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INTRODUÇÃO A POLÍMEROSINTRODUÇÃO A POLÍMEROS Prof. Felipe Fortes de Limao e pe o tes de a UFRJ MECANISMOS DE POLIMERIZAÇÃO MMP240 ‐ Introdução à polímeros ‐ Prof. Felipe Lima POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA IÔNICA Ti d í Ti d li i ã iô iTipo de íons: ?Cátion (+) ? i ( ) Tipos de polimerização iônica ?Catiônica ?A iô i?Ânion (‐) ?Aniônica Características: i Iniciação por íonsi. Iniciação por íons ii. Em solução iii Temperaturas baixas ou moderadasiii. Temperaturas baixas ou moderadas iv. Maior seletividade em relação ao monômero POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICA Polimerização envolvendo espécies ativas carregadasPolimerização envolvendo espécies ativas carregadas positivamente atuando como eletrófilos e associadas a espécies de cargas opostas (contra‐íons)espécies de cargas opostas (contra‐íons). Iniciação: ?Ácidos protônicos: HBr, HFSO3 ?Ácidos de Lewis: BF3, AlCl3 ?Sais orgânicos ?Moléculas orgânicas Efeitos importantes: ?Contra íon ?polarizadas: éster ou haletos ?Efeito do solvente POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICA Exemplos iniciadores catiônicos: Estabilidade do carbocátion GeometriaEstabilidade do carbocátion POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICA Iniciadores por agentes eletrofílicos: •Ácidos protônicos: HCl, HBr, H2SO4, HClO4 etc •Ácidos de Lewis (aceptores de e‐): ( p ) AlCl3, SnCl4, BF3, TiCl4, AgClO4 e T2 Esses últimos requerem ou iniciam mais rápido com oEsses últimos requerem ou iniciam mais rápido com o uso de co‐iniciadores: protgênicos (H2O, R‐OH, HCl t ) ti ê i ( l t d t b til fl t detc); ou catiogênicos (cloreto de t‐butila, fluoreto de trifenilmetila). PS.: normalmente os ácidos de Lewis são chamdos de co‐iniciadores e os compostos protogênicos é que sãop p g q os verdadeiros iniciadores. POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICA Efeitos importantes:Efeitos importantes: ?Contra íon ?Efeito do solvente?Efeito do solvente POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICA POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICA Transferência de cadeia:Transferência de cadeia: Competição entre ?Terminal eletrofílico propagante?Terminal eletrofílico propagante ?Nucleofílicos ?Bases?Bases POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICA Terminação ?Colapso com o contra‐íon ?Reações com impurezas nucleofílicas e aditivos ?Não ocorre combinação Massa molar Temperatura Massa molar Rp Atividade catalítica, em relação à polimerização em cadeia VIA CATIÔNICAcadeia VIA CATIÔNICA i Ressonânciai. Ressonância ii. Efeito estérico iii. Natureza do solvente i T t i liv. Temperatura reacional v. Presença de impurezasv. Presença de impurezas vi. Tipo e concentração de co‐ catalisador O tipo de solvente empregado afeta a polimerização. Um grande aumento em Rp e Xn é observado quanto maior o poder degrande aumento em Rp e Xn é observado quanto maior o poder de solvatação do solvente. Isto porque a concentração de íons livre aumenta (íons livre propagam mais rapidamente) em relação àsaumenta (íons livre propagam mais rapidamente) em relação às concentrações de par iônico separado por solvente e par iônico íntimo (propagam mais lentamente). ~RX ~R+X‐ ~R+ // X‐ ~R+ + X‐ Covalente Íon‐par intimamente ligado Íon‐par separado por solvente Íons livres ligado solvente Par iônico íntimo POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICA R i dResumindo TERMINAÇÃO INICIAÇÃO TERMINAÇÃO PROPAGAÇÃO TRANSFERÊNCIA DE CADEIA POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICA TérminoTérmino Transferência para monômero Rearranjo com o contra‐ion POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA CATIÔNICA TérminoTérmino