Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EMBRIOLOGIA HUMANA Renan Maia M2 Morfogênese de olho: O DESENVOLVIMENTO DO OLHO E ESTRUTURAS RELACIONADAS: Processo que se inicia de uma serie de sinais indutores. Sendo os olhos derivados de 4 fontes: Neuroectoderma OU Ectoderma Neural do prosencéfalo. Ectoderma da superfície da cabeça(de superfície). Mesoderma. Células da crista neural. NEUROECTODERMA DO PROSENCÉFALO: Diferencia-se em: Retina. Camadas posteriores de íris. Nervo óptico. ECTODERMA DE SUPERFÍCIE: Forma: Cristalino. Epitélio da Córnea. MESODERMA: Forma: Túnicas Fibrosas e Vasculares do olho. PROCESSO GERAL DE FORMAÇÃO DO OLHO: A formação do olho evidencia-se na 4° semana. O olho surge antes das vesículas encefálicas se fecharem por completo, surgindo depressões no neuroporo mais especificamente nas pregas neurais, o que serão os sulcos ópticos. Quando as pregas neurais na extremidade cefálica se fundem para formar o prosencéfalo, os sulcos ópticos sofrem evaginação, formando assim as vesículas ópticas, que se projetam da parede do prosencéfalo para o mesenquima adjacente. OBS: Conforme ocorre desenvolvimento irá se localizar na área de DIENCÉFALO. Induzidas pelo mesênquima adjacente por meio de mediadores químicos as vesículas se desenvolvem atingindo um estágio em que suas extremidades se expandem, e suas conexões com o prosencéfalo sofrem constrição, formando assim as hastes ópticas. As células mesenquimais se originam do mesoderma, mas as células da crista neural migram para o mesênquima e se diferenciam na CORÓIDE, na ESCLERA e no ENDOTÉLIO DA CÓRNEA. A vesícula ao se desenvolver induz o ectoderma cutâneo, de forma que esse se espessa formando o placóide do cristalino (primórdio do cristalino). A vesícula óptica sofre invaginação durante o processo promovendo a invaginação também do placóide, formando assim a fosseta do cristalino. As bordas dessa fosseta convergem-se e se fusionam, formando a vesícula do cristalino, que logo perdem sua conexão com o ectoderma. Enquanto tal processo ocorre a vesícula óptica que sofreu invaginação toma a forma de cálices ópticos de parede dupla. Sulcos lineares, as fissuras ópticas formam-se na superfície ventral dos cálices ópticos e ao longo das hastes. Essas fissuras contém mesênquima vascular, a partir do qual se desenvolvem vasos sanguíneos hialoides: Artéria Hialóide: Supre a camada interna do cálice óptico, a vesícula do cristalino e o mesênquima do cálice óptico. Veia Hialóide: Recolhe o sangue das estruturas acima citadas. Quando as bordas da fissura se fusionam os vasos são incluídos dentro do nervo óptico primitivo. Sendo que as partes distais dos vasos se degeneram e as partes proximais se mantêm como artéria central e veia central da retina. FORMAÇÃO DA RETINA: A retina se desenvolve a partir das paredes do cálice óptico. Sob a influência do cristalino em desenvolvimento a camada interna do cálice se prolifera para formar um neuroepitélio espesso, do qual as células irão se diferenciar em retina neural (Região fotossensível). A camada externa do cálice, mais delgada, torna-se epitélio pigmentar da retina. No período embrionário as duas camadas de retina são separadas pelo espaço intra-retiniano, que é a cavidade original do cálice óptico. O espaço irá desaparecer conforme as duas camadas se fundem, fusão essa que não apresenta mecanismos de adesão, sendo então instável. Vale ressaltar que quando há um descolamento de retina, este não ocorre em toda a retina, pois o epitélio pigmentar permanece preso firmemente a coroide. Apesar de separada do epitélio pigmentar a retina neural em um caso de descolamento NÃO PERDE SUPRIMENTO SANGUÍNEO, provindo da artéria central da retina, originada da artéria hialoide embrionária. FORMAÇÃO DO CORPO CILIAR: O corpo ciliar é uma extensão cuneiforme da coroide. Sua superfície medial se projeta em direção ao cristalino formando os processos ciliares. A porção pigmentada do epitélio ciliar deriva da camada externa do cálice óptico e é continua com o epitélio pigmentar da retina, enquanto