Buscar

Aula 12 - Externalidades e Bens públicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXTERNALIDADES E BENS 
PÚBLICOS 
Professora Esmeralda Correa Macana 
 
 
 
 
 
“As pessoas fogem às responsabilidades, e essa atitude 
é uma das causas de mal-estar. Pensam que as 
responsabilidades desaparecem por si se as 
ignorarem ou evitarem. A base da evolução e a 
realização é a responsabilidade. Responsabilidade é 
o preço a pagar pelo direito de fazermos as nossas 
próprias escolhas.” 
 
(Alfred Montapert, 'A Suprema Filosofia do Homem') 
Falhas do Mercado 
 Existem situações em que a interação entre a oferta 
e a demanda – com base nas decisões dos agentes 
diretamente envolvidos na produção e consumo de 
determinado produto – não é suficiente para 
atingir uma situação de eficiência e um máximo 
bem-estar para a sociedade. 
 
 Trata-se da existência de falhas de mercado, sob 
as quais a interação dos agentes privados nos 
mecanismos de oferta e demanda nos mercados 
nem sempre resultam na alocação mais eficiente de 
mercado sob a ótica dos interesses da sociedade 
como um todo. 
 
 As falhas de mercado justificam políticas de 
intervenção governamentais 
Falhas do Mercado 
Entre os diferentes tipos de falhas de 
mercado, temos: 
 Externalidades, 
 
 Poder de mercado, associado à existência de mercados 
com alta concentração da produção em empresas 
(como os oligopólios e monopólios) 
 
 Informação incompleta e assimétrica dos agentes 
envolvidos nas interações de mercados. Isto leva a: 
 Seleção adversa 
 Risco moral 
 Oportunismo 
 
Conceito de Externalidade 
 
As externalidades referem-se a situações em que 
uma terceira parte (um indivíduo ou um grupo de 
indivíduos, uma empresa ou grupo de empresas, 
ou ainda o restante da sociedade como um todo) 
é afetada por uma ação com a qual não está 
envolvida diretamente.. 
Externalidade: 
O impacto de ações 
de uma pessoa sobre 
o bem-estar de outras 
que não tomam parte 
da ação. 
 
Quando há externalidades o equilíbrio de 
mercado não é eficiente, pois os 
compradores e vendedores 
desconsideram os efeitos externos de 
suas ações quando participar no 
mercado. 
 
As externalidades podem ser 
negativas ou positivas: 
 Uma externalidade é negativa se o impacto da ação 
sobre a terceira pessoa for adverso, ou seja, se a 
terceira pessoa é prejudicada com a ação. 
 
Por exemplo: 
 O fumante passivo é prejudicado pela ação de fumar do 
fumante ativo. 
 O CO2 emitido pelos carros obriga a outras pessoas a 
respirar ar contaminado. 
 O latido dos cachorros. 
 
As externalidades podem ser 
negativas ou positivas: 
 Uma externalidade é positiva se a terceira parte 
é beneficiada pela ação da qual não participa 
diretamente. 
Por exemplo: 
 Uma casa residencial pode ser valorizada com a 
construção de um centro comercial no bairro. 
 Restauração de imóveis antigos produz externalidades 
positivas. O governo pode ajudar dando isenções 
fiscais aos proprietários que restaurem. 
 Pesquisas de novas tecnologias 
 
Externalidades versus Eficiência de 
Mercado 
Com a existência de externalidades, esse ótimo pode não ser atingido sem 
algum tipo de interferência ou conscientização. 
Equilíbrio sem Externalidade 
 Preço R$ 
Quantidade 
do bem 
Curva de 
Oferta 
(Custo 
Privado) 
Curva de 
Demanda 
(Valor Privado) 
Ponto de 
Equilíbrio 
Q¹ 
Exemplo: mercado de 
alumínio 
A curva de demanda reflete 
o valor do alumínio para os 
consumidores medido pelo 
preço que estão dispostos a 
pagar 
 
A curva de Oferta: reflete os 
custos de produção de 
alumínio. Para qualquer 
quantidade dada, a altura 
da curva de oferta indica 
qual é o custo para o 
vendedor marginal. 
 
Externalidade Negativa 
Vamos supor que as fábricas de alumínio poluem. 
Como essa externalidade afeta a eficiência de 
mercado? 
 
 Por causa da externalidade, o custo de produção de 
alumínio para a sociedade é maior do que o custo 
para os produtores de alumínio. 
 
 Para cada unidade de alumínio produzida, o custo 
social inclui os custos privados para os produtores mais 
os custos das pessoas afetadas adversamente pela 
poluição. 
 
