Buscar

Compilado Direito Constitucional e Direito Civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL
Conceito: é um conjunto de leis fundamentais que organiza e rege o funcionamento de um país. É considerada a lei máxima e obrigatória entre todos. É para cidadãos de determinada nação, servindo garantia dos seus direitos e deveres. 
Objeto: o objeto da Constituição é reger a vida em social do Estado e a sua classificação é ampla. O objeto das constituições é basicamente os direitos e deveres do Estado e dos cidadãos, prevendo mecanismos de exercício e controle do poder, direitos e garantias fundamentais, defesa da constituição, do Estado e das Instituições Democráticas e os fins econômicos do Estado.
Classificação da CF/88:
Quanto à forma = Escrita
CF escrita é o conjunto de regras, codificados e sistematizados em um único documento, caracterizando-se por ser uma lei fundamental de uma sociedade. Escrita é a constituição posta em um documento solene, reduzida à forma escrita, elaborada pelo órgão constituinte, resultante de um processo de reflexão e materializada de uma só vez, num só ato. 
Quanto à origem = Promulgada
A CF vigente foi promulgada, isto é, fruto de um poder constituinte, composto de representantes do povo, eleitos para o fim de elaborar e estabelecer, através de uma Assembleia Constituinte, uma constituição para o povo. É promulgada, pois, é a constituição tida por democrática, aquela produzida pelo órgão constituinte composto de representantes do povo. 
Quanto à alteração = Rígida
Rígidas são as constituições somente alteráveis mediante processos solenes e com exigências formais especiais, diferentes e mais difíceis do que o determinados para criação das demais leis ordinárias ou complementares. 
Quanto ao modo de elaboração = Dogmática
A CF vigente é dogmática porque é codificada e sistematizada num texto único. Sistematiza os dogmas ou ideias fundamentais da teoria política e do Direito dominantes no momento.
Quanto ao conteúdo = Formal 
É o peculiar modo de exigir do Estado, reduzido sob forma escrita, a um documento solenemente estabelecido pelo Poder Constituinte e somente modificável por processos estabelecidos pela própria CF.
Quanto à extensão ou finalidade = Analítica
Constituição analítica como a atual CF/88 é aquela que traz no seu texto regras que poderiam ser deixadas para serem tratadas em normas infraconstitucionais pois a perspectiva de permanência destas normas é inferior à da norma tipicamente constitucional. 
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
As normas constitucionais de eficácia plena são aquelas que produzem ou têm a possibilidade de produzir efeitos, desde a entrada da constituição em vigor. São as normas constitucionais que prescindem de qualquer outra disciplina legislativa para serem aplicáveis. Têm aplicabilidade imediata, direta e integral, independem, portanto, de qualquer regulamentação posterior para sua aplicação, podendo, contudo, ser emendadas. 
EFICÁCIA = PLENA, CONTIDA OU LIMITADA (A nossa CF é plena).
INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
A hermenêutica tem por objetivo investigar e coordenar por modo sistemático os princípios científicos e leis decorrentes, que disciplinam a apuração do conteúdo do sentido e dos fins das normas jurídicas e a restauração do conceito orgânico do direito, para efeito de sua aplicação e interpretação. Por meio de regras e processos especiais procura realizar, praticamente estes princípios e estas leis específicas. Intepretação = conforme o texto. 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Caracteriza-se como um mecanismo de correção presente em determinado ordenamento jurídico, consistindo em um sistema de verificação da conformidade de um ato em relação às constituição. Não se admite que um ato, hierarquicamente inferior à CF, confronte suas premissas, caso em que não haverá harmonia das próprias normas, gerando insegurança jurídica para os destinatários do sistema jurídico.
Para que um sistema jurídico funcione, pressupõe-se sua ordem e unidade, devendo as partes agir de maneira harmoniosa. O mecanismo de controle de constitucionalidade procura restabelecer a unidade ameaçada, considerando a supremacia e a rigidez das disposições constitucionais. O controle de constitucionalidade verifica eventual lesão de direitos fundamentais (constitucionais) ou de outras normas do texto constitucional, objetivando preservar a supremacia constitucional contra atentados vindos do legislador.
As normas constitucionais possuem um nível máximo de eficácia, obrigando os atos inferiores a guardar uma relação de compatibilidade vertical para com elas. Se não for compatível, o ato será inválido (nulo), daí a inconstitucionalidade ser a quebra da relação de compatibilidade. 
