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Direito empresarial 1 Aula 17 SOCIEDADE ANÔNIMA

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AULA -17 
SOCIEDADE ANÔNIMA 
 PROFª MARIA ELCI MOREIRA GALVÃO 
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO I 
 
 Ações e outros 
valores 
mobiliários 
UNIDADE VII 
 
7.6. Ações 
7.6.1. Conceito 
7.6.2. classificação 
7.6.3. ações nominativas e Escriturais; 
7.6.4. Ações Com ou Sem Valor Nominal; 
7.6.5. Ações Ordinárias, Preferenciais e de Fruição; 
7.6.6. Negociabilidade das ações; 
7.6.7.Perda e extravio; 
7.7. Valores Mobiliários – diversos - Debêntures; Partes 
Beneficiárias; Bônus de subscrição 
VALORES MOBILIÁRIOS 
DEBÊNTURES 
PARTES 
BENEFICIÁRIAS 
BÔNUS DE 
SUBSCRIÇÃO 
AÇÕES 
ORDINÁRIAS 
PREFERENCIAIS 
DE FRUIÇÃO 
VALORES MOBILIÁRIOS 
 
AÇÕES – CONCEITO. 
Ações são frações ideais negociáveis do capital social 
subscrito. Investem o seu titular na qualidade de acionista e 
delimitam os seus direitos e obrigações. São espécie do 
gênero valor mobiliário. (Mônica Gusmão). 
 
A ação é o valor mobiliário, representativo de uma parcela do 
capital social da companhia, que concede ao seu titular a 
condição de sócio/acionista. 
AÇÕES 
Natureza jurídica 
A natureza jurídica das ações é controvertida. Para uns, é 
uma espécie do gênero valor mobiliário. Para outros, trata-
se de um título de participação que investe o titular na 
qualidade de acionista conferindo-lhe direitos pessoais e 
patrimoniais. Por fim, sustenta-se que ação é simplesmente 
um bem móvel, ou espécie de título de crédito impróprio, 
pois não encerra uma verdadeira operação de crédito e não 
preenche suas características. (Mônica Gusmão). 
Valor Nominal 
 As ações, de acordo com o disposto no estatuto, podem ou 
não ter valor nominal, que é o resultado da divisão do capital 
social pelo número de ações emitidas. 
A atribuição do valor nominal à participação societária importa 
a garantia relativa contra a diluição do patrimônio acionário, na 
hipótese de emissão de novas ações. (Fábio Ulhoa) 
Lei n° 6.404/76. 
 Art. 11. O estatuto fixará o número das ações em que se divide o capital 
social e estabelecerá se as ações terão, ou não, valor nominal. 
 § 1º Na companhia com ações sem valor nominal, o estatuto poderá 
criar uma ou mais classes de ações preferenciais com valor nominal. 
 § 2º O valor nominal será o mesmo para todas as ações da 
companhia. 
 § 3º O valor nominal das ações de companhia aberta não poderá ser 
inferior ao mínimo fixado pela Comissão de Valores Mobiliários 
Valor Nominal 
Art. 13. É vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor 
nominal. 
 § 1º A infração do disposto neste artigo importará nulidade do ato 
ou operação e responsabilidade dos infratores, sem prejuízo da ação penal 
que no caso couber. 
 § 2º A contribuição do subscritor que ultrapassar o valor nominal 
constituirá reserva de capital (artigo 182, § 1º). 
Ações sem Valor Nominal 
 Art. 14. O preço de emissão das ações sem valor nominal será 
fixado, na constituição da companhia, pelos fundadores, e no aumento de 
capital, pela assembléia-geral ou pelo conselho de administração (artigos 
166 e 170, § 2º). 
 Parágrafo único. O preço de emissão pode ser fixado com parte 
destinada à formação de reserva de capital; na emissão de ações 
preferenciais com prioridade no reembolso do capital, somente a parcela 
que ultrapassar o valor de reembolso poderá ter essa destinação. 
 
