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Aula 7 e 8 – Teoria da Firma: a produção e a Firma Fundamentos de Economia Para Engenharia Professora: Esmeralda Correa Macana Sistema de concorrência pura 2 Empresas Famílias Mercado de Bens e Serviços Mercado de Fatores de Produção Demanda de bens e serviços Oferta de bens e serviços O que e quanto produzir Para quem produzir Como produzir Oferta de serviços dos fatores de produção Demanda de serviços dos fatores de produção. (mão-de-obra, terra, capital) Teoria da Firma Curva de Oferta Teoria da Produção (relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados) Teoria dos Custos de produção (inclui os preços dos insumos) Teoria da Produção (relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados) Conceitos básicos } Empresa ou firma: Unidade técnica para produzir bens ou serviços. Unidade de produção que atua racionalmente, procurando maximizar seus resultados relativos a produção e lucro. } Fator de produção: bens ou serviços transformáveis em produção } Fatores primários: os que não são produzidos por outra empresa. Fatores Naturais } Fatores secundários: produzidos por alguma empresa Conceitos básicos } Produção é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. • Mão-de-obra (N) • Capital Físico (K) • Área, Terra (T) • Matérias-primas (Mp) Processo de Produção • Bens & Serviços Finais Insumos Produtos Obs.: Intensivo – Fator que é utilizado em maior quantidade Conceitos básicos } Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que produzirá uma mesma quantidade de produto, porém, com menor quantidade de insumo; } Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que permite produzir uma mesma quantidade de produto, porém, com o menor custo de produção. Função de Produção } A função de produção apresenta a possível combinação dos fatores que podem ser utilizados no processo produtivo. q = f (N, K, M, T ) quantidade produzida/t mão-de-obra utilizada/t capital físico utilizado/t matérias-primas utilizadas/t área cultivada/t A função de produção indica o máximo de produto que se pode obter com as quantidades dos fatores, uma vez escolhido determinado processo de produção mais conveniente. Função de Produção } Pressuposto: Admite-se que o empresário esteja utilizando a maneira mais eficiente de combinar os fatores e, consequentemente, obter a maior quantidade produzida do produto. Diferencia entre função de produção e processo de produção } O processo indica quanto de cada fator se faz necessário para obter certa quantidade de produto. A Função de produção indica o máximo de produto que se pode obter com certa quantidade de fatores, mediante a adequada escolha do processo de produção. Ou seja, existem diversas formas de combinar os fatores, mas quando se fala na função de produção se diz que é o processo mais eficiente. foi atendida a eficiência técnica Distinção entre Fatores de Produção Fixos A função de produção conta com fatores fixos e fatores variáveis. No longo prazo todos os fatores são variáveis } Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a produção varia. } Ex: o capital físico e as instalações da empresa } Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade produzida varia. } Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas Distinção Curto e Longo Prazo Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de produção fixo; Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis. Obs.1: O curto prazo para uma metalúrgica é maior do que o de uma fábrica de biscoitos (as alterações de equipamentos ou instalações daquela demandam mais tempo que a desta). Obs.2: Na teoria Microeconômica, a questão de prazo está definida em termos da existência ou não de fatores fixos de produção. Produção } Análise de Curto prazo: Produção com um fator variável e um fixo q = f ( N, K ) Dois fatores de produção => Mão-de-obra Capital Supondo constante ou fixo no curto prazo. q = f ( N ) O nível do produto varia apenas em função de alterações na mão-de-obra, a curto prazo, ceteris paribus. Produção: conceitos Produto Total (PT): É a quantidade total produzida, em determinado período de tempo. PT = q Produtividade Média: É a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo. da mão-de-obra do capital PMeN = PT/N PMeK = PT/K Produção: conceitos Produtividade Marginal: É a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo. da