ESPÉCIES DE INSCONSTITUCIONALIDADE
O que se busca é saber quando uma norma infraconstitucional padecerá do vício de inconstitucionalidade, que poderá verificar-se em razão de ato comissivo (ação) ou por omissão do Poder Público. Como espécie de inconstitucionalidade temos:
Inconstitucionalidade por ação: conhecia também como positiva ou por atuação, tem como objetivo verificar a incompatibilidade vertical dos atos inferiores (leis ou atos do Poder Público) em relação à constituição.
Inconstitucionalidade por omissão: decorre por inércia legislativa a regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada.
NORMA INFRACONSTITUCIONAL
É a norma, lei que está hierarquicamente abaixo da CF. A CF é considerada a Lei Maior do Estado e, as demais normas jurídicas são consideradas infraconstitucionais, pois inferior às regras previstas na CF.
A inconstitucionalidade por ação pode decorrer: 
Por vício formal; 
Por vício material. 
Na inconstitucionalidade por vício formal verifica-se quando a lei ou ato normativo infraconstitucional (leis) contiver algum vício em sua forma, ou seja, em seu processo de formação, vale dizer, no processo legislativo de sua elaboração, ou ainda, em razão de sua elaboração por autoridade incompetente.
A inconstitucionalidade por vício material se refere ao conteúdo, substancial ou doutrinário. O vício se diz respeito à matéria, ao conteúdo do ato normativo. Caso um ato normativo afronte a Lei Maior (Constituição Federal) deverá ser declarado inconstitucional, por possuir um vício material.
AÇÕES CONSTITUCIONAIS
Ou também chamados de “remédios constitucionais”. São instrumentos à disposição do operador do direito para garantir a aplicação da lei. A CF trouxe ao todo 6 ações constitucionais, sendo: 
Mandado de segurança
Ação constitucional que visa especificamente proteger direito líquido e certo, individual ou coletivo, violado ou ameaçado de violação por ato ou omissão de autoridade pública ou de agente de pessoa jurídica de direito provado no exercício de atribuições públicas, praticado ilegalmente ou com abuso de poder. 
Mandado de Injunção
Visa assegurar o exercício de um direito quando ainda carente de regulamentação. 
Habeas Data
É uma ação constitucional de natureza civil, gratuita, que pretende viabilizar o acesso, a retificação ou anotação de informação da pessoa do impetrante constante no banco de dados públicos ou privados de caráter público. O habeas data tem caráter personalíssimo, porém comporta exceção no direito sucessório. 
Habeas Corpus
É um remédio voltado para garantir a liberdade física de locomoção. É uma ação que assegura ao indivíduo o direito de não sofrer constrição ilegal em seu direito de ir e vir e permanecer. O habeas corpus pode ser preventivo, com o objetivo de impedir a perpetração da violência ou coação ilegal, ou suspensivo, utilizado com o propósito de liberar o paciente quando já consumado a coação. 
Ação Popular
É uma ação constitucional gratuita, salvo má-fé, de natureza cível que visa anular ato ou contrato lesivo ao patrimônio público ou ainda a moralidade administrativa, ao meio ambiente ou ao patrimônio histórico cultural. Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular. 
Ação Civil Pública
A ação civil pública é um dos meios mais significativos de efetivação das normas constitucionaisna defesa coletiva de direitos fundamentais. Essa ação foi criada pela lei 7.347/85 que fixou a disciplina da responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e a qualquer outro interesse difuso coletivo. 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CF/88
ART.1º da CF: 
Soberania; 
Cidadania; 
Dignidade da Pessoa Humana; 
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
O pluralismo político.
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações; 
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da lei; 
Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
É livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato; 
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenização;
É inviolável a liberdade de consciência e de crença; 
É assegurada a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares; 
Ninguém será privado de seus direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política; 
É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação; 
São invioláveis a intimidade, vida privada, a honra e a imagem das pessoas; 
A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do morador; 
É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas;
É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão; 
É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte;
É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz; 
 Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião; 
É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
A criação de associações e de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer associado; 
As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
É garantido o direito de propriedade; 
A propriedade atenderá a sua função social; 
A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro; 
No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora de pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva; 
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras; 
São assegurados, nos termos da lei: a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução de imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas e o direito de fiscalização de aproveitamento econômico das obras; 
A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais... 
