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As contribuições de seguridade social

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Contribuições sociais
As contribuições sociais destacam-se como as mais importantes em volume de arrecadação. São uma espécie tributária vinculada a atuação indireta do Estado. Tem como fator gerador uma atuação indireta do poder público mediatamente ao sujeito passivo da obrigação tributária. 
A lei 11.457/07 unificou duas receitas, à secretaria da receita federal e a secretaria da receita previdenciária em um único órgão, denominado super-receita.O novo órgão passou a acumular as competências dos entes aglutinados sob a fiscalização dos intitulados auditores fiscais da receita federal do Brasil.
O artigo149, caput da Constituição Federal faz referência as chamadas contribuições sociais:
Art. 149-Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Estas contribuições sociais são divididas em contribuições gerais, contribuições sociais-previdenciárias e outras contribuições.
Nas contribuições sociais gerais, estão inclusas a contribuição do salário educação e as chamadas contribuições do sistema S. Já no que tange à contribuições sociais previdenciárias, são as contribuições para seguridade social e as outras contribuições são as residuais.
 A Constituição Federal não tem dispositivo que autorize a instituição de novas contribuições sociais gerais, tendo previsão em seu artigo 195 para criação somente de novas contribuições sociais- previdenciárias.
 As características principais das contribuições sociais gerais são:
1-São de competência da União;
2-São regidas pelo mesmo regime jurídico das demais contribuições previstas no art.149 da CF;
3- Sujeitam-se de forma integral ao regime constitucional tributário, sem comportar exceções;
4-São instituídas por lei ordinária e obedecem ao princípio da anterioridade comum;
5- Custeiam a atuação do Estado em outros campos sociais, diversos daqueles previstos no art.195 da CF. Quais sejam saúde, previdência e assistência social, pertencentes a seguridade social e financiados pelas contribuições para a seguridade social;
6-Só podem incidir sobre uma única base econômica, por contribuinte, para cada objeto determinado.
 Alguns exemplos de contribuições sociais gerais que assumem este enquadramento terminológico são:
 A contribuição ao salário-educação (art.212 da CF), foi concebida para financiar como adicional, o ensino fundamental público, como prestação subsidiaria da empresa ao dever constitucional do Estado de manter o ensino primário gratuito.
 Já as contribuições destinadas aos serviços sociais autônomos Sistema S, são denominadas contribuições de terceiros, destinadas as entidades privadas de serviços social de autônomos e de formação profissional, vinculados ao sistema sindical. Tais organismos como - SENAI, SESI, SESC, SEST, SENAT, SENAC e etc. Pertencentes ao Sistema S dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e a prestação de serviços no âmbito social e econômico.
As contribuições de seguridade social
A contribuição de seguridade social é um tributo de competência da União, qualificando-se como um tributo vinculado, derivado, cuja característica contraprestacional é custear a previdência social; sua finalidade é parafiscal e classificação real. 
Seu orçamento é composto de recursos dos entes públicos, através de impostos e de contribuições específicas.Estas contribuições específicas também vão custear a seguridade social e são instituídas por lei. Vide Constituição Federal em seu artigo 195, cumulada a Lei 8.212/91, em seu artigo 11:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,      assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 13. Aplica-se odisposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Art. 11.  No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas:
I - receitas da União;
II - receitas das contribuições sociais;
III - receitas de outras fontes.
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais: 
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço;               (Vide art. 104 da lei nº 11.196, de 2005)
b) as dos empregadores domésticos;
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição;               (Vide art. 104 da lei nº 11.196, de 2005)
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro;
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
Toda a sociedade financia a seguridade social, seja de forma direta ou indireta; ou seja, solidariedade em prol de certa finalidade. 
Conforme leciona Alexandre Rossato da Silva Ávila, “As contribuições para a Seguridade Social, também conhecidas por contribuições previdenciárias, podem ser instituídas por lei ordinária. A lei complementar ficou reservada para a instituição de novas fontes de custeio para a Seguridade Social, nos termos do § 4º do art. 195 da CF”.
As contribuições para a seguridade social, incluindo as residuais, obedecerão a um período de anterioridade especial de 90 dias, independente do ano civil. No caso só poderão ser cobradas 90 dias após à publicação da lei. Vide Artigo 195, §6° CF.
No que tange a contribuição previdenciária do servidor público, o artigo 149, §1 da CF, prevê contribuições previdenciárias estaduais e municipais, de competência dos Estados, Municípios e do Distrito federal, para custear o regime próprio de previdência. A alíquota não será menor que a cobrada pela União de seus servidores públicos federais.