a não pigmentada representa um prolongamento anterior da retina neural na qual NÃO SE DIFERENCIAM OS ELEMENTOS NEURAIS (RETINA CEGA). O músculo ciliar é o músculo liso do corpo ciliar responsável por colocar foco no cristalino. OBS: DESCOLAMENTO CONGÊNITO DE RETINA Durante o período embrionário as camadas interna e externa se deixam de se fundir para formar a retina e obliterar o espaço intra-retiniano. FORMAÇÃO DA ÍRIS: Desenvolve-se a partir da borda do cálice óptico, que cresce interiormente e recobre parte do cristalino. O epitélio da íris representa as duas camadas do cálice óptico, que permaneceram delgadas, sendo continua com o epitélio de duas camadas do corpo ciliar e com o epitélio pigmentar da retina neural. O arcabouço de tecido conjuntivo, estroma, da íris se origina das células da crista neural que migraram para íris. Os músculos: dilatador e esfíncter da pupila, músculos lisos, derivam do neuroectoderma do cálice óptico. São resultantes da transformação de células epiteliais em musculares lisas. FORMAÇÃO DO CRISTALINO: Desenvolve-se a partir da vesícula do cristalino, derivada do ectoderme de superfície. A parede anterior da vesícula, composta por epitélio cúbico, se torna o epitélio subcapsular do cristalino. O núcleo das células colunares da parede posterior da vesícula sofrem dissolução, de forma que essas células se alongam formando células epiteliais altamente transparentes, as fibras primárias do cristalinos. A borda do cristalino é denominada zona equatorial, sendo as células dessa região são cuboides e a medida que se alongam perdem seus núcleos, tornando-se fibras secundárias do cristalino. O cristalino em desenvolvimento é nutrido pela artéria hialóide, porém se torna avascular no período fetal quando parte dessa artéria se degenera. A partir desse momento o cristalino passa a ser suprido pelo humor aquoso da câmara anterior do olho. FORMAÇÃO DAS CÂMARAS AQUOSAS: Anterior: A partir de um espaço em forma de fenda no mesênquima entre o cristalino em desenvolvimento e a córnea. Posterior: A partir de um espaço que se forma no mesênquima, posterior à íris em desenvolvimento e anterior ao cristalino em desenvolvimento. Quando a membrana pupilar desaparece a pupila se forma, as câmaras anterior e posterior podem se comunicar entre si através do seio venoso da esclera, estrutura vascular esta que circunda a câmara anterior e é o sitio de saída do humor aquoso para o sistema venoso. FORMAÇÃO DA CÓRNEA: É induzida pela vesícula do cristalino, transformando o ectoderma de superfície em córnea transparente, avascular, de múltiplas camadas, parte da túnica fibrosa do olho que se projeta para fora da órbita. Formada a partir de 3 fontes: Epitélio externo da córnea Ectoderma de superfície Mesênquima Mesoderma, que é continuo com a esclera em desenvolvimento Células da crista neural migram do cálice óptico através do tecido conjuntivo embrionário e se diferenciam no endotélio da córnea. FORMAÇÃO DA CORÓIDE E DA ESCLERA: O epitélio pigmentar da retina induz a diferenciação do mesênquima que circunda o cálice formando assim uma camada vascular interna, a coroide, e uma camada fibrosa externa, aesclera. A esclera desenvolve-se a partir da condensação do mesênquima externo à coróide e continua com o estroma (tecido de suporte) da córnea. FORMAÇÃO DAS PÁLPEBRAS: Provem do mesênquima das células da crista neural e de duas pregas de pele que crescem por sobre a córnea. As pálpebras enquanto aderidas apresentam um saco conjuntival fechado, anterior a córnea. Quando os olhos se abrem, a conjuntiva bulba é refletida sobre a parte anterior da esclera e o epitélio de superfície da córnea. A conjuntiva palpebral reveste a superfície interna das pálpebras. Os cílios e as glândulas ( como a lacrimal) na pálpebra são originados do ectoderma de superfície. O tecido conjuntivo e as placas tarsais desenvolvem-se a partir do mesênquima nas pálpebras em desenvolvimento. O músculo orbicular dos olhos deriva do mesênquima do segundo arco faríngeo e é suprido por seu nervo (Nervo VII).
Compartilhar