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7. Produto e Inflacao

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UNIVERSIDADE DO PORTO - FLUP
ECONOMIA
Produto e Inflação
1
Slides desenvolvidos com base em materiais de apoio das disciplinas de Macroeconomia, 
FEP-UP e http://www.ecb.europa.eu/home/pdf/students/leaflet_en.pdf
Produto
2
2
Produto, Rendimento e Despesa
 Do ponto de vista da economia como um todo, o Rendimento
é igual à Produção e à Despesa.
 Todas as transações têm um comprador e um vendedor
 Todos os montantes gastos pelos agentes económicos
correspondem a rendimento de outros agentes económicos
 O indicador mais utilizado para medir o rendimento, a
produção e a despesa de uma economia é o Produto Interno
Bruto (PIB).
 O PIB representa o valor de mercado de todos os bens e serviços
finais produzidos num determinado país durante determinado
período de tempo.
3
Produto Interno Bruto (PIB)
 O PIB inclui todos os bens e serviços produzidos na economia
e vendidos legalmente no mercado.
 Bens tangíveis e intangíveis, bem como serviços são considerados
no PIB
 Usualmente, o PIB refere-se a um período de tempo
correspondente ao ano ou, em alguns casos, ao trimestre.
 O PIB exclui os bens produzidos para autoconsumo que nunca
entraram no mercado para venda do bem.
 Além disso, são excluídos do PIB os bens produzidos e
vendidos ilicitamente, como por exemplo drogas ilegais ou
contrabando.
4
3
Produto Interno Bruto (PIB)
 O Produto Interno Bruto (Y) é constituído por:
 Consumo privado (C)
 Despesas dos indivíduos em bens e serviços
 Investimento (I)
 Despesas em equipamentos, inventários, estruturas
 Consumo Público (G)
 Despesas em bens e serviços por parte de entidades governamentais
 Exportações líquidas (X-M)
 É o valor das Exportações (X) subtraído do valor das Importações (M)
𝑌 = 𝐶 + 𝐺 + 𝐼 + 𝑋 − 𝑀
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Composição do PIB
6
Anos
Produto Interno Bruto por componentes: Portugal (valores em Milhões de euro)
Total Consumo Privado Consumo Público Formação bruta de capital
Exportações de bens e 
serviços
Importações de bens e 
serviços
1999 119.639,2 75.572,8 21.735,2 34.713,1 31.670,7 44.052,7
2000 128.466,3 81.261,3 24.437,4 36.952,5 36.215,8 50.400,6
2001 135.827,5 85.140,7 26.337,4 38.225,6 37.249,3 51.125,6
2002 142.631,4 89.267,7 28.075,6 37.083,7 38.432,8 50.228,4
2003 146.158,3 92.238,0 29.518,5 34.537,6 39.099,8 49.235,7
2004 152.371,6 96.802,7 31.302,9 36.843,1 41.527,9 54.105,0
2005 158.652,6 102.105,6 33.456,8 37.532,8 42.414,6 56.857,2
2006 166.248,7 107.303,3 34.016,9 38.625,6 49.736,7 63.433,8
2007 175.467,7 113.712,7 34.680,8 40.482,7 54.405,1 67.813,6
2008 178.872,6 118.490,2 35.602,9 42.153,1 55.674,6 73.048,1
2009 175.448,2 113.509,0 37.603,6 36.478,1 47.512,6 59.655,1
2010 179.929,8 118.329,1 37.270,0 37.930,5 53.750,9 67.350,6
2011 176.166,6 115.961,1 34.983,4 32.764,2 60.409,9 67.951,9
2012 168.398,0 111.610,1 31.176,8 26.466,2 63.503,8 64.359,0
2013 170.269,3 111.143,7 32.500,6 24.913,8 67.283,9 65.572,7
2014 173.079,1 114.059,8 32.205,8 26.486,3 69.360,3 69.033,2
2015 s 179.539,9 s 117.821,9 s 32.666,7 s 27.741,6 s 72.812,4 s 71.502,7
2016 s 185.034,6 s 121.782,8 s 33.546,7 s 27.558,5 s 74.474,0 s 72.327,4
Fonte: PORDATA
s: valor estimado
4
Produto nominal e produto real
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 PIB nominal: valor de mercado dos bens e serviços finais
avaliados aos preços correntes
 A sua variação traduz alterações das quantidades produzidas
e também a variação dos preços
 PIB real: valor de mercado dos bens e serviços finais avaliados
aos preços de um dado ano-base
 A sua variação traduz apenas a alteração das quantidades
produzidas
 É mais adequado para medir a “saúde” da economia e para
efetuar comparações ao longo do tempo
PIB e PIB per capita
 O PIB é muitas vezes utilizado para avaliar o desenvolvimento
económico do país.
