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artigo sobre educação comparada Brasil versus Japão atual

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A EDUCAÇÃO COMPARADA ENTRE O BRASIL E O JAPÃO
COMPARATIVE EDUCATION BETWEEN BRAZIL AND JAPAN
BELLI, I. J.2; CORREIA, C1.; MIELKE, S1.; SANTOS, M1.
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC 1, 2
RESUMO
Este estudo objetiva comparar o sistema educacional brasileiro com o modelo de ensino japonês, analisando desde os primórdios do processo de construção do Estado Moderno brasileiro e contextualizando com os fundamentos educacionais vigentes no Japão de mesmo período, efetuando comparações até aos dias atuais. O Japão recém-saído do sistema feudal com a revolução Meiji, teve a educação como alicerce para o seu desenvolvimento industrial, a qual desencadeou a sua modernização. Assim, o sistema de ensino, promulgado em 1872, instituiu a obrigatoriedade da educação para todos. Isto revela que a educação pública compulsória alicerçou o processo de edificação do Estado Moderno Japonês. Já em mesmo período, o Brasil escravocrata com economia essencialmente agrária, cujo o interesse era outro, e esse se opunha a industrialização durante o governo do período imperial, em especial durante o primeiro reinado e o período regencial, não implementou nenhum plano educacional com esse propósito. A atenção se concentrava na formação da elite dirigente do país, onde já durante o governo de D. João VI, este se ocupou de fundar as instituições de ensino superior indispensáveis à formação do quadro administrativo e político que dessem sustentação a monarquia. Em síntese, não houve por parte do governo imperial brasileiro a implementação de uma política educacional criando escolas primárias ou profissionais e incentivando a instalação de indústrias. Aqui, essa associação entre a expansão da indústria e a democratização da escola só se daria a partir de meados do século XX, assim apenas com a constituição de 1988 a educação básica passou a ser um direito garantido por lei para todos os brasileiros dos 4 aos 17 anos de idade, caracterizando um atraso em relação ao povo japonês de mais de um século. O Japão, está incluído hoje, entre os países mais desenvolvidos. A educação para a formação de recursos humanos sempre foi vista como uma das mais importantes formas de investimento, especialmente na medida que a prosperidade do país era atribuída às novas tecnologias e aos esforços educacionais já acumulados. As diferenças entre ambos os país são significativas no campo da educação e ciências, impactando diretamente em seus aportes econômicos e tecnológicos atuais.
Palavras-chave: Educação comparada, desenvolvimento industrial, sistema educacional, medida compulsória para a educação, economia.
Abstract
This study aims to compare the brazilian educational system with the japanese teaching model, analyzing from the beginning of the process of construction of the Brazilian Modern State and contextualizing with the educational foundations prevailing in Japan of the same period, making comparisons to the present day. Japan, just emerging from the feudal system with the Meiji revolution, had education as a foundation for its industrial development, which triggered its modernization. Thus, the education system, promulgated in 1872, instituted the obligation of education for all. This reveals that compulsory public education grounded the process of building the Modern Japanese State. At the same time, Brazil was enslaved by an essentially agrarian economy whose interests were different, and this was opposed to industrialization during the rule of the imperial period, especially during the first reign and the regulative period did not implement any educational plan for this purpose. The focus was on the formation of the ruling elite of the country, where during the administration of D. Joao VI, he was responsible for founding the institutions of higher education indispensable for the formation of the administrative and political framework that would support the monarchy. In summary, the Brazilian imperial government did not implement an educational policy by creating primary or professional schools and encouraging the establishment of industries. Here, this association between the expansion of industry and the democratization of the school would only take place from the middle of the twentieth century, so only with the constitution of 1988 did basic education become a law guaranteed by law for all Brazilians from the age of 4 17 years old, characterizing a delay in relation to the Japanese people of more than a century. Japan is included today among the most developed countries. Education for the training of human resources has always been seen as one of the most important forms of investment, especially as the country's prosperity was attributed to new technologies and educational efforts already accumulated. The differences between the two countries are significant in the field of education and science, directly impacting their economic and technological developments.