É garantido o direito de herança; 
A sucessão de bens estrangeiros situados no País será regulamentada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros; 
O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei; 
São a todos assegurados, independentemente de pagamento de taxas: o direito de petição aos Poderes Públicos e a obtenção de certidões em repartições públicas; 
A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito; 
A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
Não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
É reconhecida a instituição do Júri, com organização que lhe der a lei, assegurados: a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência para julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
Não há crime sem lei anterior que o defina; 
A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
A lei punirá discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; 
A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível; 
A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos; 
Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
Nenhuma pena passará da pessoa do condenado; 
A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: privação ou restrição da liberdade, perda de bens, multa, prestação de serviços à comunidade ou suspensão ou interdição de direitos; 
Não haverá penas: de morte (salvo em caso de guerra declarada), de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e cruéis. 
A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; 
Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; 
Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
Aos litigantes, em processo judicial ou administrativos, e aos acusados em geral serão assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meio ilícito; 
Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal; 
Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se estão não for intentada no prazo legal; 
A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente;
A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso; 
O preso será informado de seus direitos, entre os quais permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir liberdade provisória, com ou sem fiança; 
Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do prestador de alimentos e do depositário infiel; 
Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer...
Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo...
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: partido político com representação no Congresso Nacional e por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituídae em funcionamento há pelo menos um ano; 
Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma torne inviável...
Conceder-se-á habeas data para assegurar o direito de informações... 
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular....
O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. 
O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como ficar preso além do tempo fixado na sentença;
São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: o registro civil de nascimento e a certidão de óbito; 
São gratuitas as ações de habeas data e habeas corpus; 
A todos, no âmbito judiciário e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
NACIONALIDADE
ART.12 da CF/88.São brasileiros natos: 
Os nascidos no Brasil, ainda que de pais estrangeiros desde que estes não estejam a serviço do seu país; 
Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço do Brasil; 
Os nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingido maior idade, pela nacionalidade brasileira. 
São brasileiros naturalizados: 
Os que na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
Os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 
OBSERVAÇÃO: aos portugueses com residência permanente no país, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo em casos previstos na Constituição. 
São privativos de brasileiros NATO os cargos: 
Presidente e Vice da República; 
Presidente da Câmara dos Deputados; 
Presidente do Senado Federal; 
Ministro do Supremo Federal;
Carreira Diplomática;
Oficial das Forças Armadas; 
Ministro de Estado de Defesa. 
ART.12 da CF/88, §4º: Será decretada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
Tiver cancelada a sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos (reconhecimento de nacionalidade originária ou de imposição de naturalização, pela norma estrangeira). 
ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS (POLÍTICO-ADMINISTRATIVA)
A organização político-administrativa do Brasil compreende a União, os Estados, o DF e os Municípios, todos autônomos, nos termos da CF. 
§1º- Brasília é a capital federal. 
§2º-Os territórios federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou integração ao Estado de origem serão reguladas por lei complementar. 
§3º-Os Estados podem incorporar-se entre si, subsidiariamente ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
§4º-A criação, incorporação, fusão e o desmembramento de municípios, far-se-ão por lei Estadual, dentro do período por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
MINISTÉRIO PÚBLICO
ART.127, CF/88: O MP é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
§1º-São princípios institucionais do MP a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
§2º-Ao MP é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art.169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, promovendo-os por concurso público de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira. 
§3º-O MP elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
O Ministério Público abrange: MPF, MPT, MPM e MPDF e MP dos Estados. 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O Procurador-Geral da República é o chefe do ministério público da união e do ministério público federal. Além disso, ele também é o procurador-geral eleitoral. No nível federal, temos os procuradores da república, que atuam junto à justiça federal. Nos estados os promotores e procuradores de justiça trabalham junto à justiça estadual. Quando o assunto envolver matéria federal, os encarregados serão os procuradores regionais da república e o processo será responsabilidade do tribunal regional federal. Quando a matéria é estadual, os procuradores de justiça atuam junto aos tribunais de justiça estaduais.
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
O Ministério Público da União (MPU) compreende os seguintes ramos: a) O Ministério Público Federal (MPF); b) O Ministério Público do Trabalho (MPT); c) O Ministério Público Militar (MPM); d) O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União divergem do Ministério Público dos Estados. Enquanto o MPU é regido pela Lei Complementar nº 75/1993, o MPE rege-se pela Lei nº 8.625/1993.
