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Revisão Matéria - Grau A TGDC

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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
REVISÃO PARA O GRAU A 
HISTÓRICO DO DIREITO CIVIL – FUNDAMENTOS DO SISTEMA JURÍDICO PRIVADO
DIREITO ROMANO: Perspectiva antiga e Medieval.
DIREITO CIVIL: Individualista. Relação Jurídica Privada (entre particulares). Relação de Paridade (Igualdade). CIVIL: civis – cidadãos que possum direitos e deveres dentro da sociedade. O Direito (sistema jurídico) se fundamenta no individualismo. Baseado nas relações particulares.
DIREITO CIVIL. MOVIMENTO DAS CODIFICAÇÕES: CÓDIGO NAPOLEÔNICO – 1804, CÓDIGO ALEMÃO (BGB) – 1901, CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO – 1916. 2002
CÓDIGO CIVIL 1916 - CARACTERÍSTICAS SÓCIO - POLÍTICOS DO PERÍODO MODERNO:
Sociedade Patriarcal
Patrimonialismo – Propriedade
Estado Liberal
DICOTOMIA: separação entre direito público e privado.
DIREITO PÚBLICO: Penal, Constitucional, Processual, Administrativo. AUTONOMIA DO ESTADO.
DIREITO PRIVADO: Civil, Empresarial. NÃO HÁ (OU HÁ MÍNIMA) INTERVENÇÃO DO ESTADO.
IGUALDADE MATERIAL: tratamento igual para todos.
IGUALDADE FORMAL: tratamento desigual para desiguais.
O Estado não está nas relações entre particulares (direito civil).
A partir da Revolução Francesa (1789), ocorre a macropolítica: Mudanças na política, manifestações de grande relevância.
Estado Moderno: As mudanças consolidam o CC atual.
Código Napoleônico: É o primeiro código moderno que regula as relações sociais de m período em que predomina a igualdade, fraternidade e liberdade. Porém, o primeiro código da história é o Código de Hamurabi.
Ós códigos são leis que abordam as modificações que ocorreram após a Revolução Francesa. Todos os países passam a ter seus próprios códigos civis.
Estado Liberal: Estado regula muito pouco as relações entre particulares. A partir do século XX, as relações entre os particulares passam a ser mais reguladas.
Pátrio Poder: Expressão usada na antiguidade para designar o poder patriarcal (do homem) sobre a família.
Direito de Propriedade: Século XVIII: Direito de ter, mas sem precisar ter destinação.
Direto à Propriedade: Pressupõe que tenha que dar destino à ela. (SOCIEDADE PATRIMONIALISTA).
DIREITO SUCESSÓRIO: É patrimonialista.
ECA, AMBIENTAL, CÓDIGO DO CONSUMIDOR: Ramos do Direito que ficaram em muitas áreas, chamados então de TRANSVERSAIS.
DIREITO ROMANO:
Corpus Iuris Civilis (Corpo do Direito Civil). Compilação de Justiniano. Ius Civile, Ius Canonicum. Matéria Privada e Pública.
IUS CIVILE: Direito dos Cidadãos Romanos
IUS GENTIUM: Direito aplicável à outros povos.
Evolução histórica da estrutura sistemática do direito civil: CÓDIGO.
 SISTEMA ROMANO GERMÂNICO
SISTEMA
Parte Geral: Pessoas
 Bens
 Relações
Parte Especial: a) família e pessoas
 b) bens e coisas
 c) sucessão, obrigações e contratos.
ESTRUTURA DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Parte Geral: 3 Livros
Livro I – Das Pessoas: arts. 1º a 78.
Livro II – Dos Bens: arts. 79 a 103
Livro III- Dos Fatos Jurídicos: arts. 104 a 232
A diferença entre o ius civili e o ius canonicum é quanto à matéria.
 CORPUS IURIS CIVILIS – Corpo do Direito Civil: Tinha como objetivo regular as relações entre os romanos.
SISTEMA JURÍDICO BRASLERO: Romano- Germânico. Tem como principal fonte do Direito, a Lei. (nfluência para o código brasileiro).
ESTRUTURA SISTEMÁTICA: Influenciada pelo Corpus Iuris Civilis.
SISTEMA COMMON LAW (LEI COMUM): EUA, Inglaterra. Usa os "cases" (casos) como precedentes.