Keywords: Comparative education, industrial development, educational system, compulsory measure for education, economics.
Introdução
Historicamente o Japão é um país muito preocupado com a educação, o que pode ser atestado por sua universalização dos níveis básico e médio do ensino e pelo seu alto desempenho nos exames internacionais (REVISTA NIPPON E NIPONICA, 2018).
O sistema educacional japonês teve um papel central para possibilitar que o país superasse os desafios apresentados pela necessidade de absorver rapidamente as ideias, a ciência e a tecnologia ocidental no período Meiji, além de ter sido a peça chave para a recuperação e o rápido crescimento econômico do país após ao fim da Segunda Guerra Mundial (REVISTA NIPPON E NIPONICA, 2018).
Durante o período Edo a educação foi principalmente baseada em conceitos confucianos que enfatizavam a memorização e o estudo de clássicos chineses. Dois principais tipos de escolas se desenvolveram. O primeiro tipo eram as escolas Hanko, que totalizavam 270 estabelecimentos até o final desse período e forneciam educação principalmente para as crianças da classe samurai. O segundo tipo eram as escolas Terakoya, que matriculavam tanto os filhos dos comuns, como dos samurais, e concentravam-se no ensinamento de valores morais, escrita, leitura e aritmética. Assim, a taxa de alfabetismo na época do colapso do Shogunato Tokugawa, em 1868, era maior do que esse índice na maioria dos países ocidentais da época (REVISTA NIPPON E NIPONICA, 2018).
Em período próximo a este, o Brasil emergiu como Estado Independente em 7 de setembro de 1822. A partir de então, verificaram-se pequenas alterações na administração do país, as quais foram necessárias para a construção do Estado Imperial. A educação estava incluída entre elas, porém, essa preocupação não estava vinculada a necessidade de alfabetização do povo, era uma questão necessária a época e situação do país. Na ocasião, a ocupação francesa em Portugal e em grande parte da Europa impedia, temporariamente, o intercâmbio geral com aqueles países, inclusive o fluxo de estudantes brasileiros interessados em ingressar nas universidades europeias, assim, o príncipe regente teve que fundar, na nova sede do império português, as instituições indispensáveis à formação do quadro administrativo e político necessários a manutenção da monarquia (ZAMPPIERON; MURASSE, 2005). 
Desta forma, a educação básica no Brasil só ganhou atenção do governo nos anos posteriores à Constituição Federal de 1988, e, sobretudo, após o ano 2000. Analisá-la não é fácil exatamente, porque as contingências que a cercam são múltiplas e os fatores que a determinam têm sido objeto de leis, políticas e programas nacionais, alguns dos quais em convênio com órgãos internacionais a fim de alavancar seu baixo desempenho nos exames internacionais como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), no qual o Brasil encontra-se entre os dez últimos do ranking, em ciências é o 63º e em matemática o 65º, em leitura, a modesta 59ª posição, muito aquém das grandes potênciaseducacionais, como Japão, Cingapura, China e Finlândia (VOMBUN; MENDONÇA, 2012; CURY, 2002).
O sistema educacional brasileiro do século XXI 
A educação é um direito social de todos, assegurado pela Constituição Federal e de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O sistema educacional brasileiro é dividido em Educação Básica e Ensino Superior. A educação básica no Brasil constitui-se do ensino infantil, ensino fundamental e ensino médio.
De acordo com o art. 21 da Lei n.º 9.394/96, a educação escolar (não a educação básica), além das três citadas anteriormente, compõe-se também do nível superior.
Outras modalidades brasileiras de ensino são:
Educação de jovens e adultos (ensino fundamental ou médio);
Educação profissional ou técnica;
Educação especial;
Educação a distância (EAD);
O artigo 208 da constituição brasileira estabelece algumas responsabilidades do Estado com a educação, como a de a educação ser obrigatória dos 4 aos 17 anos de idade. A nossa primeira lei que diz que os pais são obrigados a matricular a criança e o Estado a oferecer o ensino. É a Constituição de 1988, que torna a educação um direito público subjetivo (PILLAR). 