Ao MPU é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira. Sendo as carreiras dos membros dos diferentes ramos independentes entre si. Dessa forma, para ser membro do MPF, deve-se prestar concurso público para o MPF. Para ser membro do MPT, deve-se prestar concurso para o MPT, e assim por diante. Quanto a carreira técnico-administrativa, esta é única para todo o MPU. O candidato presta concurso público para o MPU e pode ser lotado em qualquer um dos ramos.
O que o MPU faz? 
a) defesa da ordem jurídica, ou seja, o Ministério Público deve zelar pela observância e pelo cumprimento da lei. FISCAL DA LEI, atividade interveniente.
b) defesa do patrimônio nacional, do patrimônio público e social, do patrimônio cultural, do meio ambiente, dos direitos e interesses da coletividade, especialmente das comunidades indígenas, da família, da criança, do adolescente e do idoso. DEFENSOR DO POVO
c) defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
d) controle externo da atividade policial. Trata-se da investigação de crimes, da requisição de instauração de inquéritos policiais, da promoção pela responsabilização dos culpados, do combate à tortura e aos meios ilícitos de provas, entre outras possibilidades de atuação. Os membros do MPU têm liberdade de ação tanto para pedir a absolvição do réu quanto para acusá-lo.
INSTRUMENTOS DE ATUAÇÃO DO MPU (alguns exemplos): 
a) promover ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade; 
b) promover representação para intervenção federal nos Estados e Distrito Federal; 
c) impetrar habeas corpus e mandado de segurança; 
d) promover mandado de injunção; 
e) promover inquérito civil e ação civil pública para proteger:
Direitos constitucionais; 
Patrimônio público e social; 
Meio ambiente; 
Patrimônio cultural; 
Interesses individuais indisponíveis, homogêneos e sociais, difusos e coletivos.
f) promover ação penal pública;
g) expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância pública; 
h) expedir notificações ou requisições (de informações, de documentos, de diligências investigatórias, de instauração de inquérito policial à autoridade policial).
GARANTIAS DOS MEMBROS DO MPU
- Vitaliciedade;
- Inamovibilidade (impossibilidade de remover compulsoriamente o titular de seu cargo); 
- Independência funcional (liberdade no exercício das funções); 
- Foro especial;
- Irredutibilidade de vencimentos. 
VEDAÇÕES AOS MEMBROS DO MPU
- Recebimentode honorários ou custas 
- Exercício da advocacia 
- Participação em sociedade comercial 
- Atividade político-partidária
PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA
Ele é, também, o procurador-geral Eleitoral. Nomeado pelo presidente da República, após aprovação do Senado Federal, cabe a ele, dentre outras atribuições nomear o procurador-geral do Trabalho (chefe do MPT), o procurador-geral da Justiça Militar (chefe do MPM) e dar posse ao procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios (chefe do MPDFT).
MINISTÉRIO PÚBLICO DOS ESTADOS
O Ministério Público é dividido em Ministério Público da União e Ministério Público dos Estados. Ou seja, cada estado brasileiro tem um órgão fiscalizador próprio, cuja missão é defender os interesses da sociedade e garantir os direitos dos cidadãos e cidadãs. De uma forma geral, o MP Estadual é responsável por manter a ordem jurídica de seu estado de origem e garantir a aplicação da lei em diversas áreas. Por isso, deve estar em constante harmonia com a sociedade, pois atua em seu favor em diversas áreas, como saúde, educação, direitos humanos, consumidor, crime, patrimônio público, meio ambiente, entre várias outras.
O Ministério Público deve promover a ação penal pública e a ação civil pública, nos termos da lei. A execução dessas ações é dividida em:
Primeira instância – na qual atuam os promotores de justiça. Nesse grau, o promotor pode iniciar uma ação ou dar continuidade a uma, que será julgada por um juiz de primeiro grau.
Segunda instância – quando alguma das partes do processo recorre à decisão tomada pelo juiz de primeiro grau, quem “cuida” do processo são os procuradores de justiça ou o Procurador-Geral de Justiça. A decisão sobre o processo é tomada pelos desembargadores, que são os juízes de segundo grau.
