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Divisão celular Profª Gisele Renata de Castro Divisão celular • O processo de divisão celular se distingue em dois processos: • Mitose- formação de células “clones”, geneticamente iguais, responsáveis pelo crescimento, renovação ou regeneração do tecido; • Meiose- formação de células com a metade do número de cromossomos, para a formação de células sexuais. • As células possuem um tempo de vida, entrando em morte celular programada ou apoptose; • Algumas sofrem lesões e precisam ser substituídas; • O ciclo celular compreende duas etapas: • Aquele compreendida entre duas divisões, a intérfase, a fase de reorganização e crescimento celular; • Fase da divisão propriamente dita, a cariocinese ou mitose, originando duas células-filhas, havendo separação do citoplasma, citocinese. • Nas células eucariontes, o controle do processo de reprodução celular é feito por diversos produtos gênicos, que são, por sua vez, regulados por fatores extracelulares, sejam eles nutrientes ou fatores de crescimento, que fazem com que a divisão celular ocorra coordenadamente com as necessidades do organismo como um todo; 20 hrs 8 hrs 4 hrs 1 hr • Quanto mais se conhece a respeito do sistema de controle do ciclo celular, mais similaridades se descobrem entre os diferentes organismos vivos, indicando uma origem ancestral comum e uma alta conservação evolutiva dos modos de atuação e da composição de genes e proteínas envolvidas nesse controle. • Em função da variação do tempo, as células se dividem em três grupos: • I- células que se dividem continuamente; • II- células que ordinariamente não se dividem, mas que podem fazê-lo em resposta a estímulos; • III- células terminalmente diferenciadas. I- Células que se dividem continuamente Células embrionárias; Células de renovação rápida, como: do epitélio de revestimento do intestino delgado (no homem, de 3 em 3 dias); dos folículos capilares; do sistema linfático; medula óssea (produção de células sanguíneas); formam tecidos sensíveis a agentes e tratamentos químicos e físicos (drogas e radiações), interferindo no processo de replicação do DNA, sendo as primeiras a serem lesadas em radioterapia e quimioterapia. Células de proliferação um pouco mais lenta, como da camada basal epidérmica. II- Células que ordinariamente não se dividem • Permanecem sadias por longo período de tempo, em um estado não-proliferante, um estado de dormência ou quiescência com relação ao crescimento, denominado período G0 (G-zero); • São desprovidas de fatores de crescimento, mantendo baixo metabolismo e baixa síntese de macromoléculas; • Tamanho reduzido e DNA não duplicado; • Nutrientes, hormônios de crescimento e estímulos mecânicos (lesão) estimulam essas células a reingressarem no ciclo de divisão celular; • Partem do ponto de restrição, que fica entre a fase G1 e S; • O processo de progressão até a fase S é lento e irreversível; • Exemplo: fibroblastos da linhagem 3T3 em cultura requerem menos 12hrs para passar de G0 a S, depois de estimulados, sendo que células que estão normalmente em ciclo demoram apenas cerca de 6hrs; • São células inclusas nesse tipo: • Hepatócitos, fibroblastos da pele, células renais, células dos músculo liso, de pâncreas, de ovário, de pulmão, células endoteliais, células da glândula adrenal e células ósseas. III- Células terminalmente diferenciadas • Ao cessarem sua divisão e tornar-se diferenciadas, perdem permanentemente a capacidade reprodutiva, não podendo ser novamente chamadas ao ciclo; • São exemplos: • neurônios, células dos músculos esqueléticos e cardíacos. • Não poderão nunca ser substituídas; • Há outras células que possuem tempo de vida muito curto, precisando ser substituídas por células indiferenciadas, as chamadas células tronco pluripotentes; • Essas células tronco são classificadas como célula que se dividem continuamente. Eventos bioquímicos da intérfase • Período de intensa