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NR 33 PARTE 1 CONHECENDO OS RISCOS ESPAÇOS CONFINADOS Histórico da Discussão Ainda no ano de 2002, a Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT/MTE propôs a construção de uma NR sobre a questão dos espaços confinados. O tema dos espaços confinados foi retomado no dia 26 de outubro de 2005, quando foi criado o Grupo Técnico Tripartite e aprovado na última reunião do CTPP. Composto por trabalhadores, empregadores e governo, o grupo promoveu um rápido amadurecimento, com o posicionamento das instituições e o fortalecimento da NR 33. Em menos de um ano de discussões e pesquisas, o tema foi aprovado pela Comissão Tripartite. O processo de aprovação da NR-33 foi bastante rápido, considerando que o grupo encarregado de formular a norma foi criado em outubro de 2005. Introdução PORTARIA MTE Nº 202, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006; ✓ Aprova a Norma Regulamentadora nº 33 (NR-33), que trata de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. ✓ Art. 2º - O disposto na Norma Regulamentadora é de cumprimento obrigatório pelos empregadores, inclusive os constituídos sob a forma de microempresa ou empresa de pequeno porte. Portaria 202/06 – Pré-condições: • É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem a emissão da PET (33.5.3) • É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma individual ou isolada (33.3.4.4) • Assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com acompanhamento e autorização de supervisão capacitada (33.3.3) • É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia capacitação do trabalhador (33.3.5.1) • O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de risco (33.3.4.3) • São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os contratantes e contratados (33.5.2) NR 33 – SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS Ela determina medidas técnicas, administrativas e pessoais de prevenção de acidentes em espaços confinados. Exemplos: - os empregadores têm que garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, medidas de controle, de emergência e salvamento em espaços confinados. - os trabalhadores têm que utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa. - a empresa tem que manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço confinado. NR 33 – SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS Além das especificações do modelo de sinalização dos espaços confinados e do formulário de Permissão de Entrada e Trabalho (PET), foi ratificado o direito de recusa do trabalhador. Dessa forma, quando ele tiver que exercer alguma atividade em espaços confinados que ofereçam riscos poderá se recusar a realizar o trabalho, sem que ocorram danos empregatícios. APRENDENDO A NR 33 33.1 – Objetivo e Definição 33.1.1 - Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. 33.1.2 - Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. 33.2 – Das Responsabilidades 33.2.1 - Cabe ao Empregador: a) Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma; b) Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento; c) Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado; d) Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho; 33.2 – Das Responsabilidades 33.2.2 - Cabe aos Trabalhadores: a) Colaborar com a empresa no cumprimento desta NR; b) Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa; c) Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; d) Cumprir os procedimentos e orientações recebidas nos treinamentos com relação aos espaços confinados. 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.2 - Medidas técnicas de prevenção: a) Identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas não autorizadas; b) Antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados; c) Proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos; d) Prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem; e) Implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos em espaços confinados; 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.2 - Medidas técnicas de prevenção: f) Avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para verificar se o seu interior é seguro; g) Manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço confinado; h) Monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se as condições de acesso e permanência são seguras; 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.2 - Medidas técnicas de prevenção: i) Proibir a ventilação com oxigênio puro; j) Testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e k) Utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de radiofreqüência. 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.2 - Medidas técnicas de prevenção: 33.3.2.1 - Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de movimentação vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços confinados; 33.3.2.2 - Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - INMETRO. 33.3.2.3 - As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do espaço confinado. 