Apesar de constituição ser específica ditando a educação como obrigatória, o índice de crianças fora da escola é alto (em média 2,8 milhões de crianças). 
A educação infantil no Brasil é responsabilidade dos municípios, que recebem apoio dos estados e do governo federal para que possam oferecer uma formação inicial de qualidade às crianças de 0 a 5 anos de idade. Segundo as diretrizes curriculares do Ministério da Educação (MEC), a educação infantil se caracteriza pela primeira etapa do ciclo básico, oferecida em creches e pré-escolas em jornadas integrais (mínimo de 7 horas por dia) ou parciais (mínimo de 4 horas por dia). As creches devem ensinar às crianças princípios de respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, direitos e cidadania, além de motivarem a expressão e a criatividade.
O Ensino Fundamental é um dos níveis da Educação Básica no Brasil. O Ensino fundamental é obrigatório, gratuito (nas escolas públicas), e atende crianças a partir dos 6 anos de idade. O objetivo do Ensino Fundamental Brasileiro é a formação básica do cidadão. Para isso, segundo o artigo 32º da LDB, é necessário:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 
Os anos Iniciais – compreende do 1º ao 5º ano, sendo que a criança ingressa no 1º ano aos 6 anos de idade.
Os anos Finais – compreende do 6º ao 9º ano A responsabilidade pela matrícula das crianças, obrigatoriamente aos 6 anos de idade, é dos pais. É dever da escola, tornar público o período de matrícula.
Além da LDB, o Ensino Fundamental é regrado por outros documentos, como as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172/2001), os pareceres e resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) e as legislações de cada sistema de ensino (PACIEVITH).
O ensino médio, etapa final da educação básica, tem duração mínima de três anos e atende a formação geral do educando, podendo incluir programas de preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional (MENEZES, SANTOS, 2001).
No ensino médio os estudantes possuem as seguintes cadeiras obrigatórias: português, língua estrangeira, matemática, história, geografia, filosofia, sociologia, artes, educação física, química, biologia e física. Contudo, ainda pode haver outras disciplinas obrigatórias em algumas instituições de ensino. As escolas devem oferecer três anos deste ensino, com carga horária mínima de 800 horas a cada ano.
Além do ensino regular, integram a educação formal: a educação especial, para os portadores de necessidades especiais; a educação de jovens e adultos, destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade apropriada. A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciências e à tecnologia, com o objetivo de conduzir ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. O ensino de nível técnico é ministrado de forma independente do ensino médio regular. Este, entretanto, é requisito para a obtenção do diploma de técnico (MENEZES; SANTOS, 2001).
A educação superior abrange os cursos de graduação nas diferentes áreas profissionais, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processos seletivos. Também faz parte desse nível de ensino a pós-graduação, que compreende programas de mestrado e doutorado e cursos de especialização (MENEZES; SANTOS, 2001). 
As graduações podem ser de forma presencial ou semi- presencial, as Educações à distância (EADs). Esse tipo de graduação tornou possível graduar professores que ainda não possuíam graduação mínima para lecionarem, contudo, pela falta de profissionais, exerciam a profissão mesmo assim.
A valorização dos profissionais da educação está entre os princípios base do ensino. A melhoria da qualidade de ensino está vinculada a profissionais aptos pra exercerem a profissão de professor. No Brasil temos uma grande defasagem em professores com a instrução adequada para administrar aulas. Temos escolas com professores que possuem apenas o ensino médio, ou menos. É fundamental profissionais da educação tenham o mínimo da graduação exigida (licenciatura) e a valorização profissional adequada que são: salário digno, carreira atraente, jornada compatível com os afazeres escolares, inclusive para garantir a presença de todos os profissionais em cursos de formação inicial e continuada e no processo de elaboração e condução dos projetos político-pedagógicos das escolas. 
 
2- O sistema educacional japonês do século XXI
O sistema de ensino japonês é regido por uma lei geral de caráter orgânico que teve por base a Constituição Nacional aprovada em fins de 1946 e posta em vigor em maio do ano seguinte. O artigo 26 da nova carta política trata expressamente da educação, estabelecendo que todo cidadão tem o direito de recebê-la de acordo com suas aptidões, e que a instrução geral é obrigatória, inclusive às mulheres (FILLHO, 2004). 
