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AULA -17 SOCIEDADE ANÔNIMA PROFª MARIA ELCI MOREIRA GALVÃO DIREITO EMPRESARIAL APLICADO I Ações e outros valores mobiliários UNIDADE VII 7.6. Ações 7.6.1. Conceito 7.6.2. classificação 7.6.3. ações nominativas e Escriturais; 7.6.4. Ações Com ou Sem Valor Nominal; 7.6.5. Ações Ordinárias, Preferenciais e de Fruição; 7.6.6. Negociabilidade das ações; 7.6.7.Perda e extravio; 7.7. Valores Mobiliários – diversos - Debêntures; Partes Beneficiárias; Bônus de subscrição VALORES MOBILIÁRIOS DEBÊNTURES PARTES BENEFICIÁRIAS BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO AÇÕES ORDINÁRIAS PREFERENCIAIS DE FRUIÇÃO VALORES MOBILIÁRIOS AÇÕES – CONCEITO. Ações são frações ideais negociáveis do capital social subscrito. Investem o seu titular na qualidade de acionista e delimitam os seus direitos e obrigações. São espécie do gênero valor mobiliário. (Mônica Gusmão). A ação é o valor mobiliário, representativo de uma parcela do capital social da companhia, que concede ao seu titular a condição de sócio/acionista. AÇÕES Natureza jurídica A natureza jurídica das ações é controvertida. Para uns, é uma espécie do gênero valor mobiliário. Para outros, trata- se de um título de participação que investe o titular na qualidade de acionista conferindo-lhe direitos pessoais e patrimoniais. Por fim, sustenta-se que ação é simplesmente um bem móvel, ou espécie de título de crédito impróprio, pois não encerra uma verdadeira operação de crédito e não preenche suas características. (Mônica Gusmão). Valor Nominal As ações, de acordo com o disposto no estatuto, podem ou não ter valor nominal, que é o resultado da divisão do capital social pelo número de ações emitidas. A atribuição do valor nominal à participação societária importa a garantia relativa contra a diluição do patrimônio acionário, na hipótese de emissão de novas ações. (Fábio Ulhoa) Lei n° 6.404/76. Art. 11. O estatuto fixará o número das ações em que se divide o capital social e estabelecerá se as ações terão, ou não, valor nominal. § 1º Na companhia com ações sem valor nominal, o estatuto poderá criar uma ou mais classes de ações preferenciais com valor nominal. § 2º O valor nominal será o mesmo para todas as ações da companhia. § 3º O valor nominal das ações de companhia aberta não poderá ser inferior ao mínimo fixado pela Comissão de Valores Mobiliários Valor Nominal Art. 13. É vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor nominal. § 1º A infração do disposto neste artigo importará nulidade do ato ou operação e responsabilidade dos infratores, sem prejuízo da ação penal que no caso couber. § 2º A contribuição do subscritor que ultrapassar o valor nominal constituirá reserva de capital (artigo 182, § 1º). Ações sem Valor Nominal Art. 14. O preço de emissão das ações sem valor nominal será fixado, na constituição da companhia, pelos fundadores, e no aumento de capital, pela assembléia-geral ou pelo conselho de administração (artigos 166 e 170, § 2º). Parágrafo único. O preço de emissão pode ser fixado com parte destinada à formação de reserva de capital; na emissão de ações preferenciais com prioridade no reembolso do capital, somente a parcela que ultrapassar o valor de reembolso poderá ter essa destinação. Classificação das AÇÕES As ações classificam-se de acordo com três critérios: ) espécie, forma e classe. a) Espécies - leva-se em conta a extensão dos direitos e vantagens conferidos aos acionistas, contemplando três categorias, as ordinárias que todas as companhias emitem, e as de emissão facultativas, denominadas preferenciais e de fruição. I- ações ordinárias: confere ao acionista os direitos de um sócio comum, o direito a voto na assembleia geral, sendo que o acionista detentor de mais da metade desta categoria, é chamado de acionista controlador da sociedade anônima, e os demais acionistas que não estão nesta condição são chamado de minoritários; Classificação das AÇÕES a) Espécies II- ações preferenciais: atribui aos seus titulares vantagem em relação à ordinária, atribuído um tratamento diferenciado, cuja diferença é estabelecida no estatuto da companhia, como a garantia de um dividendo mínimo ou fixo. Caso o estatuto seja omisso quanto à vantagem do