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* DISCIPLINA GBI 114 Zoologia de Protostômios 2016/2 Marconi S. Silva (marconisilva@dbi.ufla.br) AULA 1 * * Trabalho manuscrito - 08 pontos Filo Brachiopoda: Caracteres gerais. Sistemática. Aspectos de história natural e ecologia. Filo Phoronida: Caracteres gerais. Sistemática. Aspectos de história natural e ecologia Filo Ectoprocta ou Bryozoa: Caracteres gerais. Sistemática. Aspectos de história natural e ecologia “Lofoforados” * RUPPERT, E. E., FOX, R. S., BARNES, R. D.. Zoologia dos Invertebrados. 6ed. São Paulo: Roca, 1996. BRUSCA, R.C. & BRUSCA, G.J. 2007. Zoologia de invertebrados. 4ª ed. Rocca, S. Paulo. 1179 p. Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. BIBLIOGRAFIA BÁSICA * BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR HICKMAN, C. P.; ROBERTS, L. S. & LARSON, A. 2004. Princípios Integrados de Zoologia, Guanabara Koogan, 846p. MELO, G. A. S. Manual de Identificação dos Crustácea Decapoda de Água doce do Brasil. Museu de Zoologia, USP. São Paulo, 435p. 2003. STORER, T. I.; USINGER, R. L.; STEBBINS, R. C. & NYBAKKEN, J. W. 1996. Zoologia Geral, Companhia Editora Nacional, 816p. * Cinco reinos um guia ilustrado da vida na terra. Os Invertebrados - Uma Síntese * http://www.sea-entomologia.org/IDE@ * REINO ANIMALIA Organismos diplóides que se desenvolvem de embriões (blástulas) e que se formam da fusão de óvulos e espermatozóides haplóides. A meiose gamética produz ANISOGAMETAS. DO LATIM ANIMA: respiração, alma * * * DESTINOS DO BLASTÓPORO Protostomia Deuterostomia Blastoporo origina a boca Celoma esquizocélico Esqueleto ectodérmico Clivagem espiral/radial Blastoporo origina o ânus Celoma enterocélico Esqueleto mesodérmico Clivagem radial * Endoderme Protostômios esquizocelomados * Número de espécies Gráf5 1000 94 80 50 25 20 16.5 10 7 5.5 4.5 5.484 Espécies (x1000) Plan1 Filos Espécies Arthropoda 1000000 1000.00 Mollusca 94000 94.00 Protozoa 80000 80.00 Chordata 50000 50.00 Nematoda 25000 25.00 Platyhemilthes 20000 20.00 Annelida 16500 16.50 Cnidária 10000 10.00 Echinodermata 7000 7.00 Porifera 5500 5.50 Ectoprocta 4500 4.50 Outros Filos 5.48 Rotifera 1800 1.800 Acanthocephala 700 0.700 Tardigrada 600 0.600 Gastrotricha 450 0.450 Brachiopoda 335 0.335 Sipuncula 320 0.320 Nematomorpha 230 0.230 Entoprocta 150 0.150 Kinorhyncha 150 0.150 Echiura 135 0.135 Onycophora 110 0.110 Chaetognatha 100 0.100 Ctenophora 100 0.100 Hemichordata 85 0.085 Gnathostomulida 80 0.080 Rhombozoa 70 0.070 Orthonectida 20 0.020 Phoronida 20 0.020 Priapulida 16 0.016 Loricifera 10 0.010 Monoblastozoa 1 0.001 Placozoa 1 0.001 Cycliophora 1 0.001 Plan1 Espécies (x1000) Plan2 Espécies (x1000) Plan3 * Vermes celomados protostômios não segmentados Filo Sipuncula Filo Echiura Filo Priapulida Padrões emergentes Mecânica de Escavação Alimentação por depósitos Pigmentos respiratórios Importância evolutiva das larvas * Alimentação de depósito Não seletivos (ingere partículas orgânicas e minerais) Seletivos (seleciona as partículas orgânicas) * Pigmentos respiratórios Hemoglobina (Disseminada entre os bilatéria) Hemeretrina (Sipunculídeos e Priapulídeos) Hemocianina (Moluscos e Artrópodes) Clorocruorina (Sabeliidae, Serpulidae, Chlrhaemidae, Ampharetidae) * Hemocianina (Moluscos e Artrópodes) Amebócitos do sangue de L. polyphemus são usados na preparação do lisado de amebócitos de Limulus (LAL) que é usado na detecção de endotoxinas bacterianas. * Curvas de dissociação de oxigênio + AFINIDADE - Gráf2 10 5 2 15 5 3 21 10 4 32 15 5 40 20 6 50 25 7 60 30 8 70 38 9 80 45 10 90 50 11 90 60 12 90 60 13 90 60 14 Hemoglobina Hemeretrina Hemocianina PRESSÃO PARCIAL DE OXIGÊNIO % DE SATURAÇÃO Plan1 Pressão Parcial de Oxigênio Hemoglobina Hemeretrina Hemocianina 10 10 5 2 15 15 5 3 20 21 10 4 30 32 15 5 40 40 20 6 50 50 25 7 60 60 30 8 70 70 38 9 80 80 45 10 90 90 50 11 100 90 60 12 110 90 60 13 120 90 60 14 Plan1 Hemoglobina Hemeretrina Hemocianina PRESSÃO PARCIAL DE OXIGÊNIO % DE SATURAÇÃO Plan2 Plan3 * + AFINIDADE - * METANEFRÍDEOS * PROTONEFRÍDEOS * Filo Sipuncula Classes Sipunculida e Phascolosomida * http://cifonauta.cebimar.usp.br/ * * * Sipuncula Verme-amendoim Siphunculus do grego “pequeno tubo” 2 classes, 250 - 320 spp e 17 gêneros Não segmentados Simetria bilateral Esquizocelomados Habitantes de fendas em J e escavadores * Filo Sipuncula Organismos marinhos