Classificação das AÇÕES 
 As ações classificam-se de acordo com três critérios: ) 
espécie, forma e classe. 
a) Espécies - leva-se em conta a extensão dos direitos e 
vantagens conferidos aos acionistas, contemplando três 
categorias, as ordinárias que todas as companhias emitem, e 
as de emissão facultativas, denominadas preferenciais e de 
fruição. 
I- ações ordinárias: confere ao acionista os direitos de um 
sócio comum, o direito a voto na assembleia geral, sendo que 
o acionista detentor de mais da metade desta categoria, é 
chamado de acionista controlador da sociedade anônima, e 
os demais acionistas que não estão nesta condição são 
chamado de minoritários; 
Classificação das AÇÕES 
a) Espécies 
II- ações preferenciais: atribui aos seus titulares vantagem 
em relação à ordinária, atribuído um tratamento diferenciado, 
cuja diferença é estabelecida no estatuto da companhia, 
como a garantia de um dividendo mínimo ou fixo. 
Caso o estatuto seja omisso quanto à vantagem do acionista 
preferencialista, a lei confere um dividendo diferencial, ou 
seja, deve ser pago aos seus titulares o montante de 
dividendo de pelo menos 10% superior ao atribuído aos da 
ordinária. 
Art. 17 
............... 
II - direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, pelo menos 
10% (dez por cento) maior do que o atribuído a cada ação ordinária; 
 
 
Classificação das AÇÕES 
a) Espécies 
II- ações preferenciais: - tem restrições, quanto ao 
exercício de direito de voto, pois o preferencialista pode ter o 
direito de voto limitado ou suprimido pelo estatuto. Quando o 
estatuto for omisso, estes poderão votar do mesmo modo 
que os ordinaristas. Para que eles não tenham este direito é 
necessário a expressa previsão estatutária. 
 
Observa-se que mesmo existindo esta previsão e não 
recebendo os dividendos, que pelo estatuto têm direito, por 
três exercícios consecutivos, adquirem o direito a voto até o 
pagamento (§1º, art. 111/LSA); 
Classificação das AÇÕES 
a) Espécies 
III- ações de fruição: são as que resultam, se assim dispuser 
o estatuto ou determinar a assembléia geral extraordinária, 
da amortização das ações ordinárias ou preferenciais. 
 A amortização constitui a antecipação ao sócio do valor que 
ele provavelmente teria direito a receber, na hipótese de 
liquidação da companhia. 
 O art. 44, § 5º, estabelece que as ações integralmente amortizadas 
poderão ser substituídas por ações de fruição, com as restrições contidas 
no estatuto ou determinadas pela assembléia que deliberar sobre a 
amortização. As ações de fruição decorrentes da amortização das ações, 
devolvem ao acionista o valor do seu investimento. São ações despidas 
de capital. A estas ações são conferidos os direitos estabelecidos no art. 
109/LSA; 
Classificação das AÇÕES 
b) forma: este critério de classificação das ações 
determina o ato pelo qual se transfere a sua titularidade. 
Contempla duas categorias: Ações nominativas e Ações 
escriturais: 
I- Ações nominativas: circulam por meio de registro no 
Livro de Ações Nominativas da companhia (§§ 1º e 2º, art. 
31/LSA). Os atos anteriores a este registro que as partes 
praticam na compra e venda da ação, definição de preço, 
eventual assinatura de contrato, pagamento etc, não 
operam a transferência da titularidade da ação, apenas se 
desloca do patrimônio do acionista vendedor para o 
acionista comprador, caracterizando a mudança do titular 
da ação, no momento que é lançado o respectivo termo no 
livro específico. 
Classificação das AÇÕES 
b) forma: 
II- Ações escriturais: são mantidas em conta de depósito 
abertas em uma instituição financeira autorizada pela CVM, 
em nome de cada acionista e são desprovidas de certificado. 
O acionista prova a titularidade destas ações pela exibição do 
extrato fornecido pelo banco. A sua circulação opera-se nos 
termos do § 1º, art. 35/LSA, através de lançamento feito pelo 
banco a débito da conta de ações do alienante e a crédito da 
conta de ações do adquirente; - deve ser observado que uma 
mesma sociedade poderá adotar a forma nominativa e 
escritural. 
OBS.: A Lei 8.021/90 aboliu a forma de ações endossáveis, 
transferidas por endosso no certificado correspondente,e as 
ao portador, circuláveis pela tradição deste documento ao 
acionista comprador; 
 
