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Movimentos Sociais no Brasil

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MOVIMENTOS SOCIAIS 
NO BRASIL 
FACULDADE DE DIREITO
Discentes:
Wendell Ribeiro Fernandes
Thais Borges da Silva
Eliseu Pereira Ricardo
Everaldo Dias da Silva
Wender Castro
Disciplina: Sociologia Geral Jurídica
Docente: Profª. Carmén Lucia Toniazzo
Os movimentos sociais são ações coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam distintas formas da população em se organizar e expressar suas demandas.
Essas formas adotam diferentes estratégias que variam desde simples denúncias, chegando até pressões diretas ou indiretas.
Os movimentos representam forças sociais organizadas que unem pessoas não como força tarefa, mas como campo de atividade e experimentação social.
O Que São Movimentos Sociais?
Há registros de movimentos sociais no Brasil desde o primeiro século da colonização até os dias atuais. 
 
Esses movimentos demonstram que tanto as populações do passado quanto as do presente nunca foram totalmente passivas, e sempre procuraram, de alguma maneira, lutar em defesa dos seus direitos e na conquista dos seus ideais.
Origem dos Movimentos Sociais 
No Brasil
PERÍODO COLONIAL 
(1500-1922)
O Período Colonial (ou Brasil Colônia) foi o período em que o território brasileiro era uma colônia do império ultramarino português. 
Foi marcado pelo início do povoamento e não pelo descobrimento do Brasil, se estendendo até a sua elevação ao reino unido com Portugal, em 1815.
Período Colonial
(1500-1922)
Durante o Período Colonial, os movimentos sociais mais significativos foram os dos povos indígenas e dos africanos escravizados.
Os povos indígenas lutaram do século XVI ao século XVIII para não serem escravizados e para manterem suas terras e seu modo de vida.
A principal forma de resistência dos escravos africanos foram as revoltas localizadas e a formação de quilombos, que existiram do século XVII até o fim da escravidão.
Lutas no Período Colonial
Além dos movimentos indígenas e dos escravos, ocorreram no Brasil colonial dois movimentos pela independência em relação a Portugal: a Inconfidência Mineira (1789-1792) e a Conjuração Baiana (1796-1799). 
Ambos tinham por base as ideias disseminadas pela Revolução Francesa, mas havia diferenças em seus objetivos.
Lutas no Período Colonial
Inconfidência Mineira (1789-1792)
A Inconfidência Mineira, também chamada de Conjuração Mineira, foi a conspiração de uma pequena elite de Vila Rica (MG), ocorrida em 1789, contra o domínio português.
Desse grupo, fizeram parte: intelectuais, religiosos, militares e fazendeiros, dentre os quais estava o alferes Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), sempre lembrado como principal líder do movimento.
O principal motivo da Inconfidência foi a questão da derrama. Tratava-se de uma operação fiscal realizada pela Coroa portuguesa para cobrar os impostos atrasados. 
Lutas no Período Colonial
Conjuração Baiana (1796-1799)
A Conjuração baiana foi o movimento mais abrangente em termos dos objetivos políticos, da abertura à participação das camadas populares e dos ideais de mudanças sociais propostos. 
Assim como os inconfidentes mineiros, os conjurados baianos defendiam a emancipação política do Brasil através do rompimento do pacto colonial. Mas foram mais além, ao propor profundas mudanças sociais como a abolição dos privilégios vigentes que garantissem a igualdade entre os homens, de diferentes raças e cor, e o fim da escravidão.
O principal fator que fez surgir a conjuração baiana como um movimento de revolta popular radical está relacionado às condições sociais e econômicas da região do Recôncavo baiano.
Lutas no Período Colonial
Confederação dos Tamoios
Guerra dos Bárbaros
Insurreição Pernambucana
Revolta dos Mascates
Revolta de Filipe dos Santos
Inconfidência Mineira
Conjuração Baiana
Principais Movimentos 
do Período Colonial
PERÍODO IMPERIAL 
(1822-1899)
O Período Imperial (ou Brasil Império) foi um período da história brasileira que ocorreu entre 7 de setembro de 1822 (Independência do Brasil) e 15 de novembro de 1889 (Proclamação da República).
 
Neste período, o Brasil foi governado por dois grandes monarcas: D. Pedro I e D. Pedro II.
Período Imperial
(1822-1899)
No Período Imperial, ocorreram movimentos pelo fim da escravidão e contra a monarquia, tendo como objetivo a instauração de uma república no Brasil ou a proclamação de repúblicas isoladas.
Todos esses movimentos foram reprimidos violentamente, com muitas mortes e prisões. A ideia do governo em vigor era torná-las exemplos a não serem seguidos.