 Em particular, é utilizado o conceito de PIB per capita, ou
seja, o PIB por habitante, para avaliar o nível de vida do país.
 Quanto maior o PIB per capita, maior o nível de vida do país.
 Ainda que seja muito utilizado na prática, o PIB per capita não
é uma medida perfeita do bem-estar de determinada
economia, não incluindo variados aspetos como a literacia, a
esperança média de vida, o tempo e qualidade do lazer
usufruído pelas famílias, a distribuição do rendimento, etc.
8
5
Desenvolvimento económico
 Se quisermos aferir o nível de desenvolvimento económico de um país,
não basta analisar o PIB ou o PIB per capita dessa economia, na medida
em que países com produções semelhantes podem ter diferentes
qualidade de vida, qualidade das instituições, níveis de corrupção,
esperança média de vida, nível de escolaridade, acesso a saúde, etc.
 A análise deve, portanto, ser complementada com outros indicadores,
como é o caso do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que inclui
não apenas a produção nacional per capita do país, mas também a
esperança média de vida à nascença e o nível de escolaridade.
 O IDH é expresso, para cada país, num valor entre zero e um. Um valor mais
próximo de um corresponde a maior desenvolvimento humano e um valor
mais próximo de zero corresponde a menor desenvolvimento humano.
9
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
10
Human Development Index (HDI) – 2015 Ranking
1 Norway 0,949
2 Australia 0,939
2 Switzerland 0,939
4 Germany 0,926
5 Denmark 0,925
5 Singapore 0,925
… …
41 Portugal 0,843
Fonte: UNITED NATIONS
DEVELOPMENT PROGRAMME:
Human Development Report 2016
6
Convergência económica
 Existe convergência económica quando países com menor PIB per capita
crescem a um ritmo mais elevado do que países com PIB per capita mais
elevado.
 Há uma “aproximação”, uma convergência entre países mais pobres e
mais ricos.
 Critério muitas vezes utilizado para aferir a convergência económica
dos países: taxa de crescimento do PIB per capita (também se utiliza
muitas vezes a taxa de crescimento do PIB)
 Exemplo: a China tem, nas últimas décadas, convergido com os países
mais desenvolvidos.
 Quando, pelo contrário, os países com menor PIB per capita crescem a
um ritmo mais reduzido do que os países com PIB per capita mais
elevado, dizemos que existe divergência.
 Há um “afastamento” entre países mais pobres e mais ricos
11
Inflação
12
7
Inflação e taxa de inflação
 Inflação refere-se à subida generalizada e sustentada dos
preços dos bens e serviços; é um processo persistente,
generalizado e observado ao longo de um dado período de
tempo.
 A taxa de crescimento desses preços designa-se por taxa de
inflação e é habitualmente medida pela taxa de variação de
um índice de preços
 permite aferir o ritmo a que o nível médio de preços de uma
economia se altera ao longo do tempo
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Medida da Inflação
 Índice de preços: média ponderada de preços de bens e serviços por
referência a um dado ano base, sendo os ponderadores as quantidades
transacionadas desses bens e serviços
 Assume habitualmente o valor 100 no ano base
 a diferença entre o valor no ano corrente e 100 indica a taxa de
crescimento dos preços (taxa de inflação) entre o ano base e o ano
corrente
 a taxa de crescimento do índice entre dois momentos de tempo indica
a taxa de crescimento dos preços (taxa de inflação) no período em
causa
14
8
As taxas de inflação
 Taxa de inflação anual
 (IP nos últimos 12 meses)/(IP nos 12 meses anteriores) – 1
 Taxa de inflação homóloga
 (IP no último mês)/(IP no mesmo mês do ano anterior) – 1
 Taxa de inflação mensal
 (IP no último mês)/(IP no mês anterior) – 1
 ...
