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9 CERTOS NA ADMINISTRAÇÃO DE ENFª ANDRÉA DANTAS ESPECIALISTA EM GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE DOCENTE SENAC PE MEDICAMENTO é um produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. É responsabilidade da equipe de enfermagem, interceptar e evitar um erro ocorrido nos processos iniciais, prescrição médica, transformando-se em uma das últimas barreiras de prevenção e garantia da segurança do paciente. Esta responsabilidade atribuída à enfermagem deve mobilizar a categoria a deixar de ser somente “fazedora” e ter o entendimento de como pode funcionar como uma efetiva barreira para evitar ocorrências de eventos indesejados ao paciente. ALGUNS CONCEITOS Erro de medicação- é qualquer evento evitável que pode causar ou induzir ao uso inapropriado do medicamento ou prejudicar o paciente, enquanto a medicação está sob o controle de um profissional de saúde, paciente ou consumidor. Evento adverso relacionado a medicamento- é todo dano ou prejuízo ao indivíduo (não intencional) resultante do uso de medicamentos, porém nem todo imputado ao erro de medicação. TIPOS DE ERROS DE MEDICAÇÃO Erro de prescrição prescrição errada, dose... Erro de dispensação distribuição incorreta; Erro de omissão não checar Erro de horário adiantar ou atrasar a adm; Erro de adm. De medicamento não autorizado; Imprudência Erro de dose erro de dose, dose extra; TIPOS DE ERROS DE MEDICAÇÃO Erro de administração técnica, local errado... Erro com medicamentos deteriorados; conservação Erros de monitoração- monitorar dados clínicos e laboratoriais Erro em razão da não aderência do paciente e da família comportamento inadequado. Erro de apresentação Comprimido – líquido Erro de preparo preparar antes, técnica... C A TE G O R IA S D E E R R O S N A A D M IN IS TR A Ç Ã O D E M E D IC A M E N TO S Categoria A circunstâncias ou eventos que têm a capacidade de causar erro – não ocorre o ERRO; Categoria B um erro ocorreu, porém o medicamento não foi administrado no paciente- ERRO sem dano; Categoria C – um erro ocorreu e o medicamento foi administrado no paciente, mas não lhe trouxe dano – ERRO sem dano; Categoria D um erro ocorreu e resultou na necessidade de aumentar o monitoramento do paciente, mas não lhe trouxe dano – ERRO sem dano; C A TE G O R IA S D E E R R O S N A A D M IN IS TR A Ç Ã O D E M E D IC A M E N TO S Categoria E um erro ocorreu e resultou na necessidade de um tratamento ou intervenção e causou dano temporário ao paciente – ERRO com dano; Categoria F um erro ocorreu e resultou em início ou aumento do tempo de hospitalização e causou dano temporário ao paciente - ERRO com dano; Categoria G Um erro ocorreu e resultou em dano permanente ao paciente - ERRO com dano; Categoria H um erro ocorreu e resultou em evento potencialmente fatal - ERRO com dano; Categoria I um erro ocorreu e resultou na morte do paciente – ERRO com morte. 1) PACIENTE CERTO Este direito é evidente: o medicamento deve ser administrado ao paciente para quem é prescrito. Administração de um medicamento para o paciente errado é, no entanto, um erro comum. 9 certos na administração de medicamentos 2) MEDICAMENTO CERTO Antes de preparar a medicação certificar-se mediante a prescrição qual é o medicamento, e conferir lendo, mais de uma vez, o rótulo do mesmo. 9 certos na administração de medicamentos 3) DOSE CERTA Antes de preparar e administrar a medicação certificar-se da dose na prescrição, lendo mais de uma vez e comparando com o preparado. 9 certos na administração de medicamentos 4) VIA CERTA Antes de aplicar a medicação, certificar-se da via mediante prescrição, lendo mais de uma vez e só então aplicar. Considerar a diferença entre as vias, limite de volume e tempo de absorção de cada uma. 9 certos na administração de medicamentos 5) HORA CERTA Aplicar no horário previsto na prescrição, e no espaço de tempo determinado, 6/6h, 8/8h,…, atenção especial à administração de antibióticos. 9 certos na administração de medicamentos 6) TEMPO CERTO Na aplicação da medicação, respeitar o tempo previsto na prescrição, por exemplo, se for em 30 minutos, ou em quatro horas, controlar adequadamente o gotejamento ou programar corretamente as bombas de infusão contínua ou bombas de seringa, controlando, dessa forma, a infusão conforme prescrição. 9 certos na administração de medicamentos 7) VALIDADE CERTA Antes de preparar a medicação sempre conferir a data de validade, NUNCA aplicar medicação vencida. Estabelecer uma rotina de verificação e controle de validade nos setores, em parceria com a farmácia. 9 certos na administração de medicamentos 8) ABORDAGEM CERTA Antes de administrar o medicamento deve-se esclarecer ao paciente qualquer dúvida existente referente ao mesmo e deve-se levar em consideração o direito de recusa do medicamento, pelo cliente. O primeiro passo sempre é dizer ao paciente qual medicação será administrada, qual é a via, principal ação do medicamento e como será feita a administração, sobretudo, medicações que hajam colaboração e ação do cliente como as sublinguais a explicação deve ser dada. 9 certos na administração de medicamentos 9) REGISTRO CERTO Após aplicar a medicação registrar no prontuário checando com rubrica e ainda anotando queixas, suspensão ou não aceitação de medicação. 9 certos na administração de medicamentos CASO CLÍNICO Foram prescritos 18g de Pipecarcilina e Tazobactam sódico (Tazocin) de 6/6h para infusão contínua, em um setor de terapia intensiva que não possui plantonista em todos os dias, onde a enfermeira aprazou sem observar e/ou questionar a prescrição, visto que a dose não era habitual (cabe ressaltar que a dose terapêutica diária do medicamento a um paciente adulto com funções renal e hepática normais é de 18g que é muito próxima da dose tóxica) para tratamento de sepse pulmonar, e por sua vez o serviço de farmácia também não observou e/ou questionou o valor da dose prescrita a ser “dispensada”, encaminhando a mesma ao setor solicitante, onde por mais uma vez a enfermeira realizou conferência sem nada de diferente observar, separando as doses para cada horário aprazado. A equipe de técnicos em enfermagem administrou a dose prescrita (18g) conferindo com a prescrição sem também questionar e esta ação se repetiu por mais dois horários até que o paciente em questão evoluiu com TV e sangramento pulmonar que culminou com seu óbito. Observaram a superdosagem apenas quando um profissional de enfermagem de plantão perguntou a equipe médica sobre a dose prescrita no dia anterior da medicação enquanto checava as medicações utilizadas na tentativa de RCPC, o que já era tarde. SÓ PARA LEMBRAR PACIENTE CERTO MEDICAMENTO CERTO DOSE CERTA VIA CERTA HORA CERTATEMPO CERTO VALIDADE CERTA ABORDAGEM CERTA REGISTRO CERTO OBRIGADO
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