Esta contribuição será de competência dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
No campo da contribuição para seguridade social, existem imunidades de contribuição no caso de entidades beneficentes de assistência social (artigo 195 §7º) e para receitas decorrentes de exportação (artigo 149,§ 2°, CF). Porem podem incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados e de álcool combustível.
Jurisprudências
TRF-5 - Apelação Civel : AC 08060019320154058300 PE
TRIBUTÁRIO. APELAÇÃO. PIS/COFINS. DECRETO Nº 8.426/2015. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTAS PELO PODER EXECUTIVO. INCONSTITUCIONALIDADE. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. MANDADO DE SEGURANÇA. LIMITES DA DEMANDA. RECURSO PROVIDO. ORDEM CONCEDIDA.
RECOMENDAR
Ementa
TRIBUTÁRIO. APELAÇÃO. PIS/COFINS. DECRETO Nº 8.426/2015. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTAS PELO PODER EXECUTIVO. INCONSTITUCIONALIDADE. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. MANDADO DE SEGURANÇA. LIMITES DA DEMANDA. RECURSO PROVIDO. ORDEM CONCEDIDA.
1. Apelação interposta em face de sentença proferida pelo juízo da 12ª Vara Federal de Pernambuco que, em sede de Mandado de Segurança, denegou o pedido de suspensão da exigibilidade da contribuição ao PIS e da COFINS sobre receitas financeiras das impetrantes após a produção de efeitos do Decreto nº 8.426/2015, alterado pelo Decreto 8.451/2015. 
2. A questão cinge-se sobre a constitucionalidade do Decreto nº 8.426/2015, o qual restabeleceu para 0,65% e 4%, respectivamente, as alíquotas da contribuição ao PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre as receitas financeiras das impetrantes, revogando a alíquota zero, até então vigente, estabelecida pelo Decreto nº 5.442/2005. 
3. Nos termos do art. 150, I, da CF/88, a fixação de alíquota mediante decreto viola o princípio da legalidade (constitucionalmente ressalvadas as alterações das alíquotas do II, do IE, do IPI, do IOF e da CIDE-combustível), exigindo-se lei formal, sem possibilidade de disposição em contrário pela lei ordinária, para a fixação de todos os elementos essenciais do tributo: 
4. Em razão das limitações impostas pelos princípios processuais da adstrição e da proibição da reformatio in pejus, não é possível assentar, para o caso concreto, a inconstitucionalidade de todos os atos normativos infralegais que definam as alíquotas do tributo em exame, pois, além de ultrapassar os limites da demanda, a consequência natural seria a incidência de alíquota bastante superior, o que agravaria a situação da recorrente. 
5. O Plenário do C. STF (MS nº 25476/DS), após longo debate, concluiu que não cabe, em sede de mandado de segurança, indagar da legalidade da situação anterior a da impetrante para, eventualmente, piorar-lhe a situação, destacando- que, por se tratar de um processo subjetivo, o julgamento deve ser restrito ao pedido da parte. 
6. No caso dos autos, o pedido das impetrantes se limita à declaração de inconstitucionalidade do Decreto nº 8.426/2015, não sendo de seu interesse o reconhecimento do vício em outras normas pretéritas, papel atribuído ao controle concentrado de constitucionalidade. A eventual declaração da inconstitucionalidade do Decreto nº 5.442/2005 e represtinação de efeitos indesejáveis, portanto, não se mostraria possível nesta específica ação mandamental.
 7. Com essas considerações e atento aos limites da demanda subjetiva, dou provimento ao recurso de apelação e concedo a ordem para declarar a inexistência de relação jurídica tributária que obrigue as impetrantes a efetuarem recolhimentos a título de contribuição social para o PIS e a COFINS instituídos pelo art. 1º do Decreto 8.426/2015 e alterado pelo Decreto 8.451/2015, determinando que a impetrada se abstenha de adotar quaisquer medidas para a cobrança de tal contribuição, bem como para autorizar a repetição ou compensação daquilo que foi indevidamente recolhido a partir da vigência das novas alíquotas instituídas pelo aludido Decreto, obedecida a legislação pertinente e respeitada a limitação do art. 170-A, do CTN. 9. Apelação provida.
Referências 
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-instituicao-de-novas-contribuicoes-sociais-para-custeio-da-seguridade-social,45454.html
AMILTON JOSÉ RABELO, ISABELA ALVES LIMA, JOSIMAR MATEUS PINTO, LENICE ALVES
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
Divinópolis
2017

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