mão-de-obra do capital PMgN = PT / N = q / N PMgK = PT / K = q / K Produção K N PT PMe = PT/N PMg = /\PT / /\N 10 0 0 10 1 3 3.0 3 10 2 8 4.0 5 10 3 12 4.0 4 10 4 15 3.8 3 10 5 17 3.4 2 10 6 17 2.8 0 10 7 16 2.3 -1 10 8 13 1.6 -3 Produto Total, Médio e Marginal 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Pr od ut o To ta l Fator de produção N Produto Total -‐4 -‐2 0 2 4 6 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 PM e e PM g Fator de produção N PMe e PMg PMe = PT/N PMg = /\PT / /\N PMg = ZERO PT Máximo Observações } Observa-se que no ponto máximo do produto total PT, a produtividade marginal é igual a zero. Antes desse ponto, é positiva, ou seja, o aumento na mão de obra eleva o produto total } Após o ponto máximo do PT, a produtividade é negativa: acréscimos de mão de obra diminuirão o produto. Isso ocorre em virtude da lei dos rendimentos decrescentes } Uma propriedade do produto marginal é ser decrescente: isto é, à medida que se utilizam unidades adicionais de um determinado insumo, são sucessivamente menores as quantidades adicionais de produto. } Com o aumento de trabalhadores, eles passam a compartilhar equipamentos e trabalhar com uma lotação cada vez maior. Assim quanto mais trabalhadores são contratados, cada trabalhador adicional contribui menos para a produção. Lei dos Rendimentos Decrescentes O formato das curvas PMgN e PMeN dá-se em virtude da Lei dos Rendimentos Decrescentes. “Ao aumentar o fator variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se negativa.” Essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo). Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada). A produção primeiro cresce a taxas crescente e depois cresce a taxas decrescentes. Continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção decrescerá Teoria da Firma Curva de Oferta Teoria da Produção (relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados) Teoria dos Custos de produção (inclui os preços dos insumos) Teoria dos Custos de produção (Inclui os preços dos insumos) Qual o objetivoda empresa? } O objetivo é obter lucro. Então seria a maximização do lucro e a minimização do custo. O que é Lucro da Empresa? O lucro é a Receita Total da empresa menos o Custo Total } Lucro = Receita Total – Custo Total } Receita: O montante que a empresa recebe pela venda de sua produção (exemplo sapato) } Lucro/Prejuízo: é a diferença entre receita total e custo total. Se positivo é lucro, se negativo é prejuízo O que são custos? } Corresponde ao montante que a empresa paga por seus insumos (Exemplo na produção de sapatos: valor pago pelo couro, pela madeira, pelos pregos, cola, bem como salário dos empregados, fretes, energia elétrica, utilização de máquinas e equipamentos etc.) } Na definição de Custo Total o termo insumos (que associa-se ao termo em inglês input) refere-se a todos os recursos necessários para produzir o produto em questão (recursos humanos, materiais e serviços que são consumidos ou transformados no processo de produção, máquinas, equipamentos e instalações em geral que são necessárias, entre outros itens) Custo como custo de oportunidade Mas ao focar nos custos: Deve-se observar que se trata da abordagem econômica, segundo a qual: • A análise passa pela incorporação da noção de custo de oportunidade, que é um dos dez princípios de economia vistos na disciplina. • Custo de oportunidade refere-se a tudo que se renuncia ao se decidir adquirir um determinado bem ou serviço. É a alternativa de maior valor que temos que abrir mão Custos Explícitos vs Custos Implícitos } Custos explícitos: custos dos insumos que exigem desembolso monetário pelas empresas. } Custos implícitos: custos que não implicam desembolso monetário da empresa. Ex: depreciação do capital e custos de oportunidade Couro 200 Salário 480 Energia 100 Salário que deixou de ganhar em outro trabalho 300 Depreciação 100 Total 1.180 Custos Explícitos e Custos Implícitos Custos contábeis -‐ explícitos Custos implícitos Custos de oportunidade Custo econômico Assim, tem-se a distinção entre lucro contábil e lucro econômico: } Lucro Econômico: inclui ambos os custos, explícitos e implícitos. Isto ocorre porque os economistas estão interessados em estudar como as empresas tomam decisões de produção e de determinação de preço. } Lucro contábil: inclui apenas os custos