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.2 - Medidas técnicas de prevenção: 33.3.2.4 - Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor. 33.3.2.5 - Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, escorregamentos, Impactos, esmagamentos, amputações e outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores. 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.3 - Medidas administrativas: a) Manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos desativados, erespectivos riscos; b) Definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço confinado; c) Manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme o Anexo I da presente norma; d) Implementar procedimento para trabalho em espaço confinado; 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.3 - Medidas administrativas: e) Adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II desta NR, às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados; f) Preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho antes do ingresso de trabalhadores em espaços confinados; g) Possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de Entrada e Trabalho; h) Entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da Permissão de Entrada e Trabalho; 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.3 - Medidas administrativas: i) Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem completadas, quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos; j) Manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por cinco anos; k) Disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização do trabalho; l) Designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida; 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.3 - Medidas administrativas: m) Estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos espaços confinados; n) Assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja Iniciado com acompanhamento e autorização de supervisão capacitada; o) Garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de controle existentes no local de trabalho; e p) Implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco, considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido. 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.3 - Medidas administrativas: 33.3.3.1 - A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada. 33.3.3.2 - Nos estabelecimentos onde houver espaços confinados devem ser observadas, de forma complementar a presente NR, os seguintes atos normativos: NBR 14606 - Postos de Serviço - Entrada em Espaço Confinado; e NBR 14787 - Espaço Confinado - Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção, bem como suas alterações posteriores. 33.3.3.3 - O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo: objetivo, campo de aplicação, base técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação para os trabalhadores, análise de risco e medidas de controle. 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.3 - Medidas administrativas: 33.3.3.4 - Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de Entrada e Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados sempre que houver alteração dos riscos, com a participação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA. 33.3.3.5 - Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser revistos quando da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo: a) Entrada não autorizada num espaço confinado; b) Identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho; c) Acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada; d) Qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado; e) Solicitação do SESMT ou da CIPA; e f) Identificação de condição de trabalho mais segura. 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.4 - Medidas Pessoais 33.3.4.1 - Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO. 33.3.4.2 - Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle, conforme previsto no item 33.3.5. 33.3.4.3 - O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de risco. 33.3.4.4 - É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma individual ou isolada. 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.4 - Medidas Pessoais 33.3.4.5 - O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções: • Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades; • Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão de Entrada e Trabalho; c) Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes; d) Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e) Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços. 33.3.4.6 - O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia. 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.4 - Medidas Pessoais 3.4.7 - O Vigia deve desempenhar as seguintes funções: a) Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade; b) Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados; c) Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou privada, quando necessário; d) Operar os movimentadores de pessoas; e) Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia. 33.3.4.8 - O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados. 