acionista preferencialista, a lei confere um dividendo diferencial, ou seja, deve ser pago aos seus titulares o montante de dividendo de pelo menos 10% superior ao atribuído aos da ordinária. Art. 17 ............... II - direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, pelo menos 10% (dez por cento) maior do que o atribuído a cada ação ordinária; Classificação das AÇÕES a) Espécies II- ações preferenciais: - tem restrições, quanto ao exercício de direito de voto, pois o preferencialista pode ter o direito de voto limitado ou suprimido pelo estatuto. Quando o estatuto for omisso, estes poderão votar do mesmo modo que os ordinaristas. Para que eles não tenham este direito é necessário a expressa previsão estatutária. Observa-se que mesmo existindo esta previsão e não recebendo os dividendos, que pelo estatuto têm direito, por três exercícios consecutivos, adquirem o direito a voto até o pagamento (§1º, art. 111/LSA); Classificação das AÇÕES a) Espécies III- ações de fruição: são as que resultam, se assim dispuser o estatuto ou determinar a assembléia geral extraordinária, da amortização das ações ordinárias ou preferenciais. A amortização constitui a antecipação ao sócio do valor que ele provavelmente teria direito a receber, na hipótese de liquidação da companhia. O art. 44, § 5º, estabelece que as ações integralmente amortizadas poderão ser substituídas por ações de fruição, com as restrições contidas no estatuto ou determinadas pela assembléia que deliberar sobre a amortização. As ações de fruição decorrentes da amortização das ações, devolvem ao acionista o valor do seu investimento. São ações despidas de capital. A estas ações são conferidos os direitos estabelecidos no art. 109/LSA; Classificação das AÇÕES b) forma: este critério de classificação das ações determina o ato pelo qual se transfere a sua titularidade. Contempla duas categorias: Ações nominativas e Ações escriturais: I- Ações nominativas: circulam por meio de registro no Livro de Ações Nominativas da companhia (§§ 1º e 2º, art. 31/LSA). Os atos anteriores a este registro que as partes praticam na compra e venda da ação, definição de preço, eventual assinatura de contrato, pagamento etc, não operam a transferência da titularidade da ação, apenas se desloca do patrimônio do acionista vendedor para o acionista comprador, caracterizando a mudança do titular da ação, no momento que é lançado o respectivo termo no livro específico. Classificação das AÇÕES b) forma: II- Ações escriturais: são mantidas em conta de depósito abertas em uma instituição financeira autorizada pela CVM, em nome de cada acionista e são desprovidas de certificado. O acionista prova a titularidade destas ações pela exibição do extrato fornecido pelo banco. A sua circulação opera-se nos termos do § 1º, art. 35/LSA, através de lançamento feito pelo banco a débito da conta de ações do alienante e a crédito da conta de ações do adquirente; - deve ser observado que uma mesma sociedade poderá adotar a forma nominativa e escritural. OBS.: A Lei 8.021/90 aboliu a forma de ações endossáveis, transferidas por endosso no certificado correspondente,e as ao portador, circuláveis pela tradição deste documento ao acionista comprador; Classificação das AÇÕES c) Classe - o estatuto deve agrupar as ações que conferem os mesmos direitos em classes, designando-as por letra ( A, B, C etc), este critério de classificação faz distinguir as classes das ações, em razão dos diferentes interesses que motivaram os acionistas a ingressarem na sociedade. As ações preferenciais - sempre podem ser dividas em classe. As ações ordinárias - só se admite a divisão em classes na sociedade fechada, pois na aberta, um ordinarialista será sempre titular dos mesmos direitos atribuídos aos demais acionistas dessa categoria (LSA, art.15,§ 1°) Negociabilidade das AÇÕES As ações emitidas por companhia aberta somente podem ser negociadas depois que o acionista pagou pelo menos 30% do seu preço de emissão.