explícitos. Os contadores têm por função acompanhar o fluxo de dinheiro que entra e sai da empresa. Por isso, eles medem os custos explícitos e ignoram os implícitos. Custos de produção A empresa deve estar atenta à sua eficiência econômica, isto é, que realize o seu processo de produção ao menor custo possível. Custo total (CT): O custo total de uma empresa é a soma dos seus custos fixos com seus custos variáveis. CT CF CV= + Custos de produção } Custos fixos (CF): não mudam com a produção. Aluguel da fábrica, propaganda,seguros,etc. permanecem constantes qualquer que seja o nível da produção. } Custos Variáveis (CV): mudam de acordo com a produção. Uma maior produção exige maior quantidade de recursos que podem variar no curto prazo. Ex: para produzir mais pão deve-se usar maior quantidade de farinha. Matéria prima, energia, etc Custo Total Médio Para saber até que ponto deve-se optar por aumentar a produção e, com isso, seus custos, são também importantes dois outros conceitos: o de custo médio e o de custo marginal. } Quando o custo total é divido pelo número de quantidade produzida do bem/serviço, ele é denominado custo total médio, ou: Q CT Quantidade CustoTotalCTMMédioTotalCusto ===> } Note que o custo médio total é o custo da unidade padrão do bem/serviço produzido. É o Custo unitário. } Custo Fixo Médio (CFM): Custo Fixo Total dividido pelo número de quantidades produzidas } O Custo fixo médio tende a diminuir } Custo Variável médio: Custo Variável Total dividido pelo número de quantidades produzidas. CFCFMe q ↓ = ↑ Nível de produção N° 625Trabalh adores Custo Fixo CF Custo Variável CV Custo Total Custo Total Médio CTMe Custo Fixo Médio CFMe Custo Variável Médio CVe 0 0 800 0 800 200 1 800 650 1450 7,25 4 3,25 450 2 800 1300 2100 4,67 1,78 2,89 550 3 800 1950 2750 5 1,45 3,55 600 4 800 2600 3400 5,67 1,33 4,33 625 5 800 3250 4050 6,48 1,28 5,20 640 6 800 3900 4700 7,34 1,25 6,09 Escala Eficiente de Produção A quantidade que minimiza o Custo Total Médio (CTM) é chamada de Escala Eficiente de Produção. Ou seja, é quando o Custo Total Médio atinge seu ponto mínimo. A escala eficiente de produção é até 450 unidades. Se a empresa produzir menos do que 450 seu custo médio ficará acima do mínimo que seria $7,25. Se produzir mais do que 450 seu CTM aumentará. Veja Tabela Graficamente 0 200 400 600 800 1000 0 100 200 300 400 500 600 700 Cu st o Produção Custo Fixo CF = 800 0, 0 200, 650 450, 1300 550, 1950 600, 2600 625, 3250 640, 3900 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 0 100 200 300 400 500 600 700 Cu st o Quantidade produzida Custo Variável CV = 1300 CV = 2600 O formato da curva deriva da lei dos rendimentos decrescentes. Enquanto os Rendimentos decrescentes não vigora o CV aumenta a uma taxa pequena. Depois opera a lei e os CV crescem a uma taxa crescente Porque o Custo Total Médio diminui e depois aumenta? 7.25 4.67 5.00 5.67 6.48 7.34 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00 0 100 200 300 400 500 600 700 C us to m éd io Produção Custo Médio Porque o Custo Total Médio diminui e depois aumenta? } O Custo Total Médio é igual à soma entre o Custo Fixo Médio (CFM) e o Custo Variável Médio (CVM). } Portanto, O custo total médio ao inicio é alto porque o custo fixo médio é alto, já que se divide entre poucas unidades. No inicio, mesmo que não se produza nada o empresário tem que arcar com o custo fixo. No entanto, o CTM passa a diminuir quando a produção aumenta porque o custo fixo médio se divide em mais unidades de produção. Quando a empresa produz mais do que 450, o CTM passa a subir novamente porque o custo variável médio aumenta substancialmente. Assim, o CTM passa aumentar devido à influencia do CVM, porque este aumenta na medida que aumenta a produção. Custo Marginal - CMg • Por outro lado, o custo adicional para se produzir uma unidade a mais de um bem/serviço é chamado de custo marginal, ou: • Note que o custo marginal mostra quanto aumenta o custo total quando se produz uma unidade a mais. É comum que, no primeiro momento, o custo marginal seja decrescente até atingir um nível mínimo de produção e a partir desse ponto, o custo marginal passa a ser crescente ( ) ( ) Q CT QuantidadedaVariação CustoTotaldoVariaçãoCMgnalCustoMargi Δ Δ === Nível de produç ão N° 625Tra balhado res Custo Fixo CF Custo Variáve l CV Custo Total Custo Total Médio CTMe