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.4 - Medidas Pessoais 33.3.4.9 - Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores que adentrarem em espaços confinados disponham de todos os equipamentos para controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e Trabalho. 33.3.4.10 - Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde - Atmosfera IPVS -, o espaço confinado somente pode ser adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape. 33.3 – Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 33.3.5 - Capacitação para trabalhos em espaços confinados 33.3.5.1 - É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia capacitação do trabalhador. 33.3.5.2 - O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação sempre que ocorrer situações especiais; 33.3.5.3 - Todos os trabalhadores autorizados e Vigias devem recebercapacitação periodicamente, a cada doze meses e carga horária mínima de dezesseis horas, 33.3.5.6 - Todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, com carga horária mínima de quarenta horas. 33.3.5.7 - Os instrutores designados pelo responsável técnico, devem possuir comprovada proficiência no assunto. 33.3.5.8 - Ao término do treinamento deve-se emitir um certificado; 33.3.5.8.1 - Uma cópia do certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra cópia deve ser arquivada na empresa. Anexo I Sinalização para identificação de espaço confinado 33.4 – Emergência e Salvamento 33.4.1 - O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate adequados aos espaços confinados Incluindo, no mínimo: a) Descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de Riscos; b) Descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de emergência; c) Seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas; d) Acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e) Exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em espaços confinados. 33.4 – Emergência e Salvamento 33.4.2 - O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar. 33.4.3 - A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os possíveis cenários de acidentes identificados na análise de risco. 33.5 – Disposições Gerais 33.5.1 - O empregador deve garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que suspeitarem da existência de risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros. 33.5.2 - São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os contratantes e contratados. 33.5.3 - É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho. ESTUDANDO OS RISCOS EXISTENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS O RECONHECIMENTO DO ESPAÇO CONFINADO Tanques abertos, por exemplo, podem ser considerados como espaços confinados, pois a ventilação natural inexiste, o potencial de acúmulo de fontes geradoras ou de escape de gás, torna a atmosfera perigosa (IPVS – ATMOSFERA IMEDIATAMENTE PERIGOSA À VIDA OU A SAÚDE HUMANA). Para reconhecermos um espaço confinado, é preciso conhecermos o potencial de risco de ambientes, processos, produtos, etc., porém o mais sério risco se concentra na atmosfera do ambiente confinado. Exemplos de Espaços Confinados na Indústria Sucro-alcooleira • Caldeiras; • Pré-evaporadores; • Dornas de fermentação; • Tanques de armazenamento; • Esteiras (pontos enclausurados); • Tubulações; • Galerias; • Etc... Exemplos de Espaços Confinados na Indústria Sucro-alcooleira Exemplos de Espaços Confinados na Indústria Sucro-alcooleira Exemplos de Espaços Confinados na Indústria Sucro-alcooleira Exemplos de Espaços Confinados/Área Classificada na Indústria Sucro-alcooleira CONHECENDO OS TERMOS TÉCNICOS E DEFINIÇÕES UTILIZADOS VIGIA É o indivíduo treinado e equipado corretamente, que permanece o tempo de duração do trabalho, do lado de fora do ambiente confinado, de forma a intervir em socorro dos executantes do trabalho, caso seja necessário. EMERGÊNCIA É qualquer tipo de ocorrência anormal que gera danos pessoais, ao meio ambiente e às propriedades, incluindo as falhas dos equipamentos de controle ou monitoramento dos riscos. PERMISSÃO DE ENTRADA É um documento que tem como finalidade autorizar o(s) colaborador(es) a entrar em um espaço confinado. Esta permissão define as condições para a entrada. Lista os riscos da entrada e estabelece a validade da permissão (não pode ser superior a uma jornada de trabalho). ABERTURA DE LINHA • Alivio intencional de um tubo,linha ou duto que esteja transportando ou tenha transportado substâncias tóxicas, corrosivas ou inflamáveis, um gás inerte ou qualquer fluído num volume, pressão ou temperatura capaz de causar lesão APRISIONAMENTO • Condição de retenção do trabalhador no interior do espaço confinado, que impeça sua saída do local, pelo meios normais de escape. ÁREA CLASSIFICADA Área na qual um atmosfera de gás está presente ou na qual é provavel sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para construção, instalação e utilização de equipamento elétrico. SERVIÇO PERIGOSO • É todo aquele que implica em risco