15
As taxas de inflação
 A taxa de inflação pode ser calculada a partir de diferentes índices de
preços, podendo assumir, assim valores distintos
 Um dos índices mais utilizados é o índice de preços no consumidor.
 Índice de Preços no Consumidor
 mede o preço médio de um cabaz de bens eserviços (produzidos
internamente ou importados) adquiridos por um “consumidor médio”,
sendo o preço de cada um ponderado pelo seu peso (em termos de
quantidades transacionadas) no cabaz do ano base
 é o habitualmente utilizado, calculado pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE) no caso português, para apresentar o valor “oficial” da
taxa de inflação
16
9
A medição da inflação
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 O Índice de Preços no Consumidor mede, num dado período, o
custo de um cabaz de bens e serviços em relação ao custo do
mesmo cabaz num ano de referência
 Abrange cerca de 700 bens e serviços, divididos em 12 classes
de despesa, sendo o peso relativo de cada classe definido de
acordo com os “hábitos de consumo” das famílias
portuguesas
 Há necessidade do “cabaz” representativo ser periodicamente
revisto, porque há produtos novos que entram e outros que
saem ou porque se alteram os preços relativos dos bens
substitutos e as preferências/ gostos dos consumidores
A medição da inflação
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 Classes do Índice de Preços
no Consumidor:
 Produtos alimentares e
bebidas não alcoólicas
 Bebidas alcoólicas e tabaco
 Vestuário e calçado
 Habitação, água, eletricidade,
gás e outros combustíveis
 Acessórios para o lar,
equipamento doméstico e
manutenção corrente da
habitação
 Saúde
 Transportes
 Comunicações
 Lazer, recreação e cultura
 Educação
 Restaurantes e hotéis
 Bens e serviços diversos
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Exemplo
 Índice de Preços para o ano i: ௏௔௟௢௥ ௗ௢ ௖௔௕௔௭ ௡௢ ௔௡௢ ௜
௏௔௟௢௥ ௗ௢ ௖௔௕௔௭ ௡௢ ௔௡௢ ௕௔௦௘
× 100
 Inflação: 10% do ano 1 para o ano 2 e 9,1% do ano 2 para o ano 3.
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Fonte: http://www.ecb.europa.eu/home/pdf/students/leaflet_en.pdf
Tipos de inflação
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 Inflação moderada: é caracterizada pelo aumento lento e previsível dos preços;
pode definir-se como uma inflação anual de um só dígito, pela qual a maior
parte dos países industriais passou na última década.
 Inflação Galopante: É uma inflação de dois, três dígitos, de 20, 100 ou 200%.
Muitos países latino-americanos como a Argentina, o Chile e o Brasil, tiveram
taxa de inflação de 50 até 700% ao ano nas décadas de 1970/80.
 Hiperinflação: Ainda que as economias pareçam sobreviver com uma inflação
galopante, nada de bom se pode dizer de uma economia em hiperinflação, onde
os preços podem aumentar um milhão por cento ao ano. Verificou-se, por
exemplo, na Alemanha entre 1922-1924 (300 milhões de marcos em Janeiro de
1922 não davam para comprar um bombom em 1924…)
 Deflação: diminuição generalizada e sustentada dos preços; pode ser muito
prejudicial para a economia, pois desincentiva a produção e a inovação, e tende
a retrair o investimento e o consumo (exemplo recente do Japão)
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Principais causas da inflação
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 Excesso de procura de bens e serviços: por exemplo, resultam de
políticas macroeconómicas expansionistas, do aumento das
