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ESTUDO DIRIGIDO AV3 IED ( com a maioria das respostas )

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ESTUDO DIRIGIDO AV3 IED
Obs.: as questões marcadas em negrito são “cuidado”.
Conceitue: 
Norma permanente e norma temporária
Norma permanente: o usual é que a norma, ao entrar em vigor, assim permaneça até que outra norma a revogue;
Norma temporária: situação excepcional no direito. Se traduz nas normas cuja vigência é limitada no tempo por disposição expressa. Ex.: norma prevendo anistia ou parcelamento de um débito fiscal normalmente tem uma data limite para que os interessados requeiram o benefício.
Norma de efeito prospectivo e norma de efeito retrospectivo
Norma de efeito prospectivo (efeito “ex nunc”):
Com base no princípio da irretroabilidade da lei, em regra, a mudança legislativa operará apenas em relação aos fatos ocorridos após a entrada em vigor da novas normas;
Norma de efeito retroativo (efeito “ex tunc”):
A exceção do Direito é a atribuição à norma de efeitos retroativos.
É comum nas normas de conteúdo benéfico.
Ex.: no Direito Penal – A lei não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
Discorra sobre: Vigência, validade e eficácia da norma.
Vigência: (validade formal) Funda-se no preenchimento pela norma dos requisitos estabelecidos pelo processo legislativo;
Validade: consiste em verificar a compatibilidade da norma com o restante das normas do ordenamento jurídico;
Eficácia: refere-se à efetiva aplicação da norma jurídica.
Obs: a norma somente alcança a sua plenitude quando presentes os três aspectos acima.
Discorra sobre e hierarquia e a constitucionalidade das leis.
Apresente as diferenças técnicas existentes entre os limites materiais e os limites formais.
Limites Materiais: dizem respeito ao conteúdo da norma que a autoridade em posição hierarquicamente inferior tem competência para editar. 
Ex: liberdade religiosa.
Limites formais: prescrevem o modo/procedimento pelo qual ao normas devem passar.
O quê significa “completude do ordenamento jurídico”?
Um ordenamento é completo quando o juiz pode encontrar nele uma norma para regular qualquer caso que se lhe apresente.
Obs.: no Direito brasileiro, vigoram normas que fornecem ao juiz o instrumental necessário para que ele decida o caso, mesmo nas situações em que não haja legislação tratando do tema.
Pode um magistrado/juiz se recusar a julgar um caso sob o argumento de lacuna ou obscuridade da lei? Justifique sua resposta, explicando-a com base no Art. 4º da LINDB.
Não. 
“Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.”
O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide (conflito de interesses) caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais do Direito.
Conceitue:
Relações sociais:
Relações jurídicas:
Discorra sobre os elementos da relação jurídica.
Sujeitos: 
Sujeito ativo
Sujeito passivo
Obs.: para fazer parte de uma relação jurídica é necessário ser uma pessoa (física, natural ou jurídica).
Objeto: 
Objeto imediato direto: corresponde a uma conduta humana de: dar, fazer ou não fazer;
Objeto imediato indireto: é a resposta à pergunta: dar, fazer ou não fazer o quê?
Relações Jurídicas absolutas: são aquelas que se impõe “erga omnes” ou seja, geral e para todos;
Relações Jurídicas relativas: são aquelas cujos efeitos só se produzem entre as partes “inter partes”.
Texto:
Toda relação jurídica é formada pelos sujeitos ativo e passivo, o vínculo e o objeto da relação. 
Sujeito ativo pode ser classificado como a pessoa que tem o direito subjetivo, ou seja, pode exigir da outra pessoa o cumprimento de uma prestação. Já o sujeito passivo é aquele que dever cumprir a obrigação em favor do outro, prestação essa, denominada dever jurídico. É importante dizer que as relações jurídicas podem ser classificadas em virtude de seus sujeitos, sendo simples, quando envolvem apenas duas pessoas, ou plurilateral, quando possui vários pessoas como sujeitos ativos ou passivos. Distingue-se também a relação jurídica em relativas, quando o sujeito passivo é uma pessoa ou grupo de pessoas, ou absolutas, quando o sujeito passivo é a coletividade, não, pois, sendo determinado. Verifica-se, ainda, relações jurídicas de Direito Público, quando é o Estado que figura como pólo ativo, exercendo seu poder de império, numa relação de subordinação em relação ao pólo passivo; e relações jurídicas de Direito Privado, quando é formada por indivíduos, que nos dois pólos, ativo ou passivo, exercem seus direitos e deveres numa relação de igualdade, ou coordenação. Outro elemento da relação jurídica é o vínculo, que pode ser explicado como a ligação entre os sujeitos da relação, estabelecendo os sujeitos ativos e passivos de cada relação. Já o objeto, importante elemento da relação jurídica, pode ser explicado como a coisa sobre a qual recai o direito do sujeito ativo, e o dever do sujeito passivo. Vale dizer que o objeto da relação jurídica sempre será um bem, que pode ser patrimonial ou não, ou seja, pode possuir valor financeiro ou não. Com relação ao objeto, as relações jurídicas podem se distinguir em relações jurídicas pessoais, quando o objeto da relação refere-se a um modo de ser da pessoa (exemplo: honra, imagem, liberdade); relações jurídicas obrigacionais, nas quais o objeto da relação é uma prestação (obrigações de dar, fazer ou não fazer) e relações jurídicas reais, aquelas em cujo objeto é uma coisa, como no caso da posse de uma casa. Mas deve-se atentar que, embora, o objeto da relação seja uma coisa, a relação jurídica não é entre coisa e pessoa, mas uma relação entre o titular da coisa e os não titulares, em que a titularidade da coisa, valerá contra qualquer pessoa, mesmo que não determinada.