(art.29). Caso o negócio tenha por objeto ações emitidas por companhia fechada, a lei, não condiciona a validade do ato à integralização de um percentual mínimo do preço de emissão. (art.80, II) Art. 29. As ações da companhia aberta somente poderão ser negociadas depois de realizados 30% (trinta por cento) do preço de emissão. A CVM - disciplina a negociação de ações, pela própria companhia aberta emissora, para impedir que recursos desta possam ser utilizados para patrocinar a manutenção ou a oscilação artificiais da sua cotação no mercado de capitais. Negociabilidade das AÇÕES A lei proíbe à sociedade anônima negociar com as próprias ações, para preservar a integridade do capital social. Art. 30. A companhia não poderá negociar com as próprias ações. § 1º Nessa proibição não se compreendem: a) as operações de resgate, reembolso ou amortização previstas em lei; b) a aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital social, ou por doação; c) a alienação das ações adquiridas nos termos da alínea b e mantidas em tesouraria; d) a compra quando, resolvida a redução do capital mediante restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou igual à importância que deve ser restituída. Resgate e Amortização das AÇÕES Art. 44. O estatuto ou a assembléia-geral extraordinária pode autorizar a aplicação de lucros ou reservas no resgate ou na amortização de ações, determinando as condições e o modo de proceder-se à operação. § 1º O resgate consiste no pagamento do valor das ações para retirá- las definitivamente de circulação, com redução ou não do capital social, mantido o mesmo capital, será atribuído, quando for o caso, novo valor nominal às ações remanescentes. § 2º A amortização consiste na distribuição aos acionistas, a título de antecipação e sem redução do capital social, de quantias que lhes poderiam tocar em caso de liquidação da companhia. § 3º A amortização pode ser integral ou parcial e abranger todas as classes de ações ou só uma delas. ................................... Resgate das AÇÕES Não pode haver resgate de ações não integralizadas. A autorização para o resgate deve vir prevista no estatuto da sociedade ou resultar de decisão de assembleia-geral extraordinária da companhia. O resgate tanto pode ser feito com reservas de capital quanto com reservas de lucros (neste caso, há necessidade de previsão estatutária) ou com o saldo de lucros disponíveis. A sociedade anônima deve pagar ao acionista o valor definido pelo estatuto (patrimonial, econômico ou outro). Em caso de omissão, cabe à assembleia geral que aprovar a operação fixá-lo. Reembolso das AÇÕES Art. 45. O reembolso é a operação pela qual, nos casos previstos em lei, a companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação da assembléia-geral o valor de suas ações. § 1º O estatuto pode estabelecer normas para a determinação do valor de reembolso, que, entretanto, somente poderá ser inferior ao valor de patrimônio líquido constante do último balanço aprovado pela assembléia- geral, observado o disposto no § 2º, se estipulado com base no valor econômico da companhia, a ser apurado em avaliação (§§ 3º e 4º). § 2º Se a deliberação da assembléia-geral ocorrer mais de 60 (sessenta) dias depois da data do último balanço aprovado, será facultado ao acionista dissidente pedir, juntamente com o reembolso, levantamento de balanço especial em data que atenda àquele prazo. Nesse caso, a companhia pagará imediatamente 80% (oitenta por cento) do valor de reembolso calculado com base no último balanço e, levantado o balanço especial, pagará o saldo no prazo de 120 (cento e vinte), dias a contar da data da deliberação da assembléia-geral. VALORES MOBILIÁRIOS DEBÊNTURES PARTES BENEFICIÁRIAS BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO DEMAIS VALORES MOBILIÁRIOS Debêntures são espécies de valores mobiliários, nominativos, que conferem um direito de crédito certo ao seu titular diante da companhia emissora em razão de um contrato de empréstimo. Representam capital de terceiros investido na sociedade, em resposta à iniciativa de captação de recursos promovida pela companhia. (Mônica Gusmão) Debênture – São valores mobiliários que conferem a seu titular direito de crédito perante a companhia emissora, nas mesmas condições constantes do certificado, se houver, e da escritura de emissão. DEMAIS VALORES MOBILIÁRIOS Debêntures (arts. 52 a 74) As debêntures são títulos representativos de um contrato de mútuo, em que a companhia é a mutuária e o debenturista o mutuante. Os titulares de debêntures têm direito de crédito, perante a companhia, nas condições fixadas por um instrumento elaborado por esta, que se chama “escritura de emissão”. Tal instrumento estabelece se o crédito é monetariamente corrigido ou não, as garantias desfrutadas pelos debenturistas, as épocas de vencimento da obrigação e demais requisitos determinados por lei, art. 59, LSA.