Durante o império, ocorreram ainda movimentos em que se lutou por questões específicas, contra as decisões vindas dos governantes, percebidas como autoritárias.
Lutas no Período Imperial
A partir de 1850, dois grandes movimentos sociais alcançaram âmbito nacional: o movimento abolicionista e o republicano.
Esses movimentos foram fundamentais para a queda do império e a instauração da república no Brasil.
O movimento abolicionista agregou políticos, intelectuais, poetas e romancistas, mas também muitos negros e pardos libertos.
Lutas no Período Imperial
O movimento republicano foi dominado pelos segmentos mais ricos da sociedade. A organização buscava uma nova forma de acomodar os grupos que desejavam o poder sem a presença do imperador e da monarquia;
Tanto o movimento abolicionista quanto o republicano utilizaram a imprensa e a discussão em vários níveis sociais;
Ambos conseguiram seus objetivos ao mesmo tempo, de tal modo que o fim da escravidão no Brasil, em 1888, abriu as portas para a implantação da República, em 1889.
Lutas no Período Imperial
Cabanagem (1835-1840)
A Cabanagem foi uma grande rebelião popular que eclodiu na província do Grão-Pará, em 1835. Foi assim denominada porque dela participou a população pobre que vivia em cabanas à beira dos rios, e que eram chamados de cabanos. 
Esta população era composta de negros, mestiços e índios que se dedicavam às atividades de extração de produtos da floresta, e que se revoltaram diante da situação de miséria a que estavam submetidas.
Lutas no Período Imperial
Cabanagem (1835-1840)
A rebelião originou-se de pequenas revoltas e conflitos sociais que afloraram nas áreas rurais e urbanas da província.
Foi durante esse período que surgiram alguns dos principais líderes envolvidos na rebelião de 1835. Entre eles estão: Eduardo Angelim, os irmãos lavradores Francisco Pedro e Antônio Vinagre, o fazendeiro Clemente Malcher, o jornalista Vicente Ferreira Lavor e o padre Batista Campos.
Lutas No Período Imperial
Revolução Farroupilha (1835-1845)
A Revolução Farroupilha (ou Guerra dos Farrapos), foi o mais longo movimento de revolta civil brasileira. Eclodiu na província do Rio Grande do Sul, e durou dez anos, de 1835 a 1845.
A Farroupilha foi um movimento de revolta promovida pelos ricos estancieiros gaúchos, denominação dada aos proprietários de grandes fazendas criadoras de gado na região.
Os interesses econômicos desta classe dominante estão entre as principais causas do movimento, que teve como principal objetivo separar-se politicamente do Brasil.
Lutas No Período Imperial
Confederação do Equador
Cabanagem
Revolução Farroupilha
Sabinada
Balaiada
Revolução Praieira
Principais Movimentos 
Do Período Imperial
PERÍODO REPUBLICANO
(1889-Hoje)
O Período Republicano no Brasil teve início em 1889, com a proclamação da República pelo Marechal Deodoro da Fonseca, e vigora até os dias de hoje.
O Período Republicano dividiu-se em cinco fases:
República Velha(1889-1930)
Era Vargas (1930-1945)
República Populista (1945-1964)
Ditadura Militar (1964-1985)
Nova República (1985-Hoje)
Período Republicano
(1889-Hoje)
Os movimentos sociais que ocorreram entre o final do século XIX e os primeiros anos do século XX mostravam um caráter político e social marcante, mesmo com vigilância rígida sobre a população do campo e da cidade.
Dois movimentos dessa época podem
ser lembrados pela denúncia da miséria, da opressão e das injustiças da República dos Coronéis, que são a Guerra de Canudos e a Guerra do Contestado.
Lutas do Período Republicano
Guerra de Canudos (1896-1897)
A Guerra de Canudos foi um confronto entre o Exército Brasileiro e os integrantes de um movimento popular de fundo sócio religioso que ocorreu entre 1896 e 1897.
O movimento foi liderado por Antônio Conselheiro e contou a ajuda de sertanejos baianos que se estabeleceram em Canudos, um lugarejo no nordeste da Bahia.
As principais causas deste conflito, que desencadeou a Guerra de Canudos, estão relacionadas às condições sociais e geográficas da região.
Lutas do Período Republicano
Guerra de Canudos (1896-1897)
Viviam num sistema comunitário: não havia propriedade privada e todos os frutos do trabalho eram repartidos.
De novembro de 1896 à derrota em outubro de 1897, o arraial resistiu às investidas das tropas federais (quatro expedições militares).
A guerra resultou em cerca de 25 mil mortos.
Lutas do Período Republicano
Guerra do Contestado (1912-1916)
A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro.
Ocorreu entre 1912 a 1916, na região dos estados do Paraná e Santa Catarina.
