Buscar

Exercícios Microeconomia III

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TÓPICOS DE MICROECONOMIA APLICADA “A”
ATIVIDADE – PARTE II
1. Explique conceitualmente no que consistem as externalidades, apresente os tipos e demonstre a condição de produção socialmente ótima. 
Externalidades são resultados de ações de um agente que afetam indiretamente o ambiente ou as escolhas de outro agente e não são medidos pelos preços. Existem dois tipos de externalidade: a positiva, efeito externo gera benefícios para terceiros; e a negativa, efeito externo gera custos para terceiros. Um pescador que tem sua pesca afetada pelos resíduos largados nos rios pelas empresas é um exemplo de externalidade negativa. Um investimento em pesquisa e desenvolvimento é considerado uma externalidade positiva pois leva o mercado como um todo a evoluir. A produção socialmente ótima é resultado da igualdade entre o Custo Marginal Social e o Benefício Marginal Social.
2. Por que o mecanismo de preço falha na presença de externalidades? Apresente a condição de equilíbrio de mercado na ausência e na presença de externalidades. 
Para a teoria microeconômica, o sistema de preços funciona como um mecanismo sinalizador de extrema importância. O preço de equilíbrio comunica o valor marginal que os consumidores atribuem ao bem e os custos marginais das firmas em produzi-lo. 
Na presença de externalidades, o preço falha em capturar todos os benefícios e custos da transação de mercado, pois uma terceira parte é afetada pela produção ou consumo do produto. Portanto, o preço de um bem não reflete seu valor social. 
Em mercados eficientes, o equilíbrio é determinado pela interação entre oferta e demanda. Na presença de externalidades, o custo privado é diferente do custo social. Portanto, o equilíbrio se dará no ponto em que o benefício marginal social iguala o custo marginal social.
3. Apresente e discuta as formas de correção das externalidades.
As externalidades são corrigidas por meio da intervenção do governo, que procura garantir a internalização das externalidades, forçando os agentes do mercado a absorver os custos ou benefícios externos. 
Para as externalidades negativas, as formas de correção são:
Imposto de Pigou – parte do princípio do poluidor pagador. Aquele que polui pagará um imposto sobre a atividade poluidora. O nível ótimo de imposto é colocado como o valor do Custo Externo Marginal (CMgE).
Subsídios – A empresa ganha recurso se não poluir. Segue a mesma lógica que o imposto de Pigou, só que com o custo de oportunidade. No curto prazo de comporta como um imposto. No entanto, apresenta problemas no longo prazo. 
Criação de um mercado – estabelece um mercado pelo direito de produzir a externalidade negativa, e, consequentemente, se cobra um preço por isso. Sob certas condições, este preço fornece incentivos corretos para que seus pagadores corrijam o nível das externalidades, como o nível de poluição, por exemplo.
Regulação – ao invés do mecanismo de preços (criação de um mercado), o governo pode impor diretamente uma regulação na quantidade. É mais comum na política ambiental.
O governo pode corrigir também as externalidades positvas, por meio de:
Provisão Pública – uma autarquia pública produz um bem ou serviço e vende uma quantidade em que o custo marginal se iguala ao benefício marginal social.
Subsídios privados – pagamento do governo para produtores privados. Se o governo pagar ao produtor um montante igual ao benefício marginal externo para cada unidade produzida, a quantidade produzida será onde o custo marginal iguala o benefício marginal social.
Vouchers – o governo dá um “cupom” para indivíduos comprarem bens ou serviços.
Patentes de direitos de propriedade – são direitos exclusivos sancionados pelo governo dados ao inventor de um bem, serviço ou processo produtivo para usar, produzir ou vender essa invenção por um determinado período.
4. Considere a existência de externalidade negativa no consumo. Demonstre este efeito e discuta uma possível solução para a correção deste problema.
A externalidade no consumo consiste em um tipo de origem da externalidade. Nela, o consumo de um indivíduo afeta as ações de outro indivíduo ou firma.