No âmbito nacional, compete ao Ministério da Educação organizar e orientar o ensino. Com os seus serviços técnicos articulam-se departamentos regionais, juntas municipais e comissões locais. As atribuições do ministério são a de organizar e aperfeiçoar o sistema escolar e sua administração (FILHO, 2004).
A estrutura do ensino contempla jardins de infância, escolas primárias, secundárias de um só ciclo, de dois e as escolas superiores (FILHO, 2004). 
Os jardins de infância (yôchi-en) destinam-se a crianças de 3 a 5 anos, ou mesmo de maior idade, quando lhes falte maturidade. Os programas estabelecidos pelo Ministério da Educação insistem na aquisição de hábitos sociais e higiene coletiva, na cultura da expressão e aquisição de noções úteis. Funcionam durante 200 dias no ano, por quatro horas (FILHO, 2004).
O curso primário tem a extensão de seis anos. Os programas abrangem as disciplinas de Japonês, Aritmética, Ciências Sociais, Desenho, Trabalhos Manuais, Ensino Doméstico e Educação Física. A elas se juntam atividades recreativas diversas (FILHO, 2004).
Dentro de uma orientação mínima, fixada pelo Ministério, cada escola compõe o seu próprio programa, devendo ter em vista a vida da comunidade em que funcione. Os tempos de ensino, destinados a cada grupo de disciplinas,série a série, são também fixados pelo Ministério da Educação (FILHO, 2004).
O ensino do 2° grau é ministrado em dois ciclos, cada um dos quais com três anos de duração. O primeiro destina-se a dar preparação geral (chugakko), e o segundo, a fornecer um aprofundamento dessa preparação, com orientação técnica ou profissional (kotogakko) (FILHO, 2004).
Todas as escolas secundárias possuem o mesmo programa para o 1º ciclo. As classes são mistas, salvo nas escolas religiosas privadas que prefiram separar os alunos de cada sexo (FILHO, 2004).
As disciplinas obrigatórias são Japonês, Estudos Sociais, Matemática, Ciências, Música, Desenho e Trabalhos Manuais, Higiene e Educação Física, Iniciação ao Ensino Profissional e ao Trabalho Doméstico e possuem como disciplinas facultativas as línguas vivas, tendo preferência o inglês (FILHO, 2004).
A escola secundária do 2° ciclo é o único estabelecimento que se oferece aos jovens que hajam terminado o período de obrigatoriedade escolar, que vai dos 6 aos 14 anos. Dessa forma, há um regime de escola única ou de formação de bases homogêneas para todos (FILHO, 2004).
Deve-se observar, no entanto, que os programas comportam adaptação segundo as capacidades individuais. Algumas das disciplinas optativas aprofundam a cultura geral e outras são agrupadas segundo desejem os alunos preparação agrícola, comercial ou industrial. Para as alunas, acrescem disciplinas relativas às ocupações domésticas (FILHO, 2004).
De acordo com as aptidões reveladas no 1º ciclo, os estudantes são encorajados a prosseguir nos estudos do 2º ciclo e posteriormente a prosseguir para os estudos superiores (FILHO, 2004).
A escola secundária japonesa atual apresenta organização muito próxima das high schools norte-americanas. Desenvolvem também serviços de orientação profissional, esclarecendo os alunos quanto a suas capacidades e o êxito provável em novos estudos ou logo num gênero de trabalho determinado (FILHO, 2004).
O ensino superior é ministrado em colégios universitários, com a dupla função já referida, e em cursos de formação técnico-científica ou em escolas ou faculdades especializadas. A formação universitária, propriamente dita, tem a duração geral de quatro anos, após os quais os estudantes recebem o título de licenciado (gakushi). Mas há cursos de maior extensão, como os de medicina e odontologia, para a admissão nos quais se exige formação prévia de dois anos num colégio de preparação geral técnico-científica, adequada a tais carreiras (FILHO, 2004).