Equilíbrio com Externalidade Negativa 
 Com a introdução dos prejuízos advindos de uma externalidade negativa, 
cria-se a curva de custo social, que se figura acima da curva de custo 
privado e é simplesmente a soma dos custos privados mais o custo coletivo 
da externalidade. 
 Equilíbrio com Externalidade Negativa 
Equilíbrio X Ótimo Social 
Preço R$ 
Quantidade do bem 
Curva de Oferta 
(Custo Privado) 
Curva de Demanda 
(Valor Privado) 
Ótimo Social 
Equilíbrio de 
Mercado 
Custo Social 
 Qótima Qmercado 
A diferença entre 
as duas curvas 
reflete o custo da 
poluição emitida. 
 
Equilíbrio com Externalidade Negativa 
Com externalidades, qual seria a quantidade de 
alumínio que se deveria produzir? 
 Escolhe-se o nível de produção de alumínio em que a 
curva de demanda cruza a curva de custo social. Esse 
seria o nível de quantidade ótima produzida 
 
Observações: 
 A quantidade de alumínio “Q ótima” é menor que a de 
“Q mercado”. A razão disso é que o equilíbrio de 
mercado reflete apenas o custo privado de produção. 
 A quantidade ótima leva em conta o custo da 
externalidade. 
 
 
Equilíbrio com Externalidades Positivas 
 Com a introdução dos benefícios advindos de uma externalidade 
positiva, cria-se a curva de valor social, que se figura acima da curva de 
valor privado e é simplesmente a soma dos valores privado e coletivos 
da ação. 
Equilíbrio com Externalidade Positiva 
Equilíbrio X Ótimo Social 
 
Preço R$ 
Quantidade do bem 
Curva de Oferta 
(Custo Privado) 
Curva de Demanda 
(Valor Privado) 
Valor Social 
Qmercado Qótima 
Ótimo Social Equilíbrio de 
Mercado 
 
Para induzir o mercado a 
funcionar no ponto de 
ótimo social, o governo 
pode intervir, ofertando 
subsídios ou introduzindo 
outros mecanismos de 
incentivo à ampliação da 
produção daquele bem 
ou serviço. 
 
Internalizando a Externalidade 
Internalização de 
uma Externalidade: 
alteração dos 
incentivos de forma 
que as pessoas levem 
em consideração os 
efeitos externos de 
suas ações. 
 
Internalizar uma externalidade é incluir 
o custo ou benefício dela no mercado 
por meio de incentivos que alterem a 
escolha dos agentes econômicos. A 
intervenção do governo é uma forma 
de solução pública para gerar a 
internalização, porém podem ocorrer 
soluções privadas que também alteram 
os incentivos e induzem ao ótimo social. 
Internalização de Externalidades 
 Soluções privadas: 
 Procedimentos morais internalizados: não jogar lixo na 
rua. 
 Consumo de álcool. Bares e restaurante abertos só até 
a 1 hora da manhã 
 O governo que pode fazer para internalizar a 
externalidade? 
 
 Regulamentações, impostos e subsídios 
 
Soluções privadas 
 Exemplo: Que tipo de soluções privadas poderiam existir 
diante uma externalidade ocasionada pelo consumo do 
álcool? 
 
 Códigos morais e sanções frente a comportamento alcoolizado, 
dentro do lar familiar 
 
 Instituições filantrópicas, pode ser em alguns casos alcoólicos 
anônimos 
 
 Por exemplo quando em bares existe muitas agressões por causa 
do abuso no consumo do álcool, os proprietários podem combinar 
o uso de copos descartáveis ao invés copos de vidro, para 
evitar que estes sejam usados como arma de agressão. 
 
Soluções privadas 
OTeorema de Coase 
 
 Segundo o Teorema de Coase, se não houver custos de 
transação e houver direitos de propriedade bem 
definidos, um acordo entre os agentes envolvidos com a 
externalidade pode levar à eficiência de mercado. Sendo 
uma solução privada, os agentes podem negociar de 
forma a entrarem em um acordo em que ambos sairão 
satisfeitos. Esse acordo pode ser feito de várias formas, 
sendo a mais importante delas o acordo por meio de uma 
formalização que se reflete em um contrato. 
Contrato: vinculo jurídico entre dois ou mais sujeitos, é o acordo de 
vontades, capaz de criar, modificar ou extinguir direitos. 
Os Custos de Transação 
 
 
 
 No entanto, se existirem custos de transação a 
eficiência pode não ser atingida. Ou seja, se é 
necessário incorrer em custos para que haja a 
negociação, ela pode não ocorrer, mesmo os 
resultados sendo benéficos para ambas as partes. 
Isto porque os agentes podem não estar dispostos a 
pagar por custos ou enfrentar dificuldades. 
Custos de Transação: São os custos de negociar, 
redigir e garantir o cumprimento de um contrato. 
Imagine uma situação em que uma empresa tem alto 
interesse em instalar uma fábrica em um determinado 
município, mas os moradores da vizinhança não ficam 
satisfeitos por causa do ruído e do odor dos gases 
emitidos pela fábrica. 
 