Custo Fixo Médio CFMe Custo Variáve l Médio CVe Custo Margin al CMg Produti vidade Margin al PMg 0 0 800 0 800 200 1 800 650 1450 7,25 4 3,25 3,25 200 450 2 800 1300 2100 4,67 1,78 2,89 2,60 250 550 3 800 1950 2750 5 1,45 3,55 6,50 100 6004 800 2600 3400 5,67 1,33 4,33 13 50 625 5 800 3250 4050 6,48 1,28 5,20 26 25 640 6 800 3900 4700 7,34 1,25 6,09 43,33 15 Assim, a curva de custo marginal tem, geralmente, a seguinte forma: Quantidade Produzida A produção adicional de uma unidade fica mais cara a medida que a quantidade aumenta... R$ R$ R$ R$ R$ 0 Custo 15 40 65 80 O custo marginal de uma empresa aumenta com a quantidade produzida... por causa do produto marginal decrescente... Curva de Custo Marginal CMg Custo Marginal - CMg } O Custo marginal pode diminuir quando por exemplo os trabalhadores estão usando equipamentos que não estavam sendo utilizados. Então há como colocar recursos ociosos em uso. Porém quando a maior parte do equipamento esta sendo utilizado, contratar um funcionário a mais, ou usar uma matéria prima a mais torna dispendiosa a produção porque os funcionários vão ter que passar a dividir o equipamento ou ter que esperar e fazer fila para usar alguma máquina. Nesse caso o Custo marginal aumenta, ou seja, o custo por uma unidade adicional de produção aumenta. Isto porque a produtividade marginal de cada trabalhador diminui (um trabalhador a mais produz cada vez menos). o exemplo acima leva em consideração que o tamanho da fábrica é fixo. No curto prazo as fábricas não podem expandir rapidamente Por que o CMg diminui e logo aumenta? Por que tem formato de U? Relação Custo Marginal e Produtividade Marginal - PMg Quando PMg é crescente o CMg é decrescente Quando PMg é decrescente o CMg é crescente Relação Custo Marginal e Custo Total Médio As duas curvas ainda se relacionam.... Relação entre Custo Marginal e Custo Total Médio ...quando o custo marginal é maior do que o custo total médio, o custo total médio aumenta... R$ R$ R$ R$ R$ 0 Custo 15 40 65 80 ...Quando o custo marginal é menor do que o custo total médio, o custo total médio diminui... .A curva de custo marginal corta a curva de custo total médio no ponto de escala eficiente. CMg CTM } Sempre que o custo marginal for menor do que o custo total médio, o custo total médio estará em queda. Sempre que o custo marginal for maior do que o custo total médio, o custo total médio estará aumentando. } A curva de custo marginal cruza com a curva de custo total médio em seu ponto mínimo Relação Custo Marginal e Custo Total Médio Custos no curto prazo e no longo prazo } A divisão entre os custos fixos e custos variáveis dependem do horizonte de tempo. Uma fabrica no curto prazo é um custo fixo. No longo prazo podem-se expandir as fabricas construindo novas instalações, assim, o custo dessas fabricas é um custo variável no longo prazo. } Custos que são fixos no curto prazo podem ser ajustados no longo prazo e se tornarem variáveis. Por exemplo, o número de máquinas pode ser fixo em um mês, mas em um ano ele pode variar ao ser realizado um investimento. } Portanto, no Longo Prazo todos os custos são Variáveis Custos de Longo Prazo Exemplo de uma pizzaria } O proprietário possui custos fixos de R$800 pela parcela do empréstimo na compra de fornos. } No longo prazo a compra de mais fornos de pizza se torna variável porque o proprietário pode escolher se deve ou não expandir seus negócios. } Uma vez que a empresa compra passa a ser um custo fixo. Custos a longo Prazo } O longo prazo é um período de tempo no qual todos os insumos são variáveis. Não existem custos fixos. } O longo prazo é um horizonte de planejamento e não o que esta sendo efetivamente realizado. É uma sequencia de situações prováveis de curto prazo. } Antes de um investimento a empresa esta em uma situação de longo prazo: o empresário pode escolher qualquer alternativa de produção. Depois do investimento realizado, os recursos são convertidos em equipamentos (capital fixo) e a empresa opera em condições de curto prazo. } Portanto, Planeja a longo prazo. Um agente econômico Opera a curto prazo Os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes escalas de produção (tamanho), que podem escolher. } Assim, pode-se considerar que ao longo de um período de longo prazo, a empresa poderá se deparar com curvas de custo diferentes, isto é, curvas de custo de curto