INSTITUTOS DO DIREITO PRIVADO:
PESSOAS – FAMÍLIAS
BENS – PROPRIEDADE
RELAÇÕES – CONTRATOS
Institutos: Conceitos sólidos.
Caracterizar um instituto é quando para a sociedade e para o Direito, se tem clara definição do que se trata.
Ex.: Família. Sistema Patriarcal, filhos, etc. É algo constitucionalizado: concreto, com formação conhecida e reconhecida.
A Parte Geral do CC é constitutiva de DIREITO PRIVADO ( FAMÍLIA, CONTRATOS E SOCIEDDE).
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO: O monumento legislativo que regula os direito e obrigações de ordem privadas concernente às pessoas, às empresas, aos bens e às suas relações. (NERY, Rosa Maria de Andrade.)
ESTRUTURA DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Parte Geral: 3 Livros
Livro I – Das Pessoas: arts. 1º a 78
Livro II – Dos Bens: arts. 79 a 103
Livro III- Dos Fatos Jurídicos: arts. 104 a 232
Parte Especial: 5 Livros
Livro I – Do Direito das Obrigações (contratuais): arts. 233 ao 965
Livro II – Do Direito das Empresas (incluído no CC/2002): arts. 966 ao 1.195
Livro III – Do Direito das Coisas : arts. 1.196 ao 1.510
Livro IV – Do Direito de Família: arts. 1.511 ao 1.783
Livro V – Do Direito das Sucessões: arts. 1.784 ao 2.027
Livro Complementar: Disposições Finais e Transitórias. Arts. 2.028 ao 2.046
Codificação Civil a partir de 2002: Concepção da Constitucionalização (função social) do Direito Civil. Lei nº 10.406 de 11/01/2002.
A partir da CF/88, ocorre a constitucionalização do CC. Visão social passa a ser trabalhada. A CF/88 é conhecida como a Constituição Cidadã (Ulisses Guimarães).
CÓDIGO CIVIL DE 2002 – UNIDADE DE ORDENAÇÃO DO SISTEMA:
- Móvel: mobilidade nas relações. Flexibilidade
- Cláusulas Gerais
- Direitos Legais Indeterminados
- Conceitos determinados pela função
- Método Casuístico: técnica legislativa
DIREITO CIVIL MODERNO:
-Lei Codificada – "microssistemas": CDC, Direitos Autorais, lei Falimentar, Títulos e Valores Imobiliários.
SISTEMA JURÍDICO ABERTO:
-Procedimento dicionário: Legislação por norma (operacionalidade, eticidade, sociabilidade.) Caráter social.
CONSTITUCONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL:
Direito de Família: Afetividade. Liberdade de constituição e dissolução. Convivência, igualdade de direitos. Poder Familiar.
Direito de Propriedade: Proporcionalidade. Direito de propriedade e socialização da propriedade.
Direito dos Contratos: Limitação da Pacta Sunt Servanda (os pactos devem ser respeitados/ os acordos devem ser cumpridos). Contrato faz Lei entre as partes. Harmonia (limitação) dos interesses privado e da coletividade.
RELAÇÕES JURÍDICAS E A ESFERA ECONÔMICA
Planos da diimensão sócio-econômica: eticidade, sociabilidade e operabilidade.
Novo CC: Técnica empreendedora no sistema de direito privado.
Interação de Mercado:
Trabalhista: Regulação à distribuição de riqueza.
De Capital
De Consumo: Vulnerabilidade. Subordinação estrutural à atividade político-estatal.
 CONCEITOS DETERMINADOS PELA FUNÇÃO:
Propriedade não é coisa física (precisa conceber a imaterialidade). Ex.: Propriedade intelecual – direitos autorais.
Ética: do grego "ethos": lugar
Vai variar do lugar.
Senso comum teórico – jurídico: O que da sociedade vem para o âmbito jurídico.
Finalização da ténica empreendedora (atividade empresarial) do novo Código Civil: voluntarismo e mormativado – perspectivas do novo CC.
Composição da dogmática jurídica. Lei de Introdução às normas de Direito Brasileiro.
DECRETO LEI Nº 4.657/1942
APLICAÇÃO ÀS NORMAS
SUBSUNÇÃO: Fato individual que está no conceito abstrato da norma.
INTEGRAÇÃO: Art. 4º do Decreto. Preenchimento das lacunas pela analogia, costumes e princípios gerais.
INTERPRETAÇÃO: Art. 5º do Decreto. Teleológica, Gramaticial, Lógica, Sistemática e Histórica.