A instalação da fábrica e sua operação de produção e 
vendas é uma interação de mercado que gera 
externalidades negativas para a vizinhança. 
Exemplo: 
 
 Uma solução privada para o problema da externalidade é a fábrica 
convencer os vizinhos a aceitarem a instalação, mediante uma 
recompensa em dinheiro, mensalmente paga aos vizinhos. Se não 
houvesse custos de transação (custos de negociar o acordo e 
estabelecer um contrato), a empresa poderia achar conveniente fazer 
o pagamento, desde que este pagamento não comprometesse a 
rentabilidade da operação e fosse menor do que o custo adicional de 
instalar a fábrica em outro local. 
 
 E os vizinho poderiam achar conveniente receber o pagamento, se o 
custo de conviver com a poluição fosse considerado inferior ao 
pagamento oferecido pela empresa. 
Exemplo: 
 Entretanto, na realidade há custos de transação. 
 
 Se o número de vizinhos é muito grande e se eles avaliam 
de forma diferente o custo da poluição, poderá ser difícil 
ou mesmo inexequível fazer o acordo e estabelecer o 
contrato. 
 
 
 Além disso, há o custo de monitoramento da poluição 
(necessário para saber se a empresa não estaria poluindo 
mais que o estabelecido no acordo). 
Exemplo: 
Exemplo: 
 Quando os custos de transação forem significativos (e isto ocorre 
na maior parte das situações), a solução para o problema da 
externalidade é a intervenção governamental, seja através de 
regras e controle quantitativo da atividade que gera a 
externalidade, seja através da introdução de impostos (ou 
subsídios) com o objetivo de fazer com que o nível de atividade 
produtiva no mercado em questão seja o correspondente ao 
nível ótimo socialmente. Além disso, o governo pode estabelecer 
regras que facilitam as negociações privadas que reduzem os 
problemas das externalidades. 
Teorema de Coase 
 Sugere que os problemas envolvendo poluição podem 
ser facilmente resolvidos desde que seja claramente 
definido a quem pertence o direito sobre a emissão de 
poluição 
 
 Não obstante, como em questões de poluição envolve 
os bens públicos com muitos agentes, a negociação 
seria muito complicada havendo custos de transação. 
 
 Bem público: o consumo de uma pessoa não reduz a 
quantidade disponível para outra (bens não excludentes e 
não rivais) 
O que governo pode fazer para 
internalizar a externalidade negativa? 
 Regulamentações: A regulamentação é uma intervenção direta 
do governo no mercado, por vezes proibindo a venda de algum 
bem, ou restringindo a quantidade ofertada. 
 Consiste em determinar cotas de produção 
EX: Lei seca para internalizar externalidades do consumo de álcool 
 
 Impostos: intervenção mais indireta sobre o consumo ou 
produção de um determinado bem. Incentivo para que levem em 
conta os efeitos externos de suas ações 
 Imposto de Pigou 
A regulamentação pode não ser a melhor solução para algumas externalidades. 
A intervenção direta nem sempre é bem-vinda e pode gerar grandes debates. 
Exemplo: 
 Regulamentação: cada fabrica reduz sua poluição 
para 300 toneladas por ano 
 
 Imposto de Pigou: tributar cada fábrica em $50 mil 
por tonelada de poluição emitida 
 Imposto de Pigou cobra um preço pelo direito de poluir. 
 
 É mais eficiente, porque além de aumentar a Receita do 
Governo aumenta a eficiência econômica. 
 