potencial, independente da área ou setor, por exemplo: - entrada em tanques, fossas que contenham ou tenham contido qualquer produto nocivo à saúde ou inflamável, explosivo, reativo etc.; - Serviços em equipamentos elétricos energizados de alta voltagem (superior a 600v); serviços sob alturas superiores a 2,5 m; - serviços em galerias pluviais, poços etc.; - Raio x industrial e gamagrafia; - demolições; - escavações ou perfurações profundas. O EMPOBRECIMENTO DE OXIGÊNIO TORNA O ESPAÇO CONFINADO PERIGOSO • O ambiente torna-se impróprio à respiração. Isto pode também ser causado pela absorção de O2 pelas paredes do vaso ou mesmo pelo produto estocado no tanque ou no espaço confinado. ENRIQUECIMENTO DE OXIGÊNIO TORNA O ESPAÇO CONFINADO PERIGOSO Assim nunca acenda o maçarico oxi-acetilênico, no interior de tanques ou outros espaços confinados, após a permissão, acenda-o do lado de fora e, adentre com o maçarico aceso e já regulado. INERTIZAÇÃO É a operação realizada com a finalidade de transformar uma atmosfera em não inflamável, não explosiva, não reativa, através do deslocamento da atmosfera existente com um gás considerado como inerte ou não reativo. PERMISSÃO PARA TRABALHOS A QUENTE • É um documento escrito, que autoriza as operações que necessitam de fontes de ignição (solda, corte, revestimento, tratamento térmico, desbaste, usinagem, rebitamento, etc). • APR- análise preliminar de risco CONDIÇÃO IMEDIATAMENTE PERIGOSO À VIDA OU À SAÚDE (IPVS) • É qualquer condição que coloque em risco imediato de morte ou que possa resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou imediatamente severos ou que possa resultar em dano ocular, irritação ou outras condições que possam impedir a saída de um espaço confinado. Ar respirável O ar atmosférico que nos envolve, o ar natural, tem aproximadamente a seguinte composição: COMPONENTE FÓRMULA % VOL. Oxigênio O2 20,93 Nitrogênio N2 78,10 Argônio Ar 0,9325 Dióx de Carbono CO2 0,03 Hidrogênio H2 0,01 Neônio Ne 0,0018 Hélio He 0,0005 Criptônio Kr 0,0001 Xenônio Xe 0,000009 • A esta composição adaptou-se o organismo humano e seu sistema metabólico no decorrer de milênios. Qualquer gás ou material particulado que invada o ar que respiramos, vai causar sobre nosso organismo um efeito danoso que depende do tempo de exposição, da concentração e do esforço físico realizado. • _______________________________________ ___________________________ Ponto de Fulgor – Flash Point • É a temperatura mínima, na qual os corpos combustíveis liberam vapores que se incendeiam com uma fonte de calor. Entretanto a chama não se mantém devido a insuficiência de vapores. Ponto de Ignição • É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos entram em combustão apenas pelocontato com o oxigênio do ar, independente de qualquer de calor. Ponto de combustão (fire-point) • É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos combustíveis, ao entrar em contato com uma fonte de calor, queimam. Resumo Fulgor Combustão Ignição RISCOS AMBIENTAIS É a atmosfera a que estão expostos os trabalhadores, com riscos à saúde, à vida gerando incapacitação física ou psicológica, e ao meio ambiente e às propriedades, por uma ou mais das seguintes causas: Concentração de O2 (oxigênio) abaixo de 19,5% ou acima de 23%; ✓ Concentração de qualquer substância acima do limite de tolerância; ✓Qualquer condição reconhecida como imediatamente perigosa à vida ou à saúde. (GASES E NÉVOAS) Misturas inflamáveis Misturas cujas concentrações estejam entre o limite inferior de explosividade (L.I.E.) E o limite superior de explosividade (L.S.E.); CURVA DE EXPLOSIVIDADE t % Vol MISTURA EXPLOSIVA LIE LSE 0 100 MISTURA RICA MISTURA POBRE LEI DE LE CHATELIER Quando na atmosfera se encontrar a presença de mais de um gás inflamável. LIE = P1 + P2 + P3 (% Vol) P1 + P2 + P3 LIE1 LIE2 LIE3 LSE = P1 + P2 + P3 (% Vol) Sendo: P1 + P2 + P3 Pn a fração LSE1 LSE2 LSE3 de uma mistura Exemplo: Se numa análise por cromatografia os valores de: 1) Benzeno 60% , LIE = 1,2 2) Propano 20% , LIE = 2,0 3) Butano 20% , LIE = 1,5 Então, aplicando-se a fórmula, teremos o novo LIE na atmosfera acima: LIE = 60 + 20 + 20 = 1,36 60/1,2 + 20/2,0 + 20/1,5 Gás Ponto de Ponto de LIE LSE Densidade ignição (oC) flash (oC) Acetona 535 -19 2,15 13 2,02 Amônia 630 Gás 15,0 28 0,53 CO 605 Gás 12,5 74 0,97 Etanol 425 12 3,3 19 1,59 Etano 515 Gás 3,0 15,5 1,04 Etileno 425 Gás 2,7 34 0,97 Tolueno 535 6 1,2 7 3,18 Butano 365 Gás 1,5 8,5 2,05 Propano 470 Gás 2,0 9,5 1,56 Hexano 233 -21 1,2 7,4 2,79 Benzeno 555 -11 1,2 8 2,70 Metano 537 Gás 5,0 15 0,55 Medição em Diferentes Níveis de Altura Devido à densidade dos gases. CH4 = 0,55 CO = 0,97 Ar = 1,00 H2S = 1,20 Gasolina = 3 a 4 OS RISCOS ATMOSFÉRICOS Ventilação deficiente propicia além da deficiência de Oxigênio, o acúmulo de gases nocivos como principalmente o H2S (gás sulfídrico) e o CO (monóxido de carbono), que são responsáveis por 60% das vítimas dos acidentes em ambientes confinados. OXIGÊNIO OS EFEITOS DA DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO O mínimo permissível para a respiração segura