expectativas sobre o rendimento futuro e da alteração de
preferências por produtos domésticos
 Inflação pelos custos: resulta de aumentos nos custos de
produção, como, por exemplo, os preços das matérias-primas
(ex., choque petrolífero) ou da mão-de-obra (reclamações
salariais mais agressivas)
 Inflação importada: resulta de um aumento de preços nos
mercados internacionais em relação ao nível de preços interno do
país importador
Efeitos económicos da inflação
22
 A inflação reduz a competitividade externa (os seus produtos são
menos “atrativos” nos mercados internacionais)  quebra nas
exportações  perda de postos de trabalho diretamente nas
empresas exportadoras e posteriormente noutras empresas
 A inflação reduz o poder de compra dos rendimentos,
principalmente os que não são ajustados de forma regular (por
ex. pensões de reforma, taxas de juro…)
 A inflação distorce a comparabilidade de uma grandeza monetária
entre 2 momentos de tempo…
12
Evidências empíricas para Portugal
23
Fonte: PORDATA
Evidências empíricas para Portugal
24
Fonte: PORDATA
Taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (%)
Total
Produtos 
alimentares e 
bebidas não 
alcoólicas
Bebidas 
alcoólicas e 
tabaco
Vestuário 
e calçado
Habitação, água, 
electricidade, gás e 
outros combustíveis
Acessórios para o lar, 
equip. doméstico e 
manutenção corrente 
da habitação
Saúde Transportes Comunicações
Lazer, 
recreação e 
cultura
Educação Restaurantes e hotéis
Bens e 
serviços 
diversos
1978 20,9 18,7 65,7 17,7 13,3 19,6 17,8 19,5 37,9 13,9 17,2 26,7 41,9
1979 21,7 26,9 33,2 24,1 9,8 9,3 9,2 18,5 27,7 18,9 11,1 23,4 19,7
1980 16,1 15,8 -18,4 33,4 14,0 23,3 10,1 27,0 12,5 19,9 9,8 15,9 23,2
1981 19,2 19,5 19,2 22,2 12,8 19,5 12,6 24,9 30,2 15,7 14,0 19,8 21,0
1982 21,5 24,8 22,6 16,8 13,4 18,0 17,9 28,3 0,7 19,0 19,6 22,3 16,7
1983 24,0 26,4 8,1 19,5 19,9 21,1 24,7 32,4 35,8 21,3 25,5 23,9 23,0
1984 28,5 32,1 19,2 22,9 27,7 29,9 28,0 23,5 21,5 30,7 28,6 25,0 22,9
1990 13,6 14,0 8,2 9,6 17,2 9,6 12,4 15,4 8,1 9,1 15,7 15,2 23,6
1999 2,3 2,2 7,2 0,5 0,8 2,2 4,2 2,9 -3,7 0,7 4,8 2,9 3,8
2000 2,9 2,1 0,9 0,8 3,7 1,9 3,1 4,8 -4,9 0,9 5,1 3,6 4,2
2001 4,4 6,5 3,2 1,6 3,9 3,3 3,7 4,8 -2,3 2,2 5,2 4,2 5,4
2002 3,6 1,5 4,8 2,4 2,9 3,1 4,8 5,1 0,7 2,3 6,1 5,7 5,6
2003 3,2 2,3 4,8 1,2 4,2 2,4 2,4 4,4 -1,2 1,4 6,7 5,6 3,9
2004 2,4 1,1 3,0 -1,1 3,0 1,5 1,7 3,5 -1,1 2,8 9,4 4,6 2,6
2005 2,3 -0,6 4,7 -1,1 4,4 1,3 0,9 5,8 -0,2 1,6 7,0 2,4 2,2
2006 3,1 2,7 9,7 0,5 3,9 1,0 1,5 5,5 -0,9 1,2 5,2 2,3 3,3
2007 2,5 2,4 4,9 2,2 3,6 1,6 7,4 1,6 -1,8 0,4 3,7 2,6 2,4
2008 2,6 3,7 7,5 1,6 4,0 1,7 1,4 1,5 -2,1 0,6 4,2 3,7 2,6
2009 -0,8 -3,4 3,3 -1,7 2,1 1,7 -1,4 -3,6 -1,0 -1,6 3,5 2,4 1,9
2010 1,4 -0,2 4,4 -1,7 4,4 1,6 -1,3 4,6 -1,9 -0,2 2,8 1,2 0,5
2011 3,7 2,1 7,9 -3,9 6,7 1,2 4,5 8,9 3,0 1,0 2,1 1,4 1,8
2012 2,8 3,2 4,7 -5,2 8,7 -0,5 0,4 3,3 0,5 0,9 1,5 4,5 1,1
2013 0,3 1,9 4,0 -3,3 2,2 -0,5 1,5 -2,3 0,5 0,4 1,2 1,7 -0,6
2014 -0,3 -1,3 3,1 -2,1 2,2 -0,4 0,7 -1,2 1,1 -1,5 0,4 1,0 -0,5
2015 0,5 1,0 4,1 -2,0 0,2 0,7 0,4 -1,0 4,1 -0,6 0,7 1,3 0,4
2016 0,6 0,5 2,6 -0,4 0,4 0,4 -0,6 -0,6 3,2 1,0 0,9 2,2 0,6
Joana Costa
Nota
ask s as
Joana Costa
Nota
taxa de inflação em portugalnullinflação a nível de alguns produtos null
13
Estabilidade de preços
25
 É um objetivo relevante para muitas economias (como no caso da União
Económica e Monetária europeia)
 Corresponde a uma taxa de inflação baixa e não volátil
 A relevância da estabilidade de preços deriva do triplo papel que a