 
Impostos e Subsídios 
 
No caso de uma externalidade positiva, o governo 
pode lançar mão de subsídios que incentivariam o 
aumento da quantidade demandada ou ofertada, 
aumentando, assim a consequência positiva de 
determinada ação. A chamada Renúncia Fiscal é a 
diminuição de algum imposto cobrado para 
determinado setor. Um exemplo de renúncia fiscal pode 
ser visto em: 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u325600.shtml 
 
 
 
Licenças Negociáveis para Níveis de 
Poluição 
Algumas externalidades podem ser resolvidas de forma privada 
com ganhos para todas as partes. Uma forma de aplicar 
soluções privadas é deixar com que cotas, licenças e até mesmo 
imposto sejam negociados de forma privada. A concessão de 
licenças para poluir é um dos exemplos de solução pública, e o 
mercado de licenças é um exemplo de solução privada que 
pode melhorar ainda mais os resultados de mercado. Um 
exemplo de licenças negociáveis é o Mercado Brasileiro de 
Redução de Emissões: 
http://www.brasil-economia-governo.org.br/2012/08/13/o-que-e-o-mercado-de-carbono-e-
como-ele-opera-no-brasil/ 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u91423.shtml 
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/04/1441456-brasil-oferece-publicidade-por-
credito-de-carbono-para-compensar-obras-da-copa.shtml 
 
 
 
 
Bens Públicos e Recursos Comuns 
 Os bens gratuitos proporcionam um especial desafio 
para análises econômica. 
 
 A maioria dos bens tem um valor de mercado: o preço. 
Este representa um sinal que orienta as decisões de 
compradores e vendedores. 
 
 Quando os bens estão disponíveis gratuitamente, 
contudo, as forças de mercado que normalmente alocam 
recursos inexistem. Nesse caso os mercados privados não 
conseguem garantir que ele seja produzido e consumido 
nas quantidades apropriadas. 
 
Os bens podem ser agrupados 
segundo algumas características: 
 Caráter excludente: algumas pessoas podem ser 
impedidas de utilizá-lo. Ou ele pode ser não excludente 
e todas as pessoas poderão usufruir do bem de forma 
igual, pois a exclusão ao bem é tecnicamente impossível 
ou economicamente muito onerosa. 
 
 Caráter de Rivalidade: Se o uso de uma pessoa reduz o 
uso para outra. A utilização do bem diminui a 
quantidade deste para ser consumidos por outras 
pessoas. No caso de bens não rivais a utilização do 
bem por uma pessoa não diminui a sua disponibilidade 
para outro. 
 Bens públicos: bens que não são nem 
excludentes nem rivais 
 Recursos comuns: bens que são rivais, mas 
não excludente. 
 Bens privados: bens excludentes e rivais. 
 Bens quase-públicos: excludentes e não rivais. 
 
E
x
cl
u
d
e
n
te
 
Rival 
SIM ÑÂO 
S
IM
 
Bens Privados 
•Sorvete de casquinha 
•Roupas 
•Todo o pago porum valor 
Bens quase-públicos 
O bem é excludente, mas é não rival, 
pois o uso por parte de um usuário não 
diminui (ao menos não 
significativamente) a disponibilidade 
para os demais usuários. 
•Pedágio 
•TV a cabo 
N
Â
O
 
Recursos Comuns 
São rivais, mas não excludentes. 
Quando alguém pesca um peixe, há 
menos peixes disponíveis para a 
próxima pessoa. Mas não excludente 
dada a dificuldade de impedir alguém 
usar 
•Peixes do mar 
•Meio ambiente 
 
Bens Públicos 
•Sirene de alarme metrológico 
•Defesa nacional 
•serviços de difusão oficial de notícias 
via rádio ou televisão 
•controle de epidemias 
•ações de melhoria do ar nas cidades 
de grande porte 
•Estradas sem pedágio livre 
Bens Públicos 
 Exemplo: show pirotécnico: esse bem é não 
excludente porque é impossível impedir que alguém 
veja os fogos, e não é rival porque o 
entretenimento que uma pessoa extrai dele não 
reduz o entretenimento disponível para as outras. 
 
 O mercado privado não oferece os bens públicos 
porque como eles são não excludentes e existe o 
problema dos caronas. 
 
Bens Públicos 
 No caso de bens públicos, há um incentivo dos 
consumidores a não pagarem pelo bem, dado 
que eles poderiam pegar “carona” se a oferta 
fosse concretizada por um empreendedor privado, 
dado que seu acesso ao bem não pode ser 
impedido, dado o caráter de bem não excludente. 
 
 Carona: é uma pessoa que recebe o beneficio de 
um bem, mas evita pagar por ele. 
 
Bens Públicos 
 Entretanto, como os bens públicos são objeto da 
demanda, isto é, eles geram um benefício ou valor 
aos demandantes, a sua oferta deve ser 
viabilizada por outro mecanismo, como sendo 
ofertados pelo Estado. 
 
O governo pode ofertar isso se os 
benefícios são maiores que os custos 
 A Provisão de Defesa Nacional (em tempos de guerra 
o valor atribuído ás Forças Armadas é muito maior do 
que em tempos de paz). 
 