Através da terminação forçada O hidrogênio resultante pode recombinar com seu contra‐íon da forma: 16 POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICA Conhecida como polimerização viva (living polymerization) porque se realizada em solventes sem prótons só ocorremporque se realizada em solventes sem prótons, só ocorrem dois processos cinéticos: ?Iniciação?Iniciação ?Propagação POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICAÇ Polimerização envolvendo espécies ativas carregadas negativamente atuando como nucleófilo e associadas anegativamente atuando como nucleófilo e associadas a espécies de cargas opostas (contra‐íons). Iniciação: ?Bases: Organometálicos do tipo R‐M: Bu‐Li ?Doadores de elétrons: l l Produção de polímeros telequélicos BF3, AlCl3 telequélicos Efeitos importantes: ?Contra íon Produção de copolímeros em bloco do tipo ABA ?Efeito do solvente bloco do tipo ABA POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICA Efeitos importantes: ?Contra íon ?Efeito do solvente POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICA POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICA Iniciação: formação de nucleófilos Forte | Estireno isoprenoForte | Estireno, isopreno Médio | MMA Fraco | cianoacrilatos Iniciação depende: ?Força do nucleófilo?Força do nucleófilo ?Estabilidade do ânion propagante gerado POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICA I i i ã I i i ã d dIniciação Iniciação depende: ?Força do nucleófilo ?E bilid d d â i d?Estabilidade do ânion propagante gerado POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICAPOLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA ANIÔNICA R i dResumindo Ê INICIAÇÃO TRANSFERÊNCIA DE CADEIA PROPAGAÇÃO 24 25 26 POLIMERIZAÇÃO VIVA POLIMERIZAÇÃO VIVA F i i fi á i dF i i fi á i dFatos experimentais que confirmam esse caráter vivo das Fatos experimentais que confirmam esse caráter vivo das polimerizações aniônicas:polimerizações aniônicas: • Aumento imediato da viscosidade de uma solução de cadeias ativas de monômero, polimerizado quantitativamente, pela adição de nova porção de monômero após um período de estocagem;monômero, após um período de estocagem; •Formação de um copolímero em bloco de isopreno e estireno, quando isopreno é adicionado a uma solução de cadeias ativas de estireno polimerizado quantitativamente;polimerizado quantitativamente; POLIMERIZAÇÃO VIVA i i fi á i di i fi á i dFatos experimentais que confirmam esse caráter vivo das Fatos experimentais que confirmam esse caráter vivo das polimerizações aniônicas:polimerizações aniônicas: •Formação quantitativa de terminais de cadeia com grupos funcionais selecionados como resultado da desativação de uma reação de polimerização aniônica com reagentes específicos, tal como CO2, para produzir polímeros terminados em grupos carboxila; •Existência de uma relação simples entre o grau de polimerização médio DP ô /e a razão monômero/iniciador; •Formação de polímeros com distribuição de massa molar muito estreita, quando a reação de iniciação é muito mais rápida do que a reação d ãde propagação. POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA COORDENAÇÃO Sistema catalítico Ziegler‐Natta é baseado em um composto de metal de transição, chamado catalisador (mais comum TiCl3), emç , ( 3), combinação com um composto chamdo cocatalisador, normalmente um alquilalumínio. i i l l( ) l i l l( )Pares mais comuns: TiCl3 e Al(C2H5)2Cl ou TiCl4 e Al(C2H5)3 Principal característica: permite a síntese de polímeros com taticidade específicaespecífica. Polímeros somente sintetizados via catálise ZN: polietileno de alta densidade polipropileno isotático ou sindiotático poliestireno sindiotáticodensidade, polipropileno isotático ou sindiotático,poliestireno