exclusivamente bentônicos de águas rasas. Tamanho corporal entre 2mm á 72cm Alimentadores de depósitos não seletivos e material em suspensão A distribuição é agregada, tendendo a uma maior abundância e costões (4.000 ind/m2). Sistema digestivo com ânus ântero-dorsal Tentáculos peri-orais Distribuição intertidal até 5.000m * Estruturas externas Escudo anal A = escavador de areia B = habitante de fendas C = Perfurador de rocha Themiste langeniformes 10 cm 1 cm Sipunculus nudus Paraspidossiphon Klunzigeri 2 cm Tentáculos Invaginação (Espinhos, tubérculos ou elementos cuticulares) Tronco Boca Escudo anal Perfurador de rocha Bloquear a entrada do buraco * Eversão da invaginação no sipúnculo -Themiste langeniformes * Mecânica de Escavação Âncora de penetração - qualquer animal que escave deve ancorar para depois empurrar o corpo para dentro do sedimento. Âncora terminal - É a extremidade no interior do sedimento que serve para puxar o animal * O peristaltismo é um dos tipos mais simples de coordenação de âncoras de penetração e terminais. A escavação peristáltica é comum em Anelídeos, sipuncula, equiuros e Nemertinos * * Fisiologia e organização interna Parede corporal com cutícula colágena espessa Epiderme glandular Camadas musculares longitudinais e circulares Peritônio ciliado não contrátil Um, dois ou quatro músculos retratores da invaginação Sistema nervoso subepidérmico, com cérebro dorsal e cordão nervoso ventral. * Sistema nervoso e orgõas dos sentidos Receptores sensoriais amplamente distribuidos na epiderme Orgõas nucais quimiorreceptores Presença de órgão cerebral São tigmótacticos Um par de Ocelos * Sistema nervoso subepidérmico, com cérebro dorsal e cordão nervoso ventral. A condição ancestral parece ser de cordão nervoso ventral duplo * Fisiologia e organização interna Intestino longo e enrolado em dupla hélice Possui duas cavidades celômicas (tentáculos & troncos) Ausência de sistemas sanguineo-vascular Vasos contráteis promovem ligações entre cavidades celômicas Possui hemeritrina * érebro Sipúnculo generalizado * Natação Escavação Habitante de fenda de rocha Perfurador de rocha * * Excreção e osmorregulação São osmoconformadores com habilidade para evitar a perda de água em ambientes hipertônicos, mas não ocorrem em água doce. A maioria possui um par de metanefrídios São amoniotélicos Urnas ciliadas ajudam na excreção recolhendo particulas no celoma * METANEFRÍDEOS * Os parasitas mais comuns de Sipuncula são Platyhelminthes Trematoda, Nematoda, Copepoda, e Protozoa. Larvasplanctônicas, de longa duração, servem como indicadores de correntes marinhas. Sipuncula constituem importante item da dieta de peixes. * Reprodução Gônadas na base dos músculos retratores Gametas sofrem maturação no celoma Fertilização externa Clivagem espiral Holoblástica Regeneração Fissão transversal do corpo Predominantemente dióicos Machos liberam gametas primeiro * Clivagem espiral Anelídeos e equiúros Moluscos e sipunculídeos * * Desenvolvimento Larval A larva característica dos Sipunculideos, moluscos, equiuros, poliquetose outros protostômios e um Trocóforo. Os trocóforos podem ser: Planctotróficas e ter vidas longas Lecitotróficas e ter vida curta * * * * Pelagosfera Larvas de sipuncúlidos são transparentes e nadam livres na água por meses antes de se transformarem no adulto. * Desenvolvimento direto ou com formação de trocóforo (A e B) lecitotrófico, com um ou dois instars (pelagosfera lecitotrófica ou planctotrófica C e D) * Fig. 1. Schematic of the four recognized developmental life history patterns in Sipuncula. (I) Direct development: embryogenesis leads directly to the production of a crawling vermiform stage. (II) Indirect lecithotrophic development: embryogenesis produces a swimming trochophore larva followed by metamorphosis into a juvenile worm. (III) Indirect lecithotrophic development: embryogenesis produces a swimming trochophore larva with metamorphosis into a swimming lecithotrophic pelagosphera larva, with or without a terminal organ, followed by the second metamorphosis into a juvenile worm. (IV) Indirect planktotrophic development: a swimming trochophore larva undergoes metamorphosis into a swimming planktotrophic pelagosphera larva, followed by the second metamorphosis into a juvenile worm. Planktotrophic pelagosphera larvae may be either short-lived (weeks) forms, or a larger long-lived teleplanic