 
Classificação das AÇÕES 
c) Classe - o estatuto deve agrupar as ações que 
conferem os mesmos direitos em classes, designando-as 
por letra ( A, B, C etc), este critério de classificação faz 
distinguir as classes das ações, em razão dos diferentes 
interesses que motivaram os acionistas a ingressarem na 
sociedade. 
As ações preferenciais - sempre podem ser dividas em 
classe. 
As ações ordinárias - só se admite a divisão em classes 
na sociedade fechada, pois na aberta, um ordinarialista 
será sempre titular dos mesmos direitos atribuídos aos 
demais acionistas dessa categoria (LSA, art.15,§ 1°) 
 
Negociabilidade das AÇÕES 
As ações emitidas por companhia aberta somente podem 
ser negociadas depois que o acionista pagou pelo menos 
30% do seu preço de emissão.(art.29). 
Caso o negócio tenha por objeto ações emitidas por 
companhia fechada, a lei, não condiciona a validade do ato 
à integralização de um percentual mínimo do preço de 
emissão. (art.80, II) 
Art. 29. As ações da companhia aberta somente poderão ser 
negociadas depois de realizados 30% (trinta por cento) do preço de 
emissão. 
A CVM - disciplina a negociação de ações, pela própria companhia 
aberta emissora, para impedir que recursos desta possam ser 
utilizados para patrocinar a manutenção ou a oscilação artificiais da 
sua cotação no mercado de capitais. 
 
Negociabilidade das AÇÕES 
A lei proíbe à sociedade anônima negociar com as próprias ações, para 
preservar a integridade do capital social. 
Art. 30. A companhia não poderá negociar com as próprias ações. 
§ 1º Nessa proibição não se compreendem: 
a) as operações de resgate, reembolso ou amortização previstas em lei; 
b) a aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde 
que até o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem 
diminuição do capital social, ou por doação; 
c) a alienação das ações adquiridas nos termos da alínea b e mantidas 
em tesouraria; 
d) a compra quando, resolvida a redução do capital mediante restituição, 
em dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for 
inferior ou igual à importância que deve ser restituída. 
 
 
Resgate e Amortização das AÇÕES 
Art. 44. O estatuto ou a assembléia-geral extraordinária pode autorizar 
a aplicação de lucros ou reservas no resgate ou na amortização de 
ações, determinando as condições e o modo de proceder-se à 
operação. 
 § 1º O resgate consiste no pagamento do valor das ações para retirá-
las definitivamente de circulação, com redução ou não do capital 
social, mantido o mesmo capital, será atribuído, quando for o caso, 
novo valor nominal às ações remanescentes. 
 § 2º A amortização consiste na distribuição aos acionistas, a título de 
antecipação e sem redução do capital social, de quantias que lhes 
poderiam tocar em caso de liquidação da companhia. 
 § 3º A amortização pode ser integral ou parcial e abranger todas as 
classes de ações ou só uma delas. 
 ................................... 
 
Resgate das AÇÕES 
Não pode haver resgate de ações não integralizadas. 
A autorização para o resgate deve vir prevista no estatuto da 
sociedade ou resultar de decisão de assembleia-geral 
extraordinária da companhia. 
 O resgate tanto pode ser feito com reservas de capital 
quanto com reservas de lucros (neste caso, há necessidade 
de previsão estatutária) ou com o saldo de lucros disponíveis. 
A sociedade anônima deve pagar ao acionista o valor definido 
pelo estatuto (patrimonial, econômico ou outro). Em caso de 
omissão, cabe à assembleia geral que aprovar a operação 
fixá-lo. 
 