(Fábio Ulhoa) ESPÉCIES DE DEBÊNTURES a) Debênture com garantia real - ( art.58) A vantagem do debenturista é a garantia oferecida. Na falência da companhia os debenturistas concorrem como credores com direito real de garantia. b) Debênture com garantia flutuante - É um privilégio sobre o ativo da companhia. Os debenturistas concorrem na falência como credores com privilégio geral. c) Debênture sem garantia - Equipara-se aos créditos quirografários. Mantém essa qualidade na falência. d) Debênture subordinada - Os debenturistas estão subordinados aos credores quirografários. Na liquidação da companhia preferem apenas aos acionistas no ativo remanescente, se houver. Diferença entre debênture nominativa e escritural. A debênture nominativa é aquela cujos registro e controle das transferências são realizados pela companhia emissora no Livro de Registro de Debêntures Nominativas. A debênture escritural, por sua vez, é aquela cujas custódia e escrituração são feitas por instituição financeira autorizada pela CVM para prestar tais serviços. O que são debêntures conversíveis? São aquelas que podem ser trocadas por ações da companhia emissora. As debêntures conversíveis - e também as não-conversíveis - podem contemplar cláusulas de permutabilidade por outros ativos ou por ações de emissão de terceiros que não a emissora. As condições de conversibilidade, bem como as de permutabilidade, devem estar descritas na escritura de emissão. Debêntures Liquidação antecipada A companhia pode estipular amortizações de cada série ereservar-se o direito de resgate antecipado, parcial ou total, dos títulos da mesma série. A amortização de debêntures de mesma série que não tenham vencimentos anuais distintos, assim como o resgate parcial, deverão ser feitos mediante sorteio ou, se as debêntures estiverem cotadas por preço inferior ao valor nominal, por compra em Bolsa. É facultado, à companhia, adquirir debêntures de sua emissão, desde que por valor igual ou inferior ao nominal, devendo o fato constar no relatório da administração e das demonstrações financeiras. Poderá, também, por valor superior ao nominal, desde que observe as regras da CVM VALORES MOBILIÁRIOS Prazos As debêntures são papéis de médio e longo prazos. A data de resgate de cada título deve estar definida na escritura de emissão. A companhia pode, ainda, emitir títulos sem vencimento, também conhecidos como debêntures perpétuas. O prazo mínimo é de um ano para as debêntures não conversíveis e de três anos para as debêntures conversíveis. Inexiste fixação de prazo máximo, salvo quando se destinarem a financiamento de capital de giro, em que o prazo máximo é de cinco anos. VALORES MOBILIÁRIOS - Partes beneficiárias Partes beneficiárias – (arts. 46 a 51): São títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, que conferem aos seus titulares direito de crédito eventual, consistente na participação nos lucros da companhia emissora (art. 46, §1º, LSA). As partes beneficiárias terão a duração estabelecida pelos estatutos, nunca superior a 10 anos no caso de títulos de atribuição gratuita, salvo se emitidos em favor de sociedade ou fundação beneficente de empregados da companhia, hipótese em que os estatutos poderão fixar a duração do título livremente. VALORES MOBILIÁRIOS - Partes beneficiárias Partes beneficiárias Dos lucros da sociedade anônima não poderá ser destinado às partes beneficiárias mais do que 10%. (LSA, art.46 §2°). Esses títulos poderão ser alienados ou atribuídos. A atribuição, por sua vez, poderá ser onerosa, em pagamento a prestação de serviços, ou gratuita. A companhia Aberta não poderá emitir partes beneficiárias. (art.47 Parágrafo único). Nas S/As fechadas, além dessas duas hipóteses, também podem as partes beneficiárias ser atribuídas aos fundadores da companhia como remuneração por serviços prestados OUTROS