Na externalidade do consumo positiva, o benefício marginal social é maior que o benefício marginal privado. Ou seja, a sociedade como um todo se beneficia mais da ação do indivíduo (neste caso o consumo) do que o próprio indivíduo. Um exemplo é o transporte público, que gera menos poluição e diminui engarrafamentos, mas pode ser mais custoso para o indivíduo (por ser mais demorado, por exemplo). O governo pode solucionar esse problema subsidiando o valor da passagem, ou com o sistema de vouchers.
No caso da externalidade negativa, o consumo de um indivíduo ou firma afeta as ações de outro indivíduo ou firma. Assim, há mais benefício marginal privado do que benefício social marginal. Por exemplo, um fumante obtém satisfação ao fumar um cigarro, mas gera externalidades negativas para quem está ao seu lado (incômodo ou fumar passivamente) e também para a sociedade (poluição da fumaça e das bitucas). Uma das formas de corrigir é aplicar um imposto sobre o preço do cigarro, na medida que iguale o benefício privado marginal ao benefício social marginal. 
 
5. Qual das seguintes frases descreve uma externalidade e qual não o faz? Explique a diferença.
a. Uma política de restrição a exportações de café no Brasil faz com que seu preço suba nos EUA, o que, por sua vez, acarreta um aumento no preço do chá.
As externalidades levam a ineficiências de mercado porque o preço do produto não reflete o seu real valor social. Uma política de restrição à exportação de café no Brasil faz com que seu preço suba nos EUA porque a oferta fica reduzida. À medida que o preço do café aumenta, os consumidores mudam para o chá (bem substituto), elevando, assim, a demanda de chá e, consequentemente, aumentando seu preço. Esses são efeitos de mercado; não são externalidades.
b. Uma propaganda feita por meio de letreiros luminosos nas estradas distrai um motorista, que acaba batendo em um poste.
Um anúncio luminoso está produzindo informações sobre a disponibilidade de algum produto ou serviço. Entretanto, a forma pela qual ele fornece essa informação pode distrair alguns consumidores, especialmente aqueles que estejam dirigindo próximos aos postes. O anúncio luminoso está criando uma externalidade negativa que interfere na segurança do motorista. Dado que o preço cobrado pela empresa anunciante não engloba a externalidade de distrair o motorista, a quantidade de propaganda desse tipo produzida é excessiva do ponto de vista da sociedade como um todo.
6. Por que o livre acesso a um recurso de propriedade comum gera um resultado ineficiente?
O livre acesso a uma propriedade comum significa que o custo marginal para o usuário é menor do que o custo social. A utilização de um recurso de propriedade comum por uma pessoa ou empresa faz com que as outras pessoas sejam excluídas. Por exemplo, o uso de água por um consumidor restringe o seu uso por outro consumidor. Uma parcela excessivamente grande do recurso é consumida pelo usuário individual porque o custo marginal privado é menor do que o custo marginal social, criando, assim, um resultado ineficiente
7. Em que situações as externalidades passam a exigir intervenção governamental e em quais tal intervenção provavelmente seria desnecessária?
A eficiência econômica pode ser alcançada sem intervenção governamental quando a externalidade afeta um pequeno número de pessoas e quando os direitos de propriedade estão bem especificados. Quando o número de partes envolvidas é pequeno, o custo de negociação de um acordo entre elas é baixo. Além disso, a quantidade de informação requerida (relativa aos custos e benefícios de cada parte) é pequena. Quando os direitos de propriedade não estão bem especificados, a incerteza relativa aos custos e benefícios aumenta e escolhas eficientes podem não acontecer. Os custos de se entrar em acordo, incluindo o custo relativo à demora na obtenção do acordo, poderiam ser maiores do que o custo da intervençãogovernamental, incluindo o custo esperado relativo à escolha de um instrumento de política inadequado.