Reembolso das AÇÕES 
Art. 45. O reembolso é a operação pela qual, nos casos previstos em lei, 
a companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação da 
assembléia-geral o valor de suas ações. 
§ 1º O estatuto pode estabelecer normas para a determinação do valor de 
reembolso, que, entretanto, somente poderá ser inferior ao valor de 
patrimônio líquido constante do último balanço aprovado pela assembléia-
geral, observado o disposto no § 2º, se estipulado com base no valor 
econômico da companhia, a ser apurado em avaliação (§§ 3º e 4º). 
§ 2º Se a deliberação da assembléia-geral ocorrer mais de 60 (sessenta) 
dias depois da data do último balanço aprovado, será facultado ao 
acionista dissidente pedir, juntamente com o reembolso, levantamento de 
balanço especial em data que atenda àquele prazo. 
 Nesse caso, a companhia pagará imediatamente 80% (oitenta por 
cento) do valor de reembolso calculado com base no último balanço e, 
levantado o balanço especial, pagará o saldo no prazo de 120 (cento e 
vinte), dias a contar da data da deliberação da assembléia-geral. 
VALORES MOBILIÁRIOS 
DEBÊNTURES 
PARTES 
BENEFICIÁRIAS 
BÔNUS DE 
SUBSCRIÇÃO 
 
DEMAIS VALORES MOBILIÁRIOS 
Debêntures são espécies de valores mobiliários, 
nominativos, que conferem um direito de crédito certo ao 
seu titular diante da companhia emissora em razão de um 
contrato de empréstimo. Representam capital de terceiros 
investido na sociedade, em resposta à iniciativa de 
captação de recursos promovida pela companhia. (Mônica 
Gusmão) 
 
Debênture – São valores mobiliários que conferem a seu 
titular direito de crédito perante a companhia emissora, 
nas mesmas condições constantes do certificado, se 
houver, e da escritura de emissão. 
 
DEMAIS VALORES MOBILIÁRIOS 
Debêntures (arts. 52 a 74) 
 
 As debêntures são títulos representativos de um 
contrato de mútuo, em que a companhia é a mutuária e o 
debenturista o mutuante. Os titulares de debêntures têm 
direito de crédito, perante a companhia, nas condições 
fixadas por um instrumento elaborado por esta, que se 
chama “escritura de emissão”. Tal instrumento estabelece 
se o crédito é monetariamente corrigido ou não, as 
garantias desfrutadas pelos debenturistas, as épocas de 
vencimento da obrigação e demais requisitos 
determinados por lei, art. 59, LSA.(Fábio Ulhoa) 
ESPÉCIES DE DEBÊNTURES 
a) Debênture com garantia real - ( art.58) A vantagem do 
debenturista é a garantia oferecida. Na falência da companhia 
os debenturistas concorrem como credores com direito real de 
garantia. 
b) Debênture com garantia flutuante - É um privilégio sobre o 
ativo da companhia. Os debenturistas concorrem na falência 
como credores com privilégio geral. 
c) Debênture sem garantia - Equipara-se aos créditos 
quirografários. Mantém essa qualidade na falência. 
d) Debênture subordinada - Os debenturistas estão 
subordinados aos credores quirografários. Na liquidação da 
companhia preferem apenas aos acionistas no ativo 
remanescente, se houver. 
 Diferença entre debênture nominativa e escritural. 
 
A debênture nominativa é aquela cujos registro e controle das 
transferências são realizados pela companhia emissora no Livro de 
Registro de Debêntures Nominativas. 
 
A debênture escritural, por sua vez, é aquela cujas custódia e 
escrituração são feitas por instituição financeira autorizada pela CVM 
para prestar tais serviços. 
 