 A provisão de pesquisa de base (que traz muitas 
externalidades positivas para a economia em geral, mas 
que não é sentida diretamente pela população). 
 
 A provisão de iluminação nas ruas (uma pessoa que 
não anda na rua a noite não atribui o mesmo valor que 
uma pessoa notívaga). 
 
Bens Públicos 
 Curiosidade: A Saúde Pública é também um bem 
público. O Controle Epidemiológico é feito no Brasil 
pela ANVISA e tem como objetivo proteger todos 
os brasileiros de epidemias. Um “carona” nesse 
caso seria o cidadão brasileiro que sonega 
impostos, deixando de pagar por um serviço que 
recebe. 
 
Recursos Comuns 
 Quando um bem não é excludente porém é rival, ou 
seja, todos podem usufruir do bem, mas sua 
utilização por um indivíduo diminui ou restringe a 
disponibilidade para os demais. 
 
 Nesta situação, pode-se falar de um excesso de 
demanda, que constitui fonte de ineficiências ou 
mesmo de conflitos. 
A Tragédia dos Comuns 
 
A Tragédia dos Comuns é uma parábola que 
ilustra como os recursos comuns tendem a 
gerar excessos de demanda que não são 
desejáveis para a sociedade. Como há 
externalidades negativas advindas do excesso 
de demanda do bem, os resultados podem ser 
tais que podem extinguir a oferta do bem ou 
torná-lo muito escasso. 
 
Recursos Comuns 
 No caso de recursos comuns, o excesso de 
demanda é tratado por algum tipo de 
regulamentação, que restringe a utilização do 
recurso, de forma a evitar os problemas derivados 
do contínuo desequilíbrio entre a disponibilidade e 
a demanda. 
 Exemplo tragédia dos comuns: estacionamento 
público: é não excludente, mas é rival. Solução 
áreas azuis 
 
Tragédia dos Comuns 
 Água e Ar Puro ( a medida que a poluição aumenta a sociedade 
usufrui menos desses bens, um exemplo típico é o da cidade de São 
Paulo com o Rio Tietê totalmente poluído e com o ar com altos níveis 
de poluição); 
 
 Estradas Congestionadas (a medida que aumenta o número de 
automóveis as estradas podem se tornar cada mais congestionadas, 
um exemplo regional é a da BR116, que está com sua capacidade 
de demanda esgotada); 
 
 Animais Selvagens (a matança de animais selvagens pode resultar 
na extinção deles. Um exemplo de administração é o caso dos 
pescadores artesanais da Lagoa dos Patos que são proibidos de 
pescar na época de reprodução dos peixes e o governo paga um 
seguro-desemprego todos os anos durante essa época para 
incentivar os pescadores a não infringirem a lei). 
 
Os Direitos de Propriedade 
 
 No caso de Bens Públicos e Recursos Comuns pode-se dizer 
que o mecanismo de mercado é ineficiente, pois tenda a 
não gerar uma oferta adequada ou não equilibrar 
adequadamente a oferta e a demanda. São casos que se 
enquadram na definição mais ampla de falhas de mercado. 
 
 Uma outra forma de analisar o problema dos bens públicos 
e dos recursos comuns é a de tratar como um caso em que 
os direitos de propriedade não estão bem estabelecidos. 
Os Direitos de Propriedade 
 
 
 Quando os direitos de propriedade não estão 
bem estabelecidos, um bem que possui valor não 
tem um proprietário que possa exercer o controle 
sobre sua oferta e auferir o retorno sobre a 
atividade (e gastos) necessários para a sua 
produção. 
Direitos de Propriedade 
 
 Em alguns casos, os direitos de propriedade podem ser 
estabelecidos de forma tal que o mecanismo de mercado 
pode ser útil para a eficiente alocação de recursos. 
Exemplo: 
 compra e venda de licenças de poluição, 
 compra e venda de direitos de circulação e 
estacionamento em áreas urbanas congestionadas, 
 direitos de exploração de parques naturais, 
 direitos de propriedade privada sobre animais em 
extinção. 
Os Direitos de Propriedade 
 
 Em outros casos, a solução poderá ser a 
simples restrição legal de determinada 
atividade: é o caso das restrições de caça e 
pesca nas épocas do ano em que há 
procriação. 
Os Direitos de Propriedade 
 
Finalmente, há os casos em que a solução está 
no governo assumir os “direitos” de produzir 
e arrecadar para financiar a produção: é o 
caso da defesa nacional.

Continue navegando