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Introdução à Terapias Gênicas VACINAS GÊNICAS Cap. 23 e 24 - Livro Genomica Profa. Msc. Isadora Louise Terapia Gênica Conceito: Introdução de um gene cujo produto tem a capacidade de curar ou prevenir a progressão de uma doença. Envolve a correção de defeitos genéticos, eliminação de células cancerosas, prevenção de doenças cardiovasculares, bloqueio de desordens neurológicas, eliminação de patógenos infecciosos… Terapia Gênica Terapia gênica # Farmacogenômica Tipos principais: Utilização de células somáticas; Introdução de genes corretivos em células com finalidade terapêutica. Ex: Vacina de DNA. Utilização de células germinativas; Introdução de genes corretivos em células reprodutivas, ou ainda no zigoto => modificação presente em todas as células do adulto, inclusive reprodutivas. Utilização de células-tronco. Terapia Gênica Avanços na terapia gênica => sequenciamento do genoma humano => identificação de genes associados a doenças; desenvolvimento de marcadores moleculares associados a doenças. Defeitos genéticos: Presença de genes normais e defeituosos nos seres humanos => alelos Doença=> Dominante (Huntington) ou recessiva? Maioria => recessiva Indivíduos portadores de alelos Influencia do meio ambiente (identifiação de grupos de risco). Huntington: desordem no sistema nervoso – fase adulta, 50 anos 4 Terapia Gênica Nem todos os genes defeituosos produzem efeitos detrimentais… Ex: Anemia falciforme (AF) e Malária Indivíduos portadores do alelo da AF não desenvolvem a doença (recessiva), mas são capazes de resistir à infecção pelo parasita; Cópias desse gene são comuns na população africana onde essa doença é endêmica => seleção natural. Objetivos da aula Introdução Histórico Construção da vacina gênica Vias de administração Biodistribuição e tráfego intracelular do DNA plasmidial Conversão do DNA em antigeno vacinal e ativação da resposta imune Vantagens das vacinas de DNA Introdução Desenvolvimento da vacina contra varíola => pioneiro (há 2 sec) => Erradicação da varíola: Início de uma nova era para a medicina moderna Imunoprofilaxia ou vacinação => medida mais eficiente e menos dispendiosa para evitar doenças infecciosas Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde): Ressurgimento de várias doenças infecciosas => necessidade de desenvolvimento de novas vacinas. Introdução Objetivo da vacina: Imunização prévia do indivíduo resposta rápida e eficiente (contato com agente infeccioso) => não desenvolvimento da doença Estratégias vacinais 1ª geração (Início do séc XX): microorganismos vivos atenuados (BCG – tuberculose) ou mortos e inativados (Bordetella pertussis) eficácia e segurança questionadas Introdução 2ª geração (Última década): Novas estratégias de obtenção e produção de antígenos; otimização na administração e apresentação dos mesmos ao sistema imune Antígenos purificados ou recombinantes Obtenção: cultura de agentes infecciosos ou meios sintéticos Vacinas mais seguras, eficazes e polivalentes Introdução 3ª geração (Recentemente): Vacinas gênicas Genes ou fragmentos de genes que codificam antígenos potencialmente imunogênicos são carreados por DNA plasmidial Esperança no combate de doenças ainda sem prevenção segura e eficaz: AIDS, Malária, Tuberculose, Hepatite, Esquistossomose, Dengue... Grande potencial de aplicação na prevenção e cura de determinados tipos de câncer Histórico 1990, Wolf et al: Indução da expressão de proteínas por células musculares através de vacinação intramuscular com DNA plasmidial em solução Ulmer e colabolarores: Demonstraram que uma vacina de DNA tinha a capacidade de estimular tanto a resposta imune humoral, quanto a celular => vários testes para desenvolvimento de vacinas Vacinas gênicas Processo de vacinação: Administração intramuscular do DNA Síntese de antígeno apropriado no interior das células do indivíduo vacinado Fornecem ao organismo hospedeiro a informação genética necessária para a produção do antígeno com as características necessárias para a geração da resposta imune => similar à infecção natural => menos efeitos colaterais Construção da vacina gênica Isolamento e clonagem do gene que codifica o antígeno vacinal em plasmídeo Características do plasmídeo: Origem de replicação em bactérias Genes de seleção Sítio múltiplo de clonagem Promotor : Geralmente um promotor viral, que permite a transcrição do gene de interesse em células eucarióticas Construção da vacina gênica Introdução do gene clonado em bactéria hospedeira (transformação) => produção dos plasmídeos em larga escala => DNA em quantidade suficiente para a vacinação propriamente dita. Vias de administração Intramuscular, intradérmica (gene gun, ou biobalistica) e intranasal 15 Construção da vacina gênica Desvantagens: Requer elevada quantidade de plasmídeos para desencadear a resposta imune; Local de administração: maior dificuldade de penetrar no núcleo e desdencadear respostas/ ação de nucleases sob o DNA plasmidial; Tamanho da molécula e carga negativa limitam sua penetração na célula alvo Via intramuscular: Vantagens Simples e de baixo custo Construção da vacina gênica Alternativas à via intramuscular (aumento da eficiencia do processo): Utilização de carreadores constituídos por microorganismos vivos (vetores virais); Utilização de carreadores constituídos por sistemas particulados. Construção da vacina gênica Carreadores constituídos por microorganismos vivos Microorganismos com a capacidade de invadir células da superfície de mucosas Carreadores e direcionadores do DNA plasmidial para célula hospedeira (direcionamento seletivo) Virus e bactérias modificados Risco: microorganismos originalmente patogênicos que sofreram alterações genéticas em suas atenuações => até que ponto permaneceriam em suas formas atenuadas? Construção da vacina gênica Carreadores constituídos por sistemas particulados Constituídos por sistemas de partículas microscópicas onde o imúgeno é incorporado no interior de partículas por técnicas de encapsulamento ou associado a elas por adsorção Facilitam o transporte e protegem o imúgeno de degradação além de potencializar a resposta imune Construção da vacina gênica Carreadores constituídos por sistemas particulados Bioibalística ou gene gun Consiste na transfecção das células dos indivíduos vacinados utilizando o DNA adsorvido em partículas de ouro Requer uma quantidade de plasmídeos 100x menor para gerar resposta equivalente à administração intramuscular Dirige o plasmídeo ao interior das células, evitando a degradação por nucleases Biobalística ou gene gun DNA é adsorvido em partículas de ouro As partículas são colocadas em um cartucho O cartucho é acoplado ao Gene gun e as partículas são aceleradas contra a pele do animal a ser imunizado Ao atingir a célula, o DNA se desprende da partícula e ganha o núcleo onde dirige a síntese da proteína Construção da vacina gênica Carreadores constituídos por sistemas particulados Lipossomos catiônicos Também conhecidos como vetores não virais Vesículas aquosas circundadas por bicamadas de fosfolipídio => encapsulamento e veiculação de substâncias Compostos por lipídeos com cabeça polar positiva e formam complexos com o DNA neutralizando a sua carga negativa (partícula positiva) => transporte através da membrana citoplasmática (endocitose adsortiva entre a partícula + e a superfície – das células). Construção da vacina gênica Carreadores constituídos por sistemas particulados Permitem que moléculas como anticorpos, proteínas e açúcares sejam incorporados à sua superfície, levando seu direcionamento para sítios específicos Modificações na composição lipídica podem aumentar a eficiência da transfecção Grande aplicabilidade na transfecção gênica Construção da vacina gênica Carreadores constituídos por sistemas particulados Microsferas poliméricas biodegradáveis: Nova estratégia Encapsulação do DNA em microsferas poliméricas (poliésteres de ácidos lático e glicolítico => biodegradável, sem manifestações ulcerativas no sítio de administração) Ativação da resposta imune humoral Vacina de DNA Tipo de vacina gênica; Administração direta do DNA no plasmídeo; não necessita de vetores como adenovirus, retrovirus e virus adenoassociados; Geração da resposta imune, com menos efeitos coleterais Vacinas são baseadas em proteínas recombinantes Vacinas baseadas em proteínas recombinantes Esperança de cura para doenças ainda sem vacina e tratamento eficaz: AIDS, Malária, dengue e hepatite C. Desenvolvimento de novas vacinas gênicas a partir do avanço da imunologia e da engenharia de proteínas => Vacinas de subunidades protéicas Isolamento, clonagem e expressão de genes codificantes de proteínas que possuem epítopos que são reconhecidos por anticorpos e linfócitos T do hospedeiro Vantagem: Uma única proteína pode ter vários epítopos imunodominantes capazes de induzir imunidade protetora sem os risco s e efeitos colaterais do patógeno vivo. Vacinas baseadas em proteínas recombinantes Desafios: Potencializar os efeitos da vacina em induzir resposta imune mais eficaz e aumentar sua meia vida in vivo; Obter uma proteção abrangente (Não só contra linhagem onde o gene foi clonado – clonar em varias linhagens diferentes!!!) Vacinas baseadas em proteínas recombinantes Utilização de sistemas de expressão, usando hospedeiros não –patogênicos capazes de produzir proteínas imunogênicas puras (proteínas heterólogas) Dificuldades: Produção em pequenas quantidades; Purificação e conformação da proteína; Expressão de proteínas eucariontes em procariontes (PTM => proteína não-funcional); Vacinas baseadas em proteínas recombinantes Histórico: 1ª imunógeno a capaz de prevenir contra o vírus da hepatite B Custo elevado Solução: outros sistemas de produção mais baratos => S. cerevisae Vetores para vacinas baseadas em proteínas recombinantes Não são necessários Vacinas de DNA baseiam-se na clonagem do gene desejado em plasmídeos, o qual deverá ser expresso dentro das células do hospedeiro sem posteriores manipulações. Construção de plasmídeos quiméricos com maior performance e complexidade => melhor resolução Etapas da produção de uma Vacina de DNA Sequencia para produção de proteína imunogênica Sítios de restrição Plasmídeo com gene de interesse Transformação do sistema hospedeiro (bacteria, levedura) e produção do DNA Seleção do clone recombinante Transfecção de células de mamíferos para produção de anticorpos Imunização do animal ou homem Elementos presentes nos vetores que influenciam a expressão gênica Região promotora e acentuadora forte Íntron quimérico otimizado Sinal de poliadenilação Sítios únicos de clonagem Origem de replicação no organismo hospedeiro => Expressão gênica eficiente e constitutiva nas células de mamíferos Região acentuadora e promotora Região de controle da expressão do gene clonado Geralmente obtida do citomegalovírus humano (CMV) Capacidade de conduzir expressão forte em vários tipos de células Natureza ”promiscua” => capacidade de controlar várias regiões gênicas Íntron quimérico Composto por: Sítio doador do primeiro íntron do gene da betaglobulina humana e sítio receptor da região variável da cadeia pesada do gene da imunoglobulina Localização: Flanqueia os insertos de DNA, aumentando a expressão gênica (impede a utilização de sítios doadores crípticos: estes, se presentes, podem ser utilizados na excisão do gene de interesse) Sinal de poliadenilação Adição da cauda poli(A) e ser reconhecido no término da transcrição pela RNA polimerase II A poliadenilação aumenta a estabilidade e a tradução da molécula de RNA Elementos adicionais Sítios únicos de clonagem: são desenhados para evitar estruturas presentes na região 5’ não traduzida do mRNA, que pode reduzir a tradução em eucariotos superiores Origem de replicação em plasmídeos de expressão: Mais comum: ColE1 de E.coli => ALTA REPLICAÇÃO DO DNA PLASMIDIAL Regiões imuno-estimulatórias Outros fatores que podem influenciar no aumento da expressão: Utilização do Codon usage: mudanças na seqüência nucleotídicas de alguns genes para melhor refletir códons preferenciais usados em mamíferos pode resultar em um aumento marcante no nível de expressão em células eucarióticas. Inserção de uma sequência Kozak (GCCa/gCCAUGG) ao redor do códon iniciador pode ser fundamental para a ótima expressão de uma proteína em células de mamíferos Sequencia de Kozak: Sequencia consenso em mamíferos para início da síntese de proteínas Vias de administração Intramuscular, intradérmica (gene gun, ou biobalistica) e intranasal 38 Biodistribuição e tráfego intracelular do DNA plasmidial Após a imunização o DNA plasmídial pode ser encontrado em vários tecidos, independente de onde foi administrado O tempo de permanência/ expressão do antígeno em diferentes tecidos é variável Eficácia: depende da expressão do antígeno nos indivíduos vacinados (DNA plasmidial deve atingir o núcleo => transcrição e tradução) Há muito a ser explorado para entender o tráfego intracelular do DNA plasmidial => desenvolvimento de vetores ou formulações mais eficazes, otimizando o processo de vacinação gênica Ativação da resposta imune Células musculares (miócitos ou macrófagos) Núcleo: transcrição e tradução Vantagens das vacinas de DNA Muitos genes podem ser carreados pelo plasmídeo: importante pata organismo variável. Ex: vírus. Ativação da imunidade humoral e celular específica Síntese dos antígenos endógenos com características estruturais muito semelhantes à molécula nativa sintetizada pelo patógeno => epítopos conformacionais necessários para indução da resposta imune efetiva Imunidade adquirida duradoura Modificações nos plasmídeos/ genes/ carreadores => aumento da eficiencia de resposta imunológica Menor custo em larga escala Possíveis efeitos colaterais Probabilidade de integração do plasmídeo no genoma da célula hospedeira => mutações ou ativação de oncogenes Indução de tolerância imunológica Indução de auto-imunidade Indução de anticorpos contra o plasmídio administrado Obrigada!!! Visitem: www.zazzle.com.br
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