sindiotático etc. POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA COORDENAÇÃO Esquema geral: Sistema iniciador é constituído por um composto com metal de transição (grupo IV‐VII) POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA VIA COORDENAÇÃO Exemplo de catálise Ziegler‐Natta POLIMERIZAÇÃO ISOTÁTICA I i i ãIniciação: •Formação do complexo catalític o (reação do composto de metalo (reação do composto de metal de transição com alquilaumínio) •Formação do complexo com a o lefina e inserção da primeira mo lécula (mecanismo consertado = li õ f t ã dligações se formam, outras são d estruídas). Em seguida ocorre a migração. Outro exemplo POLIMERIZAÇÃO SINDIOTÁTICA A iniciação é semelhante a do catalisador de Ti. Forma‐se o complexo do V com a primeira molécula de propileno, ocorre o mecanismo consertado o e o propileno é inserido entre o metal e o grupo etila. A diferença é que a cadeia em crescimento não migra e a nova lé l d il d bit l i tmolécula de propileno se coordena no orbital vazio oposto. Catalisadores Metalocênicos Limitações: A polimerização via catálise Ziegler‐Natta é muito empre gada para monômeros não polares como as olefinas (etileno, propile lf l f d )no, alfa‐olefinas superiores e dienos). Recentemente outros catalisadores têm sido descobertos, capazes de polimerização muitos outros monômeros e com altas atividades Novpolimerização muitos outros monômeros e com altas atividades. Nov os polímeros têm sido (Novos polietilenos, PP isotático, Pst sindiotáti co, Copolímeros de etileno com estireno e monômeros cíclicos).p ) l ã ó i d lá iRevolução no negócio de plásticos: ‐Polietileno com altíssima massa molar (6 a 7 milhões g/mol – para co letes à prova de bala) com propriedades de resistência a impacto melletes à prova de bala) com propriedades de resistência a impacto mel hores que Kevlar – aramida. ‐Polímeros com taticidade específica, com altas atividades catalíticas Catalisadores Metalocênicos Metaloceno: complexo de metal de transição carregado positivamente, com doi s ligantes a base de ânions ciclopentadienil – aromático – formando um “sanduí che”. Catalisadores Metalocênicos Catalisadores Metalocênicos PPistotático PPsindiotático PP l tô t lá tiPPsindiotático PP elastômero termoplástico POLIMERIZAÇÃO VIA ABERTURA DE ANEL Exemplo: Polimerização do polilactídeo POLIMERIZAÇÃO VIA ABERTURA DE ANEL P li i ã Ab t d A lPolimerização por Abertura de Anel • É uma forma de polimerização em cadeia emÉ uma forma de polimerização em cadeia, em que o terminal de um polímero age como um centro reativo ao qual se ligam monômeroscentro reativo, ao qual se ligam monômeros cíclicos para formar uma cadeia polimérica maior por meio de propagação iônicamaior por meio de propagação iônica. • O tratamento de alguns compostos cíclicos t li d b d lcom catalisadores causa a quebra do anel seguida pela formação de polímeros de alta l lmassa molecular. Polimerização por Abertura de AnelPolimerização por Abertura de Anel A polimerização por abertura de anel é definida como o processo em que o anel de um monômero se abre, formando- d i li é i lise uma cadeia polimérica linear. A equação geral é: Heteroátomo ou grupo funcional em um monômero cíclico Como O,N,S, ‐CH=CH‐ , ‐CONH‐, ‐COO‐ etc Com grupos como éter éster amida imina dupla,.etc. éter,éster, amida, imina, dupla ligação, etc. P li i ã Ab t d A lPolimerização por Abertura de Anel • Por exemplo, poliamida 6 pode ser preparada a partir da ε- l t lif ld íd é dcaprolactama e poliformaldeído, que é usado com um plástico de engenharia, pode ser preparado a partir do trioximetileno. NH (CH2)5 CO NH [ NH ( CH2 )5 CO ]n ( 2)5 CH2 O O CH2 CH2 [ CH2O ]n O P li i ã Ab t d A lPolimerização por Abertura de Anel • Exemplos de polímeros produzidos por