O que são debêntures conversíveis? São aquelas que podem ser 
trocadas por ações da companhia emissora. As debêntures 
conversíveis - e também as não-conversíveis - podem contemplar 
cláusulas de permutabilidade por outros ativos ou por ações de 
emissão de terceiros que não a emissora. As condições de 
conversibilidade, bem como as de permutabilidade, devem estar 
descritas na escritura de emissão. 
 Debêntures 
Liquidação antecipada 
A companhia pode estipular amortizações de cada série ereservar-se o direito de resgate antecipado, parcial ou total, 
dos títulos da mesma série. 
A amortização de debêntures de mesma série que não 
tenham vencimentos anuais distintos, assim como o 
resgate parcial, deverão ser feitos mediante sorteio ou, se 
as debêntures estiverem cotadas por preço inferior ao valor 
nominal, por compra em Bolsa. 
É facultado, à companhia, adquirir debêntures de sua 
emissão, desde que por valor igual ou inferior ao nominal, 
devendo o fato constar no relatório da administração e das 
demonstrações financeiras. Poderá, também, por valor 
superior ao nominal, desde que observe as regras da CVM 
VALORES MOBILIÁRIOS 
Prazos 
 
As debêntures são papéis de médio e longo prazos. A data 
de resgate de cada título deve estar definida na escritura 
de emissão. A companhia pode, ainda, emitir títulos sem 
vencimento, também conhecidos como debêntures 
perpétuas. 
 
O prazo mínimo é de um ano para as debêntures não 
conversíveis e de três anos para as debêntures 
conversíveis. Inexiste fixação de prazo máximo, salvo 
quando se destinarem a financiamento de capital de giro, 
em que o prazo máximo é de cinco anos. 
VALORES MOBILIÁRIOS - Partes beneficiárias 
Partes beneficiárias – (arts. 46 a 51): 
 
São títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao 
capital social, que conferem aos seus titulares direito de 
crédito eventual, consistente na participação nos lucros da 
companhia emissora (art. 46, §1º, LSA). 
 
As partes beneficiárias terão a duração estabelecida pelos 
estatutos, nunca superior a 10 anos no caso de títulos de 
atribuição gratuita, salvo se emitidos em favor de 
sociedade ou fundação beneficente de empregados da 
companhia, hipótese em que os estatutos poderão fixar a 
duração do título livremente. 
VALORES MOBILIÁRIOS - Partes beneficiárias 
Partes beneficiárias 
 
Dos lucros da sociedade anônima não poderá ser 
destinado às partes beneficiárias mais do que 10%. (LSA, 
art.46 §2°). 
Esses títulos poderão ser alienados ou atribuídos. A 
atribuição, por sua vez, poderá ser onerosa, em 
pagamento a prestação de serviços, ou gratuita. 
 A companhia Aberta não poderá emitir partes 
beneficiárias. (art.47 Parágrafo único). Nas S/As fechadas, 
além dessas duas hipóteses, também podem as partes 
beneficiárias ser atribuídas aos fundadores da companhia 
como remuneração por serviços prestados 
 OUTROS VALORES MOBILIÁRIOS - Bônus de subscrição 
Bônus de subscrição (arts. 75 a 79) 
 
É o valor mobiliário que atribui ao seu titular o direito de 
preferência em subscrever novas ações, quando de futuro 
aumento de capital social desta 
 O titular de um bônus não estará dispensado do 
pagamento do respectivo preço de emissão. São títulos 
criados pela sociedade anônima para alienação onerosa ou 
atribuição como vantagem adicional aos subscritores de 
suas ações ou debêntures. 
VALORES MOBILIÁRIOS - Commercial papers 
Commercial papers- são idênticas às debêntures, 
diferenciando-se pelo vencimento. Esta vence em 30 e 
360 dias( Inst. CVM n° 134, art. 7°) a debênture, em 8 a 10 
anos, em geral. Se a intenção da sociedade anônima é 
conseguir recurso a longo prazo, emite debênture. Se for a 
curto prazo, emite commercial paper. 
São notas promissórias com certas particularidades, 
justificáveis em função de sua negociabilidade em 
mercado de capitais. (Fábio Ulhoa) 
 