O Ministério Público estadual faz uma divisão das comarcas, que são como as sedes da instituição em cada cidade, onde ficam os gabinetes de cada promotor de justiça. As comarcas podem atender a uma só cidade ou a várias cidades numa determinada região e são divididas de acordo com a demanda de atendimento e necessidade daquela comunidade. A sede do MP em cada comarca fica nos Fóruns Públicos.
O início de um processo pelo Ministério Público pode ser por:
Recebimento de um inquérito policial – então, o promotor deve analisar as provas que foram recolhidas pela polícia e os fatos para definir se deve ser aberto um processo judicial contra a pessoa acusada. Caso haja provas, pode dar continuidade e abrir um processo; se não houver, pode requisitar mais provas à polícia civil ou fazer uma investigação própria.
Procedimento investigatório criminal – o promotor de justiça pode fazer uma investigação independente sobre um determinado caso.
Recebimento de denúncia – qualquer cidadão pode fazer uma denúncia diretamente ao promotor de justiça, sobre situações que lhe digam respeito ou das quais tenham conhecimento. A partir disso, o promotor deve investigar e constatar se existem irregularidades ou não para tomar a decisão de instaurar um processo judicial.
DO ESTADO DE DEFESA DO ESTADO E INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS
ESTADO DE DEFESA (art. 136) - O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar, ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social, ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. 
O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: 
I - restrições aos direitos de: reunião, ainda que exercida no seio das associações; sigilo de correspondência; e sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; 
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
§3º- Na vigência do Estado de Defesa: 
I – a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
II – a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação; 
III – a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
IV – é vedada a incomunicabilidade do preso. 
Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de 24 horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. 
Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias. 
O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa. 
Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa. 
DO ESTADO DE SÍTIO (art. 137) - O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos seguintes casos: - comoção grave de repercussão nacional, ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa (nesse caso, não poderá ser decretado por mais de trinta dias); e na ocorrência de declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira (nesse caso, poderá ser decretado por todo o tempo de duração da guerra). O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
Disposições Gerais – A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
CAPÍTULO I – PRINCIPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Art.172 e seguintes da CF/88.
A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano, e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: 
Soberania nacional; 
Propriedade privada;
Função social da propriedade; 
Livre concorrência; 
Defesa do consumidor; 
Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação. 
Redução das desigualdades regionais e sociais; 
Busca de pleno emprego; 
Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país. 
É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização dos órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. 
A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.Ressalvados os casos previstos na CF, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: 
Sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; 
A sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
Licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; 
A constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; 
Os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. 
A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade;
A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário de lucros.
ART.174- Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.
A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo. 
O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros. 
As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior, terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas na lei. 
ART.175- Incumbe ao P.Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. 
A lei disporá sobre: 
O regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; 
Os direitos dos usuários; 
Política tarifária; 
A obrigação de manter serviço adequado. 
As jazidas, em lavras ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra. 
Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida. 
ART.177- Constituem monopólio da União:
A pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
A refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; 
A importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores;
O transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos do petróleo produzidos no país, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem;
A pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados. 
CAPÍTULO II – DA POLÍTICA URBANA
A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. 
O pleno diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. 
As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. 
É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
Parcelamento ou edificação compulsório; 
Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; 
Desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. 
Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 
Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
CAPÍTULO III – DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA AGRÁRIA
Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. 
O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação. 
Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação. 
O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos de dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício. 
São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. 
ART.185- São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: 
 A pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra; 
A propriedade produtiva. 
ART186 – A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: 
Aproveitamento racional e adequado;
Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; 
Observância das disposições que regulam as relações de trabalham; 
Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. 
A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente: 
Os instrumentos creditícios e fiscais; 
Os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;
 O incentivo à pesquisa e à tecnologia; 
A assistência técnica e extensão rural; 
O seguro agrícola; 
O cooperativismo; 
A eletrificação rural e irrigação; 
A habitação parao trabalhador rural. 
§1º- Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agroindustriais, agropecuárias, pesqueiras e florestais. 
§2º- Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária. 
ART188- A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária. 
CAPÍTULO IV – DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
ART.192- O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir os interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. 
DA ORDEM SOCIAL
A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça social. 