prazo, que serão determinadas de acordo com o que a empresa possui de custos no tempo determinado. } Como muitas decisões são fixas no custo prazo, mas variáveis no longo prazo, as curvas de custos de longo prazo diferem de suas curvas de custos de curto prazo. } No longo prazo as empresas podem escolher a curva de custos de curto prazo que desejam usar, mas no curto prazo tem que usar a curva que escolheram. Supondo 3 escalas de produção: I) 10, II) 15 e III) 20 máquinas. Neste caso, as curvas de custo total médio de curto prazo serão: I. Produção de q1 ⇒ CMeC1 < CMeC2 e CMeC3 (escolhe CMeC1 ) II. Produção de q3 ⇒ CMeC2 < CMeC1 e CMeC3 III. Se planeja produzir em: - q2 ⇒ CMeC2 = CMeC1 (escolhe CMeC2 ) - q4 ⇒ CMeC2 = CMeC3 (escolhe CMeC3 ) A empresa se defronta com as seguintes situações hipotéticas em seu planejamento de longo prazo: 1. Se a empresa planeja produzir no nível de produção q1, escolhe a estrutura dada pelos custos CMeC1 (10 maquinas); pois os custos médios serão menores do que na estrutura dada por CMeC2 (15 máquinas) 2. Se planejar produzir em q3, a melhor instalação é dada por CMeC2, pois gastaria menos. Ela pode se quiser, produzir com CMeC1, mas os custos seriam maiores. 3. Se planejar produzir q2 ou q4 existe duas alternativas. Esses pontos ficam justamente na interseção das plantas. No entanto, um planejamento de longo prazo, prevendo-se aumentos futuros de demanda, o empresário deve escolher a planta de instalação maior (em q2, escolheria CMeC2 e em q4 escolheria CMeC3 Custos de Produção: Custos a Longo Prazo A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP (Curva de Envoltória ou curva de planejamento de longo prazo). Esta curva mostra o menor custo unitário. Custos ($) q CMeLP ótimoq A escala ótima da empresa seria o tamanho ideal do ponto de vista de seus custos para a empresa. É o ponto onde o Cme de longo prazo é mínimo. Escala ótima da empresa Não confunda retornos decrescentes com deseconomias de escala Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas diferem devido a que: } No curto prazo deve-se à Lei dos rendimentos decrescentes (ou custos crescentes), a uma dada planta ou tamanho devido à existência de um insumo fixo } O formato da curva de longo prazo deve-se aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa (economias ou deseconomias de escala). Economias de Escala } Quando o custo total médio de longo prazo está declinando enquanto a produção aumenta, há ganhos de escala para empresa, isto é, com a expansão da produção reduz-se o custo total médio de longo prazo. Essa relação é conhecida como Economias de Escala Quantidade Produzida ... e os custos diminuem... R$ R$ R$ R$ R$ 0 Custo Médio Total 15 40 65 80 ... ocorre quando a produção aumenta... Economia de Escala... CTM Longo Prazo Economiasde Escala } Quando há Economias de Escala refere-se a Rendimentos crescentes de escala, isto significa: Se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce numa proporção maior. Aumento 10% na qte. de mão-de-obra Aumento 10% na qte. de capital A produção aumenta em mais de 10% Ex.: Devido à : Especialização na produção Divisão do trabalho Lei dos grandes números: capacidade de reserva Organização da produção de uma maneira mais eficiente Operações de pesquisa e marketing Facilidades de empréstimos, etc. Poder de Barganha (compra insumos a menor preço) As economias de escala surgem por: 1. Se a empresa opera em uma escala maior, os funcionários podem se especializar nas atividades em que são mais produtivos. 2. A escala pode proporcionar flexibilidade. Ao dosar a combinação dos insumos utilizados na produção, os administradores podem organizar o processo produtivo de maneira mais eficaz. 3. Por comprar insumos em grandes quantidades e, assim, ter maior poder de negociação, a empresa pode consegui-los a preço mais baixo. Se os administradores aproveitarem os insumos de menor custo, o mix de insumos pode mudar conforme a escala. Retornos Constantes de escala } Já quando o custo total médio de longo prazo não varia com o aumento da produção, diz-se que os retornos de escala são constantes... Quantidade Produzida ... e os custos não mudam... R$ R$ R$ R$ R$ 0 Custo Médio Total 15 40 65 80 ... ocorre quando a produção aumenta... Retornos Constantes de Escala... CTM Longo Prazo Deseconomias de Escala } Por fim, quando o custo total médio de longo