moeda desempenha:
 meio de troca ou de pagamento (moeda é “liquidez”; é o
lubrificante das trocas)
 unidade de conta (base para o estabelecimentos de preços relativos
entre bens e serviços)
 reserva de valor (forma de detenção de riqueza)
Estabilidade de preços
26
 Estas funções só são possíveis existindo confiança na moeda:
 o que permite trocar “um pedaço de papel” (ex: nota de 10€)
por um bem ou um serviço é a confiança em que o mesmo
manterá o “poder de compra”
 se o “dinheiro” perdesse valor de forma considerável (i.e., se
um dado montante de dinheiro permitisse comprar muito
menos bens e serviços ao longo do tempo), as pessoas
deixariam de ter confiança nele e deixaria de cumprir aquelas
funções
Joana Costa
Nota
positiva (os preços aumentem ao longo do tempo mas pouco)nullestabilidade (manter ao longo do tempo)nullbaixa null
Joana Costa
Nota
Moeda é importante numa enconomianullpermite que todos os bens e serviços possam ser trocados.nullmeio de pagamento é a unidade em que todos os bens e servios estão definidosnullnullNós todos (familias) quando temos euros temos confiança que eles amanha nos permitam comprar bens e serviços nullnullSe não pudéssemos utilizar a moeda ela não tinha qualquer relevante para nós
Joana Costa
Nota
so temos confiança no dinheiro que temos em casa porque sabemos que ela vai valer o mesmo hoje ou amanhanullsabemos que as alteraçõesnão são drásticas. nullnullnullUm crescimento dos preços relativamente baixo, moderado (2% ao ano na UE) 
14
Estabilidade de preços
27
 Existe estabilidade de preços quando o dinheiro mantém o seu
valor ao longo do tempo.
 A estabilidade de preços é particularmente importante, por
exemplo, quando queremos poupar dinheiro para comprar
alguma coisa mais tarde
 Existiram ao longo da história alguns casos extremos de
hiperinflação, cuja causa principal foi o excesso de moeda em
circulação na economia, que geraram:
 Fortes perturbações no funcionamento da economia e da sociedade
 Perda de confiança e valor na moeda, com substituição por uma “nova”
moeda
Estabilidade de preços
28
 A estabilidade de preços é relevante para a promoção do
crescimento económico e do emprego: facilita a comparação de
preços e as decisões quanto aos bens e serviços a comprar e
produzir
 Quando os preços são estáveis, pode facilmente verificar-se se, por
exemplo, o preço do último modelo de calças de ganga aumentou
em relação ao preço do modelo mais recente de sapatilhas, i.e. o
consumidor pode tomar melhores decisões sobre o que comprar
com o seu dinheiro
 Também as empresas podem tomar decisões de investimento mais
informadas, i.e. os recursos podem ser distribuídos da forma mais
produtiva e o potencial produtivo da economia aumentará
Joana Costa
Nota
é importante porque permite aos consumidores tomar decisões bem feitas e não precipitadas nullnull
Joana Costa
Nota
se soubéssemos q para o próximo mês a comida ia faltar íamos encher a dispensa e muita gente ia fazer isso. Sendo assim, os preços sobem muito agora
Joana Costa
Nota
permite tomar decisões bem feitasnullnullver capanullnullRelação que existe entere produtos altera-se bastante
15
Estabilidade de preços
29
 Possibilita taxas de juro mais baixas:
 Quando os preços são estáveis, os detentores de poupanças e os
credores estão dispostos a aceitar taxas de juro mais baixas, dado
que esperam que o valor do seu dinheiro permaneça igual por
períodos mais longos.