VIGÊNCIA DA LEI NO TEMPO (direito intertemporal)
OBRIGATORIEDADE: Publicação no Diário Oficial.
VIGÊNCIA: Vacatio Legis – vacância da lei. Período de 45 dias após a publicação – diferente da promulgação. No exterior o prazo é 3 meses.
CESSÃO DA VIGÊNCIA:
AB-ROGAÇÃO: revogação total
DERROGAÇÃO: revoga parcialmente
EXPRESSA: artigo tal revoga o art. tal
TÁCITA: silenciosa
CONFLITOS DE LEIS NO TEMPO => PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
Sempre vale a mais recente em detrimento à lei antiga.
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE:
ato jurídico perfeito: perfectibilização do ato (formalidade)
direito adquirido: condiçãomaterial (tem idade pra aposentadoria mas não encaminhou)
coisa julgada: não cabe recurso
Efeito Represtinatório => Revogação.
Lei posterior revoga a anterior.
Princípio da Especialidade => lei posterior revoga geral.
Considera se lei especial aquela que contém todos os requisitos da lei geral e mais alguns chamados especializantes
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO:
AB-ROGAÇÃO: revoga total ex.: CC/16 foi revogado pelo CC/02
DERROGAÇÃO: revoga parcialmente. ex.: quando alguns artigos são revogados por outros.
QUANTO À MANEIRA QUE SE COLOCA
EXPRESSA: CC/02 revogando o de 16.
TÁCITA: silenciosa
 
Ocorrem por incompatibilidade das leis.
EFEITO REPRESTINATÓRIO => REPRESTINAÇÃO
Não é admitido no Brasil.
Lei A Lei B Lei C
Revogada ---------> Revogadora <------------- Revogadora
HIERARQUIA
Constituição Federal
Lei Complementar, Lei Ordinária, Medida Provisória,
Lei Delegada, Resoluções e Decretos Legislativos.
Decreto Regulamentar
Portarias, Circulares, Normas Inferiores (Essas não tem período de vacância)
RELAÇÃO JURÍDICA
Formação de Direitos e Deveres.
VÍNCULO DE INTERSUBJETIVIDADE
Teoria Personalista: vínculo de 2 ou mais pessoas com objetivo comum.
Teoria Objetivista: sujeitos indeterminados. Caracteriza-se pelo objeto.
Teoria Normativista: caracterização do fato pela norma.
A complementação destas teorias entre si, dão origem aos elementos da relação jurídica.
Juridicização: Incidência da norma ao fato. -----> Formação da relação jurídica
ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA
Sujeitos: 
ATIVO: titular do direito subjetivo (credor). SUBJETIVO: faculdade que a pessoa tem na relação.
PASSIVO: titular do dever jurídico (devedor) DIREITO OBJETIVO: Está na norma.
Objeto:
PESSOA, COISA ou PRESTAÇÃO
Vínculo de Atributividade: Liame (vínculo)
Ocorrência por lei ou por contrato.
REQUISITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA
Relação Intersubjetiva: vínculo entre as pessoas (sujeitos)
Hipótese Normativa: Consequências obrigatórias
Fato Propulsor: (fato jurídico): Ocorrência da norma abstrata, possibilitando a relação jurídica.
(Tem uma norma que incide sobre o fato).
Norma ----------> Fato: gera direito subjetivo.
Vínculo + Consequência : gera fato propulsor.
CLASSIFICAÇÃO DAS RELAÇÕES JURÍDICAS
SIMPLES ou COMPLEXA:
Simples: relaciona um direito subjetivo. (testamento)
Complexa: mais de um direito subjetivo. (compra e venda / permuta)
PÚBLICA ou PRIVADA:
Pública: o Estado é parte na relação.
Privada: Interesse de particulares. Deve haver paridade.
PATRIMONIAL ou EXRA-PATRIMONIAL:
Patrimonial: onde há aferição de $. Direitos Reais e Pessoais
Extra-patrimonial: não tem aferição de $. Direito de Família e Personalíssimo.
ABSOLUTA ou RELATIVA:
Absoluta: Efeito erga omnes. (efeito universal). Direito Personalíssimos e de Família.
Relativa: eficácia apenas na relação. Ele se exaure na relação. Direito de Obrigações.
PRINCIPAL ou ACESSÓRIA:
Principal: referente ao vínculo próprio. Ex.: Locação.