Semelhante a Guerra de Canudos, o conflito ocorreu devido ao fanatismo religioso (messianismo), a pobreza e a insensibilidade política.
Lutas no Período Republicano
A guerra foi liderada inicialmente por um monge peregrino, que um ano mais tarde, após sua morte, fez eclodir um movimento messiânico de crença na sua ressurreição e na instauração de um reinado de paz, justiça e fraternidade.
A Guerra do Contestado como ficou conhecido o episódio, terminou em massacre e a rendição em massa dos sertanejos que, embora tivessem se empolgado com as primeiras vitórias, não puderam resistir à superioridade bélica das forças repressivas.
Lutas no Período Republicano
Revolta da Armada
Revolução Federalista
Guerra de Canudos
Revolta da Vacina
Revolta da Chibata
Guerra do Contestado
Revolução Constitucionalista
Movimento Militar de 1964
Principais Movimentos 
do Período Republicano
NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS
No fim da década de 70 e parte dos anos 80, ficaram famosos no Brasil, os movimentos sociais populares articulados por grupos de oposição aos regimes militares, especialmente pelos movimentos de base cristãos, sob a inspiração da teologia da libertação.
No fim dos anos 80 e ao longo dos anos 90, o cenário sociopolítico transformou-se de maneira radical.
Os movimentos sociais ocorridos nessa época, contribuíram decisivamente para a conquista de vários direitos sociais, que foram inscritos em leis na nova Constituição Federal de 1988.
Novos Movimentos Sociais
De 1988 aos dias atuais, podemos observar uma série de movimentos pela efetivação de direitos já existentes e pela conquista de novos direitos.
Vivemos sob uma constituição que privilegia os direitos humanos (civis, políticos e sociais) sobre a ação do Estado.
Os movimentos sociais devem ser instrumentos para o questionamento das muitas desigualdades existentes no país.
Novos Movimentos Sociais
Esses movimentos foram muito importantes, pois desenvolveram a politização da esfera privada, ao tornar as carências das populações pobres, dos negros, das mulheres e das crianças, uma preocupação de toda a sociedade, e não somente do Estado.
Abriu-se no Brasil a possibilidade de se desenvolverem movimentos sem o controle do Estado, dos partidos políticos ou de qualquer instituição. Podemos citar, entre outros, os movimentos dos negros, das mulheres, dos indígenas, dos ambientalistas, dos sem-terra, dos sem-teto, etc.
Novos Movimentos Sociais
Possuem uma organização menos hierárquica, portanto acompanham a tendência da flexibilização;
Possuem pautas de reivindicações específicas;
Em média são movimentos reformistas que podem até guardar conteúdos de crítica ao capitalismo, mas raramente são revolucionários;
Possuem uma estreita ligação com as Organizações Não Governamentais;
Organizam-se de forma rápida, utilizando a internet e outros meios tecnológicos como ferramentas para a realização de novos protestos.
Principais Características
DIRETAS JÁ
CARAS PINTADAS
MST
MTST
MOVIMENTO CRISTÃO
MOVIMENTO NEGRO
MOVIMENTO ESTUDANTIL
MOVIMENTO ANARQUISTA
MOVIMENTO FEMINISTA
MOVIMENTO GAY (LGBT)
MCCE
DIA DO BASTA
ANONYMOUS
BLACK BLOC
Principais Movimentos
Diretas Já (1983-1984):
reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil. 
reuniu mais de 1,5 milhão de pessoas em São Paulo.
Caras Pintadas (1992):
movimento estudantil que teve como principal objetivo o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo.
MST – Movimento dos Sem Terra (1980-Hoje):
movimento político-social brasileiro que luta pela reforma agrária.
MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (1997-Hoje):
movimento político-social e popular, criado pelo MST para atuar nas grandes cidades e lutar pela reforma urbana, por um modelo de cidade mais justa e pelo direito à moradia.
Movimentos Históricos
MCCE (2002-hoje)
Ong voltada ao combate à corrupção eleitoral no Brasil;
responsável pela criação do projeto da lei “Ficha Limpa”;
Anonymous (2003-hoje):
é uma legião anônima e virtual que se originou em 2003;
representa o conceito de muitos usuários de comunidades online existindo simultaneamente como um cérebro global;
grupo descentralizado, hacktivismo e vigilância virtual;
Dia do Basta (2011-hoje):
movimento social pacífico, apartidário e ideológico;
a favor de um Brasil livre de impunidade e corrupção.
Black Bloc (200-hoje)
é uma tática de ação direta, modelo anarquista, por grupos de afinidade que se reúnem mascarados e vestidos de preto;
possui estrutura efêmera, informal, não hierárquica e descentralizada;
Movimentos Atuais
Direito de Manifestar
Direito de Manifestar
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