8. Empresas de siderurgia (S) e de pesca (F) apresentam as seguintes funções de custo:
CS(s, x) = s2 + (x - 3)2
CF(f, x) = f2 + 2x
PS = $20,00
PF = $12,00
pergunta-se:
a) quais os níveis de maximização de S
b) quais os níveis de maximização de F
c) lucro máximo de ambas as empresas e lucro total quando as empresas operam de forma independente
d) considerando o processo de fusão e internalização, determine o nível de produção eficiente da nova empresa (N)
e) determine o lucro da nova empresa (N)
f) compare os lucros nas duas situações
Após a fusão, o lucro total passa de $130 para $131. Com isso, pode-se afirmar que a fusão é benéfica para ambas as empresas. Então, o próprio mercado cria incentivos para internalização da externalidade de produção através de fusões. 
g) analise as duas situações em termos eficiência (lucros e níveis de poluição)
Com a fusão das empresas, a nova empresa N irá poluir até que a soma dos custos (custo social) das unidades extras vindo dos dois departamentos (aço e pesca) seja zero (). Essa nova condição é Pareto-eficiente, pois não é possível reduzir um custo marginal sem, com isso, aumentar o outro.
Nesse caso, a quantidade social ótima de poluente é menor que a quantidade ótima para a empresa S trabalhando sozinha. Mesmo não possuindo custos em aumentar o nível de poluição, a empresa S diminui seu nível de poluição após a fusão, incentivada pelo aumento do lucro. 
9. Os bens públicos são ao mesmo tempo não-disputáveis e não-excludentes. Explique cada um desses termos, mostrando claramente de que maneira eles são diferentes entre si.
Um bem é não-disputável se, para qualquer nível de produção, o custo marginal de fornecimento do bem para um consumidor adicional for zero (embora o custo de produção de uma unidade adicional possa ser maior do que zero). Um bem é não-excludente se não for possível ou se for muito caro impedir outros consumidores de consumi-lo. Os bens públicos são não disputáveis e não-excludentes. As mercadorias podem ser (1) excludentes e disputáveis, (2) excludentes e não-disputáveis, (3) não-excludentes e disputáveis, ou (4) não-excludentes e não disputáveis. A maioria das mercadorias discutidas no livro até o momento pertencem ao primeiro grupo. Neste capítulo, nós nos concentramos nas mercadorias pertencentes ao último grupo. Bens não-disputáveis estão associados à produção de um bem ou serviço para mais de um cliente e, em geral, envolvem processos produtivos com custos fixos elevados, tais como os custos de se construir uma estrada ou um farol. Bens não-exclusivos estão associados ao momento da troca, em situações nas quais o custo de cobrar pelo consumo do bem é proibitivo – pois a identificação dos consumidores necessária para a cobrança implicaria custos superiores às receitas. Alguns economistas concentram a análise dos bens públicos na propriedade de não-exclusividade, pois esta característica gera as principais dificuldades para a provisão eficiente dos bens.
10. O sistema de mercado somente funciona adequadamente quando o princípio da não-exclusão no consumo pode ser aplicado.
Nesse caso, os consumidores não irão revelar suas preferências de forma que não sejam precificados abrindo margem para que caroneiros usufruam dos mesmos benefícios, dessa maneira o financiamento é dado pelo governo (tributos).
11. Discuta a ineficiência do mercado em prover adequadamente bens públicos. Qual o problema central na provisão de bens públicos.
Se a produção do bem público ficar a cargo do mercado, ela será abaixo do socialmente desejável porque haverá poucas pessoas dispostas a pagar por ele, não havendo, assim, oferta suficiente. Por isso, trata-se de uma falha de mercado. O sistema de mercado só funciona adequadamente quando o princípio da exclusão possa ser aplicado. Em outras palavras, o comércio não pode ocorrer sem que haja o direito de propriedade que depende da aplicação do princípio da exclusão. É por essa razão que a responsabilidade pela provisão dos bens públicos recai sobre o governo, que financia a produção desses bens por meio da cobrança compulsória de tributos.