atividade metabólica; • Replicação do DNA acontece na fase S; • A síntese de RNAs e proteínas ocorrem continuamente durante toda a intérfase; • A maior taxa de produção de RNA é na fase G1 e no começo da S; • Proteínas qualitativamente diferenciadas que são sintetizadas em quantidades também diferentes a cada período da intérfase; • Algumas são sintetizadas continuamente em toda a intérfase, como é o caso de algumas enzimas e das tubulinas (formam as fibras do fuso) e as proteínas da família das ciclinas. Período G1 • Reinício da síntese de RNA e proteínas; • 80% do RNA secretado é rRNA; • Produção das enzimas catalizadoras da síntese de trifosfatos de desoxirribonucleosídeos, enzimas da síntese das DNA-polimerases e enzimas ativadoras dos genes que codificam as proteínas histonas; • Desempenha um papel controlador nesse período: continuar proliferando ou retirar-se do ciclo e entrar em estado quiescente (G0); • Esses fatores são determinados por sinais extracelulares, como fatores de crescimento ou de nutrientes. ...Período G1 • A célula possui proteínas controladoras internas, que agem induzindo ou impedindo o ciclo; • O ponto crítico de controle é no final da fase G1 e, nos animais, é chamado de ponto de restrição ou ponto R (também conhecido como ponto de checagem); • É quando as proteínas produzidas em G1 se acumulam e alcançam uma quantidade crítica, permitindo então à célula transpor o ponto R e iniciar S; • Passando pelo ponto R, a célula está comprometida a entrar na fase S e prosseguir até o final; ...Período G1 • Outro mecanismo de controle que ocorre em G1 é a interrupção temporária do ciclo nessa fase, induzida pela presença de danos no DNA, para que haja reparação antes da fase de replicação; • Nos mamíferos, o sinal de parada em G1 é dado por uma proteína conhecida como p53, que aumentam seus níveis em resposta a eventuais danos no DNA, impedindo que a célula prossiga e replique o DNA danificado; • A transmissão desses danos às células-filhas resultam em acúmulo de mutações e instabilidade do genoma, que contribuem para o desenvolvimento do câncer. Período S • Início da síntese do DNA; • Nesse período, uma célula eucarionte diplóide tem seu DNA 2C passado pra 4C; • A quantidade de histonas também é duplicado nessa fase; • Os primórdios de novos centríolos, pró-centríolos, são observados formando-se perpendicularmente a cada membro do par de centríolos existente nas células. Replicação do DNA • A replicação do DNA é assincrônica, pois regiões ou genes específicos iniciam o processo de duplicação em tempos definidos; • A eucromatina, região ativa da cromatina, se duplica primeiro; • A heterocromatina se duplica quase no final da fase S; • Se a replicação fosse de uma extremidade à outra, como ocorre com os procariontes, esse processo nos humanos demorariam perto de um mês, por ser muito lento; • Por isso a necessidade de múltiplas replicações; ...Replicação do DNA • Células eucariontes possuem muitas unidades de replicação, os réplicons; • Em mamíferos existem cerca 20.000 a 30.000 réplicons; • Existem as famílias de réplicons, unidades de replicação que iniciam o processo simultaneamente; • Um réplicon replica somente uma vez dentro de um único período S; • Um complexo enzimático de reconhecimento da origem, liga-se às origens, sinalizando para as outras proteínas (complexo pré-replicativo ou pré-RC) iniciarem o processo; ...Replicação do DNA • O processo pré-replicativo liga-se à origem de replicação e o complexo de reconhecimento da origem é fosforilado, iniciando o processo de replicação; • No término, o complexo pré-RC se desliga daquela origem de replicação, impedindoque novas leituras se iniciem daquele ponto; • A replicação se propaga para lados opostos, replicação bidirecional, até encontrar em qualquer ponto, os extremos das cadeias de formação dos réplicons vizinhos; ...Replicação do DNA • A enzima que polimeriza os desoxirribonucleotídeos