1ª- DA SEGURIDADE SOCIAL
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: 
Universalidade da cobertura e do atendimento; 
Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
Irredutibilidade do valor dos benefícios; 
Equidade na forma de participação no custeio;
Diversidade da base de financiamento; 
Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
ART.195- A seguridade social será financiada por toda a sociedade, na forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
*Folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados.
*A receita ou o faturamento; 
*O lucro. 
Do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art.201;
Sobre a receita de concursos de prognósticos; 
Do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o DF e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.
É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, “a”, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. 
2º- DA SAÚDE
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiro e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo om as seguintes diretrizes: 
Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
Participação da comunidade. 
ART.199- A assistência à saúde é livre iniciativa a iniciativa privada. 
As instituições privadas poderão participar de forma complementar ao sistema único de saúdem segundo diretrizes deste, mediante contato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantróficas e as sem fins lucrativos. 
É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
É vedada participação direta ou indireta de empresa de capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 
ART.200- Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
Ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde; 
Participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico;
Incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação. 
Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; 
Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; 
3º- DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
Cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
Proteção à maternidade, especialmente às gestantes; 
Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no §2º. 
Nenhum benefício que substitua salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. 
É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:
35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos, se mulher; 
65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. 
4º- DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
O amparo às crianças e adolescentes carentes;
A promoção da integração ao mercado de trabalho;
A habitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; 
A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstas no art.195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: 
Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normasgerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social; 
Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; 
5º- DA EDUCAÇÃO 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; 
Gestão de democrática do ensino público, na forma da lei; 
Garantia de padrão de qualidade; 
Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos da lei federal.
ART.207- As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
§1º- É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros;
ART.208- O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
 
6º- DA CULTURA
7º- DO DESPORTO
8º- DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
9º- DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
10º- DO MEIO AMBIENTE
11º- DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E DO IDOSO
12º- DOS ÍNDIOS
 
 
DIREITO CIVIL
LEI DE INTRODUÇÃO DO CÓDIGO CIVIL
A lei é a 4.657/47 e dispõe de 19 artigos, os quais veremos a seguir: 
ART.1º- Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
§ 1º- Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
§3º- Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§4º- As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
ART.2º- Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
§1º- A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§2º- A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§3º- Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
ART.3º- Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
ART.4º- Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
ART.5º- Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
ART.6º- A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
§1º- Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
§2º- Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
§3º- Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
ART.7º- A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§1º- Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
§2º- O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.
§3º- Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
§4º- O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
§5º- O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro.
§6º- O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.
§7º- Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
§8º- Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.
ART.8º- Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
§1º- Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
§2º- O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.
ART.9º- Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
§1º- Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
§2º- A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.
ART.10- A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§1º- A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
§2º- A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
ART.11- As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituÍrem.
§1º- Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.
§2º- Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituido, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou suscetÍveis de desapropriação.
§3º- Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.ART.12- É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§1º- Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil.
§2º- A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.
ART.13- A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
ART.14- Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência.
ART.15- Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os seguintes requisitos:
haver sido proferida por juiz competente;
terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;
ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida;
estar traduzida por intérprete autorizado;
ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
ART.16- Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei.
ART.17- As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
ART.18- Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado.
§1º- As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento.
§2º- É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública.
ART.19- Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais.
Parágrafo Único: No caso em que a celebração esses atos tiver sido recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei.
ELABORAÇÃO E VIGÊNCIA DA LEI
Mais pode ser dito pela lei complementar nº 95 de 1998 (em anexo).
ESQUEMA ABAIXO: 
Promulgação = é o "ok" dado pelo último órgão competente daquele processo legislativo, dizendo que o procedimento foi completado de acordo com a previsão da CF. Até aqui a lei tem ZERO efeitos.
Publicação = condição p/ que a lei produza efeitos externos. É a divulgação dela p/ as pessoas. Depois de publicada, como no caso ela só tem vigor em 30 dias e eficácia em 90 dias, ela produz apenas 1 efeito: não pode ser editada lei contrária à essa lei. (a não ser que a revogue)
Entretanto, as pessoas não precisam respeitar essa lei. Por enquanto, continua valendo a lei anterior que regulava o assunto.
Vigência = no caso, 30 dias após a publicação. Minha dúvida é aqui... serve p/ q entrar em vigor? Qual efeito isso produz? Foi o efeito que eu citei na publicação? Troquei as bolas? Se sim, qual é o efeito então da publicação?