Conceitue:
Direito subjetivo: É o poder de exigir uma determinada conduta de outrem, conferido pelo direito objetivo, pela norma jurídica. É o poder de ação assegurado legalmente a tosas as pessoas para defesa e proteção de toda e qualquer espécie de bens materiais ou imateriais, da qual decorre a faculdade de exigir a prestação de atos ou o cumprimento de obrigação.
Ex.: ao ocorrer um acidente de trânsito, surge para a vítima o poder de exigir a reparação do dano por aquele que lhe deu causa, que é titular do dever jurídico de indenizar.
Direito objetivo: Conjunto de normas que regem o comportamento humano, prescrevendo uma sanção, punição em caso de sua violação. É a regra obrigatória Imposta a todos. É a “norma agendi”.
Obs.: É expresso pro modelos abstratos de conduta (códigos, leis, consolidações, etc...) São modelos normativos genéricos que não individualizam os pessoas nele envolvidas.
Direito potestativo: representa uma situação subjetiva em que o titular do Direito pode unilateralmente constituir, modificar ou extinguir uma situação subjetiva interferindo diretamente na esfera jurídica do outro sujeito que a esse poder normativo não poderá se opor.
Ex.: divórcio e herança.
Discorra sobre as fontes do Direito.
Imediata: lei
 Costumes
Mediata: doutrina
 Jurisprudência
Apresente todas as fases do processo de produção de uma lei.
Conceitue:
“Contra legen”: por opor-se à Lei não tem admissibilidade em nosso direito;
“Secundun legen”: de acordo com a Lei.
“Praeter legen” utilizável quando a Lei for omissa para preencher a lacuna existente.
Diferencie jurisprudência de precedente judicial.
Jurisprudência: é a coletânea de decisões proferidas pelos tribunais sobre uma determinada matéria jurídica. Através de uma decisão colegiada.
Precedente judiciai: decisão dada pelo juíz de 1ª instância.
Jurisprudência é um termo jurídico, que significa o conjunto das decisões, aplicações e interpretações das leis A jurisprudência pode ser entendida de três formas, como a decisão isolada de um tribunal que não tem mais recursos, pode ser um conjunto de decisões reiteradas dos tribunais, ou as súmulas de jurisprudência, que são as orientações  resultantesde um conjunto de decisões proferidas com mesmo entendimento sobre determinada matéria. 
Precedente é a decisão judicial tomada em um caso concreto, que pode servir como exemplo para outros julgamentos similares. Há contudo, muitas discussões, no sentido que decisões isoladas poderiam ser consideradas jurisprudência.  
Apresente as diferenças técnicas existentes entre a súmula e a súmula vinculante.
Súmula: qualquer tribunal;
Súmula vinculante: Órgão responsável STF
SÚMULA:
Um verbete que registra a interpretação pacífica ou majoritária adotada por um Tribunal a respeito de um tema específico, a partir do julgamento de diversos casos análogos.
Serve de referência para os magistrados, jugarem futuros casos similares. E não possui teor obrigatório, prevalece a livre convicção do juiz.
SÚMULA VINCULANTE:
Um verbete que registra a interpretação pacífica, e só pode ser criada com a aprovação de dois terços dos membros do Supremo Tribunal Federal, dotada de teor obrigatório: obrigam a Administração Pública direta e indireta, nas esferas Federal, Estadual e Municipal e todos os demais Juízes e Tribunais a seguir o conteúdo da Súmula Vinculante.
Importante enfatizar que, a livre convicção do magistrado é violada, pois a súmula tem caráter obrigatório.
Súmula e Súmula Vinculante
Ambas são referências para os juízes de casos análogos. A Súmula não interfere na Livre Convicção do Magistrado e podem ser criadas por diversos Tribunais como síntese da Jurisprudência.
Enquanto a Súmula Vinculante é dotada de teor obrigatório, e diferente da Súmula, ela só pode ser criada pelo STF mediante decisão de dois terços de seus membros.
Conceitue hermenêutica jurídica e discorra sobre os métodos e processos de interpretação do Direito.
Conceito: representa o estudo dos processos de interpretação das normas. 