12. Considerando a provisão privada de um bem público: 
a) demonstre e discuta as condições suficiente e necessária à provisão de um bem público 
A provisão privada só será eficiente quando cada consumidor revelar a sua verdadeira disposição a pagar, entretanto o problema é que os consumidores não possuem incentivos para revelar a verdadeira disposição. A condição necessária para a provisão do bem público é de que a contribuição que cada indivíduo esteja fazendo para adquirir o bem público seja menor que a disposição a pagar. E a condição suficiente é de que se a soma das disposições a pagar por parte dos indivíduos exceder o custo de fornecimento do bem público, o bem será provisionado.
b) porque a provisão privada de um bem público depende da distribuição da riqueza? 
Em um exemplo no qual um casal quer comprar um carro, se toda riqueza estivesse com o agente que gosta usar o carro a disposição a pagar é maior que o custo do bem logo ele seria provido, entretanto, se toda riqueza estivesse com o agente que é indiferente em usar o carro não seria eficiente prever o bem. Logo, a distribuição da riqueza é importante.
13. Considere a existência de três grupos em uma determinada comunidade. As respectivas curvas de demanda por televisão estatal em horas de programação por hora, T, correspondem às seguintes equações:
W1 = $150,00 - T
W2 = $200,00 - 2T
W3 = $250,00 - T
Suponha que a televisão estatal seja um bem público puro, que possa ser produzido com custo marginal constante de $200,00 por hora. Pergunta-se:
a) qual seria o número de horas eficiente de transmissão para a televisão estatal? (Obs.: usar BMsS = CMg)
O número de horas eficiente de transmissão é dado pela condição de igualdade entre a soma dos benefícios marginais e o custo marginal. A soma vertical das curvas de demanda que representam os benefícios marginais para cada indivíduo, obtendo a soma dos benefícios marginais.
Na folha de cálculos, vê-se que BMsS = CMg em T=100.
b) qual seria o número de horas transmitidas pela televisão estatal que um mercado competitivo privado produziria? (Obs.: usar P = CMg)
Os grupos W1 e W2 não possuem CMg = $200 para qualquer valor de . Somente o grupo W3 estaria disposto a pagar o valor de P = CMg = $200, por um tempo de 50 horas de programação televisiva.
14. Considerando o mecanismo de votação. 
a) discorra sobre a situação dos bens discretos e dos bens contínuos: condições e problemas
Bens discretos – Na provisão de bens discretos pelo mecanismo de votação, a provisão de um bem público discreto é decidida por meio de uma votação majoritária. Supondo que sejam três consumidores votando pela provisão de um bem público cujo valor é RS99, se a maioria votar pela provisão, o custo será dividido igualmente entre os consumidores (R$33 para cada). Se o preço de reserva desses consumidores for e , apenas o indivíduo 1 estará disposto a votar pela provisão, pois apenas ele auferirá um benefício líquido se o bem for provido. Esse é o problema com a votação majoritária: ela mede somente as preferências ordinais para o bem público, enquanto a eficiência requer a comparação das disposições a pagar (relação entre o preço de reserva e o custo da provisão).
Pode ser que o agente 1 estivesse disposto a compensar os demais agentes de forma que eles votassem pela provisão. Porém essa possibilidade pode não estar disponível.
Há também outra forma de votação, que consiste na declaração, por parte dos agentes, sobre suas disposições a pagar pelo bem público. Para o bem ser provido, a soma das disposições deve exceder o custo de provisão. Esse mecanismo é chamado de “mecanismo de revelação da demanda”. Considerando os dados do exemplo anterior, como o agente 1 estará claramente em melhor situação com a provisão do bem público e ele não paganada a mais se exagerar em sua avaliação, ele decidirá por declarar um valor muito superior ao seu preço de reserva. Uma forma de reprimir esse comportamento é determinar que cada consumidor pague um consumidor pague o valor que declarou. Isso desestimula o efeito carona.