Eficácia = é a produção de efeitos da lei. No caso, depois de 90 dias da publicação, todo mundo tem que seguir as regras dessa lei e a lei anterior que regulava o assunto - estará revogada nas partes em que contrariar a lei nova. 
DAS PESSOAS NATURAIS: PERSONALIDADE, CAPACIDADE E DOMICÍLIO
Esta parte do código civil/02 começa desde o art.1º, que diz: 
-Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
-A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: os maiores de 16 e menores de 18 anos, os ébrios eventuais e os viciados em tóxico, aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade e os pródigos.
A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial!!!
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Cessará, para os menores, a incapacidade:
Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
Pelo casamento;
Pelo exercício de emprego público efetivo;
Pela colação de grau em curso de ensino superior;
Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. 
A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Serão registrados em registro público:
Os nascimentos, os casamentos e os óbitos;
A emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
A interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
A sentença declaratória de ausência e de morte presumida. 
Far-se-á averbação em registro público:
Das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
Dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;
Sobre direito de personalidade...
Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. O ato previsto neste parágrafo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
É válida, com objetivo científico, ou altruístico,a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. 
Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
Sobre domicílio...
O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.
Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
TUTELA E CURATELA
A curatela é um encargo deferido a alguém capaz, para que passe a reger a pessoa e administrar os bens de outra pessoa que não pode fazê-lo por si mesmo, em razão de incapacidade. Pela questão assistencial, a curatela torna-se semelhante à tutela. Em regra, a curatela é deferida a maiores de idade, no entanto, não se destina somente à pessoas incapazes. O Código Civil trata da curatela de nascituros e pessoas maiores de 16 anos e menores de 18, que não possam praticar nenhum ato da vida civil, por problemas mentais.
A tutela é um encargo conferido por lei a uma pessoa capaz, para cuidar e administrar os bens de uma pessoa menor. Esta obrigação abrange administrar os bens e o próprio tutelado. É necessário o reconhecimento judicial da tutela, uma vez que o encargo é imposto por lei. É possível, no entanto, que os pais, conjuntamente, realizem um testamento e façam a previsão de quem será o tutor dos filhos menores no caso de seu falecimento.
PESSOAS JURÍDICAS
Art.40 e seguintes do Código Civil de 2002.
As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
São pessoas jurídicas de direito público interno:
a União;
os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
os Municípios;
as autarquias, inclusive as associações públicas;
as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
São pessoas jurídicas de direito privado:
As associações; 
As sociedades;
As fundações;
As organizações religiosas;
Os partidos políticos;
As empresas individuais de responsabilidade limitada.
São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial do Código Civil de 2002.
Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. 
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Art. 46. O registro declarará:
A denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
O nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
O modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
Se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
Se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
As condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.
Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certase determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
ART.51- Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
§1º- Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.
§2º- As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado.
§3º- Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.
Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
da União, o Distrito Federal;
dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
BENS
Bens são valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação de direito. Enquanto o objeto do direito positivo é a conduta humana, o objeto do direito subjetivo podem ser bens ou coisas não valoráveis pecuniariamente. No código civil está representado nos arts.79 e seguintes. 
São bens jurídicos os de natureza patrimonial, isto é, tudo aquilo que se possa incorporar ao nosso patrimônio é um bem: uma casa, um carro, uma roupa, um livro, ou um CD. Além disso, há uma classe de bens jurídicos não-patrimoniais. Não são economicamente estimáveis, como também insuscetíveis de valoração pecuniária: a vida e a honra são exemplos fáceis de se compreender.
Os bens podem ser classificados em: móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, fungíveis e infungíveis, consumíveis e inconsumíveis, divisíveis e indivisíveis, singulares e coletivos, comercializáveis ou fora do comércio, principais e acessórios, e públicos ou particulares. Nosso artigo tratará de algumas das espécies ora classificadas.
DOS BENS IMÓVEIS
Art.79- São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Art.80- Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
O direito à sucessão aberta.
Art.81- Não perdem o caráter de imóveis:
As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
DOS BENS MÓVEIS
Art.82- São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Art.82- Consideram-se móveis para os efeitos legais:
As energias que tenham valor econômico;
Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Art.84- Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS
Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros de mesmo gênero/espécie, quantidade e qualidade, conforme o disposto no artigo 85 do Novo Código Civil, sendo certo que tal classificação é típica de bens móveis, podendo-se citar os seguintes exemplos: café, soja, minério de carvão, dinheiro etc. 