VALORES MOBILIÁRIOS - Bônus de subscrição Bônus de subscrição (arts. 75 a 79) É o valor mobiliário que atribui ao seu titular o direito de preferência em subscrever novas ações, quando de futuro aumento de capital social desta O titular de um bônus não estará dispensado do pagamento do respectivo preço de emissão. São títulos criados pela sociedade anônima para alienação onerosa ou atribuição como vantagem adicional aos subscritores de suas ações ou debêntures. VALORES MOBILIÁRIOS - Commercial papers Commercial papers- são idênticas às debêntures, diferenciando-se pelo vencimento. Esta vence em 30 e 360 dias( Inst. CVM n° 134, art. 7°) a debênture, em 8 a 10 anos, em geral. Se a intenção da sociedade anônima é conseguir recurso a longo prazo, emite debênture. Se for a curto prazo, emite commercial paper. São notas promissórias com certas particularidades, justificáveis em função de sua negociabilidade em mercado de capitais. (Fábio Ulhoa) CASO CONCRETO Mario de Andrade, Fernando Pessoa e Graciliano Ramos são sócios de uma sociedade anônima no ramo editorial. O capital social foi constituído por meio de subscrição de 100.000 ações todas com valor nominal de R$ 1,00 cada. Mario preferencialista de classe A é o acionista titular de 48.000 do total das ações. Fernando Pessoa é o acionista controlador é titular de 50.000 de ações ordinárias que - por força de lei pertencem a uma única classe. E Graciliano Ramos, por sua vez, é titular do restante (2.000) de ações preferenciais da classe B. Todos os sócios já integralizaram seus montantes, com exceção de Graciliano que realizou apenas 30% do preço de emissão das ações subscritas por ele. Considerando o texto apresentado, diga atendendo as normas do direito societário se o percentual de distribuição das ações ordinárias e preferenciais atende à norma da lei específica. Fundamente. RESPOSTA - Sim. Fundamento ? artigo 15 parágrafo 2º da Lei 6404 de 1976 Art. 15 § 2o: O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinqüenta por cento) do total das ações emitidas. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) QUESTÃO OBJETIVA 01: 01.(MAGISTRATURA/BA) Assinale a opção correta a respeito das sociedades anônimas. (A) O valor de emissão da ação não pode coincidir com o valor do capital divido pelo número de ações, e não há impedimento, em se tratando de ações com ou sem valor nominal, a que lhes seja aplicado deságio ou acrescido ágio. (B) Conversão é a operação pela qual as ações de determinada classe ou espécie são transformadas em ações de outra classe ou espécie mediante previsão estatutária, podendo as ações preferenciais ser transformadas em ações ordinárias, assim como as ordinárias em preferenciais, desde que se obedeça à limitação legal de três quartos das ações emitidas. (C) O capital social da companhia é intangível, ou seja, os acionistas não podem receber, a título de restituição ou dividendos, os recursos aportados à sociedade sob a rubrica de capitalização, não prevendo a Lei das Sociedades por Ações capital social mínimo para a constituição da sociedade anônima, fato que a torna compatível com os pequenos negócios. QUESTÃO OBJETIVA 01: 1. CONTINUAÇÃO - .... Assinale a opção correta a respeito das sociedades anônimas. (D) As debêntures subordinadas gozam de garantia e contêm cláusula de subordinação aos credores da companhia, o que implica, no caso de liquidação da companhia, preferência dos debenturistas em relação aos demais credores para o ressarcimento do valor aplicado. (E) Pode ser objeto da sociedade anônima qualquer empresa de fim lucrativo não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes; contudo, caso venha a explorar atividade tipicamente de natureza civil, como é o caso da comercialização de bens imóveis, não será a sociedade anônima considerada sociedade empresarial. GABARITO: Letra C CASO CONCRETO: Uma empresa formada por três amigos, pretendendo explorar uma atividade econômica, funda, com sede no Rio de Janeiro, uma S.A., sob a denominação social “BANCO FIMASA S.A”, teve seu capital formado com 40% das ações – todas preferenciais sem direito a voto, subscritas por duas instituições financeiras. As ações ordinárias restantes, correspondentes a 60% do capital social, foram subscritas