundamento da preventiva não era válido e que era réu primário e tinha bons antecedentes, devendo responder o processo em liberdade, entretanto, o Egrégio Tribunal de Justiça denegou a ordem com base nos mesmos fundamentos do juízo a quo. A respeitável decisão proferida merece ser reformada pelos motivosde fato e direito a seguir aduzidos. 2. Do Direito. O paciente teve a sua prisão preventiva decretada com base na gravidade em abstrato do crime de roubo, o que não é admitido pelo ordenamento jurídico pátrio, razão pela qual ingressou com uma ordem de Habeas Corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que equivocadamente denegou a ordem, razão pela qual é cabível o presente Recurso Ordinário Constitucional. Como é sabido, para haver a decretação da prisão preventiva, nos termos do Art. 312 e 313 do Código de Processo Penal são necessários dois pressupostos (prova da existência do crime e indício suficiente de autoria), ao menos um fundamento (garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal) e uma condição de admissibilidade (crimes dolosos punidos com reclusão; crimes dolosos punidos com detenção, quando se apurar que o indiciado é vadio ou, havendo dúvida sobre a sua identidade, não fornecer ou não indicar elementos para esclarecê-la; se o réu tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, em um período de cinco anos; se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência) Ora, no presente caso, colendo Tribunal, não estão presentes nenhum dos fundamentos para a decretação preventiva, tendo em vista que inexiste qualquer perigo a ordem pública e econômica, pois não existe receio de que o paciente, se solto, volte a delinqüir, não oferecendo periculosidade social, sendo, inclusive, réu primário e tendo bons antecedentes. OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 13 Além disso, não há fundamento para a decretação da preventiva por conveniência da instrução criminal, pois inexistem indícios de que o paciente, se solto, venha a impedir a busca da verdade real e obstar a instrução processual. Por fim, não há fundamento para a decretação da preventiva para assegurar a aplicação da lei penal, pois inexiste receio de que o paciente, se solto, venha a evadir-se do distrito da culpa. Logo, não estão presentes nenhum dos fundamentos da prisão preventiva, valendo ressaltar que a gravidade em abstrato do crime de roubo não é fundamento para a decretação da prisão preventiva, pois não está previsto expressamente no Art. 312 do Código de Processo Penal, conforme entendimento consolidado do próprio Superior Tribunal de Justiça e do Superior Tribunal Federal. 3. Do Pedido. Diante do exposto, pleiteia-se o provimento do recurso para tornar sem efeito a decisão que denegou o Habeas Corpus e conceder a ordem. Termos em que, Pede deferimento. Rio de Janeiro, data Advogado, OAB
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