Acessória: uma relação subordinada à principal. ex.: sublocação
MATERIAL ou PROCESSUAL:
Material: específica à legislação ou outras fontes do direito (extraprocessual). Ex.: Civil, Empresarial ( cliente precisa pagar a empresa) / Processual: ação judicial ( autor-réu)
PERSONALIDADE JURÍDICA: PESSOA NATURAL
Jusnaturalismo: Pessoa como sujeito de direito e obrigações
Pessoa: Sujeito de direitos --> realização dos atos da vida civil --> dreitos subjetivos (faculdade do sujeito).
Personalidade: Sujeito de direito --> pessoa (arts. 1º ao 10 do CC).
Direitos da Personalidade: Situações Jurídicas de Personalidade (arts. 11 ao 21 do CC).
Sujeito de Direito: Possui domínio da vontade.
Marco inicial da vida jurídica: nascimento com vida.
Nascituro: feto
Natimorto: nasceu sem vida (são feitos exames para saber se o pulmão trabalhou).
PERSONALIDADE JURÍDICA ------> Aptidão para o exercício de direitos e deveres . ------> ART. 1º.
TEORIA NATALISTA DA PERSONALIDADE: 
Assegurada pelo CC. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida. (primeira parte do art. 2º).
TEORIA CONCEPCIONISTA DA PERSONALIDADE (doutrina).
Não está assegurada pelo CC. Defendida por alguns estudiosos, entre eles Silvana Chinelato, que defende que há qualidade de sujeito de direitos desde a concepção.
O aborto ao nascituro é criminalizado porque frustra uma expectativa de vida. Para o direito, o nascituro não tem personalidade jurídica, por que ainda não tem vida. Só irá adquirir após o nascimento.
Art 2º CC : A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo desde a concepção, os direitos do nascituro.
 Expectativa de Direitos ou Direitos Eventuais. 
Nasci e sou capaz, mas de qual capacidade? De direito!
CAPACIDADE JURÍDICA – ART. 1º
Pessoa é capaz de direitos e deveres de ordem civil. (Capacidade jurídica é a medida da personalidade).
CAPACIDADE JURÍDICA PLENA:
Aquisição de direito (gozo) + capacidade de fato (de exercício – agir por si só).
SE NÃO TEM CAPACIDADE JURÍDICA PLENA, É CAPAZ SOMENTE DE DIREITOS!
PORÉM, NÃO EXISTE INCAPACIDADE DE DIREITO. INCAPACIDADE SÓ PODE SER FÁTICA (DE FATOS).
CONCEITO DE INCAPACIDADE:
Restrição legal aos exercícios do ato da vida civil, imposta pela lei somente aos que , excepcionalmente, necessitam de proteção, pois a capacidade é a regra.
A restrição deve ser taxativa – arts. 3º e 4º.
Quando existe apenas capacidade de direito, diz-se capacidade limitada. Não existe incapacidade de direito, apenas incapacidade de fato.
Incapacidade é excessão expressa em lei. (taxativa). Tem que estar no arts. 3º ou 4º do CC.
ESPÉCIES DE INCAPACIDADE
NCAPACIDADE SÓ PODE SER FÁTICA E NÃO DE DIREITOS!
ABSOLUTA – ART. 3º
a) menores de 16 anos (menores impúberes). Não possuem desenvolvimento mental completo. SEM REPRESENTAÇÃO O ATO É NULO!
b) sem discernimento (não possuem/ausência completa) por enfermidade ou deficiencia mental (estado permanente e contínuo). PRECISA TER PROCESSO DE INTERDIÇÃO – SENTENÇA DECLARATÓRIA E NOMEAÇÃO DE CURADOR – VER ART. 1.767.
c) sem manifestação de sua vontade, mesmo que por causa transitória. (excessiva pressão arterial, embriaguez não habitual, eventuais usos de drogas). NÃO HÁ INTERDIÇÃO!
RELATIVA (discernimento reduzido) – ART. 4º
a) Maiores de 16 e menores de 18 (púberes) - 16: impúbere/ + 16 -18: púberes. Pode praticar atos da vida civil, desde que devidamente assistido( pai, mãe, tutor).
Pode casar, mas precisa de autorização dos pais.
b) Ébrios habituais (alcólatra), viciados em tóxicos, deficientes mentais com discernimento reduzido.
c) Excepcionais (não é deficiente, mas é incapaz) sem desenvolvimento mental completo (inclui-se os surdos-mudos). Processo de interdição com limitação da curatela (ver arts. 1772 e 1782)
d) Pródigos: Interdição declarando a prodigabilidade – há interdição apenas de atos de disposição patrimonial.