pela Fundadora, que não deseja que as ações da Cia. sejam negociadas em Bolsa. Na Assembleia de constituição da Cia., após deliberação, os acionistas presentes deram por constituída a Cia. e escolheram os primeiros administradores e membros do Conselho Fiscal. Poderia a Cia, apresentar diversidade de classes de ações ordinárias? Sim. Trata-se de uma Cia. fechada que admite a diversidade de classes ordinárias, de acordo com o Art. 15 § 1º da LSA. QUESTÃO OBJETIVA 01: 1 (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV): Bernardino adquiriu de Lorena ações preferenciais escriturais da companhia Campos Logística S/A e recebeu do(a) advogado(a) orientação de como se dará a formalização da transferência da propriedade. A resposta do(a) advogado(a) é a de quea transferência das ações se opera: (A) pelo extrato a ser fornecido pela instituição custodiante, na qualidade de proprietária fiduciária das ações. B) pela inscrição do nome de Bernardino no livro de Registro de Ações Nominativas em poder da companhia. C) pelo lançamento efetuado pela instituição depositária em seus livros, a débito da conta de ações de Lorena e a crédito da conta de ações de Bernardino. D) por termo lavrado no livro de Transferência de Ações Nominativas, datado e assinado por Lorena e por Bernardino ou por seus legítimos representantes. 1: C QUESTÃO OBJETIVA 02: 2. (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV): Com relação às sociedades anônimas, assinale a opção correta. (A) As ações preferenciais são sempre ações sem direito de voto e com prioridade no recebimento de dividendos fixos e cumulativos. (B) A vantagem das ações preferenciais de companhia fechada pode consistir exclusivamente em prioridade no reembolso do capital. (C) A primeira convocação de assembleia geral de companhia fechada deverá ser feita no prazo de 15 (quinze) dias antes de sua realização. (D) O conselho de administração é órgão obrigatório em todas as sociedades anônimas fechadas, com capital autorizado e de economia mista. GABARITO: Letra 2: B CASO CONCRETO: AULA10 A Companhia do Aço, Companhia Aberta, emitiu em Agosto de 2013 três mil debêntures conversíveis em Ações Ordinárias, com o valor nominal de $ 1.500,00 cada. Os acionistas, Evandro Menezes e Josecelmo Rodrigues não obtiveram o direito de preferência destes títulos, conforme o disposto no artigo 171 da Lei das S/As e procura você, como advogado empresarial societário, para em Juízo reivindicar a anulação da emissão destes valores. Pergunta: Você entende pretensa a proposta de ação dos autores? Justifique na lei a sua resposta. CASO CONCRETO: Sim. Como são debêntures conversíveis em ações, da mesma forma que os acionistas têm preferência para adquirir ações da Cia., o mesmo direito lhes é conferido, em se tratando destes títulos apresentados no caso acima. De acordo com o § 1º do inciso IV do artigo 57 da Lei das S/As. QUESTÃO OBJETIVA 01: Assinale a alternativa INCORRETA, de acordo com a lei das sociedades anônimas: A. Na conversão de debêntures conversíveis em ações, os acionistas não terão direito de preferência das ações convertidas. B.A representação da sociedade anônima cabe ao Conselho de Administração. C.O estatuto social pode estabelecer, previamente, autorização para o aumento de capital, sem reforma estatutária, o que será deliberado pelo Conselho de Administração. D. A diretoria é órgão obrigatório em todas as sociedades anônimas. E. Na conversão de debêntures conversíveis em ações, os acionistas terão direito de preferência das ações convertidas. QUESTÃO OBJETIVA 01: Letra “A”. Artigo 57, inc. IV, § 1º da lei das S/As. QUESTÃO OBJETIVA 02: 02: Qual das proposições abaixo é a correta, relativamente ao capital das sociedades anônimas? a) As debêntures são estranhas ao capital social. b) As ações em que se divide o capital social devem Ter sempre valor nominal. c) As ações não podem, em caso algum, ser resultado de conversão de debêntures. d) As ações preferenciais dão aos seus titulares meros direito de crédito contra a sociedade. e) As Partes Beneficiárias fazem parte do capital Social da Companhia. QUESTÃO OBJETIVA 01: Letra “A”. Somente as ações é que compõem o capital da Cia
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