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Os Jardins na História Curso Arquitetura e Urbanismo Disciplina: PUP - PROJETO URBANO E PAISAGISMO Docentes: João Victor Melina Medeiros Thaísa Vicentim 2016 O campo projetual do Paisagismo em sua evolução, por tradição, acha-se fortemente ligado à historia dos jardins. JARDIM •Relacionado ao prazer e ao deleite •Representação de um mundo ideal “Arquitetura da paisagem é a arte de organizar a terra e os objetos dispostos sobre ela, para uso e deleite humanos”. (Constituição – 1950) “Arquitetura da paisagem é a arte da aplicação de princípios científicos à terra – seu planejamento, projeto e gerenciamento – para atender o público, a saúde e o bem-estar social, possuindo ainda um compromisso com o conceito o manejo do território”. (Albert Fein – ASLA 1972) “Arquitetura da paisagem é a arte do projeto, planejamento ou manejo da terra e da organização de elementos naturais ou construídos através da aplicação de conhecimentos culturais e científicos, relacionados ao manejo e conservação dos recursos, a fim de que o ambiente resultante sirva a propósitos de utilização e fruição”. (Constituição – 1975) Com os progressos sócio – culturais, inovações técnicas, a preocupação com as questões ambientais, o paisagismo continuou ampliando gradativamente sua área de ação. Em 1983, a definição da ASLA (American Society of Landascape Architecture) classificou a arquitetura da paisagem como: “a profissão que aplica princípios artísticos e científicos à pesquisa, ao planejamento ao projeto e manejo de ambientes construídos e naturais. Os profissionais atuantes utilizam habilidades criativas e técnicas, além de conhecimento científico, cultural e político na organização planejada de elementos naturais e construídos . Os ambientes resultantes devem atender a propósitos estéticos, funcionais, de segurança e fruição”. A evolução do campo do projeto paisagístico esteve, durante muito tempo, atrelada à história dos jardins. As cidades surgem desde 4.000 anos a.C. e, a partir de então, os jardins passam a representar uma preocupação de caráter mais amplo que apenas o ornamental. Pois se analisarmos a primeira moradia dos seres humanos (Adão e Eva) foi em um jardim. Na construção das primeiras cidades, a criação de ambientes especiais dotados de significados simbólicos, a obra divina cede lugar à arquitetura dos seres humanos e o espaço da natureza cedia lugar aos espaços culturais da civilização. Os jardins ou áreas onde se cultivam plantas apareceram efetivamente nas antigas civilizações, como Egito, Mesopotâmia, Babilônia, Grécia, Pérsia, Índia, Japão e China. Os jardins apareceram quando o homem já vivia em cidades. Ele os utilizava tanto para a manutenção de seus viveres quanto para a sua ostentação, sem deixarmos de mencionar seu desejo de permanecer em contato com a natureza. EGITO • encontra-se em uma área de solo fértil; •desenvolveram plantas e frutos para uso de seus proprietários; • Tinham como característica a irrigação; •Nos espelhos d’água eram cultivados lótus e papiro, para o fabricação de papel. Jardim do governador de Tebas BABILÔNIA • terraços ajardinados, vistas panorâmicas; Jardins Suspensos da Babilônia PÉRSIA • famosos por seus jardins paradisíacos; • Sistemas de irrigação; • Foram os primeiros a utilizar as plantas por seu valor estético, tirando partido de sua forma e aroma. Jardins Persas Espanha • Mescla entre jardim do paraíso e átrio romano • Uso de água como refrigeração, irrigação e simbolismo • Respeito ao clima • Livre circulação de ar Alhambra (1238-1358) •Não havia grandes interesses em jardins. Habitações voltadas para um pátio pavimentado decorado com estátuas e plantas. Edifícios institucionais com jardins inspirados na Pérsia e Egito. •Residências como as gregas. Jardins como santuários sociais protegidos das ruas. Vilas romanas como representação da agricultura e afastamento das cidades: construções, piscinas, terraços e estatuas. Grécia e Roma Vila Adriana Europa Medieval •Queda do Império romano e ressurgir da Europa Moderna. • Fortificações e usos funcionais as áreas livres • Ervas medicinais, hortas, pomares. •Nos castelos medievais – funções relacionadas ao entretenimento – imagens idílicas da natureza. Europa Medieval Europa Medieval Europa Medieval Itália •Renascimento: uso de terraços e eixos. •Retiro espiritual Villa d’Este (1575) França •Referência a Itália, mas com formas mais rígidas e águas tranquilas. • Ligação entre clima e projeto. • Forma rígida e geométrica, simetria, proporção e perspectiva. Chantilly (século XIX) Versailles Inglaterra •Paisagem natural inglesa como determinante • Influência romântica: observação direta da natureza e princípios da pintura. • Surpresa, variedade e perspectivas idílicas. Stourhead (1725) Rousham (1738-1740) Estados Unidos •Continuidade das propostas românicas; •Adequação a paisagem natural americana. • Em 1858 Frederick Law Olmsted cria a denominação “arquiteto paisagista”. Central Park (século XIX) Frederick Law Olmsted Brasil • Influência de estilos e épocas de outros países; • Identidade a partir de Burle Marx •O paisagismo de Burle Marx cria padrões de desenho que incorporam as formações naturais sem, no entanto, copiá-las, como aconteceu nos jardins ingleses e, revoluciona a forma de projetar os espaços livres públicos, com concepção plástica própria, formas orgânicas e trabalho com a água. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 1808 Quinta da Boa Vista Praça Paris Aterro do Flamengo Burle Marx MES Burle Marx Brasilia – Burle Marx Para a próxima aula... • Trazer para a próxima aula, uma pesquisa sobre algum jardim da história que seja bastante visual, em A3, para apresentação e discussão na próxima aula.
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