A CAPACIDADE DOS ÍNDIOS É REGULADA POR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA (Lei nº 6001/73) – NÃO É INCAPAZ APENAS POR SER ÍNDIO!
INSTITUTOS PARA SUPRIR A SITUAÇÃO DE INCAPACIDADE
REPRESENTAÇÃO: Para casos de incapacidade absoluta. (fulano representado por beltrano). Se no ato não há representação, o mesmo é nulo.
ASSISTÊNCIA: Para casos de incapacidade relativa. Se o incapaz não estiver assistido no momento do ato, o mesmo é anulável. (o ato produz efeito até que seja declarado anulado).
ROL TAXATIVO (Expresso na lei – arts. 3º e 4º) é diferente de ROL EXEMPLIFICATIVO (tem o taxativo, mas presume outros).
Síndrome de Down: Não são todos os casos que se enquadram em incapacidade absoluta. Alguns possuem parte do desenvolvimentomental.
Nascituro: só tem expectativas de direitos – ius superveniens. (NÃO NASCEU, MAS HÁ EXPECTATIVAS AO NASCER).
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE
Quando cessar a causa (enfermidade). Quando atingir maioridade. Quando houver emancipação.
MAIORIDADE CIVIL
18 anos completo
EMANCIPAÇÃO – ART. 5º
Aquisição da capacidade civil plena antes da "idade legal". Art. 5º. p.ú.
TIPOS DE EMANCIPAÇÃO
a) VOLUNTÁRIA – ART. 5º P.Ú. : Concessão dos pais. Exige-se instrumento público. Irrevogabilidade. Pode ser anulada via judicial, em razão de coação. (Antes do registro, não produz efeitos).
b) JUDICIAL – ART. 5º, P.Ú; I: Através de sentença judicial. É necessário o registro no domicílio do menor.
c) LEGAL- ART. 5º, P.Ú.,II ao IV: Através do casamento (com autorização dos pais), exercício de cargo público efetivo, colação de grau em ensino superior, ou por relação de emprego e economia própria. Independe de registro e produz efeito a partir do ato ou fato que a comprove.
Com a emancipação não se faz mais necessário a representação para os atos da vida civil.
Mesmo emancipado, o sujeito não pode tirar CNH – não é considerado ato da vida civil, é regulado pela Código de Trânsito.
A pensão cessa, legalmente aos 18 anos. Jurisprudências estendem até a conclusão do superior 24.
Se cometer homicídio, não pode ir para a cadeia, já que a maioridade penal ocorre com 18 anos.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA – PESSOA NATURAL – ART. 6º
MORTE REAL - ART. 6º – Primeira Parte: 
A existência da pessoa natural termina com a morte (...)
Precisa ter corpo. Presença de atestado de óbito firmado por médico.
CONSEQUÊNCIAS DA MORTE REAL:
Extinção da capacidade, dopoder familiarm dissolução do vínculo matrimonial, abertuta da sucessão.
MORTE PRESUMIDA – ART. 6º – Segunda Parte
(...) presume-se esta quando aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Precisa ter processo judical para mortes presumidas, pois não há corpo.
SEM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA – ART. 7º
Quando houver fato notório (acidente aéreo, incêndios, desaparecimento no mar) OU Prisioneiro de guerra ou desaparecido em campanha (se não for encontrado após 2 anos).
COM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA
Pode requerer a sucessão definitiva quando:
A sentença de suc. Provisória transitou em julgado há 10 anos ou comprovando que ausente conta com 80 anos e que de 5 datam as últimas notícias.
MORTE SIMULTÂNEA (COMORIÊNCIA)- ART. 8º
Falecimento de dois ou mais indivíduos na mesma ocasião. (não precisa ser no mesmo lugar).
Não se pode averiguar que morreu primeiro.
CONSEQUÊNCIA: Não há transferência de bens e direitos entre comorientes.
Se o herdeiro tiver participação na morte (CASO SUZANE VONHICHTOFEN), será excluída da herança – DESERDAÇÃO.