gira em torno de 19,5% de o2. Teores abaixo deste podem causar problemas de • descoordenação (15 a 19%), • respiração difícil (12 a 14%), •respiração bem fraca (10 a 12%), • falhas mentais, inconsciência, náuseas e vômitos (8 a 10%), • morte após 8 minutos (6 a 8%) e •coma em 40 segundos (4 a 6%). • Convém salientarmos que a presença de gases considerados inertes ou mesmo de inflamáveis, considerados como asfixiantes simples, deslocam o oxigênio e por conseguinte tornam o ambiente impróprio e muito perigoso para a respiração. Logo, antes de entrarmos no interior de espaços confinados devemos monitorá-lo e garantirmos a presença de oxigênio em concentrações na faixa de 19,5 e 23%. Monoxido de carbono OS EFEITOS DO MONÓXIDO DE CARBONO Por não possuir odor e cor este nocivo gás pode permanecer por muito tempo em ambientes confinados sem que o ser humano tome providências de ventilar ou exaurir o local e conseqüentemente, em caso de entrada nestes locais, poderemos ter conseqüências danosas ao homem. Em concentrações superiores ao seu limite de tolerância (concentração acima da qual poderão ocorrer danos à saúde do trabalhador), que é de 39 ppm: • O exposto poderá sentir desde uma simples dor de cabeça (200 ppm); • Palpitação (1000 a 2000 ppm); • Inconsciência (2000 a 2500 ppm); • Morte (4000 ppm). EFEITOS DA ASFIXIA BIOQUÍMICA CO É absorvido pelo pulmão até 100 vezes mais rápido que o Oxigênio. Sintomas dor de cabeça, desconforto tontura confusão, tendência a cambalear náuseas vômitos palpitação inconsciência Tratamento Câmara Hiperbárica Transfusão de Sangue ppm de CO Acima de 200 1000 a 2000 2000 a 2500 Acima de 4000 Limite de tolerância = 39 ppm Acima de 200 ppm : dor de cabeça De 1000 a 2000 ppm : palpitação De 2000 a 2500 ppm : inconsciência Acima de 4000 ppm : morte CO CONSIDERAÇÕES SOBRE O MONOXIDO DE CARBONO - CO Aparência: Por não possuir cheiro nem cor podemos não prevenir sua presença no ambiente Onde encontramos: resultado de queima incompleta de combustíveis fornos caldeiras solda Motores a combustão Geradores a diesel, gasolina resultante do processo Limites de Tolerância IPVS 1200 ppm BRA 39 ppm TLV(EUA) 25 ppm Limites de inflamabilidade no ar: LSI: 75 % LII: 12 % Temperatura de ignição 609,3 °C (Fonte CETESB) GÁS SULFÍDRICO H2S H2S • O gás sulfídrico (H2S) é um gás incolor, mais pesado que o ar, forma mistura explosiva com o ar, altamente tóxico, possui cheiro de ovo podre em baixas concentrações e inibe o olfato em concentrações elevadas. OS EFEITOS DO H2S Este é um dos piores agentes ambientais agressivos ao ser humano, justamente pelo fato de que em concentrações médias e acima, o nosso sistema olfativo não consegue detectar a sua presença. Em concentrações superiores a 8,0 ppm (partes do gás por milhões de partes de ar) - que é o seu limite de tolerância, o gás sulfídrico causa: ppm de H2S 50 a 100 100 a 200 500 a 700 Acima de 700 Limite de tolerância = 8 ppm De 50 a 100 ppm : irritações De 100 a 200 ppm : problemas respiratórios De 500 a 700 ppm : inconsciência Acima de 700 ppm : morte H2S Principais propriedades do gás sulfídrico-H2S • : • Solúvel em água; • Queima facilmente, sua chama é azul e produz o SO2 (dióxido de enxofre); • É um gás irritante; • Forma misturas explosivas com o ar e durante o processo de corrosão, cria uma camada de FeS ( Sulfeto ferroso). Este fenômeno ocorre com freqüência nas superfícies internas de tanques, torres, vasos e tubulações (linhas) em geral; • Esta escama ao entrar em contato com o ar, pode inflamar-se por auto ignição. COMO SE FORMA H2S • Pode originar-se de várias fontes e muitas vezes é resultante de processos de biodegradação. Por exemplo, a decomposição de matéria orgânica vegetal e animal. Tanques com água produzida e parada por muitos dias, anel de incêndio com água estagnada que não foi clorada e parada por alguns meses, também podem ser fontes geradoras do gás sulfídrico. COMO SE FORMA? • Outros compostos sulfurados que geram odores desagradáveis, tais como mercaptanas e sulfeto de dimetila, também poderão estar presentes em concentrações variáveis juntamente com o H2S. • Desta forma, somente uma medição confiável poderá indicar a gravidade da situação. PROCESSOS DE LIMPEZA PODEM CRIAR ATMOSFERAS PERIGOSAS EM ESPAÇOS CONFINADOS Sempre durante os trabalhos de drenagem, limpeza, lavagem e purga de um tanque, gases nocivos aparecem tornando o ambiente insustentável da vida e da saúde. Os teores de oxigênio, normalmente diminuem pelo deslocamento deste, pelos gases oriundos das atividades de limpeza. Os gases combustíveis são liberados das superfícies sob as incrustações orgânicas ( flanges e demais conexões ou válvulas). Da mesma forma os gases tóxicos pela ação de solventes ou produzidos pela reação química entre estes e outros materiais utilizados na limpeza. OUTRAS ATIVIDADESAGRAVANTES Os trabalhos de solda, cortes a quente, tratamento térmico, funcionamento de motores a combustão no interior de espaços confinados, pode criar atmosferas de alto risco ou perigosas. A deficiência de oxigênio é causada pelo seu consumo, nas reações