na síntese do DNA, o DNA-polimerase, só polimeriza na direção 5’ 3’; • Então ambas as cadeias devem ser sintetizadas nesse mesmo sentido; • Como os dois filamentos de DNA da dupla hélice são antiparalelas, ou seja, uma é direção 5’ 3’ e a outra, sentido 3’ 5’, a replicação é semidescontínua; • A cópia da cadeia 3’ 5’ ocorre continuamente, pois a cadeia-filha será 5’ 3’, recebendo o nome de cadeia líder ou cadeia contínua; Carbono 5 Carbono 3 Carbono 3 Carbono 5 ...Replicação do DNA • A outra cadeia parental, 5’ 3’, tem que ser copiada de forma intermitente, descontínua, através de uma série de fragmentos, que, depois de unidos, dão origem a uma cadeia retardatária ou cadeia descontínua; • Esses fragmentos da cadeia descontínua recebe o nome de fragmentos de Okazaki, em homenagem ao pesquisador que os descobriu, em 1968. ...Replicação do DNA • Todas as células possuem as enzimas DNA-polimerases (DNApol), capazes de sintetizar DNA a partir de seus precursores; • Esse precursores devem estar presentes sobre a forma de trifosfatos de desoxirribonucleosídeos ou (desoxirribonucleotídeos trifosfatados); • Os desoxirribonucleotídeos proporcionam energia para a síntese dos novos filamentos de DNA; • Enquanto são precursores eles se encontram sob a forma de trifosfato, mas quando incorporado na nova cadeia de DNA, ele ficam na forma de monofosfato; • É nessa ruptura de fosfatos que ocorre liberação de energia ...Replicação do DNA • Todas as DNA-polimerases obedecem os seguintes critérios: • Os nucleotídeos incorporados possuem base nitrogenada complementar à base da cadeia molde; • O crescimento da cadeia sempre se dá no sentido 5’ 3’; • O DNA-polimerases não conseguem iniciar a formação de uma nova cadeia, e sim dar continuidade a uma cadeia pré- existente. • Outras enzimas participam do processo de replicação: • Helicase- desenrola as voltas da dupla hélice de DNA para expor os moldes de cadeia simples à DNA-polimerase; • Proteínas SSP (single strand proteins)- quebra as pontes de hidrogênio para separar as duas cadeias da dupla hélice que vão ser copiadas; • DNA-topoisomerases- impede que, ao desenrolar, ocorra um superenovelamento do lado oposto à duplicação; • Primase- produz os primers, segmento curto de RNA complementar ao DNA molde, que iniciam a síntese de DNA; • RNA-polimerase- produz o primer da cadeia contínua de DNA; • DNA-ligase- liga os fragmentos de DNA que foram produzidos. ...Replicação do DNA Manutenção da integridade celular • A enzima DNA-polimerase realiza a “leitura de prova”, capacidade de conferir cada base que é adicionada ao novo filamento; • Em caso de erro, a base é substituída imediatamente, antes que a síntese do filamento de DNA continue; • Mesmo assim o DNA pode sair com defeitos, não apresentando fidelidade absoluta; • A alteração do DNA de uma célula somática é transmitida às células-filhas, podendo formar-se um clone de células modificadas; • Se a alteração for numa célula germinativa, o defeito pode passar para as gerações futuras, sendo prejudicial à espécie. • O reparo do DNA danificado é feito em duas fases: • 1ª- específica para cada tipo de defeito, onde se identifica o ponto de danificação e se remove a parte defeituosa da molécula; • 2ª- geral, em todos os casos, onde o segmento removido é substituído um segmento correto de DNA. ...manutenção da integridade celular • A importância biológica do reparo do DNA pode ser avaliada: • pela quantidade de genes envolvidos no processo, como no caso das leveduras que possuem 50 genes diferentes, cujos produtos participam do processo de reparo do DNA; • pelas consequências em organismos que possuem células incapazes de reparar seu DNA, como é o caso de pacientes portadores da doença hereditária xeroderma pigmentosum, que desenvolvem lesões cutâneas e câncer ao simples contato com a luz solar, por não conseguir corrigir a dimerização pirimídicas, produzida pela ação dos raios ultravioletas.s ...manutenção da integridade celular Período G2 • Preparativos necessários para a próxima mitose; • Antes de iniciar a mitose, todo o DNA tem que ter sido corretamente replicado; • Ao detectar qualquer anormalidade, sensores especiais de origem moleculares enviam sinais negativos, bloqueando o processo de divisão da célula; • São sintetizadas proteínas não-histônicas, que se associarão aos cromossomos no processo de condensação; • Acúmulo de um complexo protéico citoplasmático, complexo ciclina-Cdk (do inglês cyclin-dependent-kinases), o regulador geral da transição de G2 para M; ...Período G2 • O complexo ciclina-Cdk é responsável também: • Pela condensação dos cromossomos; • Pela ruptura do envoltório nuclear; • Pela montagem do fuso; • Pela degradação da proteína ciclina. • Ocorre a síntese de RNAs; • Continua a síntese geral de proteínas iniciadas no período G1. Mitose • A divisão celular é um período em que a célula reparte igualmente seu conteúdo, já duplicado na intérfase; • Esse período inclui essencialmente dois processos: • A partilha exata do material nuclear, a mitose ou cariocinese; • A divisão citoplasmática, citocinese. • Esse processo de divisão celular é subdividida em: • Prófase; • Metáfase; • Anáfase; • Telófase. Prófase • Condensação gradual das fibras de cromatina, que vão ficando mais curtas e espessas, formando o cromossomo; • O nível de condensação é tão intensa que chegam a ser 1000 vezes superior ao estado da fibra de cromatina da intérfase; • Diferencia-se as duas cromátides, formadas pelo processo de duplicação, que estão unidas por proteínas chamadas coesinas; • Cessam-se os processos de transcrição, devido à condensação das cromatinas; ...Prófase • O nucléolo se desfaz; • As moléculas que compõem a região fibrilar do nucléolo passam para o citoplasma na forma de subunidades ribossômicas, • No citoplasma, centrossomos são organizados para a produzir microtúbulos a partir da proteína tubulina; • O centrossomos em animais é constituído por um par de centríolos e um material pericentriolar amorfo e eletrodenso, das quais se emanam as fibras de microtúbulos radiais. • O áster é o conjunto dos centríolos mais as fibras radiais; • A maioria das células vegetais e muitos eucariontes unicelulares não possuem áster, pois são desprovidos de centríolos, realizando mitose anastral. ...Prófase • Os centríolos vão ocupar os pólos celulares opostos; • Os centríolos passam por processo de duplicação na intérfase, formando dois pares de cromossomos; • Enquanto os centríolos vão se afastando, entre eles vão se formando microtúbulos com as tubulinas liberadas na desmontagem do citoesqueleto interfásico; • O envoltório nuclear se desfaz, rompendo-se em vários pontos simultaneamente, originando vesículas membranosas morfologicamente semelhantes às vesículas do retículo endoplasmático, que se dispersam pelo citoplasma; • Alguns eucariontes unicelulares realizam a mitose fechada, na qual o envoltório nuclear permanece intacto e o fuso se forma no interior do núcleo. ...Prófase ...Prófase • Com a ruptura da membrana nuclear, os microtúbulos do fuso atingem os centríolos, que já possuem os cinetócoros maduros; • Formam-se os microtúbulos cinetocóricos, os que estão ligados aos cinetócoros dos cromossomos; • Eles são responsáveis pela separação dascromátides; • Este último evento é considerado por alguns autores como sendo a prometáfase. CF- centro fibrilar CFD- componente fibrilar denso CG- componente granular Metáfase • (meta, metade); • Os cromossomos atingem a máxima condensação; • Alinhamento dos cromossomos na linha equatorial, formando a placa metafásica; • Os microtúbulos do fuso mantém os cromossomos por um curto período de tempo na região equatorial; ...Metáfase • As fibras do fuso podem ser classificados em: • Polares- que partem dos centrossomos localizados nos pólos opostos, que se intedigitam na região central da célula, mas não atingem os pólos