CASO CONCRETO 
 Mario de Andrade, Fernando Pessoa e Graciliano Ramos são sócios de 
uma sociedade anônima no ramo editorial. O capital social foi 
constituído por meio de subscrição de 100.000 ações todas com valor 
nominal de R$ 1,00 cada. Mario preferencialista de classe A é o 
acionista titular de 48.000 do total das ações. Fernando Pessoa é o 
acionista controlador é titular de 50.000 de ações ordinárias que - por 
força de lei pertencem a uma única classe. E Graciliano Ramos, por 
sua vez, é titular do restante (2.000) de ações preferenciais da classe 
B. Todos os sócios já integralizaram seus montantes, com exceção de 
Graciliano que realizou apenas 30% do preço de emissão das ações 
subscritas por ele. Considerando o texto apresentado, diga atendendo 
as normas do direito societário se o percentual de distribuição das 
ações ordinárias e preferenciais atende à norma da lei específica. 
Fundamente. RESPOSTA - Sim. Fundamento ? artigo 15 
parágrafo 2º da Lei 6404 de 1976 Art. 15 § 2o: O número de 
ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição 
no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% 
(cinqüenta por cento) do total das ações emitidas. (Redação 
dada pela Lei nº 10.303, de 2001) 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 01: 
 
 
01.(MAGISTRATURA/BA) Assinale a opção correta a respeito das 
sociedades anônimas. 
(A) O valor de emissão da ação não pode coincidir com o valor do capital 
divido pelo número de ações, e não há impedimento, em se tratando de 
ações com ou sem valor nominal, a que lhes seja aplicado deságio ou 
acrescido ágio. 
(B) Conversão é a operação pela qual as ações de determinada classe ou 
espécie são transformadas em ações de outra classe ou espécie mediante 
previsão estatutária, podendo as ações preferenciais ser transformadas em 
ações ordinárias, assim como as ordinárias em preferenciais, desde que se 
obedeça à limitação legal de três quartos das ações emitidas. 
 (C) O capital social da companhia é intangível, ou seja, os acionistas não 
podem receber, a título de restituição ou dividendos, os recursos aportados 
à sociedade sob a rubrica de capitalização, não prevendo a Lei das 
Sociedades por Ações capital social mínimo para a constituição da 
sociedade anônima, fato que a torna compatível com os pequenos 
negócios. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 01: 
 
 
1. CONTINUAÇÃO - .... Assinale a opção correta a respeito das 
sociedades anônimas. 
 
(D) As debêntures subordinadas gozam de garantia e contêm cláusula de 
subordinação aos credores da companhia, o que implica, no caso de 
liquidação da companhia, preferência dos debenturistas em relação aos 
demais credores para o ressarcimento do valor aplicado. 
(E) Pode ser objeto da sociedade anônima qualquer empresa de fim 
lucrativo não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes; 
contudo, caso venha a explorar atividade tipicamente de natureza civil, 
como é o caso da comercialização de bens imóveis, não será a 
sociedade anônima considerada sociedade empresarial. 
 
GABARITO: Letra C 
 
CASO CONCRETO: 
Uma empresa formada por três amigos, pretendendo explorar uma 
atividade econômica, funda, com sede no Rio de Janeiro, uma S.A., 
sob a denominação social “BANCO FIMASA S.A”, teve seu capital 
formado com 40% das ações – todas preferenciais sem direito a 
voto, subscritas por duas instituições financeiras. As ações ordinárias 
restantes, correspondentes a 60% do capital social, foram subscritas 
pela Fundadora, que não deseja que as ações da Cia. sejam 
negociadas em Bolsa. Na Assembleia de constituição da Cia., após 
deliberação, os acionistas presentes deram por constituída a Cia. e 
escolheram os primeiros administradores e membros do Conselho 
Fiscal. Poderia a Cia, apresentar diversidade de classes de ações 
ordinárias? 
Sim. Trata-se de uma Cia. fechada que admite a diversidade de classes 
ordinárias, de acordo com o Art. 15 § 1º da LSA. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 01: 
 