Interpretação: é formada pelos procedimentos técnicos que são utilizados pelo profissional do Direito na busca do sentido e alcance das regras jurídicas.
Explique o quê significa antinomias jurídicas e os critérios existentes para a solução das mesmas.
Antinomias jurídicas:
Conceito: situação indesejada, na qual vigoram em um mesmo ordenamento duas normas conflitantes.
Critérios de solução de antinomias:
Critério cronológico ou temporal (Lex posterior) – Entre duas normas incompatíveis de mesma hierarquia, prevalece a norma posterior. 
Ex.: CC/1916 e CC/2002)
Critério Hierárquico: Entre duas normas incompatíveis de hierarquia diversa, prevalece a hierarquicamente superior. 
Ex.: qualquer lei confrontando com a CR/88.
Critério da Especificidade da Lei: A norma que trata da matéria de modo mais específico (Especial) prepondera em relação à norma que disciplina o tema do modo mais genérico.
Ex.: CDC X CC 
Conflitos de critérios de solução de antinomias
Conflito entre o critério hierárquico e o critério cronológico: o critério hierárquico prevalece.
Ex.: CR X CC
Conflito entre o critério da especificidade e o critério cronológico: o critério da especificidade prevalece.
Ex.: CDC X CC
Explique, com base na LINDB, os princípios da obrigatoriedade e da continuidade das leis.
Lei de introdução às normas do Direito brasileiro LINDB Lei 4657/42
Princípios da obrigatoriedade das Leis. 
Art. 3º da LINDB: Ninguém se escusa de cumprir a Lei, alegando que não a conhece.
Princípio da continuidade das leis
Art. 2º da LINDB: Não se destinado a vigência temporária, a Lei terá vigor até que outra a modifique ou a revogue.
Cuidado – vigência e conhecimento da Lei.
Art. 1º da LINDB: Salvo disposição contrária, a Lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada.
Tal norma disciplina o instituto do “VACATIO LEGIS”, que é o lapso temporal em vigor. Sua finalidade é conferir à sociedade um prazo para se adaptar à nova realidade jurídica que será implantada pela nova Lei.
Atenção:
Revogação da Lei: Revogação é o termo genérico que compreende duas espécies:
Ab-rogação: representa a revogação total de uma Lei anterior pela nova Lei;
Derrogação: representa a revogação parcial de uma lei anterior pela nova lei.
A revogação pode dar, ainda, de forma expressa ou de forma tácita.
Art. 2º §1º da LINDB: “A Lei posterior revoga a anterior quando expressamente a declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que trará a Lei anterior”.
Salvo disposição contrária a lei começa a vigorar em todo país dentro de quanto tempo? 45 dias.
A própria lei pode trazer disposições especificando que ela entrará em vigor imediatamente? Justifique sua resposta.
Sim. 
Apresente o conceito técnico de:
Vacatio legis: lapso temporal em vigor. Sua finalidade é conferir à sociedade um prazo para se adaptar à nova realidade jurídica que será implantada pela nova Lei.
Ab-rogação: representa a revogação total de uma Lei anterior pela nova Lei;
Derrogação: representa a revogação parcial de uma lei anterior pela nova lei.
Explique o fenômeno da repristinação.
Fenômeno não admitido no Direito brasileiro.
Art. 2º §3º da LINDB: “Salvo disposição em contrário, a Lei revogada não se restaura por ter a Lei revogadora perdido a vigência”.
Conceitue:
Direito adquirido: é o Direito que já entrega o patrimônio jurídico de uma pessoa. O requisito estabelecido em lei já foi cumprido/realizado. O direito adquirido configura uma situação jurídica já resguardada pelo ordenamento porque já ingressou no patrimônio jurídico da pessoa;
Ato jurídico perfeito: proteção ao ato jurídico que já foi celebrado em conformidade com o disposto na lei que estava em vigor no momento da celebração do ato.
Coisa julgada: situação jurídica que já está definida por uma decisão/sentença “transitada em julgado” (decisão da qual não cabe mais recurso).
Discorra sobre retroatividade e irretroatividade da lei.
Quanto aos efeitos sobre os fatos:
Norma de efeito prospectivo (efeito “ex nunc”):
Com base no princípio da irretroabilidade da lei, em regra, a mudança legislativa operará apenas em relação aos fatos ocorridos após a entrada em vigor da novas normas;
Norma de efeito retroativo (efeito “ex tunc”):
A exceção do Direito é a atribuição à norma de efeitos retroativos.
É comum nas normas de conteúdo benéfico.
Ex.: no Direito Penal – A lei não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
Discorra sobre as funções essenciais à justiça.
Defensoria pública
Advocacia Pública
Ministério Público
Advocacia Pública
Quais são os órgãos do poder judiciário brasileiro?
Constituição Federal, no artigo 92, estabelece os órgãos do Poder Judiciário:
Supremo Tribunal Federal (STF)
Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Justiça Federal
Justiça do Trabalho
Justiça Eleitoral
Justiça Militar
Justiça Estadual

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