larva (months). All sipunculan trochophore larvae are lecithotrophic. * Alimento na Tailândia Sipunculus nudus * Atividades anti-inflamatórias e anti-nociceptiva (dor) de Sipunculus nudus É importante, ainda, destacar as propriedades bacteriostáticas e imunológicas do fluído celomático desses vermes. * * Filo Echiura Grego - echis = serpente Latim - ura = cauda Vermes colher Vermes salsicha * Tronco variando de 1 cm e 50 cm e probóscide ate 2 m Animais não segmentados Corpo dividido em probóscide e tronco * * * * * * Filo Echiura – 135 spp Sistema digestivo completo com ânus terminal Exclusivamente marinhos e habitantes de buracos em U Ocupam buracos de rochas e corais, na lama e na areia Ocorrem em águas rasas e profundas (intertidal até 10.000m) Animais lentos que escavam e se locomovem com peristaltismo Alimentador de depósitos Osmorreguladores * Estruturas externas Tronco Boca Nefridioporo Cerdas quitinosas para cavar Ânus Prostômio Cílios Glândulas de muco * Organização interna e fisiologia Parede corporal do tronco cuticular fina Epiderme glandular Três camadas musculares e um peritônio ciliado reveste o celoma Musculatura longitudinal e dorsoventral bem desenvolvida no prostômio * Anel nervos anterior, Sistema nervoso subepidérmico e cordão nervoso ventral sem gânglios. Possui celoma do tronco e peristomial Possui hemoglobina celómica Longo trato digestivo com sifão Presença de cloaca e ânus Possui sistema sangüíneo vascular , sem pigmentos, sem coração Excreção e respiração pelos sacos anais * Cordão nervoso * * * * Extensão de até um metro na probóscide de Bonellia sp Veja : Bonellia viridis : http://www.youtube.com/watch?v=OuHNTWv0kVw Os equiúros variam em tamanho com comprimento do tronco) de aproximadamente 1cm (Lissomyema) a mais de 50cm (Urechis). * * Reprodução Dióicos Dimorfismo sexual Gametas amadurecem no celoma Sacos genitais armazenam os gametas maduros Fertilização externa Clivagem Holoblástica espiral Larva trocófora planctotrófica * Metamorfose (B e C) de trocóforo (A) de Echiura * Clivagem espiral e Holoblástica * Macho Bonellia sp Fêmeas - 2m Machos - 7 mm Fêmea A fêmea produz hormônio masculino Em Bonellia a reprodução produz larvas lecitotróficas * Algumas espécies podem ser usadas como alimento na Coréia * * * * Barnes, R. D.; Ruppert, E. E. Zoologia Dos Invertebrados. São Paulo: Roca, 1996. Brusca, R. C.; Brusca, G. J. Invertebrados. Rio De Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA http://www.youtube.com: Bonellia viridis allo scoperto.mpg Bonellia viridis : http://www.youtube.com/watch?v=OuHNTWv0kVw Sipunculus nudus: http://www.youtube.com/watch?v=aq6kEX9igeI Sipuncula: http://www.youtube.com/watch?v=S1zQCa5cfcQ Livros Videos Amebócitos do sangue de L. polyphemus são usados na preparação do lisado de amebócitos de Limulus (LAL) que é usado na detecção de endotoxinas bacterianas. Há mais de quatro décadas a medicina tem utilizado essa incrível capacidade do sangue destes excêntricos animais, devido ao trabalho pioneiro de Fred Bang em 1956 (ver em “Bibliografia” no final do post). Foi descoberto que quando o sangue de L. polyphemus era exposto à bactéria Escherichia coli, ele coagulava. Essa coagulação indica a presença de endotoxinas – substâncias tóxicas liberadas por E. coli e outras bactérias gram-negativasque produzem sintomas severos em humanos expostos a elas, causando desde de febre a infecções generalizadas (sepse). * órgão cerebral: Fosseta ciliada inserida no ganglio cerebral (quimiorecepção ou neurosecreção) Órgãos nucais (buracos ciliados sensoriais na região da invaginação) * Orgão nucal = Depressão ciliada, muitas vezes eversível, na região da cabeça de muitos poliquetas, que funciona como quimiorreceptor * Nociceptor é um receptor sensorial que envia sinal que causa a percepção da dor em resposta a um estímulo que possui potencial de dano. Nociceptores são terminações nervosas responsáveis pela nocicepção. A nocicepção é uma das duas possíveis manifestações de dor persistente. A outra manifestação de dor persistente é a dor neuropática que ocorre quando nervosno sistema nervoso central ou periférico não estão funcionando corretamente. Os nociceptores são receptores silenciosos e não captam, respondem ou sentem estímulos normais. Somente quando estimulados por uma ameaça em potencial ao organismo humano, eles desencadeiam o reflexo da dor. *