Já os bens infungíveis são aqueles de natureza insubstituível, como, por exemplo, uma obra de arte, uma edição rara de um livro, um touro premiado etc. A fungibilidade dos bens, de forma geral, deriva da própria natureza do bem. Exemplo: álbum de casamento, cavalo premiado, vaso antigo deixado de herança, uma joia de família...
Mas existem ocasiões que tal situação não se verifica necessariamente assim, tendo em vista que a vontade das partes poderá transformar um bem fungível em infungível. Um exemplo é o de uma cesta de frutas que fica exposta para ornamentação em um evento de um restaurante. Tal cesta deverá ser devolvida ao final do evento, não se admitindo que seja substituída por outra. Para Washington de Barros Monteiro (2005, p.184):
BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS
Os bens consumíveis são os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, bem como aqueles destinados à alienação, como bem se observa no disposto no artigo 86 do Novo Código Civil, sendo divididos em consumíveis de fato, como os alimentos, e consumíveis de direito, como o dinheiro.
Os bens inconsumíveis são aqueles que suportam uso continuado, sem prejuízo do seu perecimento ou destruição progressiva e natural, como um carro, pois, a característica da durabilidade é imprescindível nesta diferenciação. Para Orlando Gomes (2001, p.224):
“Para ser considerado naturalmente consumível é preciso que, com o uso, sofra destruição imediata. O bem suscetível de consumir-se ou deteriorar-se depois de um lapso de tempo mais ou menos longo não é considerado consumível... Não consumível é, portanto, a coisa que suporta uso continuado, repetido”.
Pode-se fazer um apanhado de exemplos de inconsumíveis. A roupa não é consumível, porque se gasta lentamente com o uso, assim como uma panela, um aparelho de dvd, um sofá, uma mesa, etc. Para Caio Mário da Silva Pereira (2001, p.271):
BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
De acordo com o disposto no artigo 87 do Novo Código Civil, “bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam”. 
Já os indivisíveis são aqueles em que não se verifica a possibilidade de fracionamento ou divisão. A indivisibilidade pode resultar:
Da própria natureza do bem em questão: por exemplo, um animal.
De determinação legal, imposição da lei; 
Ou pela vontade das partes. 
BENS SINGULARES E COLETIVOS
Bens singulares são aqueles considerados em sua individualidade, representado por uma unidade autônoma. Os bens singulares podem ser divididos em simples e compostos.
Os bens coletivos são aqueles que, sendo compostos de vários bens singulares, acabam por formar um todo homogêneo. Como, por exemplo, o gado formado por diversos bois, uma pinacoteca formada por várias pinturas, ou uma biblioteca formada de vários livros.
Artigos: 89,90 e 91 do CC/02.
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
Classificação de bem que leva em conta o liame jurídico existente entre o bem jurídico principal e o acessório. Principal é o bem que possui autonomia estrutural, ou seja, que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Acessório é aquele cuja existência supõe a do principal. A regra geral é que o acessório segue sempre a sorte do principal. São bens acessórios: os frutos; os produtos; os rendimentos (frutos civis); as pertenças (art. 93 do CC); as benfeitorias (arts. 96 e 97 do CC); as partes integrantes.
Assim, principal é a coisa que tem uma existência própria. Ou seja, que existe por si só. Por exemplo, árvore (mangueira) existe autonomamente sem depender de outro bem. Tem existência autônoma, pois não necessita de nenhum outro bem para existir.
Já o acessório é aquele cuja existência depende da principal, são decorrente de outros. Por exemplo, a manga para existir, depende da mangueira. Não é autônomo, sempre depende da existência de outro bem (o principal).
A finalidade da pertença é prestar ao uso, serviço ou embelezamento do bem principal, tendo em conta que a primeira jamais integrará permanentemente o segundo.
Num carro, a roda não é pertença, pois, embora seja um bem móvel que esteja servindo ao uso do carro de modo duradouro, a roda integra o carro. Já o tapete do carro é considerado uma pertença, pois é um bem móvel colocado a serviço do carro de modo duradouro, mas que não o integra. 
Outro exemplo, um aparelho de ar condicionado instalado no quarto da casa pode ser considerado pertença, pois é um bem móvel que se destina de modo duradouro ao uso e ao serviço daquela casa, mas que não integra a casa.
De acordo

Continue navegando