de combustão ou nos processos de oxidação, ou ainda deslocado pelos produtos de combustão. Os gases tóxicos, como o CO, são produzidos pela incompleta combustão. Outros gases podem ser produzidos pelo material aquecido; cádmio, por exemplo, vapores de mercúrio, chumbo e outros metais pesados. Metanol Exemplos... Região onde a Mistura é POBRE em Combustível Região onde Mistura é POBRE em COMBURENTE ( O2 ) Faixa de explosividade LIE - 6% LSE - 36% Hidrogênio Exemplos... Região onde a Mistura é POBRE em Combustív Região onde Mistura é POBRE em COMBURENTE ( O2 ) Faixa de explosividade LIE - 4% LSE - 75% PÓS E POEIRAS INFLAMÁVEIS PÓS E POEIRAS INFLAMÁVEIS • Produtos como o açúcar, trigo, celulose, fibras, plásticos em partículas finamente divididas, criam atmosferas explosivas no interior de ambientes confinados. • Nota 1: Misturas de pós combustíveis com o ar podem sofrem ignição dentro de suas faixas explosivas as quais são definidas pelo LIE e LSE • Nota 2: As camadas de poeiras,diferentemente dos gases e vapores, não são diluídas por ventilação ou difusão após o vazamento ter cessado; a ventilação pode aumentar o risco, criando nuvens de poeira, resultando num aumento da extensão. As camadas de poeira depositadas podem criar um risco acumulativo, enquanto gases e vapores não,podem ser objeto de turbulência inadvertida e se espalhar, com o movimento de veículos, pessoas etc. RISCOS ELÉTRICOS Energia • Solda Elétrica • Solda Maçarico - Acetileno • Solda Branca Ferramentas que produzem faíscas • Ponteiro, Esmeril, Maquita, Furadeira, Lixeira, Martelo, Britadeira. Veículos que não são à prova de explosão • Papelaria Elétrica, Empilhadeira Elétrica e Empilhadeira a gás. Aparelhos Elétricos/Eletrônicos • Rádios, Filmadoras, Máquina fotográfica, Celulares,Telefones convencionais. • Descarga Eletrostática presente em diversas situações. (Reatores, Fracionamentos, Carregamento de matéria-prima, etc....) PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Ar respirável O ar atmosférico que nos envolve, o ar natural (aqui considerado seco) pode ser representado, em porcentagem por volume de: OXIGÊNIO GASES NOBRES ARGÔNIO DIÓXIDO DE CARBONO NITROGÊNIO A deficiência de oxigênio no ambiente, a inalação de produtos prejudiciais à saúde, bem como, um estado fisiológico impróprio do ar atmosférico, como por exemplo: pressão, temperatura e outros, podem causar prejuízos ao organismo humano PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Ar respirável significa Conter entre 19,5% e 23% em volume de oxigênio; Estar livre de produtos prejudiciais à saúde, que através da respiração possam provocar distúrbios ao organismo ou o seu envenenamento; Encontrar-se no estado apropriado para a respiração, isto é, ter pressão e temperatura normal, que em hipótese alguma levem a queimaduras ou congelamentos; Não deve conter qualquer substância que o torne desagradável, por exemplo: odores. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Conhecimento dos perigos respiratórios Pelas características da formação do corpo humano, os materiais tóxicos podem penetrar no corpo por 3 (três) diferentes caminhos: Sistema Respiratório Gastro- intestinal (boca) Pele (Poros) PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Classificação dos riscos Os riscos respiratórios classificam-se normalmente, por: • Deficiência de oxigênio; • Contaminação por gases: Imediatamente perigosos à vida, ou não. • Contaminação por aerodispersóides (poeiras, fumos, etc...); • Contaminação por gases e aerodispersóides: imediatamente perigosos à vida, ou não. O conteúdo normal de oxigênio no ar atmosférico é de aproximadamente 21% em volume. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Classificação dos riscos As concentrações de oxigênio abaixo de 19,5% são consideradas inseguras para as exposições humanas devido aos efeitos nocivos nas funções do organismo, processos mentais e coordenação muscular. Classes de contaminantes gasosos Quimicamente os contaminantes gasosos podem ser classificados como: • Inertes Não são metabolizados pelo organismo Ex: Nitrogênio, Hélio, Argônio, Neônio, Dióxido De Carbono. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA • Ácidos Podem causar irritações no sistema respiratório e provocar o aparecimento de edemas pulmonares Ex: Dióxido de Enxofre, Gás Sulfídrico, Ácido Clorídrico. • Alcalinos Idem ao Ácidos - Ex: Amônia e Aminas. • Orgânicos Podem existir como gases ou vapores de composto líquido orgânico. Ex: Acetona, Cloreto de Vinila, etc... • Organo-metálicos Compostos metálicos combinados a grupos orgânicos. Ex: Chumbo Tretaetile e Fósforo Orgânico. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Aerodispersóides • Formação: dispersão de partículas no ar de tamanho reduzido. Podem ser classificados em três grupos, de acordo com sua ação nociva: • Partículas Tóxicas Podem passar dos pulmões para a corrente sangüínea e levadas para as diversas partes do corpo, onde vão exercer ação nociva à saúde (Irritação química, envenenamento sistêmico, tumores, etc...) Ex: Antimônio, Arsênio, Cádmio, Ácido Fosfórico, Fósforo, ácido Crômio, etc... PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA • Poeiras causadoras de fibroses ou pneumoconioses As quais não sendo absorvidas pela corrente sangüínea permanecem nos pulmões podendo causar lesões sérias neste órgão. Ex: Asbesto, Carvão, Bauxita, Sílica livre, etc... • Partículas não tóxicas Chamadas também de poeiras não agressivas, não causam fibroses, podem ser dissolvidas e passar diretamente para a corrente sangüínea ou que podem permanecer nos pulmões, sem causar efeitos nocivos locais ou sistêmicos. Ex: Algodão, lã, Farinhas, Poeiras de Couro, Pó de Madeira, etc... PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Sistemas de equipamentos de proteção respiratória Devido a grande variedade de tarefas que são realizadas com proteção respiratória, desenvolveu-se, várias espécies diferentes de proteção respiratória. Pelo efeito de sua proteção os equipamentos de proteção respiratória são divididos em 2 grupos principais, assim temos “os dependentes” que dependem do efeito do ar atmosférico e “os independentes”, aqueles que independem do efeito ao ar atmosférico ambiental. DEPENDE DE AR DEPENDENTE AR MANDADO AUTÔNOMA INDEPENDENTES PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Espécies de filtros • Filtros contra gases Os filtros contra gases são recheados com carvão ativo, cuja estrutura porosa oferece uma grande superfície. Enquanto o ar respirado flui através da carga de carvão ativo do filtro, as moléculas do contaminante são retidas na grande superfície do carvão ativo granulado. Para muitos outros gases (por exemplo: amônia, cloro, dióxido de enxofre), o efeito de retenção no filtro poderá ser melhorado com a impregnação do carvão com produtos químicos de retenção, utilizando-se para tanto sais minerais e elementos alcalinos. • Filtros contra aerodispersóides Os filtros contra aerodispersóides consistem de material fibroso microscopicamente fino. Partículas sólidas e líquidas são retidas na superfície dessas fibras com grande eficiência. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Espécies de filtros • Filtros combinadosOs filtros combinados formam a união de filtro contra gases e de filtro contra aerodispersóides numa mesma unidade filtrante. Oferecem proteção quando gases e aerodispersóides aparecem simultaneamente no ambiente. O ar inalado atravessa inicialmente o filtro contra aerodispersóides que retêm todas as partículas em suspensão no ar. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA • Tempo de uso e saturação Dependendo de suas dimensões e das condições de uso, os filtros de respiração são capazes de reter uma certa quantidade de contaminantes. Os filtros contra aerodispersóides em geral tendem a se fechar mais com o uso. A resistência respiratória aumenta. Quando os filtros contra gases são usados até o limite, atingindo sua saturação, o usuário nota-o em geral pela percepção do cheiro característico de um gás ou pela irritação da mucosa. No uso de filtros combinados, dependendo da composição dos contaminantes, o filtro poderá saturar pelo entupimento dos aerodispersóides e assim se notaria uma elevada resistência respiratória ou o filtro se satura pelo elemento contaminante gasoso e a troca se fará quando notado o primeiro cheiro de gás. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Lembre-se que mesmo estando com o EPI adequado, não significa que está isento de se acidentar, por isso: • Conheça a natureza do risco (espaços confinados); • Estabeleça e mantenha o controle das medidas; • Seja responsável pela sua segurança e a daqueles que dependem de você. Ações de preparação para entrada • Retirada de Operação: • Drenagem e Despressurização • Para os casos em que a drenagem seja necessária, os “vents” devem ser mantidos abertos, de modo a evitar danos estruturais e implosões geradas por pressões negativas. • Isolamento Todas as tubulações que convergem para o espaço confinado devem ser isoladas com flange cego ou raquete, o mais próximo possível do espaço confinado, para evitar o retorno de produtos ou entrada indevida de outras substâncias. Ações de preparação para entrada • Eliminação de Gases e Vapores Uma vez isolado o espaço confinado, deve ser processada a sua purga por lavagem com água, injeção de ar, injeção de vapor d’água ou inertização, • Exaustão e ventilação A exaustão/ventilação forçada, quando aplicável, deve ser mantida para o exterior/interior do espaço confinado, de forma ininterrupta durante a execução dos serviços. Em casos de paralisação, o trabalho deve ser suspenso e com a conseqüente retirada dos trabalhadores. • Uso de equipamentos elétricos Os equipamentos elétricos usados na execução de trabalhos em espaços confinados devem atender a norma regulamentadora nº 10 (NR-10). Acidentes ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS O trabalhador foi visto andando ao redor de um queimador. Ele aparentemente abriu uma pequena porta na parte de trás do queimador para verificar se estava muito cheio o local de cinzas. Quando olhou no seu interior foi engolfado por uma grande quantidade de cinzas e aparas. Seu corpo foi descoberto aproximadamente 24 horas após o acidente. ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS Um trabalhador morreu e outro ficou seriamente ferido em razão de explosão e incêndio dentro de um espaço confinado. Um dos trabalhadores estava dentro de uma cisterna aplicando um impermeabilizante inflamável, por meio de um bico spray. O único acesso à área era por meio do vent no alto da cisterna. O outro trabalhador estava próximo do vent quando ocorreu a explosão, arremessando-o no teto. Ele sofreu queimadura de 3º grau no rosto, ouvidos e mãos e o que estava dentro sofreu queimaduras em 80% do corpo e morreu em seguida. ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS Um trabalhador num depósito de bebidas estava preparando o tanque para ser re-limpo. O tanque havia sido previamente limpo e purgado com nitrogênio. Ele rastejou através de uma entrada de 45cm x 30cm, no centro do tanque. Como o tanque havia sido purgado, encontrava-se com deficiência de O2, mas não foi feito teste de concentração de O2 antes da entrada no tanque. Não havia luz no interior do tanque. Após 5 min ele foi encontrado inconsciente e não pode ser revivido. ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS 1983: um engenheiro com experiência em entrada dentro de ambientes confinados entrou dentro de uma grande caldeira para verificar o estado da câmara de combustão e desmaiou. Três colegas seus tentaram resgatá-lo e conforme cada um entrava na câmara também desmaiava. Todos os quatro morreram. 1984: 44 pessoas, incluindo 8 empregados e 36 altos visitantes entraram dentro de uma casa de bombas de um esquema de transferência de água. Como parte da apresentação, a água seria bombeada do alto da represa para um rio, de modo a regular o volume. Logo após a bomba começar a funcionar ocorreu uma chama intensa e seguiu-se uma explosão que foi causada pelo acúmulo de metano misturado com o ar, que foi empurrado quando o bombeamento começõu. Dezesseis pessoas morreram e as 28 restantes foram feridas pela explosão. ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS 1985: um funcionário da prefeitura estava removendo a tampa de inspeção da tubulação de esgoto, no fundo de uma estação de bombeamento, quando ocorreu uma faísca, a tampa rompeu-se e esgoto entrou na sala. Dois colegas tentaram resgatá-lo, junto com um policial da sala cheia de esgoto. Os quatro morreram. 1986: um trabalhador entrou dentro de um tanque de desengraxe químico para limpar seu fundo e desmaiou. Dois amigos tentaram salvá-lo e também desmaiaram. Todos os três morreram. Outro acidente em 1986 ocorreu quando um trabalhador desmaiou enquanto limpava o fundo de uma fossa séptica. Dois colegas que foram resgatá-lo também desmaiaram. Todos os três morreram. O MONITORAMENTO CITADO PODE SER FEITO POR DIFERENTES MANEIRAS • Através de instrumentos portáteis de detecção/alarme, medição e registro de substâncias inflamáveis e/ou tóxicas; • através de aparelhos/equipamentos, para captação do ar contaminado para posterior análise em laboratório; • Através de sistemas fixos de detecção/alarme, medição e/ou registro de substâncias inflamáveis e/ou tóxicas; • Tubos colorimétricos, etc. REINÍCIO DOS TRABALHOS: O reinício dos trabalhos, após uma paralisação, em função de anormalidades que coloquem em risco a segurança do trabalho, deverá ser precedido de uma reavaliação geral por todos os envolvidos, das condições ambientais de forma a garantir a segurança das atividades e dos seus executantes dos serviços. CONHEÇA EM DETALHES O SEU APARELHO DE MONITORAMENTO OU TESTES: • Garanta que seu aparelho esteja funcionando corretamente; • Siga as recomendações do fabricante; • Zere o seu instrumento em atmosfera de ar fresco e isento de gases ou vapores; • Antes de abrir a boca de visita totalmente, para monitorar o interior de um espaço confinado, faça a ventilação através de uma pequena abertura, com a ajuda da extensão que acompanha o aparelho. Isto pode ser a diferença entre a vida e a morte. • Monitore o interior do espaço confinado em todos os níveis de altura e comprimento. Lembre-se que em caso de exaustão de gases mais leves que o ar, devemos instalar o exaustor no topo do tanque ou ambiente confinado e no caso de gases mais pesados que o ar, devemos instalar o exaustor na base do tanque. No caso de ventilação, devemos, quando lidarmos com gases mais leves que o ar, injetar o ar da base para o topo e vice-versa, quando lidarmos com gases mais pesados que o ar. • O que é muito importante para que o trabalhador saiba é que um ambiente confinado muda suas condições, com a sequência dos trabalhos, portanto monitoramento,acompanhamento e observações periódicas são imprescindíveis. EQUIPAMENTOS: EQUIPAMENTOS: EQUIPAMENTOS: Treinamento do Pessoal Parte Prática Resgate • Reconhecimento dos riscos; • Preparação do trabalho; • Comunicação; • Epi’s; •Abandono do local. O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato: é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro.” (Leonardo Boff)