ATOS SUJEITO À REGISTRO PÚBLICO – ART. 9º
a) nascimentos, casamentos e óbitos
b) emancipação por outorga dos pais ou por sentença judicial.
c) interdição por incapacidade absoluta ou relativa
d) sentença declaratória de ausência ou morte presumida
ATOS SUJEITOS À AVERBAÇÃO – ART. 10º
Averbação: alterações ocorridas no estado jurídico do registrado
a) nulidade ou anulação do casamento, divórcio, separação judicial e restabelecimento da sociedade conjugal.
b) reconhecimento de filiação
Atos de adoção foram revogados pela Lei 12.010/2009
A gratuidade do registro de nascimentos e óbitos está previsto no inciso LXXVI, do art. 5º da CF. A gratuidade do registro de casamento é regulado pelo CC, art. 1.512.
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL – COMPREENSÃO INICIAL DOS ATRIBUTOS DA PERSONALIDADE.
NOME – previsto no art. 16
Individualização na família e na sociedade. É um direito de personalidade – INALIENÁVEL e IMPRESCRITÍVEL.
 NOME: É a conjunção entre prenome e patronímico (sobrenome).
POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DO NOME
a) retificação por erro gráfico e por exposição ao ridículo (LRP 6015/73, arts. 55 e 58)
b) apelidos públicos notórios
c) substituição donome por colaboração em investigação de crime. (Lei 9807/99)
d) casos de adoção – art. 1627 CC
e) outras hipóteses: casamentos, separação judicial e divórcio, reconhecimento de filho, união estável e transexualidade.
ESTADO
Situação jurídica pessoal ( Soma de qualificações da pessoa na sociedade, háveis a produzir efeito jurídico).
ASPECTOS:
INDIVIDUAL: idade, cor, sexo
FAMILIAR: solteiro, pai, filho
POLÍTICO: nato, naturaliado, estrangeiro
CARACTERÍSTICAS:
INDIVIDUALIDADE: Uno. Exceção é a dupla nacionalidade
INDISPONIBILIDADE: Inalienabilidade e Irrenunciabilidade – Pode alterar.
IMPRESCRITIBILIDADE: Não há prescrição. Não é atingido pelo decurso de tempo.
IRRENUNCIABILIDADE: Não se pode desfazer-se ele.
DOMICÍLIO
Lugar onde a pessoa natural, de modo definitivo, estabelece a sua residência e o central principal de sua atividade. "Sede jurídica da pessoa natural".
Elemento Objetivo: residência
Elemento Subjetivo: ânimo de fixar-se por "definitivo"
Domicílio Civil: Admite-se a pluralidade domiciliar – art. 71
Há resguardo do interesse de terceiros: Teoria do Domicílio Aparente. (pessoas que não tem domicílio certo – ciganos, circenses).
ESPÉCIES
a) voluntária: geral ou comum
b) necessário: (domicílio legal) - servidores públicos, interditos, marítimo, preso.
c) especial: eleição – escolha do domicílio
 contrato – estabelecido contratualmente
DIREITOS DE PERSONALIDADE – ARTS. 11 ao 21
Assegurar a integral proteção da pessoa humana, considerando dimensões: de corpo, alma e intelecto. (direitos de personalidade são direito subjetivos).
Tutela jurídica das Múltiplas Dimensões Biopsicológicas de atuação do ser humano.
DIREITOS DE PERSONALIDADE É DIFERENTE DE DIREITOS HUMANOS ( tutela jurídico-política, esfera pública).
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS DE PERSONALIDADE
INTEGRIDADE FÍSICA)
direito à vida (cláusula geral de proteção)
direito ao corpo
direito à saúde
direito ao cadaver
INTEGRIDADE INTELECTUAL
direito à autoria – lei 9610/98
direito à liberdade religiosa e de expressão
INTEGRIDADE MORAL OU PSÍQUICA
direito à privacidade
direito ao nome e ao pseudônimo
direito à imagem: retrato (aparência)
 atributo (qualificações/qualidades)
 voz
ROL NÃO EXAUSTIVO (não é taxativo).
CARACTERÍSTICAS - ART. 11 CC
INALIENÁVEL --> inalienabilidade
IRRENUNCIÁVEL --> irrenunciabilidade
TITULARIDADE - ART. 12 CC
LEGITIMIDADE --> Titularidade. Turela jurídica ao lesado diretamente e ao lesado indiretamente
ESPÉCIES – ARTS. 13 AO 21 CC
ATOS DE DISPOSIÇÃO DO PRÓPRIO CORPO
 Art. 13 Cirurgias de Transgenitalização – Não precisa mais de autorização judicial para a cirurgia. Para alteração do nome precisa de procedimento de jurisdição voluntária na vara de família.