Bens contínuos – Considerando que três agentes (A, B e C) estejam votando o tamanho do bem público (em níveis de gasto 1, 2 e 3). Supondo que o agente A tenha preferência , B seja e C tenha preferência e . Nesse caso, as preferências são não transitivas. Assim, o resultado da votação do nível de gasto do bem público pode não ser bem definido – sempre haverá uma maioria de agentes querendo mudar a quantidade provida. 
Ou seja, o mecanismo de votação majoritária não encontra um equilíbrio. É o exemplo do Paradoxo da Votação: se for possível votar várias vezes em uma mesma questão, podem ocorrer várias escolhas. É possível também que a ordenação em que são apresentadas as alternativas, a votação resulte em diferentes escolhas. Como eliminar esse paradoxo? Uma forma é supor que as preferências tenham um máximo único, ou seja, a utilidade líquida de diferentes níveis de gasto com bem público aumentam até um determinado ponto e depois decrescem. Níveis mais altos significam mais bens públicos, porém uma maior carga tributária. Se todos os agentes tiverem preferências com máximo único, as preferências reveladas pela votação majoritária não apresentam intransitividade. Considerando essa situação, o resultado indicará que o nível de gasto escolhido à provisão dos bens públicos será o gasto médio.
Visto isso, se mais da metade da população quisesse gastar mais no bem público, teria votado por mais. Em geral, o resultado médio não gera um nível eficiente do bem público, e não fornece informação sobre o quanto a mais prover do bem público. Mesmo que as preferências tenham um máximo único, os agentes podem manipular suas preferências verdadeiras quando votam.
b) por que o resultado desse mecanismo não garante a provisão eficiente de Pareto para bens públicos?
Pois não garante que a soma dos preços de reserva seja maior que a soma das contribuições dos indivíduos para a provisão do bem público.
15. Nos últimos anos, tem havido uma grande sobre a regulamentação do seguro-saúde no Brasil. Uma proposta polêmica foi a proibição da discriminação de preços de seguro-saúde entre jovens e idosos. Qual seria o resultado de uma proibição de discriminação de tal tipo em termos de preço do seguro entre esses dois grupos e em termos de custo médio do seguro?
Para as seguradoras, a estratégia ótima é tentar discriminar os segurados, em contratos distintos, de acordo com o seu risco. Para o caso do seguro-saúde, os idosos, por sua idade avançada, possuem maior chance de ter algum problema de saúde. Os jovens, pelo contrário, possuem menor chance de contrair algum problema de saúde. Portanto, a seguradora cobraria um preço mais alto para os idosos do que para os jovens.
Caso haja proibição da discriminação de preços entre jovens e idosos, a seguradora deverá se basear pelo risco médio. Supondo que a seguradora considere de risco alto o idoso, com uma probabilidade de ter problema de saúde , e de risco baixo os jovens, com um uma probabilidade . Não podendo discriminar preço pelo risco, a seguradora se baseará no risco médio . Assim, alguns indivíduos com baixo risco (jovens) não optarão pelo seguro, enquanto aqueles de alto risco (idosos) o contratarão. Isso elevará a probabilidade de ter problema de saúde dos indivíduos que contratam o seguro para um valor , levando a seguradora a aumentar o valor do prêmio.
 Em um caso extremo, somente indivíduos de alto risco contratarão o seguro, e as seguradoras não ofertarão mais essa modalidade de seguro. 
16. Em um escritório trabalham dois indivíduos: A - asmático e F – fumante. O fumante avalia os que retira do consumo de cigarros de acordo com a seguinte curva de demanda:
em que q indica o número de cigarros consumidos por dia. Todavia é preciso considerar que o fumo de F afeta também A e causa a este prejuízos à saúde que podem ser expressos por:
sabendo que o custo de cada cigarro é de 20 unidades monetárias no mercado e que a legislação em vigor garante a A o direito de impedir que se fume no local de trabalho. 
Determine o que seria a compensação máxima possível que F estaria disposto a pagar para A para poder fumar e qual seria a compensação mínima requerida por A para aceitar esta proposta?

Outros materiais