opostos; • Cinetocóricas- que ligam cada cromossomo aos dois pólos opostos; • Livres- são mais curtas e não ligadas aos pólos, com origem e função desconhecidas. Anáfase • (ana, movimento); • Separação e migração das cromátides, chamadas agora de cromossomos-filhos; • Durante essa migração os microtúbulos das fibras cinetocóricas encurtam, por perda de dímeros de tubulinas nas extremidades polares; • Ocorre o deslizamento entre as fibras polares do fuso; • Não há dúvida de que o deslocamento dos cromossomos- filhos depende dos microtúbulos, pois, quando estes são não- polimerizados ou são despolimerizados por agentes antimitóticos, como a colchicina ou vimblastina, as mitoses estacionam na metáfase. NDF- Focos derivados do antigo nucléolo Telófase • (telos, fim); • Os cromossomos encontram os respectivos pólos; • Ocorre o desaparecimento dos microtúbulos cinetocóricos; • A cromatina se descondensa e reinicia o processo de transcrição; • Reorganiza-se os nucléolos, a partir de dois processos: • Retomada da transcrição de moléculas precursoras do rRNAs; • Reagrupamento dos componentes imaturos do antigo nucléolo, disperso na prófase. ...Telófase • Reconstrução do envoltório nuclear, graças à vesículas do retículo endoplasmático contendo proteínas da membrana nuclear interna e laminas desfosforiladas, que se ligam à superfície dos cromossomos-filhos; • Essa vesículas vão se fundindo, originando as membranas nucleares internas e externas. Citocinese • Na célula animal: • Filamentos de actina dispostos em feixes e interligados por moléculas de miosina formam o anel contrátil por dentro da membrana e a ela ligado, que realiza o movimento de invaginação; • Na célula vegetal: • Acontece com a formação de um tapique ao longo do equador da célula-mãe, inicialmente chamado fragmoplasto, depois, placa celular; • Forma-se por acúmulo, ordenamento e fusão de vesículas procedentes do complexo golgiense, • A fusão começa no centro da célula e progride para as extremidades, originando novas membranas plasmáticas das células-filhas. Meiose • Do grego meion, redução. • Reduz o número de cromossomos pela metade • Resulta na formação de quatro células geneticamente diferentes entre si e diferentes da célula-mãe. • Essa redução de número de cromossomo e teor de DNA é compensada pelo processo de fertilização. ...meiose • O período S que precede a meiose geralmente tem duração mais longa do na mitose, mesmo o teor de DNA seja duplicado de 2C para 4C. • Em trigo, a fase S pré-meiótica dura ao menos 8h a 20°C, enquanto na mitose, 3h. • Em Lilium, a duração chega a ser de 50h, enquanto na fase somática 8h. ...meiose • Período exageradamente demorado. • Pareamento dos cromossomos homólogos: • Garante a separação apropriada dos cromossomos homólogos, que se segregam um do outro de tal maneira que ambos os núcleos-filhos dessa divisão recebam um membro de cada par de cromossomos; • Permite que ocorra trocas de segmentos entre os cromossomos homólogos de origem paterna e materna (recombinação genética, permuta ou crossing-over). Prófase I Meiose I • Divisão reducional: número haplóide de cromossomos e uma quantidade 2C de DNA (cromossomo duplo) • Formação dos gametas femininos: • A meiose se inicia na fase embrionária e no quinto mês de vida intrauterina todos os ovócitos que serão produzidos pela mulher, cerca de 1 milhão, já se encontrarão na prófase I; • Permanecerão na prófase I até a puberdade; • De 20 a 30 ovócitos, a cada mês, antes da ovulação, completam a meiose I e chegam até a metáfase II, recebendo o nome de ovócito II, até a menopausa; • A célula que for fecundada terminará a meiose II e as demais se degenerarão e serão eliminadas através do sangramento mensal. ...prófase I • Formação dos gametas masculinos: • A prófase I também é demorada; • O início da meiose acontece nos túbulos seminíferos dos testículos para a formação de espermatozoides se dá na puberdade e permanece a vida toda; • Em 24 