prazo cresce à medida que a produção cresce, diz-se que há perdas de escala. Isto é, quando a produção aumenta e o custo total médio de longo prazo também, há Deseconomias de Escala. Quantidade Produzida ... e os custos aumentam... R$ R$ R$ R$ R$ 0 Custo Médio Total 15 40 65 80 ... ocorrem quando a produção aumenta... Deseconomias de Escala... CTM Longo Prazo Deseconomias de Escala } Quando há Deseconomias de Escala refere-se a Rendimentos decrescentes de escala, isto significa: Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor. Aumento de 10% na qte. de mão-de-obra Aumento de 10% na qte. de capital A produção aumenta em 5%. Ex.: Motivo provável: A expansão de uma empresa pode provocar uma dificuldade de comunicação entre a direção e as linhas de montagem. As deseconomias de escala podem surgir por: 1. À medida que o número de tarefas aumenta, a gestão de uma empresa maior pode se tornar mais complexa e ineficiente. Perda do controle de decisão 2. Maior incerteza inerente ao comportamento da demanda e do processo de competição enfrentado pela empresa de grande porte. 3. Custos de transporte: por ter uma única empresa de grande porte dificulta a entrega até o local. Quanto maior a produção, maior a necessidade de venda 4. As vantagens de comprar em grandes quantidades podem desaparecer quando certo limite for atingido. Em determinado ponto, a oferta de insumos essenciais pode se tornar restrita, o que vai impulsionar o preço deles. } Em baixos níveis de produção, a empresa se beneficia de um tamanho maior porque pode tirar vantagem de uma especialização maior. } Por outro lado, a níveis de produção elevados, os benefícios da especialização já foram obtidos e os problemas de coordenação se tornam mais graves à medida que a empresa cresce. Exemplo } A Toyota descobreu deseconomias de escala em suas fabricas na China. Seus gerentes passaram a ter dificuldade em evitar que seus custos subissem } A análise da Toyota concluiu: “É o tipo de paradoxo que muitas empresas bem- sucedidas enfrentam: crescer nem sempre significa melhorar” Exemplo } A Ford Motor Company aproveitou economias de escala tendo grupos de trabalhadores, que em vez de estarem se deslocando de um automóvel estacionário para o próximo, os automóveis se deslocavam ao longo de uma linha de montagem. Ford construiu uma grande fabrica em Highland Park, na periferia de Ditroit. } Ford acreditava que poderia produzir automóveis a um custo mais baixo construindo uma fabrica ainda maior. Porém a fabrica “River Rouge” que construiu era grande demais e sofria deseconomias de escala. Os gerentes tinham grande dificuldade para coordenar a produção. Exercício Se a Ford produzir 9 carros por mês, seu custo total de longo prazo será de $ 9 milhões por mês. Se produzir 10 carros por mês, seu custo total será de $9,5 milhões por mês. A empresa apresenta economia ou deseconomias de escala? Para avaliar se as empresas estão em situação de economias de escala ou não, deve-se calcular o custo total médio 9/9 = 1 9,5/10 = 0,95 } Apresenta economias de escala já que o custo médio de longo prazo diminuiu Economias de Escopo } O custo de produzir os produtos e conjuntamente é menor do que o custo de produzi-los separadamente. } Algumas empresas conseguem reduzir seus custos médios com a diversificação de produtos } Economias de escopo depende em grande medida de economias de escala Fontes de Economias de escopo } Existência de fatores comuns que se adquirem uma única vez. Ex: gerador de eletricidade. Uma vez comprado é possível produzir outros bens, não há que comprar outro gerador. } A diversificação do produto implicará a redução do custo médio de cada produto, dado que a capacidade de geração de energia já foi instalada. } Existência de reserva de capacidade: quando os insumos podem ser compartilhados para produzir vários produtos em função de seu processo produtivo. Capacidade ociosa. } Difere do anterior porque aqui não podem compartilhar o insumo, só se tiver capacidade ociosa Fontes de Economias de escopo } Complementaridades tecnológicas e comerciais: pode criar sinergia na produção de alguns bens e ocorre quando os produtos apresentam similaridades em termos de base técnica ou de mercado } O reconhecimento da qualidade de um produto no mercado, facilita a divulgação do outro produto.
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