 No caso contrário, iriam querer uma garantia contra a incerteza
quanto ao valor futuro do seu dinheiro e passariam a exigir taxas de
juro mais elevadas para os seus depósitos e empréstimos
 Com preços estáveis, são mais baixos os custos de endividamento
das empresas que desejam investir e das pessoas que pretendem
um empréstimo para comprar carro ou casa. Encorajar as empresas
a investir contribui para um aumento da sua competitividade e para
a criação de emprego
Estabilidade de preços
30
 A estabilidade de preços é também relevante para a estabilidade
social:
 Numa conjuntura de inflação, os preços têm tendência a variar de
forma imprevisível, o que pode acarretar perdas consideráveis para
as pessoas: por exemplo, a inflação pode reduzir o valor das suas
poupanças
 Em geral, os grupos mais desfavorecidos da sociedade são os que
frequentemente mais sofrem com a inflação, dado que as
possibilidades que têm para se protegerem são limitadas
 Historicamente, taxas de inflação elevadas deram muitas vezes
origem a instabilidade social
Joana Costa
Nota
pedir um empréstimo ao banco:nullnullVamos pagar muito ou pouco juros ao banco?nullnullOs preços estão sempre a alterar-se como não sabem quanto vai valer muito cobram taxas de juros elevadas às pessoasnullnulla inflação elevado faz com que as empresas e famílias tenham mais dificuldade em pedir empréstimos aos bancosnullnull 
Joana Costa
Nota
quando os preços aumentam há perdas dos poderes de ompra das famílias.nullnullas que tem salários mais elevados são mais afetadas mas não tanto como as classes sociais mais desfavorecidasnullnullos mais ricos podem poupar com mais facilidade do que os pobresnullnullinstabilidade social porque as classes mais baixas começam a fazer manifestações a reclamar 
16
Exercícios
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Exercícios – Escolha múltipla
1. Num determinado país, o consumo privado é igual a 200, o consumo público é de
100, o investimento é igual a 300, as exportações são de 150 e as importações são
iguais a 100 (valores em milhões de euros).
a) O PIB desta economia é igual a 650.
b) O PIB desta economia é igual a 850.
c) O PIB desta economia é igual a 550.
d) Nenhuma das opções anteriores está correta.
2. Relativamente à determinação do Produto Interno Bruto (PIB) de uma economia,
podemos afirmar que:
a) PIB = 𝐶 + 𝐺 + 𝐼 + 𝑋 + 𝑀
b) PIB = 𝐶 + 𝐺 + 𝐼 − 𝑋 + 𝑀
c) PIB = 𝐶 + 𝐺 + 𝐼 + 𝑋 − 𝑀
d) PIB = 𝐶 + 𝐺 − 𝐼 + 𝑋 + 𝑀
32
17
Exercícios – Escolha múltipla
3. Relativamente ao PIB e PIB per capita de uma economia, é possível afirmar que:
a) O PIB é uma medida da despesa e do rendimento da economia.
b) O PIB per capita pode ser calculado como a divisão do PIB pelo número de desempregados da
economia.
c) O PIB per capita é uma medida perfeita do nível de vida de um país.
d) Todas as afirmações anteriores estão corretas.
4. Relativamente às taxas de inflação, é correto afirmar que:
a) A taxa de inflação anual compara o índice de preços no ano em apreço com o índice de preços
no ano 2000.
b) A taxa de inflação mensal compara o índice de preços no mês em apreço com o índice de
preços dos últimos 6 meses.
c) A taxa de inflação homóloga compara o índice de preços no mês em apreço com o índice de
preços desse mês no ano anterior.
d) Todas as afirmações estão corretas.
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Exercícios – Escolha múltipla
5. Suponha que em 2014 o índice de preços no consumidor foi de 100 e que em 2015
o mesmo índice atingiu o valor de 120. Relativamente a este período, podemos
afirmar que:
a) A taxa de inflação é de 10%.
b) A taxa de inflação é de 20%.
c) A taxa de inflação é de 12%.
d) A taxa de inflação é de 15%
6. A estabilidade de preços:
a) Significa que o nosso dinheiro mantém o seu valor ao longo do tempo.
b) Facilita a comparação de preços e as decisões sobre os bens a adquirir.
c) É relevante para a estabilidade social.
d) Todas as afirmações anteriores estão corretas.
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