este método: Al P li id i d l• Algumas Poliamidas a partir de lactamas: – PA 6: Policaprolactama a partir de caprolactama PA 12 P lil id ti d l ill t– PA 12: Polilauroamida a partir de laurillactama • Alguns Poliésteres a partir de lactonas: PCL : Policaprolactona a partir de caprolactona– PCL : Policaprolactona a partir de caprolactona • Poliéteres a partir de éteres cíclicos: Poli(óxido de etileno) a partir de óxido de etileno– Poli(óxido de etileno) a partir de óxido de etileno – Poli(óxido de propileno) a partir de óxido de propileno Politetraidrofurano a partir de THF– Politetraidrofurano a partir de THF P li i ã Ab t d A lPolimerização por Abertura de Anel • Quando o centro reativo da cadeia de propagação é um carbocátion a polimerização é chamada decarbocátion, a polimerização é chamada de polimerização por abertura de anel catiônica. • Quando o centro ativo é um carbânion a reação é• Quando o centro ativo é um carbânion, a reação é chamada de polimerização por abertura de anel aniônica Este é o caso do poli(óxido de propileno)aniônica. Este é o caso do poli(óxido de propileno). • Um tipo diferente de polimerização por abertura de anel baseado na metatesis de olefinas usaanel, baseado na metatesis de olefinas, usa catalisadores específicos ao invés de propagação catiônica ou aniônica. P li i ã Ab t d A lPolimerização por Abertura de Anel Por que não fazer polietileno? Em princípio pode-se sintetizar polietileno a partir deEm princípio, pode-se sintetizar polietileno a partir de cicloexano. Há duas boas razões para que essa reação não possa ser realizada: •(Cinética) O cicloexano não tem qualquer funcionalidade reativareativa. •(Termodinâmica) Anéis de seis membros são extremamente estáveis.estáveis. Polimerização por Abertura de Anelo e ação po be u a de e Energia livre de g polimerização para Cicloalcanos As considerações termodinâmicas para a abertura de anel são ilustradas pelode anel são ilustradas pelo gráfico da energia livre (hipotético) para a polimerização de cicloalcanos com diferentes tamanhos de anel para formar polietileno. (O "anel de dois membros" na verdade mostra os dados de etileno, CH2 = CH2 ). P li i ã Ab t d A lPolimerização por Abertura de Anel Polimerização por Abertura de AnelPolimerização por Abertura de Anel Monômeros Representativos para Polimerização por Abertura de Anel Polimerização por Abertura de AnelPolimerização por Abertura de Anel Exemplos de Polimerização por Abertura de Anel Poliésteres: Polimerização por Abertura de AnelPolimerização por Abertura de Anel Exemplos de Polimerização por Abertura de Anel Poliamidas: Polimerização por Abertura de AnelPolimerização por Abertura de Anel Exemplos de Polimerização por Abertura de Anel Silicones: Polimerização por Abertura de AnelPolimerização por Abertura de Anel Exemplos de Polimerização por Abertura de Anel Polifosfazenos: Polimerização por Abertura de AnelPolimerização por Abertura de Anel Exemplos de Polimerização por Abertura de Anel Polimerização de N-Carboxy Anhydrides: O lí d id é li( i á id ) li tíd E t ã éO polímero produzido é um poli(amino ácido) ou polipeptídeo. Esta reação é interessante porque é uma reação em cadeia com a eliminação de uma molécula pequena (CO2), o que é muito raro. POLIMERIZAÇÃO VIA ABERTURA DE ANEL Exemplo: Polimerização do polilactídeo TrabalhoTrabalho l f l d bDiga qual foi o mecanismo utilizado para obter os seguintes polímeros e comente: ) l l d b d d da) Polietileno de baixa densidade b)Polietileno de alta densidade ) i ídic) Resina epoxídica d)Poliisobutileno (elastômero) ) P li il i di á ie) Polipropileno sindiotático f) Polímero comercial (borracha SBS) ?copolímero ibl d i b di itribloco de estireno‐butadieno‐estireno
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