dias, as células terminam a meiose I, ocupando 13 a 14 dias apenas com a prófase I, diferente da prófase II que demora cerca de 8h; • Para a diferenciação das células resultantes em espermatozoide demora cerca de 40 dias. ...prófase I • Por ser uma fase longa, a prófase I é divida em leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese. • Leptóteno- do grego leptos, delgado, e tainia, filamento ou fita. • A cromatina começa a se condensar, mas somente em filamentos finos; • Observa-se que os cromossomos estão individualmente associados a estruturas filamentosas localizadas entre as duas cromátides-irmãs de cada cromossomo. ...prófase I • Zigóteno- do grego zygós, laço, união. • Inicia-se o processo de aproximação e pareamento entre os homólogos, chamado de sinapse, que tem sido comparado à união das duas metades quando se fecha um zíper. • Eles se alinham lateralmente de uma maneira precisa, mas não se fundem, permanecendo entre eles uma distância final de cerca de 150 a 200 nm. ...prófase I • Paquíteno- do grego pachys, espesso. • Os cromossomos homólogos estão unidos em toda sua extensão; • Os cromossomos permanecem emparelhados; • Os cromossomos nessa fase são chamados de bivalentes ou tétrade: • bivalente- contém dois cromossomos unidos, os homólogos. • Tétrade- formado pelas quatro cromátides. • Ocorre o crossing-over ou recombinação genética. ...prófase I • A permuta é um evento que envolve troca de genes entre cromossomos de origem paterna e materna. • Essa recombinação inicia-se com a formação de quebras de cadeia dupla do DNA geradas pela proteína Spo 11. ...prófase I • Diplóteno- do grego diploss, duplo. • A maior parte do complexo proteico é removido do bivalente e observa-se um início de separação entre os cromossomos homólogos, que passam a ser observados individualmente; • Essa separação não chega a ser completa porque persistem fragmentos do complexo proteico chamado de quiasma (do grego chiasma, disposição em cruz). ...prófase I • Diacinese- do grego dia, através, e kinesis, movimento. • Aumento da repulsão entre os cromossomos homólogos. • Esse afastamento leva a terminação dos quiasmas. • A falta de conexões físicas entre os cromossomos homólogos após o crossing-over pode levar a segregação incorreta dos homólogos ou na sua não disjunção, resultando em produtos meióticos com falta ou excesso de cromossomos, o que causa doenças hereditárias como a Síndrome de Down. • O envelhecimento pode levar a perda da proteína coesina, e consequentemente, ao enfraquecimento da coesão, o que favorece uma separação prematura das cromátides-irmãs. ...prófase I • Rápida condensação cromossômica; • Desaparecimento do nucléolo; • Ruptura do envoltório nuclear; • Ligação de cada cromossomo do par de homólogos às fibras do fuso. ...prófase I • Os dois cromossomos homólogos se posicionam na placa equatorial. MetáfaseI Anáfase I • Os cromossomos em movimento para os polos celulares são constituídos de duas cromátides, unidas por seus centrômeros. Telófase I • Descondensação dos cromossomos e reorganização dos dois núcleos-filhos. • É o intervalo entre as duas divisões meióticas. • Não ocorre nova síntese de DNA. Intercinese • Divisão equacional: haverá a distribuição equitativa do DNA entre os núcleos-filhos. • Prófase II ocorre uma nova montagem do fuso. • Metáfase II, os cromossomos se posicionam na região equatorial. • Anáfase II, as cromátides-irmãs serão separadas, que migram para os polos. • Telófase II, ocorre a citocinese, originando quatro células com um número haplóide de cromossomo e C de DNA. Meiose II 2n Bibliografia • De Roberts, Jr, Biologia Celular e Molecular – 14 ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. • Junqueira, Luiz Carlos Uchôa, Biologia Celular e Molecular- 8 ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. • Lopes, Sônia & Rosso, Sérgio, Biologia – vol. Único – 1. Ed. – São paulo: Saraiva, 2005. • www.youtube.com (vídeo)