Art. 14 Transplantes lei 9434/97
Art. 15 Direito à não submissão a tratamento médico ou intervenção cirúrgica, de risco de vida. (Autonomia do paciente. Testemunhas de Jeová)
Art. 16 ao 19 Direito ao nome e ao pseudônimo
Art. 20 Proteção à palavra e à imagem
Art. 21 Proteção à intimidade (marketing com celebridades, BBB)
PESSOA JURÍDICA TEM DIREITO DE PERSONALIDADE NAQUILO QUE LHE CABE – ART. 52 – DIREITO DE PERSONALIDADE CABÍVEIS.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1) Classificar as relações jurídicas (sujeitos, objeto e vínculo de atributividade):
1.1 RESPONSABILIDADE CIVIL. TIM CELULAR S/A. NEGATIVA DE ALTERAÇÃO DE PLANO. LIBERDADE DE CONTRATAR. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. 1. DA MIGRAÇÃO DE PLANO. As concessionárias não são obrigadas a contratar com todos os proponentes, sendo lícito que estabeleçam um mínimo de requisitos que lhes garantam segurança em relação à contratação. Recusa da ré ao migrar o plano pré-pago do autor para pós-pago. Ausência de ato ilícito. Liberdade de contratar.2. DO DANO MORAL. Hipótese em que a ré exercitou um direito seu, não havendo prova concreta de que o autor tenha sido constrangido pela proposta da ré, visto que sua única testemunha diz não ter havido ofensas verbas ou desrespeito com o autor. APELO IMPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70028088987, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Antônio Kretzmann, Julgado em 26/03/2009)
Sujeito: autor – cliente
 réu – tim
(Relação Processual)
Objeto: Contrato – alterar o plano
Relação complexa, porque relaciona mais de um direito subjetivo. É transversal, ou seja, não tem paridade porque um é empresa e o outro pessoa natural. Patrimonial porque tem aferição de valor. Relativa porque as obrigações se exaurem naquele âmbito. Principal porque a relação existe por si só – contrato. Processual porque está em âmbito judicial -autor/réu.
O cliente é titular de direito subjetivo (ativo - credor) e a tim de dever jurídico (passivo- devedor).
***************************************************************************
1.2 COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. NECESSIDADE DE INÚMEROS REPAROS MECÂNICOS. INFORMAÇÃO SOBRE A REGULARIDADE DO VEÍCULO. NEGÓCIO JURÍDICO ENTRE PARTICULARES. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ. 1. Em que pese trate-se de negócio jurídico celebrado entre particulares em que não incidem as regras do Código de Defesa do Consumidor, responde o alienante por defeitos ocultos na coisa que, por ocasião da negociação, não foram informados ao adquirente. Deveres de lealdade e transparência inerentes ao princípio da boa-fé objetiva não observados na negociação. 2. Por outro lado, não tendo o autor realizado vistoria no automóvel quando de sua aquisição, deverá arcar com metade dos gastos referentes ao conserto do veículo, por ter concorrido para a concretização do negócio eivado de vício. Recurso parcialmente provido. (Recurso Cível Nº 71002100022, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Ricardo Torres Hermann, Julgado em 24/09/2009)
Sujeito: ativo – adquirente – dir. subjetivo
 passivo – transmitente – dir. objetivo
Objeto: compra e venda
Relação jurídica relativa, tem eficácia apenas naquele âmbito. Privada porque estão em situação de paridade. Complexa porque envolve mais de um direito subjetivo. Patrimonial porque desloca patrimônio. Principal, acontece por si só. Processual – âmbito judicial.
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1.3 AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO. LIMITAÇÃO. Não há como ser superior à 30% dos rendimentos o desconto em folha de pagamento ou em conta-corrente, em face do princípio da dignidade da pessoa humana, sob pena de se ferir o mínimo existencial. CASO CONCRETO. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO POR DECISÃO MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento Nº 70032015042, Décima Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Angelo Maraninchi Giannakos, Julgado em 02/09/2009)
sujeito: ativo: banco – credor – réu
 passivo: cliente – devedor – autor
objeto: empréstimo
Relação simples – só tem um dir. Subjetivo. Transversal, porque não tem paridade, pessoa natural e jurídica. Patrimonial – desloca $. Principal – acontece por si só. Relativa – eficácia apenas no âmbito. Processual
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