Diplomados nas escolas universitárias que desejem aperfeiçoar-se ou dedicar à pesquisa científica podem matricular-se em cursos de pós-graduação que conduzam ao diploma de mestre, e ao doutorado (FILHO, 2004).
Considerações finais
No Japão iniciou por volta de 1868, a formação da educação baseado nos conceitos confucianos, enfatizando a memorização e o estudo de clássicos chineses. Sendo subdividido em 2 tipos de escola, a Hanko, principalmente para crianças de classe samurai e a Terakoya, tanto para filhos dos comuns, como os dos samurais. Nesse período também ocorreu a maior taxa de alfabetismo comparado com a maioria dos países ocidentais.
Comparando a educação do Brasil, e do Japão, a diferença com tempo foi grande. Em 1822 o Brasil tinha como preocupação maior as questões administrativas, pois foi a construção do Estado Imperial. Somente em 1988 o Brasil ganhou a atenção do governo para a educação. No ano 2000 dividiu-se o sistema brasileiro em Educação Básica e Ensino Superior.
Relacionando os países estudados sobre a entrada dos seus habitantes na educação, estes são parecidos com relação ao objetivo, que foi a formação básica do cidadão. Já as diferenças são que, no Brasil, a educação infantil inicia-se dos 0 a 5 anos de idade e são chamadas de creches e pré-escolas com cargas horárias de período integral de 7 horas por dia ou 4 horas por dia. E no Japão são chamadas de jardins de infância, podendo ser iniciadas aos 3 anos de idade e com carga horária de 4 horas por dia.
Após essa fase, existe uma semelhança entre os países em relação à idade de entrada no Ensino fundamental,6 anos, e a duração do Ensino Médio, de 3 anos. O Japão possui diferença no ensino médio, sendo chamado escola secundária e tendo dois ciclo: o primeiro para uma abordagem mais generalizada e outro para um estudo mais específico. As escolas possuem algumas diferenças em relação as escolas brasileiras, como a separação de alunos por sexo em escolas religiosas, disciplinas como higiene e trabalho doméstico e disciplinas optativas, que no Brasil só é possível obter na graduação.
Contudo, muito ainda tem que ser melhorado no Brasil para ser comparado a um país tão à frente na educação como o Japão. O Brasil tem que evoluir muito, e a educação ainda é um descaso, mesmo sendo o processo mais importante para o crescimento do país. Seguimos com uma admiração ao Japão, que se ergueu colocando a educação em primeiro lugar. O país que se importa primeiro com a educação, tem o melhor índice de desenvolvimento do seu povo. 
Referências 
CURY, J. R. C. A educação básica no Brasil. Educ. Soc., Campinas, [s.1], vol, 23, n. 80, p. 168 – 200, set. 2002.
FILHO, L. B. M. Educação comparada. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, [s.1], vol, 7, n. 1, p. 140 -147, 2004 - ISSN 1519-3225.
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete sistema educacional brasileiro. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/sistema-educacional-brasileiro/>. Acesso em: 18 de jun. 2018.
PACIEVITCH,Thais. Ensino Fundamental. Disponível em <https://www.infoescola.com/educacao/ensino-fundamental/> Acesso em 18 de jun de 2018.
PILLAR, Maria do..Escola passa ser obrigatória dos 4 aos17 anos.
Disponível em
 <http://rizomas.net/politicas-publicas-de-educacao/275-escola-passa-a-ser-obrigatoria-dos-4-aos-17-anos.html> Acesso em 18 de jun de 2018.
 
Revista Nippon e Niponica.
Disponível em: 
<http://www.br.embjapan.go.jp/cultura/educacao.html>. Acesso em: 02/06/2018.
VOMBUN, C.; MENDONÇA, O. L. J. Educação superior uma comparação internacional e suas lições para o Brasil. IPEA, [s.1], n. 1, p. 1 – 106, mar. 2012.
ZAMPPIERON, M.; MURASSE, M. C.Revista Nippon e Niponica, 2018. A educação pública no processo de construção do estado moderno: Brasil e Japão, 1868 a 1878. Revista HISTEDBR On-line, [s.l.], n. 17, p.33-42, mar. 2005. - ISSN: 1676-2584.

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