 
1 (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV): Bernardino adquiriu de 
Lorena ações preferenciais escriturais da companhia Campos 
Logística S/A e recebeu do(a) advogado(a) orientação de como se 
dará a formalização da transferência da propriedade. A resposta 
do(a) advogado(a) é a de quea transferência das ações se opera: 
(A) pelo extrato a ser fornecido pela instituição custodiante, na qualidade de 
proprietária fiduciária das ações. 
B) pela inscrição do nome de Bernardino no livro de Registro de Ações 
Nominativas em poder da companhia. 
C) pelo lançamento efetuado pela instituição depositária em seus livros, a 
débito da conta de ações de Lorena e a crédito da conta de ações de 
Bernardino. 
D) por termo lavrado no livro de Transferência de Ações Nominativas, 
datado e assinado por Lorena e por Bernardino ou por seus legítimos 
representantes. 
 1: C 
 
QUESTÃO OBJETIVA 02: 
 2. (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV): Com relação às 
sociedades anônimas, assinale a opção correta. 
(A) As ações preferenciais são sempre ações sem direito de 
voto e com prioridade no recebimento de dividendos fixos e 
cumulativos. 
(B) A vantagem das ações preferenciais de companhia fechada 
pode consistir exclusivamente em prioridade no reembolso 
do capital. 
 (C) A primeira convocação de assembleia geral de companhia 
fechada deverá ser feita no prazo de 15 (quinze) dias antes 
de sua realização. 
(D) O conselho de administração é órgão obrigatório em todas 
as sociedades anônimas fechadas, com capital autorizado e 
de economia mista. 
GABARITO: Letra 2: B 
 
CASO CONCRETO: AULA10 
 A Companhia do Aço, Companhia Aberta, emitiu em Agosto de 2013 três 
mil debêntures conversíveis em Ações Ordinárias, com o valor 
nominal de $ 1.500,00 cada. Os acionistas, Evandro Menezes e 
Josecelmo Rodrigues não obtiveram o direito de preferência destes 
títulos, conforme o disposto no artigo 171 da Lei das S/As e procura 
você, como advogado empresarial societário, para em Juízo 
reivindicar a anulação da emissão destes valores. Pergunta: Você 
entende pretensa a proposta de ação dos autores? Justifique na lei a 
sua resposta. 
 
CASO CONCRETO: 
Sim. Como são debêntures conversíveis em ações, da mesma forma 
que os acionistas têm preferência para adquirir ações da Cia., o 
mesmo direito lhes é conferido, em se tratando destes títulos 
apresentados no caso acima. De acordo com o § 1º do inciso IV do 
artigo 57 da Lei das S/As. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 01: 
 
 
 Assinale a alternativa INCORRETA, de acordo com a lei das 
sociedades anônimas: 
 A. Na conversão de debêntures conversíveis em ações, os 
acionistas não terão direito de preferência das ações convertidas. 
B.A representação da sociedade anônima cabe ao Conselho de 
Administração. 
C.O estatuto social pode estabelecer, previamente, autorização para 
o aumento de capital, sem reforma estatutária, o que será 
deliberado pelo Conselho de Administração. 
D. A diretoria é órgão obrigatório em todas as sociedades anônimas. 
E. Na conversão de debêntures conversíveis em ações, os 
acionistas terão direito de preferência das ações convertidas. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 01: Letra “A”. Artigo 57, inc. IV, § 1º da lei das 
S/As. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 02: 
 
 
02: Qual das proposições abaixo é a correta, 
relativamente ao capital das sociedades anônimas? 
a) As debêntures são estranhas ao capital social. 
b) As ações em que se divide o capital social devem Ter 
sempre valor nominal. 
c) As ações não podem, em caso algum, ser resultado de 
conversão de debêntures. 
d) As ações preferenciais dão aos seus titulares meros direito 
de crédito contra a sociedade. 
e) As Partes Beneficiárias fazem parte do capital Social da 
Companhia. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 01: Letra “A”. Somente as ações é que 
compõem o capital da Cia

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